Candidato à reeleição, político do Novo foi recorrentemente criticado por Alexandre Kalil, Carlos Viana e Marcus Pestana, que participaram da atração

Romeu Zema (Novo), candidato à reeleição, não compareceu ao debate entre os candidatos ao ao governo mineiro, promovido ontem por TV Alterosa, Estado de Minas e Portal Uai. Ele foi criticado por todos os adversários que participaram da atração. Alexandre Kalil (PSD), segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Zema, disparou contra o rival ao tratar sobre propostas para combater a violência contra a mulher. Para isso, o ex-prefeito de Belo Horizonte recorreu a uma antiga fala do governador, que em 2020 atribuiu a opressão a pessoas do gênero feminino um “instinto natural”.

Marcus Pestana (PSDB), por sua vez, também voltou a artilharia ao político do Novo e afirmou que a presença nos debates é “dever de um candidato”. Lorene Figueiredo (Psol) e Carlos Viana (PL), os outros participantes, protestaram contra isenções de impostos concedidas pelo atual governo a empresários. A pessolista, aliás, chamou o governador de “exterminador do futuro”.

Foi a segunda vez que Zema faltou a um debate rumo ao pleito deste ano. Para alegar sua ausência, Zema manifestou discordância com uma das regras do debate e se amparou, também, em compromissos cumpridos no Alto Paranaíba. A TV Alterosa, por outro lado, explicou que as normas do enfrentamento foram aprovadas por mais de dois terços dos representantes dos enviados pelas chapas à reunião prévia organizada pela emissora, conforme a Legislação Eleitoral.

“Temos um governador que falou que bater em mulher é um instinto humano. É isso que temos que combater. Precisamos de uma educação social para Minas Gerais. Matar, agredir, é crime”, disse Kalil, ao responder a primeira pergunta que recebeu, durante o bloco que contemplou questionamentos de jornalistas dos Diários Associados.

A fala citada pelo postulante do PSD remonta a março do ano retrasado. “A questão da opressão contra a mulher está dentro desse contexto e ela extrapola classes sociais, mas nós temos de ter ferramentas que inibam, né, isso que a gente poderia chamar meio que instinto natural do ser humano”, pontuou Zema, à época.

Antes mesmo de responder a um questionamento a respeito dos Hospitais Regionais cujas obras estão paralisadas, Marcus Pestana citou Zema.

“Debater, comparecer a um debate, é dever do candidato, mas, acima de tudo, é um direito do cidadão. Para controlar, inclusive, o futuro mandato do vencedor. Isso é democracia”, assinalou.

Depois, o tucano afirmou que o governador peca por “falta de vocação para o diálogo” e, como exemplos, citou as dificuldades na relação com a Assembleia Legislativa e com as forças de segurança pública, que chegaram a fazer manifestações de rua neste ano para cobrar uma recomposição salarial.

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