Em artigo publicado nesta terça, na Veja, Matheus Leitão, liga vitória da diplomacia brasileira e ocaso de Bolsonaro. Segundo ele, a repercussão do The New York Times sobre a derrota de Donald Trump numa queda de braço com o Brasil não é um detalhe. “É um daqueles episódios que expõem, de maneira quase didática, como a diplomacia pode virar o jogo quando aplicada com método — e quando o adversário subestima o tabuleiro”, escreve.
“Como lembrou o jornal, Washington tentou pressionar Lula para aliviar a barra de Jair Bolsonaro, investigado por tentativa de golpe. Pressionou forte. Mandou carta dura. Reclamou. Fez ameaças usando o comércio. E o governo brasileiro, em vez de procurar a porta de saída mais próxima, manteve a posição, negociou nos bastidores e deixou Lula usar sua lábia política com o presidente dos Estados Unidos.
Resultado: meses depois, quem cedeu foi Trump. As tarifas caíram, a retaliação murchou e o Brasil saiu maior do que entrou na briga. Nenhum desses movimentos foi anunciado primeiramente em palanque. E talvez por isso mesmo funcionaram”, intui.
“A ironia do episódio é que Bolsonaro, que sempre tratou Trump como farol moral, bússola espiritual e eventual fiador jurídico (risos), agora observa tudo da arquibancada da Polícia Federal. Preso preventivamente, o ex-presidente assiste à cena mais improvável da última década: seu ídolo sendo obrigado a ler sobre um revés diplomático diante justamente de Lula — o inimigo que ele sempre tentou desumanizar…”
E completa: “Isso não é nada trivial. Ao recuar, Trump sinaliza que o Brasil de hoje possui peso suficiente para exigir renegociação, que Washington não pode mais simplesmente atropelar decisões internas do país e que a intimidação comercial deixou de render dividendos automáticos. E esse reconhecimento, vindo de quem vem, dói em Bolsonaro tanto quanto alguns despachos judiciais.
e que a intimidação comercial deixou de render dividendos automáticos. E esse reconhecimento, vindo de quem vem, dói em Bolsonaro tanto quanto alguns despachos judiciais.
Lula operou no estilo que domina: fala brava para o público interno e pragmatismo silencioso na mesa de negociação. Não rompeu, não bateu porta — fez o que sabe fazer. Enquanto parte da classe política apostava que o Brasil se encolheria, o presidente percebeu que poderia crescer em meio a adversidades. Uma aula que, ao que tudo indica, Bolsonaro terá bastante tempo refletir — da arquibancada cativa da PF em Brasília”.
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