Silas Malafaia também deve ser alvo de pedido de indiciamento, assim como o próprio presidente Jair Bolsonaro, que será acusado de cometer 11 crimes no âmbito da pandemia

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) deve ser citado no relatório final da CPI do Genocídio como articulador de rede de fake news que difundia mentiras sobre a pandemia do coronavírus. As informações são da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.

Além do vereador, devem ser citados no relatório de Renan Calheiros (MDB-AL), a ser apresentado no dia 19 de outubro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP) – todos por terem articulado ou divulgado fake news.
Malafaia e 11 crimes de Bolsonaro

O pastor Silas Malafaia, que vem sendo cotado para ser candidato a vice de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, também deve ser citado no relatório final da CPI do Genocídio.

Segundo o jornalista Guilherme Amado, o relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), estaria preparando um “lugar especial” para o bolsonarista no documento que vai consolidar as investigações dos senadores sobre os crimes cometidos pelo governo, empresários, empresas e cidadãos no contexto da pandemia.
enan teria solicitado à sua equipe um levantamento com postagens de Malafaia feitas nas redes sociais pregando contra o isolamento social, espalhando fake news e negacionismo, principalmente no período em que trabalhou para derrubar os decretos estaduais que proibiram a abertura de templos e igrejas, no momento mais agudo da pandemia.
Em entrevista à Folha de S. Paulo divulgada neste sábado (9), Renan Calheiros chamou Jair Bolsonaro de “mercador da morte” e que já listou 11 crimes supostamente cometidos pelo presidente no contexto da pandemia.

“É um facínora, e esse governo criou o gabinete da morte, um ministério paralelo, também responsável pelo extermínio dos brasileiros. Por causa disso tudo, desse impedimento óbvio e majoritário, ele será responsabilizado”, declarou.

Segundo o senador, os filhos do presidente também devem ser citados no relatório final da CPI, a ser apresentado no dia 19 de outubro.

“Evidentemente que eu não posso dizer o que estou cogitando, não posso antecipar, porque todas dependerão da maioria da CPI e não apenas do relator. Mas nós estamos estudando todas essas hipóteses, inclusive em relação aos filhos, na negociação de vacinas, de defesa do que aconteceu na Prevent Senior, no gabinete do ódio, nas fake news”, informou.

Renan Calheiros também adiantou que os “personagens centrais” de seu relatório serão, além de Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o coronel Élcio Franco. Ele adiciona, contudo, que o relatório deve propor o indiciamento de 40 pessoas ao todo.
Fonte: Revista Fórum

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