Ruy e Raquel Muniz foram humilhados nessa eleição. Enquanto ele obteve apenas 7,29% dos votos para prefeito, a ex-deputada não conseguiu se eleger vereadora de Montes Claros

– Quem não se lembra do voto da ex-deputada Raquel Muniz durante sessão na Câmara dos Deputados que culminou no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff?
“O meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. O meu voto é para dizer que o Brasil tem jeito e o Prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com a sua gestão. O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe Elza. Meu voto é pelo Norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil. Sim, sim, sim!”, bradou Raquel naquele 17 de abril.
Após a histeria do sim, sim, sim da ex-deputada, quando afirmou que seu marido era exemplo de gestor à frente da Prefeitura de Montes Claros, bastaram pouco mais de 12 horas para a falácia de honestidade caísse por terra. Ruy Adriano Borges Muniz, o tal “prefeito honesto” de Montes Claros foi preso preventivamente pela Polícia Federal. De lá pra cá, a vida do casal não para de descer ladeira abaixo.
Além dele ter perdido o mandato de prefeito e Raquel o de deputada federal, a justiça começou tirar o pé do freio. A ex-deputada é investigada no Supremo Tribunal Federal (STF) e responde a inquérito por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, além de ter perdido seu mandato na Câmara dos Deputados.
O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), com a alegação de ter descoberto um esquema pelo qual a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), uma entidade filantrópica comandada pela deputada e pelo marido, exercia na verdade atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas. Isso se daria por meio de transferências a entidades presididas por Raquel Muniz. Por ser filantrópica, a Soebras goza de isenções tributárias.
Ruy Muniz, nem se fala. Além de outros rolos, ele foi acusado de utilizar meios fraudulentos para tentar quebrar e prejudicar o funcionamento dos hospitais públicos da região, com o intuído de favorecer o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira, que é privado. Quem é o dono? O próprio ex-prefeito e sua família.
Enquanto Raquel gritava “basta de corrupção”, Ruy era preso por corrupção, ao desmontar os hospitais públicos da população propositalmente.
Para piorar, o casal levou uma surra nas urnas domingo (15). Estão procurando chão até agora.

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