TJD-MG toma decisão e confirma acesso do North ao Módulo I do Mineiro

Julgamento realizado nesta segunda-feira (29) manteve vitória do time norte-mineiro sobre o Patrocinense, na quinta rodada do triangular do Módulo II O North está confirmado no Módulo I do Campeonato Mineiro de 2026. O julgamento, realizado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG) na noite desta terça-feira (29), na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), em Belo Horizonte, homologou a vitória do time de Montes Claros sobre o Patrocinense, na quinta rodada do triangular, e ratificou o acesso à elite do estadual. Responsável pela ação, a Águia de Patrocínio tentava impugnar a derrota para a equipe norte-mineira por um possível erro de direito. O Patrocinense reclamou de um apito externo que teve influência no primeiro gol do North na partida. A arbitragem não invalidou o lance. Por unanimidade, o TJD-MG manteve o 2 a 0 para o Gladiador do Norte. Ainda cabe recurso. O North Esporte Clube garantiu acesso à elite do futebol mineiro após o Tribunal de Justiça Desportivo de Minas Gerais (TJD-MG) homologar o resultado da partida com o Patrocinense nesta terça-feira, 29. O julgamento ocorreu após o CAP entrar com pedido de impugnação depois da derrota por 2 a 1 no dia 17 de julho. O confronto foi válido pela 5ª rodada da fase triangular do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. Ainda cabe recurso da decisão. A alegação feita ao TJD era de que um apito externo confundiu os atletas durante a jogada que terminou com o primeiro gol da equipe norte-mineira, aos oito minutos do primeiro tempo. Por conta do que chamou de “interferência externa”, o Patrocinense destacou que o árbitro principal deveria interromper o confronto e reiniciá-lo com a bola no chão. Como isso não foi feito, a jogada prosseguiu e o North marcou o gol. Com o resultado do julgamento, o North terminou a fase triangular na liderança do grupo D, com oito pontos, seguido pelo Democrata SL com seis e o Patrocinense com 1. A equipe de Montes Claros enfrentará a URT na final da competição. A data ainda será definida, já que com o processo judicial a Federação Mineira de Futebol suspendeu a realização das partidas que valerão o título do Módulo 2. Mesmo antes da bola rolar e independente de quem for campeão, os dois times já estão com a vaga garantida na elite do futebol mineiro.

Carla Zambelli é presa na Itália; autoridades têm 48 horas para definir extradição

Ex-deputada foi localizada após denúncia de parlamentar italiano e teve prisão confirmada pelo Ministério da Justiça A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi presa nesta terça-feira (29) em Roma, na Itália, após ser localizada por autoridades italianas. A informação foi confirmada pelo Ministério da Justiça do Brasil. A notícia foi publicada inicialmente pelo portal G1, que destacou que a prisão ocorreu após a colaboração do deputado italiano Angelo Bonelli, responsável por informar à polícia o paradeiro da ex-parlamentar. “Carla Zambelli está em um apartamento em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, a polícia está identificando Zambelli”, escreveu Bonelli em sua conta na rede X (antigo Twitter), na noite desta segunda-feira (28). Zambelli era considerada foragida desde que teve seu mandato cassado e foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 8 meses de prisão. Ela é acusada de participar de uma organização criminosa digital responsável pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão do STF se deu no âmbito de investigações que apontaram a participação de Zambelli em um esquema de ataques cibernéticos ao Poder Judiciário. Após a condenação, a ex-deputada deixou o Brasil e passou a residir na Itália, país no qual possui cidadania. Com a fuga, seu nome foi incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permite sua prisão em qualquer país signatário do tratado internacional. O Ministério da Justiça brasileiro já havia encaminhado às autoridades italianas o pedido formal de extradição, que agora deverá ser analisado pelo governo local. Expectativa por extradição A detenção de Zambelli reacende o debate sobre a cooperação internacional em matéria penal, especialmente diante do uso da cidadania italiana por investigados ou condenados que tentam escapar do sistema judicial brasileiro. A expectativa é de que o governo italiano se manifeste nos próximos dias sobre o andamento do pedido de extradição apresentado por Brasília. A defesa da ex-parlamentar ainda não se pronunciou oficialmente sobre a prisão. A operação contou com o apoio da Interpol e da polícia italiana, e as circunstâncias da detenção indicam que a articulação internacional pode acelerar o retorno de Zambelli ao Brasil para o cumprimento da pena. Zambelli, que foi uma das aliadas mais próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro, vinha sendo investigada desde o fim de seu mandato, quando se intensificaram as denúncias contra sua atuação em redes de disseminação de ataques virtuais contra instituições democráticas. A prisão marca mais um capítulo no cerco judicial a integrantes da extrema-direita envolvidos em práticas ilegais durante e após os mandatos parlamentares.

North garante vaga na primeira divisão do Campeonato Mineiro em 2026

A equipe de Montes Claros ficou com a vaga após o empate entre Democrata e Patrocinense neste Domingo (27 de julho), em Sete Lagoas *Por Albano Machado O North, time de futebol SAF, conseguiu a inclusão na Série A do futebol mineiro. Com o resultado de empate, 1 X 1, de Patrocinense, de Patrocínio, com o Democrata de Sete Lagoas, North ficou em primeiro lugar, com 8 pontos. Classificou- se para a primeira divisão do Campeonato Mineiro de Futebol de 2026. Assim, poderemos ter jogos do North contra América-MG, Atlético e Cruzeiro, em Montes Claros . Ou então, em BH, no Mineirão, na Arena MRB e no Independência * Jornalista

Nikolas e Engler se tornam réus por disseminação de fake news contra Fuad

Justiça Eleitoral acatou denúncia do MPMG, que cita ainda a deputada Delegada Sheila e Coronel Cláudia Romualdo; se condenados, eles podem ficar inelegíveis A Justiça Eleitoral de Minas Gerais aceitou uma denúncia do Ministério Público estadual e tornou réus o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o deputado estadual Bruno Engler (PL), a deputada estadual Delegada Sheila e a Coronel Cláudia Romualdo (PL), candidata a vice-prefeita de Belo Horizonte nas eleições de 2024. Os políticos são acusados de disseminar informações inverídicas contra Fuad Noman, então candidato à reeleição para a prefeitura da capital mineira durante a campanha eleitoral. Se condenados, os investigados podem perder os direitos políticos, o que inclui a possibilidade de se tornarem inelegíveis. A denúncia aponta que os réus teriam, em ação conjunta, atuado em duas frentes para minar a campanha de Fuad Noman, principalmente na reta final da disputa. A primeira teria ocorrido por meio do uso de trechos descontextualizados de obra literária ‘Cobiça’, de autoria do ex-prefeito. Na outra, os políticos teriam praticado “falsa imputação de responsabilidade por suposta exposição de crianças a conteúdo impróprio durante um festival internacional de quadrinhos organizado pela prefeitura”, acusa o Ministério Público. O propósito dos denunciados, segundo o MPMG, era desqualificar o candidato e angariar vantagem eleitoral em vantagem de Bruno Engler, que disputava o segundo turno das eleições com Fuad. A denúncia recebida pela Justiça Eleitoral ainda sustenta que “os denunciados incorreram na prática dos crimes de divulgação, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, de fatos sabidamente inverídicos, capazes de exercer influência perante o eleitorado, em relação ao então candidato Fuad Noman, e de difamação, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, contra o mesmo candidato, mediante a imputação fatos ofensivos à sua reputação”. Diante das acusações, o Ministério Público pediu que os réus sejam condenados a pagar indenização por danos morais e também sejam penalizados com a suspensão dos direitos políticos, o que inclui a inelegibilidade. Conforme a decisão proferida pelo juiz Marcos Antônio da Silva, da 29ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte, os réus têm dez dias, contados a partir de 23 de julho, para apresentarem defesa contra as acusações. O que dizem os citados O deputado Nikolas Ferreira se manifestou sobre a decisão por meio de publicação no Instagram. “Perseguição política absurda em todos os níveis”, disse o parlamentar em uma postagem na qual ele compartilha notícia sobre a decisão da Justiça Eleitoral. Bruno Engler, por sua vez, também usou as redes sociais para comentar o fato de ter se tornado réu. “A acusação? ‘Fake News’ por divulgar trechos de um livro escrito pelo próprio Fuad Noman. Absurdo”, reclamou o deputado estadual. A defesa de Engler, entretanto, informou à reportagem que só vai se manifestar nos autos do processo. O mesmo vale para Coronel Cláudia.

TRAMA GOLPISTA – General admite autoria de plano para matar Lula e Moraes

No STF, Mário Fernandes admite ter criado o plano “Punhal Verde e Amarelo”, mas nega participação em reuniões ou ações de monitoramento atribuídas a ele pela denúncia da PGR O general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, admitiu ser o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes. A confissão foi feita durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (24). O general afirmou que o documento era um “pensamento digitalizado”, que chegou a imprimir, mas garantiu nunca tê-lo compartilhado com ninguém. “Esse arquivo digital nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilar de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e por costume próprio resolvi digitalizar. Não foi apresentado a ninguém e nem compartilhado com ninguém”, afirmou Mário Fernandes. “Gostaria de reforçar: não apresentei, não compartilhei, nem citei esse documento a ninguém em nenhum momento”, completou. A defesa de Fernandes ressaltou que o plano — encontrado em um pendrive com o conteúdo — só veio à tona após ser apreendido pela Polícia Federal (PF). Questionado sobre a possibilidade de o arquivo ter sido discutido por terceiros em uma reunião do núcleo golpista sem sua presença, o general foi enfático: “Impossível”. Segundo a acusação, o plano teria sido debatido em uma reunião ocorrida em 12 de novembro de 2022, supostamente na casa do general Braga Netto, então candidato a vice na chapa de Bolsonaro. Mário Fernandes, no entanto, nega ter participado do encontro e afirma que sequer havia divulgado o plano até então. Durante o interrogatório, Fernandes buscou se desvincular completamente da articulação golpista. Ele confirmou a autoria do documento, mas insistiu que sua elaboração foi individual, sem o conhecimento ou envolvimento de outros membros do governo. Sem participação em monitoramentos? Outro ponto central da acusação é a suposta ordem para o monitoramento e a “neutralização” de autoridades e adversários, atribuída a Mário Fernandes. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que o general teria atuado para implementar uma rede de inteligência contra opositores do ex-presidente Bolsonaro — o que ele nega com veemência. “Esse talvez tenha sido o ponto que mais me chocou ao ler a denúncia. Nunca participei de qualquer ação de monitoramento. Nunca ouvi falar que isso tenha ocorrido. Parece que resolveram me encaixar no organograma pela patente, mas não existe uma única prova que me vincule a isso”, declarou. Conexões questionadas e recusa de associação a nomes Questionado sobre conexões entre pessoas mencionadas na denúncia — como o nome “Gilliard”, apontado como ligado ao coronel Rodrigo Azevedo —, Mário Fernandes afirmou que não se lembra de ter feito tais vínculos e disse não reconhecer Gilliard como associado a ninguém. Também negou ter mantido qualquer relação com o aplicativo Signum, ferramenta mencionada em mensagens investigadas. O general acrescentou ainda que não tem mais acesso ao telefone utilizado na época dos fatos, o que, segundo ele, compromete sua capacidade de confirmar ou negar com segurança algumas das menções feitas nas conversas analisadas. Réu por tentativa de golpe Mário Fernandes é réu no núcleo 2 da trama golpista — investigação conduzida pelo STF sobre a tentativa de golpe de Estado após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro. Esse núcleo reunia militares e oficiais da reserva envolvidos na elaboração de propostas de ruptura institucional, como minutas de decretação de estado de defesa, intervenção militar e assassinatos políticos

Trump quer minerais críticos do Brasil e Lula reage: “Aqui ninguém põe a mão”

Encarregado de negócios da Embaixada dos EUA relatou interesse do governo norte-americano nos metais estratégicos brasileiros O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom nesta quinta-feira (24) ao reagir ao interesse explícito do governo dos Estados Unidos nos minerais críticos do Brasil. A resposta veio após o encarregado de negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, informar em reunião com representantes do setor de mineração que Washington está de olho nos recursos estratégicos brasileiros, como o lítio, o nióbio, o grafite e as terras raras — insumos fundamentais para a transição energética e para a indústria de defesa. Durante cerimônia em Minas Novas (MG), Lula defendeu com veemência a soberania nacional e mandou um recado direto à ao presidente dos EUA Donald Trump. “Temos todo o nosso petróleo para proteger. Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro. A única coisa que eu peço ao governo americano é que respeite o povo brasileiro como eu respeito o povo americano”. Veja vídeo: 🇧🇷 'AQUI NINGUÉM PÕE A MÃO!': Em mensagem a Trump, Lula destaca soberania nacional Durante cerimônia de anúncios do Governo Federal, o presidente pediu respeito ao povo brasileiro, como ele "respeita o povo americano", e reforçou o dever de defender a nação e seus bens. pic.twitter.com/foN3NQrn1v — RT Brasil (@rtnoticias_br) July 24, 2025 Tarifaço de Trump aumenta suspeitas de pressão A declaração ocorre em meio a uma escalada de tensão nas relações comerciais com os EUA, alimentada pela decisão do presidente Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A revelação explícita de que Trump quer os minerais críticos brasileiros aumentam as suspeitas  de que o tarifaço seja parte de uma estratégia de pressão para que o Brasil ceda às demandas norte-americanas sobre os metais estratégicos e terras raras. Apesar de Escobar não ter feito uma conexão direta entre o interesse nos minérios e o pacote tarifário durante a reunião com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o momento da conversa – a menos de dez dias da entrada em vigor das novas taxas – levanta suspeitas. Representantes do setor avaliam que os minerais, especialmente as terras raras, podem acabar entrando como moeda de troca nas negociações. Para o presidente do Ibram, Raul Jungmann, a tentativa de aproximação por meio do setor privado é inapropriada. Ele ressaltou que “essa é uma pauta do governo”, lembrando que, segundo a Constituição brasileira, os recursos minerais pertencem à União. “Deixamos claro aos diplomatas que a negociação deve ser feita com o governo federal”, afirmou. Brasil aposta em agregar valor e proteger soberania Trump já vem adotando ações semelhantes em outros países. Na Ucrânia, exigiu terras raras em troca de apoio militar, e tenta costurar com a China um pacto envolvendo minerais em troca da suspensão de tarifas comerciais. Agora, volta seus olhos ao Brasil, que detém a segunda maior reserva mundial de terras raras, atrás apenas da China. Atualmente, cerca de 70% das exportações minerais brasileiras vão para o mercado chinês, o que coloca o Brasil como peça-chave na disputa geopolítica por autonomia sobre cadeias produtivas estratégicas. Para os EUA, reduzir a dependência de Pequim é uma prioridade – mas para isso, seria necessário que o Brasil flexibilizasse sua política mineral, algo que o governo Lula não parece disposto a fazer. Além de responder com firmeza, o presidente tem apostado em agregar valor à produção nacional. O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) afirmou que o novo plano brasileiro para minerais críticos, a ser lançado ainda neste semestre, terá como eixo a industrialização e o refino dentro do país, com foco no desenvolvimento tecnológico e na proteção dos interesses nacionais. O Instituto Brasileiro de Mineração também criticou duramente a medida tarifária de Trump. Em nota, classificou a decisão como “unilateral”, “sem embasamento técnico” e um ataque à confiança construída ao longo de décadas entre os dois países. “Isso obriga o Brasil a buscar novos parceiros no mercado mundial, abandonando uma parceria histórica com os EUA”, diz o texto.

Trump veta negociações com o Brasil sobre tarifaço

Senadores embarcam para os EUA para tentar adiar tarifaço, mas enfrentam silêncio da Casa Branca e sabotagem de bolsonaristas Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estão nos Estados Unidos relataram ao g1 que o presidente Donald Trump não autorizou o governo norte-americano a abrir diálogo com o Brasil sobre as tarifas de 50% que entram em vigor em agosto. Na quinta-feira (24), o próprio presidente Lula afirmou que Trump não quer negociar. Uma comissão de senadores embarca nesta sexta-feira (25) para os Estados Unidos, com a missão de tentar abrir um canal de negociações diretas em território americano sobre o tema. A viagem, no entanto, é vista com apreensão por diplomatas brasileiros e sofre boicote do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do blogueiro Paulo Figueiredo. Embora existam contatos com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick — como relatou o vice-presidente Geraldo Alckmin —, o recado que os negociadores têm ouvido é de que tudo está centralizado na Casa Branca. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, que está em missão na ONU, também comentou com interlocutores que teve várias conversas nos Estados Unidos e ouviu que realmente Trump não está permitindo a reabertura de negociações com o Brasil. Segundo ele relatou, há um “clima de medo e apreensão” nos EUA. Tudo estaria centralizado em Trump e ninguém tem coragem de desafiá-lo. Geraldo Alckmin revelou que, no último sábado (19), voltou a conversar por telefone com o secretário Howard Lutnick. A ligação durou cerca de 50 minutos, mas o vice-presidente não quis divulgar o conteúdo do diálogo. Mesmo diante do cenário adverso, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), defende a ida dos parlamentares. Para ele, a viagem é necessária para tentar ao menos adiar a entrada em vigor do tarifaço e abrir espaço para uma retomada das negociações. “Queremos também esclarecer o que o governo americano exatamente quer negociar, como eles não retomaram oficialmente as negociações, ninguém sabe exatamente os limites de Trump. Se ele realmente emperrou por questões políticas, de Bolsonaro, se tem a questão da nova moeda dos Brics, Irã”, afirmou Trad. A primeira reunião de trabalho da comissão está marcada para domingo (27). Os senadores já foram informados de que Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo estariam trabalhando para dificultar as reuniões em Washington e até impedir encontros com representantes do governo Trump. A maioria dos senadores embarca nesta sexta-feira (25), e os demais no sábado (26). Na segunda-feira (28), eles terão reunião na embaixada do Brasil nos EUA e um encontro com empresários da Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil). Na terça-feira (29), a comissão irá ao Capitólio para reuniões com parlamentares americanos.

Edson Campolongo é preso por atacar ao menos 17 ônibus na Grande SP

Com a lorota de querer “consertar o Brasil”, o servidor público é seguidor do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e tem longo histórico de postagens com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Polícia não se convence com versão de servidor preso por ataques a ônibus na Grande SP Identificado como o principal responsável por uma onda de vandalismo contra ônibus na Grande São Paulo, o servidor público aposentado Edson Aparecido Campolongo, de 68 anos, foi levado na manhã de terça-feira (22) à Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, informa o Metrópoles. Segundo informações da Polícia Civil, o homem confessou ter realizado ao menos 18 ataques desde junho. Campolongo, que mantém perfis ativos no Instagram e Facebook, é seguidor do influenciador Pablo Marçal (PRTB) e tem longo histórico de postagens com críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. No último domingo (20), publicou um vídeo manipulado, atribuindo a Lula uma suposta oposição aos valores cristãos. Em outra publicação, datada de 8 de outubro, Campolongo aparece filmando ônibus no centro de São Paulo. Visivelmente exaltado, afirma: “Vocês vão fazer o que dá vida depois que o Lula colocar o Boulos aqui em São Paulo? (…) Se você não sair para a guerra, meu irmão…”. Durante o depoimento, segundo o delegado seccional Domingos Paulo Neto, o investigado justificou suas ações como tentativa de “consertar o Brasil”. Em suas palavras, teria agido para “tirar o país do buraco”. Desde 12 de junho, pelo menos 530 ônibus do sistema municipal foram danificados na capital paulista, de acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transportes (SMT) e a SPTrans. Já a Artesp, responsável pela fiscalização dos ônibus intermunicipais, contabilizou 291 casos de vandalismo entre 1º de junho e 21 de julho. Levantamento da Polícia Civil indica que, entre 21 de maio e 5 de julho, a zona sul da capital liderou o número de ocorrências, com 85 ataques. Na sequência vêm as zonas oeste (65), leste (19), centro (16) e norte (6). As avenidas com maior concentração de casos incluem a Engenheiro Armando de Arruda Pereira, Interlagos, Cupecê e Brigadeiro Faria Lima. Os ataques ocorreram com maior frequência entre quintas-feiras e sábados — sendo a quinta-feira o dia mais comum. Empresas mais afetadas incluem Vidazul Transportes, Viação Grajaú, Sambaíba, Campo Belo, Via Sudeste e Mobibrasil — esta última com cerca de 30% dos casos registrados – A Polícia Civil de São Paulo não se deu por satisfeita com o depoimento de Edson Campolongo. Embora o suspeito tenha afirmado que sua motivação era “consertar o Brasil”, os investigadores acreditam que há razões mais profundas por trás dos atos de vandalismo. Campolongo foi preso após uma investigação conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que o identificou por meio de imagens de câmeras de segurança e da movimentação de um carro oficial do governo, um Volkswagen Virtus branco. O veículo era usado por ele no deslocamento entre Taboão da Serra, onde reside, e diversos pontos onde os ataques aconteceram — incluindo São Bernardo do Campo, Santo André e São Paulo. Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Domingos Paulo Neto, o carro em questão era usado no transporte diário do chefe de gabinete da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), órgão onde Campolongo trabalha há mais de 30 anos como motorista. “Ele é motorista do chefe de gabinete [do CDHU]. Servia esse chefe há cerca de um ano. Por coincidência, este chefe de gabinete mora em São Bernardo e trabalha em um órgão público no centro de São Paulo”, afirmou o delegado. Apesar de Campolongo alegar que escolhia os alvos “aleatoriamente” e que agia por conta própria, a Polícia Civil encontrou indícios que levantam dúvidas sobre sua versão. No depoimento, ele também disse ter recrutado o irmão, Sergio Aparecido Campolongo, de 56 anos, que teria participado de pelo menos dois ataques. Ambos tiveram prisão preventiva solicitada.

Fux muda de posição sobre liberdade de expressão nos casos Lula e Bolsonaro

Em 2018, ministro proibiu entrevista de Lula, preso injustamente. Agora, critica veto a entrevistas de Bolsonaro e cita liberdade de expressão Em decisões separadas por sete anos, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), adotou entendimentos opostos sobre os limites da liberdade de imprensa e de expressão ao julgar pedidos envolvendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), lembra a Folha de S. Paulo. A divergência de posicionamento revela uma guinada no discurso do magistrado sobre direitos fundamentais assegurados pela Constituição. Em setembro de 2018, Fux atendeu a um pedido do Partido Novo e proibiu uma entrevista que já havia sido autorizada pelo também ministro Ricardo Lewandowski. A conversa seria conduzida pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, com Lula, preso injustamente em Curitiba no âmbito da Lava Jato. Fux justificou a decisão argumentando que, em contexto eleitoral, a veiculação da entrevista poderia interferir na escolha dos eleitores. Na ocasião, ele afirmou que “a liberdade de imprensa é um valor que deve ser relativizado, e não pode ser alçado a um patamar absoluto incompatível com a multiplicidade de vetores fundamentais estabelecidos na Constituição”. Segundo o ministro, era necessário ‘relativizar excepcionalmente a liberdade de imprensa, a fim de que se garanta um ambiente informacional isento para o exercício consciente do direito de voto’. Já nesta semana, ao se posicionar contra a imposição de medidas cautelares a Jair Bolsonaro — como a proibição de uso de redes sociais e entrevistas — Fux adotou discurso diametralmente oposto. O voto, apresentado nesta segunda-feira (21), foi contrário às determinações do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Fux afirmou que algumas das medidas “confrontam-se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão”. Ele sustentou que “parte das medidas cautelares impostas, consistente no impedimento prévio e abstrato de utilização dos meios de comunicação indicados na decisão (todas as redes sociais), confronta-se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão”. O ministro ainda alegou que as sanções aplicadas a Bolsonaro “restringem desproporcionalmente direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão e comunicação, sem que tenha havido a demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares”. Apesar de ter ficado vencido na Primeira Turma do Supremo, Fux foi aclamado por bolsonaristas, que agora veem no ministro uma possível voz de oposição a Moraes nos julgamentos que envolvem Bolsonaro, especialmente no processo que apura seu papel na tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022

Montes Claros se despede de Frei Valdo, símbolo de fé e solidariedade

Faleceu nesta terça-feira, 22 de julho, aos 76 anos, o padre Valdomiro Soares Machado, conhecido como Frei Valdo, uma das figuras mais queridas e atuantes da Igreja Católica em Montes Claros. O religioso estava internado na Santa Casa da cidade, onde lutava contra um câncer no fígado e pâncreas. “Neste momento de dor e luto, nos unimos em oração por sua alma e expressamos nossa solidariedade aos familiares, amigos e a toda a comunidade arquidiocesana. Como Igreja, rezemos pelo descanso eterno de Frei Valdo. Que Cristo, Bom Pastor, o conduza à vida eterna e lhe conceda o repouso em sua paz”, divulgou a arquidiocese. Frei Valdo deixa um legado marcado pela fé, acolhimento e compromisso com os mais vulneráveis. Fundador da Fazenda da Solidariedade São Francisco de Assis, inaugurada em 2009 na zona rural de Montes Claros, ele dedicou sua missão ao acolhimento e recuperação de dependentes químicos, oferecendo estrutura física e espiritual para transformar vidas. Veja o vídeo institucional da Fazenda da Solidaridade: