Depois de 11 anos, a Barragem Copasa em Juramento-MG quebra o jejum e chega ao nível máximo da sua capacidade

Por José Ponciano Neto*
Hoje 22 de Fevereiro chega ao fim a ansiedade da população de Montes Claros e da Copasa com relação ao enchimento da barragem. Com a capacidade de 45.000.000 milhões de metros cúbicos, desde de Dezembro de 2010 não atingia 100%.
A pirraça das chuvas foi devida as mudanças climáticas dos últimos anos – para alguns especialistas, trata se do antropocentrismo – para outros – como este que vos escreve – se trata dos ciclos naturais do sol – lua e da inclinação axial da terra (eixo), são as chuvas recidivas de 50 a 100 anos que vêm acontecendo pelo o mundo afora a cada ciclo – inclusive nesse Brasil, com 523 anos de descobrimento.

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Nos últimos dois anos o mundo vem sofrendo com inundações vorazes – porém, se analisarmos os diferentes métodos determinísticos e probabilísticos – estas chuvas estavam previstas!
O abastecimento de Montes Claros só não colapsou nesta década, foi graças as construções do Sistema Pacuí (Coração de Jesus MG) e São Francisco em Ibiaí – MG – que este escriba monitorou os rios citados, durante muitos e muitos anos, visando viabilizar as tais captações, intencionado a garantir o abastecimento de Montes Claros – que era a minha obrigação – não obstante que, o Sistema Verde Grande (barragem Juramento) tem atendido além da vida útil do projeto, que era “água até o ano 2000”.
As imagens eram fortes no passado, numa região que sempre sofreu muito com a seca, ver a Barragem de Juramento cheia e sangrando (vertendo), deixa a população de Montes Claros e cidades vizinhas transbordando de felicidade.
Compará-las com as imagens do mesmo local completamente seco entristece toda nossa gente. Não é fácil! Aliás, não foi nada fácil para as pessoas acompanharem, com muito sofrimento e o transtorno no dia-a-dia, vendo a barragem secar gradativamente. – Bom… Passou!
Agora é a Copasa ser mais proativa diante da projeção populacional e do crescimento industrial e comercial, e mais nunca deixar a população ansiosa e desacreditada.
Durante os períodos chuvosos destes últimos 11 anos; a pergunta que não queria calar: – “Por que a Barragem da Copasa não enche?” Eram muitas perguntas escabrosas, sem nenhum fundamento – além dos fake’s e os deepfake’s.
Não ocasionava e, não ocasiona nada, a empresa divulgar tecnicamente a correlação: Área da bacia hidrográfica X Volume anual de chuva X Capacidade de armazenamento da barragem X Evaporação X captações clandestinas X Demanda de abastecimento.
Este balanço hídrico era elucidado por mim (este que vos escreve), de forma amigável, pois, oficialmente, muitos gerentes pretéritos – até hoje, guardam os dados que deveriam ser públicos – já que os gastos para os obter vem do recurso público.
Esperamos que a empresa venha profissionalizar na relação com a mídia (imprensa), de forma levar informações para o cliente que paga as faturas de consumo da água.
De Outubro de 2023 até hoje 22 de fevereiro/ 24, já choveu em média (μ) 991,04 milímetros (mm) nas regiões onde localizam as captações que abastecem Montes Claros.
São elas:
> Juramento – MG
 Ibiaí – MG (Rio S. Francisco)
 Coração de Jesus-MG (Rio Pacuí)
 Montes Claros-MG (Rios Porcos – Pacuí “alto” – Lapa Grande e Rebentão dos ferros)

XXII – II – MMXXIV
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos / Meio Ambiente – Ex- Supervisor de Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A

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