O Norte de Minas está abrigando aves da espécie Sporophila maximiliani, popularmente conhecida como bicudo, que encontra-se criticamente ameaçada de extinção, por causa do tráfico de animais silvestres, mas foi reintroduzida na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural Porto do Cajueiro, que fica em Januária. O projeto Bicudo é do fundador e voluntário da ONG Associação Para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá), Gustavo Malacco, que pleiteia o reconhecimento do selo “Semad Recomenda” para o projeto coordenador por diversas entidades, que busca reintroduzir no meio ambiente em Minas Gerais essa espécie.
O projeto trabalha em parceria com criadores conservacionistas, que doam alguns dos animais para que possa ser realizada uma adaptação ao meio ambiente e posterior soltura, acompanhada por um monitoramento em campo. Essa iniciativa foi apontada pelo secretário Germano Vieira como a inspiração para o lançamento do selo. “O selo é muito importante para reconhecer e certificar as boas práticas ambientais e destacar o que tem sido feito de bom em Minas. Eu acho que é um ótimo momento e uma ótima oportunidade para que essas organizações se sintam motivadas e inspiradas a trabalhar novos projetos que contribuam para o meio ambiente”, diz Malacco.
O Selo “Semad Recomenda” foi criado para valorizar o desenvolvimento de um meio ambiente ecologicamente equilibrado a partir de práticas de proteção e conservação ambiental. O selo foi oficialmente anunciado em fevereiro deste ano e que teve as regras do edital divulgadas na manhã desta terça-feira, dia 14 de julho, em evento virtual e transmitida por videoconferência, em razão da pandemia de Covid-19, e contou com a presença de autoridades do Governo de Minas, membros do setor empresarial, representantes do terceiro setor. O selo pretende reconhecer e agraciar aquelas ações que prezem pela conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, por melhorias no saneamento, adoção de fontes de energia sustentável, ações de educação ambiental e incentivo ao turismo ecológico.
Também tem o objetivo de promover a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, podendo ser contempladas ações envolvendo a flora ou a fauna, silvestre ou doméstica; a redução da geração de resíduos sólidos e a promoção de seu reaproveitamento adequado; o fomento às ações de economia circular, dentre uma série de outras ações que promovam o desenvolvimento sustentável para Minas Gerais. A ferramenta não tem caráter de competição, concorrência ou aplicação de critério classificatório para distinguir os requerentes. O objetivo é reconhecer boas práticas e instigar a cultura de desenvolvimento de programas, projetos e iniciativas ambientais por parte da sociedade civil.