Reportagem do jornal britânico mostra como clube baiano saiu das mãos de famílias “antidemocráticas e populistas” e passou a ser gerenciado por torcedores, que desenvolvem campanhas sobre questões como racismo, direitos LGBTQ, demarcação de terras indígenas e meio ambiente
O jornal inglês The Guadian deu destaque em seu site nesta quarta-feira (13) na seção de esportes ao Bahia, clube de futebol de Salvador, considerado pelo jornal o mais progressista do Brasil.
A reportagem, do jornalista Joshua Law, revela como o Bahia se tornou o clube de futebol mais progressista do país a partir de ações afirmativas que vem desenvolvendo em relação a minorias e questões como o meio ambiente.
Em uma das ações, o texto cita que o time usou em uma partida contra o Ceará no mês passado uniformes pintados com manchas que remetiam ao óleo que contaminou cerca de 70% do litoral nordestino.
“A intervenção da Bahia sobre o assunto não surpreendeu os fãs de futebol no Brasil. Nos últimos dois anos, o clube desenvolveu uma reputação como o clube mais democrático e socialmente envolvido no país, realizando campanhas sobre questões como racismo, direitos LGBTQ, demarcação de terras indígenas e tratamento de torcedores em estádios de futebol”, diz o texto.
A reportagem explica ainda que o clube adotou este tipo de posicionamento em 2013, quando Guilherme Bellintani assumiu a presidência do tricolor baiano, que foi administrado por décadas por três famílias “antidemocráticas e populistas” da capital baiana.
“Um movimento chamado Democracia Tricolor começou nos anos 90. Então, em 2013, a batalha foi vencida”, contou Bellintani ao Guardian, o terceiro presidente desde que os torcedores assumiram o comando do clube.
Bellintani conta que quando assumiu tinha os objetivos de garantir o clube financeiramente, obter sucesso em campo e implementar “ações afirmativas”.
Para esse terceiro objetivo, ele ajudou a estabelecer o Núcleo de Ações Afirmativas, “um novo departamento do clube que coordena as campanhas que colocaram o Bahia na vanguarda da batalha por direitos básicos para muitos grupos oprimidos do Brasil”, diz o jornal.
Leia a reportagem na íntegra (em inglês)
Via Revista Fórum