– Sem espetáculo midiático, o senador Aécio Neves prestou depoimento à Polícia Federal, no início de maio de 2017, no inquérito em que é suspeito de receber propina de esquemas em Furnas. Mas toda a discrição não evitou que o conteúdo do interrogatório fosse vazado ao público nesta segunda (10), por meio um jornal da grande mídia.

Via Jornal GGN 

Na reportagem em que informa que Gilmar Mendes concedeu mais 60 dias para a PF concluir o inquérito contra Aécio, o Estadão divulgou um arquivo onde consta o relatório do delegado Alex Rezende sobre o depoimento do tucano.

​Ao contrário do que aconteceu, por exemplo, com o depoimento de Frederico Pacheco – o primo de Aécio flagrado transportando malas de propina da JBS – a PF não indicou possuir nenhuma carta na manga contra o senador.

No caso de “Fred”, as perguntas mostraram conhecimento das autoridades sobre os meios supostamente usados por Aécio para lavar a propina da JBS – incluia não só empresa da família Perrella como também um doleiro acusado de tráfico internacional de pedras preciosas.

Já em relação a Furnas, a PF colheu um depoimento protocolar de Aécio, que apenas respondeu sobre delações de conhecimento público, que o acusam de relações espúrias com o ex-diretor Dimas Toledo. “Nada mais disse e nem lhe foi perguntado”, admite o delegado Rezende.

Aécio se ocupou de negat tudo. Disse que não é beneficiário de conta secreta no exterior, que não teve conversas com José Dirceu ou Lula sobre manter Dimas Toledo em Furnas; alegou que Delcídio do Amaral o citou em colaboração premiada apenas por vingança e negou conhecer os demais delatores.

O GGN divulga o relatório, na íntegra, abaixo.

 

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