Depois de duas semanas de encenação, o governo, finalmente assumiu que não tem – até agora – os votos para aprovar a reforma previdenciária.

 Por Fernando Brito – Tijolaço

Dificilmente os terá até o dia 19 de fevereiro, para quando Rodrigo Maia diz ter marcado a votação, data mais que improvável, por ser a do retorno dos deputados a Brasília, após o Carnaval.

Mas as cenas de hoje, na Argentina, quando se tentou fazer o mesmo tipo de arranjo neoliberal, num Congresso cercado de policiais e de manifestantes deve nos lembrar de que, nos anos neoliberais da década de 90, tínhamos a história de que os brasileiros olhavam nossos irmãos portenhos com os olhos que uma propaganda acabou imortalizando: “eu sou você, amanhã”.

Mesmo com poucas chances, o jogo será pesado até lá e não faltarão deputados no desespero pré-eleitoral aceitando o “topa tudo por dinheiro” para negociar o seu voto.

Mesmo com a provável tentativa de cassação da candidatura Lula, a direita não tem a eleição garantida e, por isso, sabe que sua maior chance de destruir o sistema previdenciário é com o cadáver insepulto de Michel Temer a presidir o país.

Por isso, o recesso parlamentar não pode ser um período de baixar a guarda e de deitar sobre os louros da “vitória” numa batalha que não terminou.

Temer é um zumbi e, por isso, não se deterá pela razão.

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