CAMPEÕES – Thom Bar leva o título do Comida di Buteco; segundo e terceiro lugares ficam para os estreantes Bendita Espeteria e Tô Atôa, respectivamente
O Thom Bar é tricampeão do Comida di Buteco de Montes Claros. O prato “Rapunzel no Sertão das Raízes Encantadas” conquistou o gosto e o voto do público. Feito de filezinho suíno trançado com bacon na cama de creme de raízes com baru, couli de fruta e pirão de raízes, acompanhado de uma dose de cachaça, o petisco irá representar a cidade no Concurso Nacional, que acontece em 6 de outubro, em São Paulo.
Os estreantes no festival Bendita Espeteria e Tô Atôa conquistaram o segundo e terceiro lugares, respectivamente. O primeiro levou aos clientes o “Raiz dos Gerais” (linguiça caseira frita, panceta e carne de lata, acompanhados de batata baroa cremosa ao chutney de abacaxi com rapadura e cachaça). O segundo, “Rabo atôa com barôa” (rabada com creme de batata baroa).
Uma novidade neste ano anunciada pelos organizadores na noite de quinta-feira, durante a premiação, é que nenhum participante será rebaixado nesta edição. Devido às dificuldades enfrentadas pelos bares em 2020/2021, em função da pandemia, os participantes deste ano estão, automaticamente, classificados para a edição 2022.
“Pela primeira vez no Comida di Buteco nenhum participante será rebaixado. Essa foi a forma encontrada pela coordenação nacional de continuar ajudando os botecos participantes a se recuperarem, pois sabemos que no período do festival os bares costumam ficar com maior movimento. E temos a certeza de que agora os participantes voltam a atenção para pensar em suas receitas para 2022, já que o tema será livre”, destaca Maria Eulália Araújo, uma das coordenadoras do CdB.
Neste ano, 17 bares participaram do concurso. O número foi reduzido também em função das restrições sanitárias que geraram, inclusive, quatro adiamentos do evento. Em Montes Claros, o Comida di Buteco já teve dez vencedores diferentes. Thom Bar, tricampeão (2021, 2014 e 2012), Carrancas (2019), Estação 23 (2018), Kina do Caipirão (2017), Universo do Beiju (2016), Bar dos Amigos (2015), Cantina do Léo (2005, 2006 e 2010), Bar Barracão (2011), Bar da Tia Dalva (2013) e Bar do Divino (2007).
NOVO MODELO
O festival deste ano aconteceu de forma híbrida, com clientes indo aos bares ou pedindo o prato concorrente pelo delivery, o que teve uma boa aceitação. Além disso, contou com uma campanha focada em ajudar os botecos participantes de todo o Brasil: “Salve os Butecos!”.
“Estamos muito felizes com o reconhecimento do público. Lá no bar, fizemos uma linda homenagem aos Catopês, a história infantil da Rapunzel que dá o nome ao petisco e usamos muitos ingredientes de raízes, como foi pedido no tema deste ano. Eu costumo dizer que a gente sempre entra no CdB de corpo e alma. E neste ano não foi diferente. Porém, devido à pandemia e os decretos sanitários, tivemos 30% do público a menos se comparado aos outros anos”, afirma Thonnely Mendes, dono do tricampeão Thom Bar.
Apesar do movimento menor, o estabelecimento chegou a servir 40 pratos por noite, o que, segundo Mendes, dá uma média de dois petiscos por mesa. “Isso para a gente foi muito positivo. Lembrando que antes da Covid-19, e sem as restrições, chegamos a fazer 100 pratos com os petiscos por noite. Agora, com confiança e a mesma paixão, vamos levar um pouco da nossa cultura gastronômica para o concurso nacional em São Paulo, no mês que vem”.
O estreante Frederico Guilherme Pereira de Souza, do Bendita Espeteria, disse que foi maravilhoso participar pela primeira vez do CdB e já ser vice-campeão. “É com muita alegria que vou dividir esse segundo lugar com a minha família e com os meus clientes, pois estreamos entre os melhores e isso já mostra que o público teve uma boa aceitação do nosso petisco concorrente. Durante agosto, tivemos um grande movimento devido ao CdB. Foi um crescimento de 40% se comparado aos meses anteriores. O CdB nos ajudou a superar este momento de crise em que o país está passando”, afirma.