– DATAFOLHA CONFIRMA: LULA É IMBATÍVEL E VENCE FÁCIL ELEIÇÃO DE 2018 –

 Uma nova rodada da pesquisa Datafolha aponta que Lula lidera com folga o primeiro turno, com 30% dos votos, e que ele também venceria com facilidade qualquer adversário no segundo turno; ou seja: se houver uma eleição sem fraude, em que o Judiciário não esteja a serviço do golpismo, Lula será o próximo presidente

 – O eleitor brasileiro quer a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que aponta a nova pesquisa sobre a eleição presidencial de 2018, feita pelo Datafolha, divulgada neste domingo (10) pelo jornal “Folha de S.Paulo” com índices de intenção de voto para a eleição presidencial de 2018. Foram feitas 2.824 entrevistas entre 6 e 7 de junho, em 174 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Confira os resultados dos 4 cenários pesquisados no 1º turno:

Cenário 1 (Se Lula for candidato)

Lula (PT): 30%
Jair Bolsonaro (PSL): 17%
Marina Silva (Rede): 10%
Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
Ciro Gomes (PDT): 6%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Manuela D’Ávila (PC do B): oscila entre 1% e 2%
Rodrigo Maia (DEM): oscila entre 1% e 2%
Aldo Rebelo (SDD): oscila entre 0% e 1%
Fernando Collor de Mello (PTC): oscila entre 0% e 1%
Flávio Rocha (PRB): oscila entre 0% e 1%
Guilherme Afif Domingos (PSD): oscila entre 0% e 1%
Guilherme Boulos (PSOL): oscila entre 0% e 1%
Henrique Meirelles (MDB): oscila entre 0% e 1%
João Amoêdo (Novo): oscila entre 0% e 1%
João Goulart Filho (PPL): oscila entre 0% e 1%
Josué Alencar (PR): oscila entre 0% e 1%
Levy Fidelix (PRTB): oscila entre 0% e 1%
Paulo Rabello de Castro (PSC): não alcança 1% em nenhum cenário
Sem candidato: 21%

Cenário 2 (Se o PT lançar Fernando Haddad no lugar de Lula)

Jair Bolsonaro (PSL): 19%
Marina Silva (Rede): 15%
Ciro Gomes (PDT): 10%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Fernando Haddad (PT): 1%
Sem candidato: 33%

Cenário 3 (Se o PT lançar Jaques Wagner no lugar de Lula)

Jair Bolsonaro (PSL): 19%
Marina Silva (Rede): 14%
Ciro Gomes (PDT): 10%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Jaques Wagner (PT): 1%
Sem candidato: 33%

Cenário 4 (Se o PT ficar fora da eleição):

Jair Bolsonaro (PSL): 19%
Marina Silva (Rede): 15%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Sem candidato: 34%
Cenário 4 – 1º turno

Cenários pesquisados para o 2º turno:

Cenário 1 (se Lula for candidato e chegar ao 2º turno):

Lula (PT): 49%
Jair Bolsonaro (PSL): 32%
Branco/nulo: 17%
Não sabe: 1%

Cenário 2 (se Lula for candidato e chegar ao 2º turno):

Lula (PT): 49%
Alckmin (PSDB): 27%
Em branco/Nulo: 22%
Não sabe: 1%

Cenário 3 (se Lula for candidato e chegar ao 2º turno):

Lula (PT): 46%
Marina (Rede): 31%
Em branco/Nulo: 21%
Não sabe: 1%

Cenário 4 (se o PT lançar Fernando Haddad no lugar de Lula):

Alckmin (PSDB): 36%
Haddad (PT): 20%
Em branco/Nulo: 40%
Não sabe: 4%

Cenário 5 (se o PT lançar Fernando Haddad no lugar de Lula):

Bolsonaro (PSL): 36%
Haddad (PT): 27%
Em branco/Nulo: 34%
Não sabe: 3%

Cenário 6 (se o PT lançar Fernando Haddad no lugar de Lula):

Ciro (PDT): 38%
Haddad (PT): 19%
Em branco/Nulo: 38%
Não sabe: 4%

Cenário 7 (sem Lula):

Ciro (PDT): 32%
Alckmin (PSDB): 31%
Em branco/Nulo: 34%
Não sabe: 3%

Cenário 8 (Sem Lula):

Marina (Rede): 42%
Alckmin (PSDB): 27%
Em branco/Nulo: 29%
Não sabe: 2%

Cenário 9 (sem Lula):

Alckmin (PSDB): 33%
Bolsonaro (PSL): 33%
Em branco/Nulo: 32%
Não sabe: 3%

Cenário 10 (sem Lula):

Marina (Rede): 42%
Bolsonaro (PSL): 32%
Em branco/Nulo: 24%
Não sabe: 2%

Cenário 11 (sem Lula):

Ciro (PDT): 36%
Bolsonaro (PSL): 34%
Em branco/Nulo: 28%
Não sabe: 3%

Cenário 12 (sem Lula):

Marina (Rede): 41%
Ciro (PDT): 29%
Em branco/Nulo: 28%
Não sabe: 2%

Golpe pôs Congresso, Judiciário e mídia na lama, mostra Datafolha

*Por Aquiles Lins 

A pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 10, traz várias provas do fracasso político, institucional e eleitoral que foi o impeachment da presidente Dilma Rousseff sem comprovação de crime de responsabilidade, isto é, um golpe.

O ex-presidente Lula continua imbatível, liderando com 30% e vencendo folgado qualquer adversário no segundo turno, enquanto Michel Temer é reprovado por 82% da população, na maior rejeição da história.

No entanto, talvez a informação mais ilustrativa diz respeito à confiança dos brasileiros e brasileiras nas três instituições que lideraram o golpe de 2016: o Congresso Nacional, o Judiciário e a mídia.

O Poder Legislativo federal não é uma instituição confiável para 67% dos brasileiros. Inflam este percentual a hipocrisia de deputados que votaram a favor da retirada de uma presidente honesta.

 

Como Raquel Muniz (PSD-MG), cujo marido e então prefeito de Montes Claros foi preso por desvios na Saúde, ou Caio Nárcio (PSDB-MG), cuja lição de que “honestidade era obrigação” ele havia aprendido com o pai, Nárcio Rodrigues da Silveira, preso depois por desvios em obras durante o governo de Antonio Anastasia (PSDB). Há ao menos uma dezena de outros casos de deputados, e também de senadores, como o célebre Romero Jucá (MDB-RR), que defendeu o “grande acordo nacional, com o Supremo com tudo”, que dão consistência à desconfiança no Congresso.

Sobre o outro Poder, o Judiciário, a pesquisa Datafolha mostrou que 82% dos brasileiros confiam pouco ou absolutamente nada. Também não é para menos. O País tem um Supremo Tribunal Federal que foi conivente com um golpe contra a democracia, permitindo que uma acusação estapafúrdia como a de pedaladas fiscais tivesse sustentação jurídica para um impeachment.

Antes disso, o STF atuou politicamente inúmeras vezes contra o governo Dilma, na ação e na omissão. Na ação, quando Gilmar Mendes vetou a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil em 2016, aumentando a instabilidade necessária para o golpe. E na omissão, como quando o juiz Sérgio Moro divulgou ilegalmente a conversa entre Lula e Dilma (na ocasião Lula, acertadamente, disse que o País tinha uma Suprema Corte ‘totalmente acovardada’) e ficou por isso mesmo, ou quando o ex-ministro Teori Zavascki manteve Eduardo Cunha na presidência da Câmara até cumprida sua missão golpista. Ou ainda na omissão, pelo STF não julgar até hoje o mérito do impeachment de Dilma.

O outro pilar de sustentação do golpe que está na lama é a mídia. Para 82%, o oligopólio midiático integrado por Globo, Abril, Folha e Estadão é de pouca ou nenhuma confiança. Junto com outros veículos satélites, eles difundiram a narrativa inicial do impeachment contra Dilma, logo após o resultado das eleições de 2014 – quem não se lembra do editorial de Merval Pereira?. A atuação ostensiva da TV Globo em favor dos protestos dos manifestoches, que foram às ruas do País com a camisa da CBF, e descobriram que, ao contrário da campanha da Fiesp, eles é que estão pagando o pato do desemprego, da estagnação e do retrocesso do Brasil pós-golpe.

A pesquisa Datafolha mostra de forma cristalina que o povo tem consciência crítica do que aconteceu no Brasil, bem como sabe e condena a irresponsabilidade de se subordinar instituições a favor de uma elite contrária aos interesses nacionais.

*Por Aquiles Lins é editor do 247. Jornalista, pós-graduado em Comunicação e mestrando em Ciência Política pela UFSCar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

cinco × quatro =