– Intercept diz que Dallagnol tinha Antagonista nas mãos; jornalista do site deu dica para investigação de nora de Lula
Vaza Jato: Nova reportagem mostra esquema entre Antagonista e Deltan Dallagnol – Procuradores atuaram em conjunto com jornalistas para evitar que Ivan Monteiro, ex-presidente da Petrobras, assumisse a chefia do Banco do Brasil
Numa explosiva denúncia contra o site Antagonista, porta-voz oficial da Operação Lava Jato, os repórteres Rafael Moro Martins, Rafael Neves, João Felipe Linhares e Glenn Greenwald, do Intercept, acusam os colegas Diogo Mainardi, Mario Sabino e Claudio Dantas de prestarem serviços ao procurador Deltan Dallagnol.
O principal deles teria sido detonar a candidatura de Ivan Monteiro, ex-presidente da Petrobras, à presidência do Banco do Brasil no governo Bolsonaro.
Monteiro não seria do agrado de Onyx Lorenzoni, um aliado político de Deltan Dallagnol.
Para agradar o chefe da Casa Civil, que no Congresso foi um dos grandes apoiadores das 10 Medidas contra a Corrupção propostas por Dallagnol, o chefe da Lava Jato passou a municiar o Antagonista com informações para impedir Monteiro de ser nomeado.
Deu certo.
Por outro lado, um dos integrantes do site, Claudio Dantas, foi quem deu a dica furada para que os investigadores perseguissem a nora do ex-presidente Lula, Marlene Araújo Lula da Silva.
Dantas repassou o boato de que Marlene teria sido beneficada pela empreiteira OAS com uma loja num terminal do aeroporto de Guarulhos.
A investigação não seguiu os caminhos formais e, portanto, foi ilegal.
Nada foi descoberto contra ela.
A “pesquisa” sobre Marlene, a nora de Lula: investigação ilegal
Claudio Dantas acionava Januário Paludo, da Lava Jato, de acordo com as mensagens
De acordo com o Intercept, Deltan Dallagnol tinha o poder de suspender a publicação de notícias no Antagonista.
Depois que o site deu quatro notas sobre empresas de fachada criadas pela panamenha Mossack & Fonseca, Dallagnol pediu a Diogo Mainardi por escrito que suspendesse as publicações.
A sede da Mossack & Fonseca na avenida Paulista em São Paulo foi alvo de uma ação da Polícia Federal.
Nela, não foram encontrados documentos que levassem ao ex-presidente Lula e parentes, mas sim menção a uma herdeira do Grupo Globo.
O laranjal da Mossack & Fonseca na avenida Paulista jamais foi exposto pelo jornalismo investigativo brasileiro.
Abaixo, os dois documentos que o Antagonista expôs a respeito.
E o pedido de Dallagnol para que Diogo Mainardi se calasse a respeito da Mossack.
Quem mais usou Las Vegas para criar empresa fantasma?