Os deputados Gil Pereira e Arlen Santiago rasgaram a lei que eles aprovaram

VENDA DE ESTATAIS – Deputados que incluíram o referendo na Constituição votaram 24 anos depois para derrubá-lo Dois parlamentares que já estavam na ALMG em 2001 votaram de forma oposta desta vez e foram decisivos para derrubar medida que eles próprios haviam apoiado Por Salma Freua – O TEMPO Vinte e quatro anos depois de serem a favor da inclusão do referendo popular para a venda de estatais mineiras na Constituição Estadual, os deputados Arlen Santiago (Avante) e Gil Pereira (PSD) votaram, na última quarta-feira (5/11), pela retirada da regra que eles próprios ajudaram a criar. O voto deles foi decisivo para derrubar o referendo em caso de eventual venda da Copasa, já que a proposta passou com o número mínimo de votos exigido. Em 2001, os dois parlamentares estavam em siglas que não existem mais. Arlen era filiado ao PTB, partido que deixou de existir após a fusão com o Patriota, que originou o Partido da Renovação Democrática (PRD). Já Gil Pereira integrava o PPB, legenda que mudou de nome em 2003 para Partido Progressista (PP). Naquele ano, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Referendo, enviada pelo então governador Itamar Franco (PMDB, hoje chamado de MDB), foi aprovada em segundo turno com 51 votos a favor. Outros deputados da época continuam na Assembleia, como Alencar da Silveira Jr., que votou a favor da retirada do referendo na última semana. Em 2001, ele não votou. Já Sargento Rodrigues (PL) manteve o voto de 24 anos atrás e foi contra a derrubada da consulta popular. O texto também determinava que, para a venda de empresas públicas mineiras, seria necessária a aprovação de três quintos dos deputados. Após a aprovação da proposta na época, o então deputado estadual Rogério Correia (PT) afirmou disse que a ação “praticamente” inibiria qualquer privatização de estatais como a Cemig e a Copasa. “A Assembleia Legislativa acaba de aprovar um projeto importante. A aprovação dessa emenda à Constituição, praticamente, inibe qualquer ação de governos futuros no que diz respeito à venda de empresas importantes como a Cemig e a Copasa”, avaliou. “O povo mineiro fica resguardado da ação de governos que especulam com empresas que nos são muito caras, vendendo-as, a preço de banana, a empresas estrangeiras. Conforme o substitutivo que apresentei, essa emenda à Constituição obriga que, para qualquer venda da Cemig ou da Copasa, seja necessária, em primeiro lugar, a aprovação de três quintos dos deputados, mesmo número necessário à aprovação de emenda à Constituição, o que dificulta a autorização da venda da Cemig e da Copasa”, acrescentou. “Mesmo assim, seria necessário um referendo popular para a concretização da venda dessas empresas estatais. É uma salvaguarda que a emenda à Constituição passa a ter. Tomara que outras Assembleias Legislativas procedam da mesma forma, para impedir que esse processo privatizante continue tendo curso em nosso país”, finalizou. Mais de uma década depois, nenhum referendo chegou a ser realizado, e a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou a PEC 24/2023, que retira da Constituição a obrigatoriedade de consulta popular para a privatização da Copasa. Durante a tramitação, os deputados decidiram excluir do texto original, enviado pelo governador Romeu Zema (Novo), as referências à Cemig e à Gasmig e a retirada da exigência de apoio de três quintos dos parlamentares para autorizar uma privatização. O novo texto foi aprovado com 48 votos favoráveis – um placar quase reverso ao de 2001. Procurados, Arlen Santiago informou, por meio da assessoria, que prefere não se pronunciar a mudança de posição por enquanto. A equipe de Gil Pereira não se manifestou até a publicação desta matéria. Agora, está na Casa o Projeto de Lei 4.380/2025, que trata da venda da Copasa, também de autoria do governo Zema. A proposta deve começar a ser analisada nesta semana.
Enem privilegia direitos humanos e cidadania ao abordar envelhecimento na redação

Em 2025, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe o tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. Neste domingo (9), além da prova de redação, os candidatos fazem as questões de linguagens e códigos e de ciências humanas. A prova termina às 19h (horário de Brasília). Para a professora Viviane de Souza, que dá aula em pré-vestibulares de Fortaleza (CE), a escolha da temática segue uma linha já adotada em outras edições do exame. “O Enem seguiu o raciocínio dos anos anteriores ao privilegiar o debate sobre direitos humanos e cidadania e envolver um grupo minoritário para isso”, avalia. Ela lembra que o tema é bastante atual, tendo em vista os dados revelados pelo Censo Demográfico 2022, o qual mostrou que o total de pessoas com 65 anos ou mais no país chegou a 10,9% da população, com alta de 57,4% frente a 2010, quando esse contingente era de pouco mais de 14 milhões, ou 7,4% da população. “A temática é de grande relevância, tendo em vista o processo de envelhecimento populacional pelo qual vem passando a sociedade há anos, com uma projeção de que, em 2070, os idosos representarão cerca de 37,8% da população, totalizando 75,3 milhões de pessoas, segundo o IBGE”, destaca Sousa. A professora de Redação avalja que os aspectos exigidos na prova são acessíveis aos diversos níveis dos participantes. “Inúmeras ações já existem e podem ser citadas, como o Estatuto da Pessoa Idosa, o qual reforça os direitos constitucionais dessa parcela, bem como ações de valorização desse público, a exemplo do Dia Nacional do Idoso.” Ela reforça que os candidatos devem refletir ainda sobre os entraves ainda enfrentados, como a falta de acesso aos serviços de saúde, questões previdenciárias e o preconceito social. Etarismo Professores ouvidos pela Agência Brasil também destacaram a oportunidade de debater o etarismo, tendo em vista que mais de 4,8 milhões de pessoas fazem a prova. Para a professora de redação Bárbara Soares, que atua em Brasília, o exame trouxe, mais uma vez, um tema relevante e atual, tendo em vista o envelhecimento da população e a necessidade de combate ao etarismo. Além disso, relações possíveis com violações de direitos, como a descoberta sobre os desvios de recursos das aposentadorias de brasileiros e a necessidade de novas políticas públicas poderiam ser abordadas na prova. “Há uma grande preocupação de como proteger essas pessoas. O Enem coloca uma lupa sobre um problema que está relacionado a grupos mais vulneráveis e de que premissas constitucionais estão sendo violadas”, afirmou a docente. O professor Thiago Braga, que dá aulas no Rio de Janeiro, também destaca a mudança na pirâmide etária brasileira. “É uma discussão feita interdisciplinarmente na escola. Todos eles sabem, por exemplo, que a pirâmide etária brasileira está passando por uma transformação importante nesse momento”, pondera. O projeto de texto, com informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, deverá defender um ponto de vista – uma opinião a respeito do tema proposto -, apoiada em argumentos consistentes, estruturados com coerência. O candidato também deverá elaborar uma proposta de intervenção social (solução) para o problema apresentado no desenvolvimento do texto. Essa proposta deve respeitar os direitos humanos. Propostas que desrespeitem os direitos humanos receberão nota zero. Constituem desrespeito aos direitos humanos propostas que, por exemplo, incitem as pessoas à violência ou tenham referências racistas.
Tornado causa destruição em Rio Bonito do Iguacu, interior do Paraná

Ventos podem chegado a cerca de 250 km/h. Formação de frente fria e de ciclone extratropical sobre o Sul do Brasil na sexta-feira, 7/11/25, gerou as nuvens muito carregadas que provocaram o tornado. Um tornado muito forte passou sobre Rio Bonito do Sul, no centro-oeste do Paraná, destruindo grande parte da cidade e causando mortes em 7/11/25 (Foto: Jonathan Campos-AEN – Fotos Públicas)Durante a sexta-feira, 7 de novembro de 2025, houve a formação de uma de uma frente fria e de forte ciclone extratropical sobre o Sul do Brasil. O processo de formação deste sistema, que já ocorreu muitas outras vezes sobre a região Sul e com intensidade até maior do que a observada nesta sexta-feira, gerou nuvens muito carregadas, do tipo cumulonimbus sobre os três estados do Sul, que provocaram tempestades com chuva volumosa em pouco tempo e também fortes rajadas de vento. A formação de nuvens cumulonimbus é comum nesta situação é parte do processo de formação da frente fria e do ciclone extratropical. Na região centro-oeste do Paraná, uma nuvem cumulonimbus teve um desenvolvimento mais intenso e se transformou numa supercélula, que gerou o tornado muito forte na cidade de Rio Bonito do Iguaçu. Técnicos do governo do Paraná estimaram que o tornado pode ter causado ventos entre 200 km/h a 250 km/h. A força dos ventos deixou a cidade praticamente toda a destruída. A passagem do tornado deixou um cenário de guerra em Rio Bonito do Iguaçu. Até o meio da tarde deste sábado, 8 de novembro de 2025, a imprensa noticiava pelos menos 750 feridos e seis mortes no Paraná, sendo cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. O que é um tornado? O tornado é uma corrente de ar giratória, que se forma entre o solo e a base de uma nuvem cumulonimbus especialmente intensa, chamada de supercélula. Esta corrente de ar tem uma aparência muito afunilada característica, semelhante a uma enorme casquinha de sorvete ou a um temaki. Quando este “funil” toca o solo é chamado de tornado. Quando o “funil” não toca o solo, dizemos que houve apenas a formação de uma nuvem funil. Os meteorologistas conseguem antever uma situação atmosférica com risco de formação de supercélulas, onde nascem os tornados, até com mais de 24 horas de antecedência. Mas saber onde a supercélula está efetivamente se formando é uma avaliação de curto prazo, que só se pode fazer com monitoramento no mesmo dia, por algumas horas, com análise contínua de imagens fornecidas por radares e satélites meteorológicos. Saiba agora algumas características dos tornados – tornados são formados em nuvens do tipo cumulonimbus chamadas de supercélulas; – muitas vezes é possível ver um tornado a olho nu e fotografá-lo, mas muitas vezes os tornados ocorrem à noite e só vemos a destruição; – o ambiente atmosférico onde se forma uma supercélula é normalmente muito úmido, quente, com uma pressão do ar muito baixa e com grandes diferenças de vento entre a superfície e níveis mais elevados da atmosfera; – a possibilidade de ocorrência de um tornado em uma região é detectada pouco tempo antes, cerca de meia hora, do fenômeno ocorrer; – a nuvem que pode conter um tornado é monitorada por imagens de satélite de alta resolução e por informações específicas de radares meteorológicos; tornados podem ter diferentes intensidades e os mais severos podem provocar ventania acima de 300 km/h; – o que diferencia o vento forte que muitas vezes ocorrer durante uma tempestade de um tornado é a característica giratória do vento, que causa torções em objetos grandes e em estruturas; – a duração de um tornado é de poucos minutos; – a extensão horizontal de um tornado é de alguns quilômetros; – não possível prever a trajetória do tornado; – a ocorrência de tornados é comum na passagem de furacões e de tufões, mas também pode ocorrer na formação de alguns ciclones extratropicais; – os danos causados por um tornado, dependendo da intensidade, pode variar desde árvores médias arrancadas pela raíz, destelhamentos de casas, queda de postes e torres de transmissão de energia, até a destruição completa de construções grandes de concreto e aço, arremesso de carros, torções de grandes estruturas de aço; – a velocidade do vento provocada por um tornado é geralmente estimada a partir do tipo de dano observado no local onde houve o fenômeno; – no Brasil, a formação de tornados é mais comum no Sul do Brasil, mas vários eventos já ocorreram em São Paulo e em Mato Grosso do Sul e já houve formação de tormado em Brasília; Escala Fujita estima a força de um tornado A Escala Fujita Aprimorada (Escala EF) é um medidor da força de um tornado. Esta escala foi construída por especialistas dos Estados Unidos, a partir do nível de danos causados por tornados que ocorrem neste país. A velocidade do vento na escala EF é uma estimativa e não uma velocidade medida por instrumentos. Os instrumentos meteorológicos são facilmente defstruídos pela ventania de um tornado. Esta escala Fujita Aprimorada é usada pelos meteorologistas nos Estados Unidos desde em 1º de fevereiro de 2007. Ela serve de base para ser usada em outros países, mas precisa ser adaptada porque o tipo de construção nos Estados Unidos é muito diferente do que se faz no Brasil, por exemplo. Usamos tiljolos (alvenaria) no Brasil e por lá é muito comum o uso de madeira e do dry wall, que feito de gesso. A escala Fujita Aprimorada classifica os tornados de 0 a 5: (valores de velocidade de vento aproximados) EF 0: 105 km/h a 137 km/h EF 1:137 km/h a 177 km/h EF 2: 179 km/h a217 km/h EF 3: 219 km/h a 265 km/h EF 4: 267 km/h a 322 km/h EF 5: acima de 322 km/h
AZEDOU – Eduardo compartilha post acusando Nikolas de querer se livrar de Bolsonaro

Não foi a primeira vez que Eduardo Bolsonaro, o filho 03, compartilha críticas sobre Nikolas Ferreira, expondo um racha na direita O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) acusou Nikolas Ferreira (PL), correligionário e colega de Câmara, de querer se livrar de Jair Bolsonaro (PL). A divergência foi compartilhada nessa sexta-feira (7/11) na rede social X. Posteriormente, a mensagem foi apagada pelo autor, que mantém críticas ao parlamentar mineiro. “A briga na direita que todos estão vendo é simples. Nikolas quer se livrar do Bolsonaro de vez. Ele está liderando uma dissidência, e vários políticos mais jovens estão com ele. O problema? O de sempre: ‘Temos que nos descolar do Bozo sem perder o eleitor.’ Eles querem continuar sendo eleitos pelos bolsonaristas, mas não querem mais prestar contas ao Bolsonaro”, dizia a postagem. O fogo amigo contra Nikolas se deu no calor das discussões sobre a candidatura de Carlos Bolsonaro (PL), que atualmente é vereador na cidade do Rio de Janeiro, a uma cadeira no Senado Federal pelo estado de Santa Catarina nas eleições de 2026, tendo como alvo principal Ana Campagnolo. A deputada estadual catarinense tem se mostrado contra a migração de Carlos para a vaga, que impediria a candidatura da deputada federal Carol de Toni de disputar o Senado por Santa Catarina. No entanto, não é a primeira vez que Eduardo Bolsonaro ataca Nikolas Ferreira. Em julho, o deputado federal paulista disse na rede social X que era triste ver a que ponto Nikolas chegou após interação do mineiro com a influenciadora Baianinha Intergaláctica, dissidente do bolsonarismo. Já no relatório da Polícia Federal que embasou o indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo por coação, existem dois compartilhamentos de links por WhatsApp entre o deputado federal paulista e o pai sobre Nikolas. Um desses links criticava a falta de divulgação pelo mineiro das manifestações em apoio ao ex-presidente, enquanto a outra fazia menção a uma tentativa de descolar sua imagem da de Bolsonaro.
Cúpula de Líderes da COP30 aprova declaração sobre fome, pobreza e ação climática

Documento apoiado por 43 países e União Europeia alerta para o fato de que o impacto adverso das mudanças climáticas é desigual e atinge com mais força os mais vulneráveis A Cúpula de Líderes da COP30 aprovou, nesta sexta-feira (7), a Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas, com o apoio de 43 países e da União Europeia. Tendo como base a visão do governo brasileiro sobre o combate a esses males, o documento alerta para o fato de que o impacto adverso das mudanças climáticas, embora afete a todos, é desigual e atinge com mais força os mais vulneráveis. Partindo desse pressuposto, a declaração reforça a importância de que os países continuem investindo na mitigação dos efeitos da crise ambiental, mas com foco especial nas medidas de adaptação climática centradas no ser humano, como a proteção social adaptativa, seguros-safra e outros instrumentos que promovam a resiliência dos pequenos produtores rurais às mudanças climáticas. Ao mesmo tempo, defende que o financiamento climático também invista em projetos que gerem oportunidades, empregos e meios de subsistência para agricultores familiares, comunidades tradicionais e povos da floresta, reforçando o entendimento de que o financiamento climático deve priorizar soluções centradas nas pessoas. No mesmo dia, também foram aprovados outros documentos para nortear as ações dos países signatários nos próximos anos. Um deles foi a Declaração de Belém sobre o Combate ao Racismo Ambiental, que busca fomentar o diálogo internacional sobre a interseção entre igualdade racial, meio ambiente e clima. Também foram aprovadas a Declaração sobre a Coalizão Aberta de Mercados Regulados de Carbono e o Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis, que pretende somar esforços para quadruplicar a produção e o uso de combustíveis sustentáveis até 2035. Fome, Pobreza e Ação Climática A Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas — uma das mais abrangentes e impactantes entre os documentos aprovados — reforça que “a mudança do clima, a degradação ambiental e a perda da biodiversidade já estão agravando a fome, a pobreza e a insegurança alimentar, comprometendo o acesso à água, piorando os indicadores de saúde e aumentando a mortalidade, aprofundando desigualdades e ameaçando meios de subsistência, com impactos desproporcionais sobre pessoas já pobres ou em situação de vulnerabilidade”. Nesse sentido, se compromete a “colocar os impactos desiguais da mudança do clima no centro da nossa resposta, em consonância com o princípio da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) de dar plena consideração às necessidades específicas e às circunstâncias especiais dos países em desenvolvimento, em especial os mais vulneráveis”. O documento aponta que os signatários trabalharão, entre outros pontos, para “expandir sistemas de proteção social e assistência emergencial adaptados às mudanças do clima; integrar os sistemas de proteção social com alertas antecipados, preparação para desastres, ações antecipatórias, respostas a perdas e danos, bem como com os setores de recursos naturais e meio ambiente e conectar a proteção social com intervenções em nutrição, alimentação escolar, meios de subsistência, saúde, extensão agrícola e educação, promovendo a resiliência de longo prazo e a adaptação frente a impactos climáticos adversos”. Quanto aos produtores rurais, a declaração se compromete a “ampliar soluções que permitam que famílias em situação de vulnerabilidade climática e pequenos produtores em áreas rurais gerenciem riscos climáticos, aumentem sua resiliência e reduzam vulnerabilidades — incluindo seguros, garantias, mecanismos de redução de riscos, proteção social vinculada à produção e financiamento para evitar, minimizar e enfrentar perdas e danos”. Também defende a expansão do acesso das populações mais vulneráveis em áreas rurais “a infraestrutura e serviços resilientes ao clima, como acesso seguro à água e saneamento, irrigação inteligente e eficiente, gestão de secas e enchentes, energia sustentável, instrumentos financeiros adequados, capacitação, informações de mercado, ferramentas e serviços de assistência técnica e extensão rural”. A declaração ainda se compromete a “desenvolver, implementar e ampliar soluções inclusivas e sustentáveis, incluindo modelos diversificados de agroflorestas, que gerem empregos decentes e meios de vida sustentáveis para as populações locais; expandir alternativas sustentáveis de subsistência por meio da bioeconomia, agroflorestas, serviços rurais, ecoturismo, restauração e conservação de terras e ecossistemas; apoiar o desenvolvimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) e incentivar ações climáticas e projetos de financiamento climático e proteger os direitos de propriedade sobre florestas e outros direitos dos Povos Indígenas e comunidades locais”. Para ler a íntegra da declaração, clique aqui.
Caetano e Bethânia são indicados no Grammy 2026; veja a lista completa

Irmãos concorrem na categoria de melhor álbum de música global e são os únicos brasileiros indicados nesta edição da premiação O Grammy anunciou, nesta sexta-feira (7/11), as indicações para a sua 68ª edição, que acontece em 1º de fevereiro do ano que vem. O prêmio mais importante da indústria musical americana, da Academia de Gravação, destaca nomes como Lady Gaga, com o álbum “Mayhem”; Bad Bunny, por “Debí Tirar Más Fotos”; Sabrina Carpenter, pelo badalado “Man’s Best Friend”; além de Kendrick Lamar, com o disco “GNX”, nas principais categorias -dentre eles, álbum, música e gravação do ano. Lamar, que levou cinco troféus na edição anterior do Grammy, é o com mais indicações ao todo, com nove menções. Depois dele vem Lady Gaga, com sete, superando o recorde de indicações dela, em 2010, quando concorreu a seis gramofones. A diva pop está empatada com os produtores Jack Antonoff e Cirkut. Depois, todos com seis indicações, estão Sabrina Carpenter, Serban Ghenea, Bad Bunny e Leon Thomas. O disco “Caetano e Bethânia Ao Vivo”, registro da turnê mais recente dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia, foi indicado na categoria de melhor álbum de música global. Os baianos disputam com nomes como o nigeriano Burna Boy, a indiana Siddhant Bhatia e a britânica indiana Anoushka Shankar. Lista dos indicados às principais categorias do Grammy 2026: GRAVAÇÃO DO ANO – Abracadabra – Lady Gaga – Anxiety – Doechii – APT. – ROSÉ, Bruno Mars – DtMF ? Bad Bunny – Manchild – Sabrina Carpenter – WILDFLOWER – Billie Eilish – luther – Kendrick Lamar & SZA – The Subway – Chappell Roan ÁLBUM DO ANO – SWAG – Justin Bieber – MAYHEM – Lady Gaga – DeBÍ TiRAR MáS FOToS – Bad Bunny – Man’s Best Friend – Sabrina Carpenter – Let God Sort Em Out – Clipse, Pusha T & Malice – GNX – Kendrick Lamar – MUTT – Leon Thomas – CHROMAKOPIA – Tyler, The Creator MÚSICA DO ANO – Golden – HUNTR/X: EJAE, Audrey Nuna, REI AMI – APT. – ROSÉ, Bruno Mars – Abracadabra – Lady Gaga – Anxiety – Doechii – DtMF – Bad Bunny – luther – Kendrick Lamar & SZA – Manchild – Sabrina Carpenter – WILDFLOWER – Billie Eilish ARTISTA REVELAÇÃO – Olivia Dean – KATSEYE – The Marias – Addison Rae – sombr – Leon Thomas – Alex Warren – Lola Young MELHOR GRAVAÇÃO DANCE/ELETRÔNICA – No Cap – Disclosure & Anderson .Paak – Victory Lap – Fred again.., Skepta, & PlaqueBoyMax – SPACE INVADER – KAYTRANADA – VOLTAGE – Skrillex – End Of Summer – Tame Impala MELHOR ÁLBUM DE ROCK – private music – Deftones – I quit – HAIM – From Zero – Linkin Park – NEVER ENOUGH – Turnstile – Idols – YUNGBLUD MELHOR MÚSICA DE ROCK – As Alive As You Need Me To Be (Nine Inch Nails) – Caramel (Sleep Token) – Glum (Hayley Williams) – NEVER ENOUGH (Turnstile) – Zombie (YUNGBLUD) MELHOR ÁLBUM DE RAP – Clipse: Let God Sort Em Out – GloRilla: GLORIOUS – JID: God Does Like Ugly – Kendrick Lamar: GNX – Tyler, the Creator: CHROMAKOPIA MELHOR MÚSICA DE RAP – Anxiety – Doechii – The Birds Don’t Sing – Clipse, Pusha T & Malice and John Legend & Voices Of Fire – Sticky – Tyler, The Creator, GloRilla, Sexyy Red & Lil Wayne – TGIF – GloRilla – tv off – Kendrick Lamar and Lefty Gunplay MELHOR PERFORMANCE DE RAP – Outside – Cardi B – Chains & Whips – Clipse, Pusha T & Malice, Kendrick Lamar & Pharrell Williams – Anxiety – Doechii – tv off – Kendrick Lamar and Lefty Gunplay – Darling, I – Tyler, The Creator and Teezo Touchdown MELHOR MÚSICA DE R&B – Folded – Kehlani – Heart Of A Woman – Summer Walker – It Depends – Chris Brown & Bryson Tiller – Overqualified – Durand Bernarr – YES IT IS – Leon Thomas MELHOR PERFORMANCE DE R&B – YUKON – Justin Bieber – It Depends – Chris Brown & Bryson Tiller – Folded – Kehlani – MUTT (Live From NPR’s Tiny Desk) – Leon Thomas – Heart Of A Woman – Summer Walker MELHOR PERFORMANCE DE POP SOLO – Justin Bieber: “DAISIES” – Sabrina Carpenter: “Manchild” – Lady Gaga: “Disease” – Chappell Roan: “The Subway” – Lola Young: “Messy” MELHOR ÁLBUM POP VOCAL – SWAG – Justin Bieber – Man’s Best Friend – Sabrina Carpenter – Something Beautiful – Miley Cyrus – MAYHEM – Lady Gaga – I’ve Tried Everything But Therapy (Part 2) – Teddy Swims MELHOR GRAVAÇÃO DE DANCE POP – Midnight Sun – Zara Larsson – Illegal – PinkPantheress – Bluest Flame – Selena Gomez & benny blanco – Abracadabra – Lady Gaga – Just Keep Watching (From F1® The Movie) – Tate McRae MELHOR ÁLBUM POP VOCAL TRADICIONAL – Harlequin – Lady Gaga – A Matter Of Time – Laufey – Wintersongs – Laila Biali – The Gift Of Love – Jennifer Hudson – Who Believes In Angels? – Elton John & Brandi Carlile – The Secret Of Life: Partners, Volume 2 – Barbra Streisand MELHOR PERFORMANCE DE MÚSICA ALTERNATIVA – Everything Is Peaceful Love Bon Iver – Alone – The Cure – SEEIN’ STARS – Turnstile – mangetout – Wet Leg – Parachute – Hayley Williams MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA ALTERNATIVA – DON’T TAP THE GLASS – Tyler, The Creator – Ego Death At A Bachelorette Party – Hayley Williams – SABLE, fABLE – Bon Iver – Songs Of A Lost World – The Cure – moisturizer – Wet Leg PRODUTOR DO ANO, NÃO-CLÁSSICO – Dan Auerbach – Cirkut – Dijon – Blake Mills – Sounwave COMPOSITOR DO ANO, NÃO-CLÁSSICO – Amy Allen – Edgar Barrera – Jessie Jo Dillon – Tobias Jesso Jr. – Laura Veltz MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA GLOBAL – Caetano e Bethânia Ao Vivo – Caetano Veloso And Maria Bethânia – No Sign of Weakness – Burna Boy – Sounds Of Kumbha- Siddhant Bhatia –
Vereadores querem que população decida sobre privatização da Copasa em Belo Horizonte

Proposta prevê plebiscito antes de qualquer concessão ou transferência à iniciativa privada Após o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), articularem para derrubar o artigo da Constituição Estadual que obrigava a realização de referendo popular para privatização da Copasa, vereadores de Belo Horizonte apresentaram uma proposta para garantir que a população da capital tenha poder de decisão sobre o tema. Entenda: Tadeu Leite faz manobra, aceita voto fora do prazo, e PEC do Cala a Boca é aprovada pela ALMG As bancadas do PT, PSOL, PCdoB e PV anunciaram, na Câmara Municipal, um Projeto de Lei que torna obrigatório um plebiscito popular antes de qualquer concessão ou delegação à iniciativa privada dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município. A iniciativa é de autoria do vereador Bruno Pedralva (PT) e surgiu após uma audiência pública que reuniu moradores, movimentos populares e sindicatos para discutir os impactos da privatização. Programas municipais ameaçados A proposta foi motivada pela preocupação com os efeitos que a privatização da Copasa poderia causar sobre programas e fundos essenciais da cidade. Um dos principais é o Fundo Municipal de Saneamento, que recebe 4% da arrecadação da companhia em Belo Horizonte, conforme contrato vigente. O recurso, administrado pela prefeitura, é direcionado a ações de urbanização e saneamento em vilas e favelas, além de subsidiar o custo da água em órgãos públicos municipais. Para Pedralva, a mudança na gestão da Copasa colocaria em risco essas políticas públicas. “Privatizar a Copasa significa esvaziar os investimentos públicos nas regiões mais vulneráveis da cidade. Nós estamos falando de menos acesso à saúde, menos desenvolvimento urbano, menos direitos básicos e fundamentais garantidos. É um retrocesso enorme”, destaca o parlamentar. Outro ponto levantado é o programa Drenurbs, que prevê investimentos conjuntos entre a Copasa e a prefeitura em drenagem urbana e recuperação de vales e córregos. O contrato atual da companhia estabelece que a estatal deve contribuir para esse tipo de obra, o que pode deixar de ocorrer caso o controle passe à iniciativa privada. Possível quebra de contrato A parceria entre o município e a Copasa está formalizada em um convênio de cooperação firmado em 2002, cuja cláusula quarta estabelece que a eficácia do contrato depende da manutenção do controle acionário e do poder de gestão da Copasa-MG pelo Estado. A venda da empresa, portanto, poderia configurar descumprimento contratual e abrir margem para questionamentos jurídicos. Direito à consulta popular O projeto dos vereadores se apoia na Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, que prevê o plebiscito como instrumento de exercício direto do poder popular. Segundo o texto, a consulta permite que os cidadãos legislem diretamente sobre decisões que impactam a vida da cidade. Com o avanço da pauta privatista no estado, os autores da proposta defendem que os moradores de Belo Horizonte tenham o direito de decidir o futuro da água e do saneamento da capital. Fonte: Brasil de Fato
Zema, Tadeuzinho e o golpe no povo mineiro para vender a Copasa

“A guerra das forças populares mineiras contra a rapina do patrimônio público continua” – Editorial BdF MG A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi palco, na última quarta-feira (5), ao mesmo tempo, do melhor e do pior que há na política mineira. A votação em segundo turno da PEC do Cala Boca, como ficou conhecida a Proposta de Emenda à Constituição que retira a obrigatoriedade do referendo popular para a entrega da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) à iniciativa privada, foi marcada por galerias, ruas e praça lotadas de trabalhadoras, trabalhadores, movimentos populares e sindicais e cidadãos manifestando sua indignação com esse retrocesso democrático. Os deputados do bloco de oposição realizaram um trabalho incansável de obstrução da pauta, denunciando a impopularidade da medida e o cerceamento ao debate que foi, ao longo de todo o processo, operado pela base do governo. Sob a condução do presidente da ALMG, Tadeu Leite (MDB), o processo contou com algumas manobras no mínimo questionáveis, para garantir o resultado esperado pelo governo de Romeu Zema (Novo) e seus aliados. A base do governo teve dificuldades para garantir a presença em plenário de seus deputados, atrasando forçosamente a votação até o momento que lhe fosse mais conveniente. A mais constrangedora das manobras, contudo, aconteceu às claras, sob os olhos do plenário com as galerias lotadas e televisionada para milhões de mineiros. A votação foi encerrada pelo presidente da ALMG e teve o resultado transmitido no painel da casa de 47 votos favoráveis à PEC, um a menos do que o necessário para sua aprovação. Cabe lembrar que, no primeiro turno, foram 52 votos favoráveis. O deputado Bruno Engler (PL) não estava presente no momento da votação e chegou após o encerramento, declarando seu voto no microfone. O voto foi aceito fora do prazo por Tadeu Leite, dando vitória à base governista. Que as forças populares são sub-representadas no legislativo e que a batalha seria árdua nós já sabíamos. Contudo, essas movimentações dos setores ligados ao grande empresariado mostraram que a luta popular surtiu efeito. Foram 4 votos virados entre o primeiro e segundo turno. E a cena protagonizada por Bruno Engler escancarou a sua covardia. O deputado, assim como outros da base do governo, fez de tudo para não estar presente no momento da votação e poder se abster, evitando o desgaste político. Diversos deputados, com vergonha de votar, só apareceram no último minuto quando perceberam que seus votos seriam essenciais para a aprovação da pauta. Nesse jogo perigoso, o aliado de Nikolas Ferreira errou no cálculo e se atrasou por alguns segundos, abrindo espaço para a judicialização do resultado. O dia de quarta-feira mostrou que estava enganado quem previu vitória fácil para o governo, assim como estava enganado quem enxergava em Tadeu Leite um perfil democrata. A luta popular contra as privatizações funcionou e, nessa batalha, o governo teve uma vitória amarga, com gosto de derrota. A guerra das forças populares mineiras contra a rapina do patrimônio público continua e promete novos e importantes embates. Fonte: Brasil de Fato
Tadeuzinho faz manobra, aceita voto fora do prazo, e PEC do Cala a Boca é aprovada pela ALMG

Sindicato dos trabalhadores da Copasa anunciou que entrará com ação judicial contra a votação Com a Assembleia Legislação de Minas Gerais (ALMG) lotada de trabalhadores e lideranças populares contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, o legislativo aprovou, na tarde desta quarta-feira (5), a medida que retira a obrigatoriedade de realização de um referendo popular para autorizar a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A proposta, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), obteve 47 votos no tempo regulamentar exigido pela ALMG, menos que os 48 votos necessários para a aprovação da PEC. Segundos depois da contabilização dos deputados favoráveis e contrários, o presidente da Casa, Tadeu Martins (MDB), fez uma manobra e aceitou o voto de Bruno Engler (PL), após o encerramento do prazo. Deputados da oposição e manifestantes presentes na ALMG denunciaram a movimentação e, aos gritos de “vergonha”, denunciaram que atuação de Leite fere as regras regimentais do legislativo. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Estado de Minas Gerais (Sindágua/MG) anunciou que entrará com ação judicial para anular a votação, e o Bloco Democracia e Luta, de oposição ao governo, deve entrar com recurso. Entenda Após a ALMG aprovar, em 1º turno, a chamada PEC do Cala a Boca, na madrugada de sexta-feira (24), o texto voltou à tramitação, em 2º turno, nesta quarta-feira (5). Na primeira votação, a PEC foi aprovada com 52 votos favoráveis e 18 contrários. O texto permite que a venda ou federalização da estatal ocorra sem consulta à população, inclusive para o cumprimento de obrigações ligadas à dívida pública ou a programas como o Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag), que prevê contrapartidas em áreas como educação e infraestrutura. A Copasa é responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto em mais da metade dos municípios mineiros e figura entre as empresas mais lucrativas do estado. Segundo especialistas, a aprovação da PEC é um passo decisivo para o projeto de privatização defendido pelo governo Zema desde 2024, sob o discurso de “modernizar” e “equilibrar as contas públicas”. Casos em outros estados reforçam as preocupações. Em Ouro Preto (MG), moradores enfrentaram tarifas abusivas e cortes de água após a empresa privada Saneouro assumir o serviço. No Rio de Janeiro, a venda da Cedae resultou em queda no tratamento de esgoto e aumento nas reclamações por falta d’água. Já em Manaus, duas décadas após a privatização, 80% da população ainda não tem esgotamento sanitário adequado. No Tocantins, a Saneatins chegou a ser reestatizada em 2013 após anos de piora nos indicadores. Fonte: Brasil de Fato
Leão critica técnicos estrangeiros ao lado de Carlo Ancelotti

Durante o Fórum Brasileiro de Treinadores, Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira criticaram a presença de técnicos estrangeiros no país O 2º Fórum Brasileiro dos Treinadores de Futebol, realizado nesta terça-feira (4/11), homenageou técnicos brasileiros e o italiano Carlo Ancelotti, atual comandante da Seleção Brasileira. Durante o evento, Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira aproveitaram o palco para criticar a presença de estrangeiros no futebol nacional. Campeão do mundo em 1970 e ex-técnico da Seleção, Leão subiu e criticou a “invasão” de treinadores estrageiros no país: Confira: “Eu sempre disse que não gosto de treinadores estrangeiros no meu país. Antes eu falava que não suportaria, e não mudo minha opinião. Mas tenho que ser inteligente o suficiente para dizer que isso tudo tem um culpado: nós, os treinadores brasileiros. Somos culpados pela invasão de outros profissionais”, afirmou, olhando para Ancelotti, que estava presente no auditório. Leão tentou amenizar o tom ao encerrar seu discurso, desejando “boa sorte” a Vagner Mancini, presidente da Federação Brasileira de Treinadores, e, logo em seguida, encarando o técnico italiano: “Boa sorte para você também”, disse. Outro homenageado, Oswaldo de Oliveira seguiu a mesma linha crítica, mas fez questão de destacar o respeito por Ancelotti. “Eu não queria treinador estrangeiro, mas não tinha jeito. Se tivesse que ser, que fosse esse senhor. Torci para ser esse senhor. Depois que ele for embora, campeão do mundo, que venha um brasileiro”, comentou. Ancelotti, por sua vez, recebeu sua homenagem no evento e não respondeu às falas. O evento contou ainda com a presença de Zé Mário, ex-treinador, e Vagner Mancini, que preside a federação e atualmente comanda o Bragantino. Apesar do tom político e das críticas, a CBF manteve o discurso de valorização do trabalho dos treinadores nacionais e estrangeiros, destacando a troca de experiências como fator positivo para o desenvolvimento do futebol brasileiro.