O presidente da comissão especial da Reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), admitiu nesta sexta (10) que a Reforma da Previdência visa fazer um ajuste fiscal, não combater privilégios como apregoa o governo Jair Bolsonaro (PSL).
“Não é verdade que a reforma é só para combater privilégios, ela é também para fazer ajuste fiscal e pede sacrifício de pessoas de renda média e até algumas de renda baixa”, admitiu o presidente da comissão especial.
Mas Ramos jura que, mesmo assim, a Reforma da Previdência é necessária para gerar emprego para quem não tem renda nenhuma. Há divergências, no entanto.
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Na Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, o então governo Michel Temer (MDB) também dizia que a retirada de direitos iria criar 6,3 milhões de novos empregos. Comprovou-se mentira. O desemprego aumentou para 13,3 milhões no mês de abril deste ano.
Para vender a ideia da Reforma da Previdência, este ano, Bolsonaro promete 4,6 milhões de novos empregos. A tendência é que o desemprego bata a casa dos 20 milhões até o fim deste ano, se o fim da aposentadoria e a redução de benefícios for aprovada.
Voltemos às impressões de Marcelo Ramos.
O parlamentar disse ainda após evento da FGV em São Paulo que o governo é o maior inimigo da Reforma da Previdência, ao analisar a inabilidade de Bolsonaro lidar com o Congresso Nacional.