– Secretário de Estado da Fazenda endividou governo fluminense e penalizou servidores –
O governador Romeu Zema importou do Rio de Janeiro a nefasta experiência na gestão fiscal que impacta negativamente os servidores públicos. Para levar a ferro e fogo sua política de estado mínimo à frente do governo, trouxe do Estado vizinho para levar a cabo a reforma da Previdência dos Servidores em Minas o economista Gustavo Barbosa, ex-secretário de Fazenda e Planejamento fluminense.
Envolvido em irregularidades na sua passagem pelo governo do Rio, Barbosa se afastou do cargo no início de 2018. Eleito, em novembro daquele ano Zema o chamou para ser seu secretário da Fazenda. Em outubro de 2017, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu a condenação de Gustavo Barbosa por improbidade administrativa, com pagamento de multa e perda do cargo público.
Ele havia descumprido ordem judicial que determinou a penhora de 10% dos valores oriundos das consignações em folha de pagamento,arrecadadas em favor da caixa beneficente da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no limite de R$ 115,9 mil. A medida foi imposta pela Justiça devido a débitos da Caixa, relativos ao pagamento de créditos alimentares.
Já como secretário em Minas, em maio de 2019, ele depôs na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga a crise fiscal do Estado. Foi justamente Barbosa quem liderou a construção do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) no Rio, que elevou a dívida do Estado para R$ 13 bilhões.
Os servidores do Rio já sentiram na pele o modus operandi do secretário. Quando estava à frente da Secretaria de Fazenda daquele Estado, Gustavo Barbosa ampliou de 11% para 14% a contribuição previdenciária. Na época o jornal Extra calculou quanto seria o impacto desse aumento na renda mensal do servidor ativo, até ele se aposentar. Por exemplo, um professor de 51 anos e 18 de contribuição teria de contribuir com quase R$ 20 mil a mais para o Estado até alcançar 30 anos de contribuição.
Sob a gestão dele, no Rio e em Minas os salários são pagos em dia prioritariamente para as forças de segurança e da saúde, ficando as demais categorias com seus ganhos parcelados.
*Jornalista e assessor da Adunimontes