O vice-prefeito Guilherme Guimarães recebeu o vereador Rodrigo Cadeirante (Rede) e integrantes do Movimento Tribo 244 para tratar da construção de uma pista específica para a modalidade. (Divulgação)

* Por Waldo Ferreira

Está mais próximo de ser concretizado o sonho dos praticantes de wheelling (rodando), modalidade que consiste em fazer manobras sobre motos e bicicletas, mais conhecida como Grau. O vice-prefeito Guilherme Guimarães recebeu o vereador Rodrigo Cadeirante (Rede) e integrantes do Movimento Tribo 244 para tratar da construção de uma pista específica para a modalidade.
Guimarães demonstrou entusiasmo com a ideia de um local exclusivo, mas ponderou a dificuldade de o Município dispor de um terreno que atenda às especificações para a execução das manobras – em média, 300 metros de pista contínua e mínimo de 10 metros de largura. Mas, aventou a possibilidade de negociar com a Infreaero um terreno na região do Aeroporto. Em outubro as partes voltam a se reunir para,
possivelmente, ser anunciado um local que contemple o projeto.


O vice-prefeito revelou que já foi esportista e que apoia a iniciativa, reforçando que é preciso tirar o estigma que algumas modalidades carregam. Lembrou que já foi assim com quem apreciava o skate, hoje esporte olímpico que colocou o Brasil como referência mundial. Ele informou que a Prefeitura já construiu 6 pistas para a prática desses esporte na cidade.
Rodrigo Cadeirante disse que o Grau é um caminho sem volta, pois já está enraizado e passou a fazer parte da cultura de uma parte significativa da juventude montes-clarense. “Eu jamais apoiaria a execução de manobras radicais nas ruas, porque causa risco para as pessoas. Sou a favor, inclusive, de se triplicar a multa para quem for flagrado fazendo isso em meio ao trânsito. Portanto, se faz necessário um lugar adequado para que a galera possa praticar essa modalidade”, defendeu.
Para se ter uma ideia do prestígio do Grau, a conta do Instagram da Tribo 244 tem quase 100 mil seguidores. O movimento é coordenado por Vander Manoel, que luta há 5 anos por uma pista para a modalidade. Segundo ele, que também é contra fazer manobras de forma aleatória, muita gente precisa se deslocar para outras regiões do país, onde há pista, para poder praticar a modalidade.
Rodrigo vem fazendo gestões junto ao Município no sentido de arrumar espaço adequado. “Mesmo não estando regulamentado e regularizado, o Grau é uma realidade em nossa cidade. Por isso, é preciso atentar para a necessidade de o poder público municipal destinar um local para essa prática. Objetiva-se, com isso, evitar que sejam utilizadas vias públicas para essa manobras, o que pode configurar ato infracional previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”, salienta.
Para ele, a pista resolveria esse problema, evitando colocar em risco a segurança dos usuários das vias e também os próprios esportistas, que acabam sendo marginalizados. Ele lembra que já há, inclusive, projeto de lei na Assembleia Legislativa, que visa o reconhecimento do Grau como esporte.

* Jornalista

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