PF prende militares kids pretos e policial federal que planejavam assassinar Lula

Além de Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes também eram alvos da organização criminosa que planejava um golpe de Estado A Polícia Federal (PF) prendeu, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (19), quatro militares do Exército Brasileiro e um policial federal que planejavam um golpe de Estado no Brasil. A organização criminosa tinha planos, ainda, para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões foram realizadas na operação “Contragolpe”, deflagrada pela PF após autorização de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no país entre o final de 2022 e início de 2023. Os militares presos por planejarem o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, da ativa e da reserva, compõem as Forças Especiais do Exército Brasileiro, especializadas em operações de alto risco e sigilo – esses militares são conhecidos como “kids pretos”. “As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado ‘Punhal Verde e Amarelo’, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos. Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado”, detalha a PF. Segundo os investigadores, a organização criminosa mantinha um planejamento com o detalhamento de recursos que seriam necessários para a consumação do golpe de Estado e dos assassinados, e previa ainda a instalação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise” que seria composto pelos próprios golpistas após as ações criminosas. Um dos presos pela PF nesta terça foi assessor de Jair Bolsonaro até 2022 e, atualmente, integra a equipe do deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Confira a nota da PF sobre a operação e as prisões “A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (19/11) a Operação Contragolpe, para desarticular organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário. As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE). Entre essas ações, foi identificada a existência de um detalhado planejamento operacional, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022, voltado ao homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos. Ainda estavam nos planos a prisão e execução de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que vinha sendo monitorado continuamente, caso o Golpe de Estado fosse consumado. O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações. Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa”. Quem são os ‘kids pretos’ Os chamados “kid pretos”, segundo a PF, estiveram em reuniões que tinham o intuito de delinear estratégias para a ofensiva golpista, segundo a PF. Nos ataques de 8 de janeiro de 2023, chamou a atenção de investigadores a presença de manifestantes com balaclavas e desenvoltura na linha de frente da invasão. Um grupo organizou uma ofensiva para furar o bloqueio da Polícia Militar, orientou manifestantes a entrar no Congresso pelo teto, transformando gradis em escadas, e os instruiu a acionar mangueiras para diminuir os efeitos das bombas. Destroços de uma granada de gás lacrimogêneo usada em treinamentos militares foram encontrados, segundo a CPI dos Atos Golpistas. O apelido “kids pretos” , segundo o Exército, é um nome informal atribuído aos militares de operações especiais, por usarem um gorro preto. Nos livros de história militar, o termo faz referência ao codinome utilizado para definir o comandante da unidade que combateu guerrilheiros do Araguaia. Para integrar as forças especiais, o interessado precisa ser sargento ou oficial e fazer cursos de paraquedista, por seis semanas, e de “ações de comandos”, que dura quatro meses e é a etapa mais dura. Um exercício comum é ficar em ambientes fechados com gás lacrimogêneo sem máscara. Restrições de sono e de alimentação também integram a rotina, além de testes físicos. Há ainda uma terceira fase com foco estratégico. Um exemplo de ação desta etapa, que leva cinco meses, é a infiltração em outro estado por meio de salto de paraquedas para, em simulações, cumprir determinada missão, como o resgate de um refém. Os “kids pretos” também já atuaram em operações de grande porte, como a missão no Haiti, e eventos como a Copa do Mundo — neste último caso, dedicados a evitar ataques terroristas. O efetivo é reduzido: a maior parte fica no 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia. O Exército não informa a quantidade exata, mas estimativas apontam para 400 militares. Há, ainda, a 3ª

‘Maior legado’: no G20, Lula lança aliança global para erradicar a fome e a pobreza

A ideia é que os países possam se articular em torno de recomendações internacionais, políticas públicas e fontes de financiamento para erradicar as injustiças sociais O presidente Lula (PT) lançou oficialmente, nesta segunda-feira 18, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O anúncio foi feito durante a recepção aos líderes mundiais que participam da cúpula do G20, no Rio de Janeiro. A proposta foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Lula esclareceu que a ideia é que os países possam se articular em torno de recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento para erradicar as injustiças sociais da fome e pobreza. A iniciativa já reúne 82 países, sendo 19 membros do G20. A Argentina foi o último país do grupo a formalizar a sua adesão, nesta segunda-feira, segundo informações da agência AFP Além dos países, aderiram a União Europeia e a União Africana, ambas integrantes do bloco, além de 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras e 31 entidades filantrópicas e não governamentais “Este será o nosso maior legado”, destacou Lula, que constatou um cenário de piora das desigualdades desde a reunião de líderes do G20 realizada em 2008, em Washington, nos Estados Unidos. “Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz.” “Vivemos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra, recorde de deslocamentos forçados, fenômenos climáticos extremos, desigualdades crescentes e uma pandemia que tirou mais de 15 milhões de vidas. O símbolo dessa tragédia é a fome e a pobreza”, disse Lula, citando um dado da FAO: em 2024, 733 milhões de pessoas seguem subnutridas. “Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível. Em um mundo cujos gastos militares chegam a 2,4 trilhões de dólares, isso é inaceitável. A fome e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais”, completou O presidente frisou ainda que a aliança nasce no G20 mas que seu destino é global. “Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade”, finalizou. Leia o discurso na íntegra: Caros Chefes de Estado e de Governo, Dirigentes de Organizações Internacionais, Demais Chefes de Delegação, Minhas amigas e meus amigos, Primeiro, eu quero agradecer a generosidade da presença de vocês transformando o Rio de Janeiro na capital do mundo neste nestes dias 18 de novembro e dia 19 de novembro. É muito importante o que vamos discutir aqui e eu tenho certeza que, se nós assumirmos a responsabilidade sobre esses assuntos da fome e da pobreza, nós poderemos ter sucesso em pouco tempo. Por isso, eu quero dizer a todos vocês: sejam bem-vindos ao Rio de Janeiro, aproveitem esta cidade que é conhecida como a Cidade Maravilhosa. Esta cidade é a síntese dos contrastes que caracterizam o Brasil, a América Latina e o mundo. De um lado, a beleza exuberante da natureza sob os braços abertos do Cristo Redentor. Um povo diverso, vibrante, criativo e acolhedor. De outro, injustiças sociais profundas. O retrato vivo de desigualdades históricas persistentes. Estive na primeira reunião de líderes do G20, convocada em Washington no contexto da crise financeira de 2008. Dezesseis anos depois, constato com tristeza que o mundo está pior. Temos o maior número de conflitos armados desde a Segunda Guerra Mundial e a maior quantidade de deslocamentos forçados já registrada. Os fenômenos climáticos extremos mostram seus efeitos devastadores em todos os cantos do planeta. As desigualdades sociais, raciais e de gênero se aprofundam, na esteira de uma pandemia que ceifou mais de 15 milhões de vidas. Segundo a FAO, em 2024, convivemos com um contingente de 733 milhões de pessoas ainda subnutridas. É como se as populações do Brasil, México, Alemanha, Reino Unido, África do Sul e Canadá, somadas, estivessem passando fome. São mulheres, homens e crianças, cujo direito à vida e à educação, ao desenvolvimento e à alimentação são diariamente violados. Em um mundo que produz quase 6 bilhões de toneladas de alimentos por ano, isso é inadmissível. Em um mundo cujos gastos militares chegam a 2,4 trilhões de dólares, isso é inaceitável. A fome e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais. A fome, como dizia o cientista e geógrafo brasileiro Josué de Castro, “a fome é a expressão biológica dos males sociais”. É produto de decisões políticas, que perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade. O G20 representa 85% dos 110 trilhões de dólares do PIB mundial. Também responde por 75% dos 32 trilhões de dólares do comércio de bens e serviços e dois terços dos 8 bilhões de habitantes do planeta. Compete aos que estão aqui em volta desta mesa a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz. Não por acaso, esses são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2 da Agenda 2030. Com a Aliança, vamos articular recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento. O Brasil sabe que é possível. Com a participação ativa da sociedade civil, concebemos e implementamos programas de inclusão social, de fomento da agricultura familiar e da segurança alimentar e nutricional, como o nosso Bolsa Família e o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Conseguimos sair do Mapa da Fome da FAO em 2014, para o qual voltamos em 2022, em um contexto de desarticulação do Estado de bem-estar social. Foi com tristeza que, ao voltar ao governo, encontrei um país com 33 milhões de pessoas famintas. Em um ano e onze meses, o retorno desses programas já

U20: Lula diz que planejamento urbano será crucial na transição ecológica

O presidente recebeu do prefeito do Rio, Eduardo Paes, um documento com 36 demandas dos prefeitos do G20 para repensar as cidades, reduzir as desigualdades e enfrentar as mudanças climáticas O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste domingo (17), no encerramento da Plenária dos Prefeitos do Urban 20 (U20), no Armazém da Utopia, no Rio de Janeiro (RJ), que o planejamento urbano terá um papel crucial na transição ecológica e no enfrentamento à mudança do clima. O presidente recebeu do prefeito do Rio, Eduardo Paes, um documento com 36 demandas dos prefeitos do G20 para repensar as cidades, reduzir as desigualdades no espaço urbano e enfrentar as mudanças climáticas. Lula disse aos prefeitos que a questão climática é a segunda prioridade da presidência brasileira do G20, que reúne os países com as maiores economias do planeta. A primeira será o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. “As cidades são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito de estufa e 75% do consumo global de energia. Esses mesmos centros urbanos estão desproporcionalmente expostos às consequências das mudanças climáticas, à subida do nível dos oceanos, às ondas de calor, à insegurança hídrica e a enchentes avassaladoras, como as que vimos recentemente no Sul do Brasil, na Colômbia e na Espanha”, destaca. Leia mais: Lula participa neste domingo da Plenária dos Prefeitos da Urban (U20) Para ele, a ação climática pode servir como ferramenta para uma agenda urbana mais ampla de inclusão e justiça social. “A transição ecológica é uma oportunidade valiosa de gerar emprego e renda para a juventude nos grandes centros urbanos. As cidades não podem custear sozinhas a transformação urbana. Elas não podem ser negligenciadas nos novos mecanismos de financiamento da transição climática”, defende. Contudo, o presidente brasileiro lamenta que os governos esbarrem em uma enorme lacuna de financiamento no Sul Global. “Apenas uma parcela dos recursos necessários chega aos países em desenvolvimento e uma parte ainda menor alcança nossas metrópoles. Existe um déficit no financiamento urbano, que não consegue acompanhar o ritmo da urbanização desordenada em muitas partes do mundo, como a África, a Ásia e a América Latina”, critica. Governança Por conta dessa situação, Lula diz que a terceira prioridade da presidência brasileira do G20 é a reforma da governança global, inclusive de sua arquitetura financeira e dos bancos multilaterais de desenvolvimento. “Não será possível construir uma nova agenda urbana sem investimento e sem governança multilateral adequada”, diz. Ele observa que falar em reforma da governança também implica em repudiar a destruição das guerras. “A Faixa de Gaza, um dos mais antigos assentamentos urbanos da humanidade (4.000 a.C), teve dois terços de seu território destruídos por bombardeios indiscriminados. 80% de suas instalações de saúde já não existem mais”, lamenta. “As cidades concentram desafios, mas nelas também encontramos as soluções que buscamos. Elas são o lar dos agentes da mudança que almejamos realizar. A presença de tantas prefeitas e prefeitos aqui hoje é prova de que os governos locais querem e podem fazer sua parte”, afirma. Também considerou fundamental que o encontro ocorresse às vésperas da Cúpula de Líderes do G20

Joe Biden chega a Manaus e anuncia R$ 289,5 milhões ao Fundo Amazônia

Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que participa nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, da reunião da Cúpula do G20, visitou Manaus neste domingo (17). Antes dessa primeira visita de um presidente norte-americano em exercício à região, a Casa Branca anunciou que vai doar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) para o Fundo Amazônia, De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), outras doações já foram feitas pelos EUA: US$ 3 milhões (R$ 14,9 milhões), em dezembro de 2023, e de US$ 47 milhões (R$ 256,9 milhões), em agosto de 2024. As novas doações ainda terão que ser aprovadas pelo Congresso norte-americano. Leia mais: EUA culpam guerra na Ucrânia por doação irrisória ao Fundo Amazônia Com a saída de Biden da presidência, a expectativa é saber se o presidente eleito Donald Trump vai assumir os compromissos do país na área ambiental. Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024. O presidente dos Estados Unidos desembarcou em Manaus acompanhado da filha Ashley e da neta Natalie. Ele sobrevoou de helicóptero o Encontro das Águas, a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia (Musa), para onde seguiu após o passeio

Presidente Lula promete zerar fome no Brasil até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu neste sábado (16) que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro. “Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”. O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda (18) e terça-feira (19), acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20. “Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão política. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”. O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

Jarbas Soares organiza evento internacional em Bruxelas

O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, também presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Ministério Público (CNPG), organiza um simpósio internacional em Bruxelas, na Bélgica. Segundo o colunista Frederico Vasconcelos, da Folha de São Paulo, o evento ocorrerá de 24 a 26 deste mês no hotel Steigenberger Wiltcher’s e terá como tema “A Transformação do Direito na Era Digital e Climática”. As diárias no hotel variam entre 291,34 e 1.119,34 euros, e os ingressos custam de 300 a 800 euros, dependendo da categoria dos participantes. Entre os confirmados estão o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o procurador-geral da República Paulo Gonet e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogério Schietti, Joel Ilan Paciornik e João Otávio de Noronha. Especialistas internacionais também estarão presentes para os debates. O evento ocorre em um momento delicado para o Ministério Público de Minas Gerais. A instituição está no processo de escolha do sucessor de Jarbas Soares, cujo mandato se encerra em breve. Nesta segunda-feira (18), os membros do MP votarão para formar a lista tríplice de candidatos ao cargo. Por conta disso, tem-se evitado comentar o evento de Bruxelas dentro do órgão, a fim de não interferir no processo eleitoral. Essa coincidência de datas e eventos tem gerado críticas internas, especialmente entre membros que questionam o foco do atual procurador-geral em iniciativas internacionais, enquanto a eleição para a liderança do MP estadual segue em andamento. Jarbas Soares afirmou que o simpósio tem como objetivo abrir oportunidades de interlocução internacional para os Ministérios Públicos estaduais, historicamente ofuscados pelo Ministério Público Federal. Ele destacou a criação de uma secretaria de assuntos internacionais no Ministério Público de Minas Gerais como um marco para “expandir horizontes”. No entanto, conforme apontado por Frederico Vasconcelos, alguns Ministérios Públicos estaduais decidiram não enviar representantes ao simpósio, argumentando que a organização de eventos não se enquadra no papel institucional do Ministério Público. O simpósio conta com patrocínio do Governo Federal, Caixa Econômica Federal, Fundação Dom Cabral e Unifenas, além de empresas privadas como PX Ativos Judiciais e Oncoclínicas & Co., de Minas Gerais. Um dos apoiadores é Lucas Prado Kallas, empresário mineiro cuja Cedro Participações financiou parte da caravana. Segundo a Folha de São Paulo, Kallas já esteve envolvido em polêmicas, incluindo sua prisão em 2008 na Operação João de Barro, da Polícia Federal. A relação entre Jarbas Soares e Kallas também gerou controvérsia. Conforme reportagem da revista “Piauí”, o procurador-geral utilizou por duas vezes o jato particular do empresário, fato que levantou questionamentos éticos. O evento é realizado em parceria com o Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA), presidido por Fabiane de Oliveira, ex-secretária-geral do STF durante a gestão de Ricardo Lewandowski. Fabiane também foi assessora-chefe do Senado durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Frederico Vasconcelos destacou que Jarbas Soares já havia enfrentado críticas anteriormente, como em outubro, por um coquetel na Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, que precedeu o 2º Congresso do CNPG. Apesar das controvérsias, ele defendeu sua atuação: “Sinto-me livre para fazer as coisas que acho adequadas. Dediquei 35 anos ao Ministério Público e me orgulho disso. Críticas sempre vão ocorrer”, declarou.

Governo de Minas apresenta propostas para privatização da Cemig e Copasa

RETROCESSO – Projetos de lei foram protocolados nesta quinta-feira (14), pelo vice-governador Mateus Simões (Novo) Anteriormente, Zema havia encaminhado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Legislativo para extinguir a necessidade de referendo – Elizabete Guimaraes/ALMG A gestão de Romeu Zema (Novo) encaminhou, nesta quinta-feira (14), à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), dois novos projetos de lei para privatizar as estatais Cemig e Copasa. A medida foi protocolada por Mateus Simões (Novo), vice-governador do Estado. No modelo de privatização encaminhado, chamado de ‘corporação’, Minas Gerais deixaria de ser o Estado gestor das companhias, mas as entidades não teriam um controlador definido. “Nesse momento a gente considera que os projetos estão maduros para que finalmente cheguem à Assembleia”, afirmou Mateus Simões ao entregar os PLs. “As duas companhias estatais precisam passar por um processo de modernização relevante”, continuou. Por meio de suas redes sociais, o deputado Betão (PT), presidente da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da ALMG, criticou a medida. “Nós vamos tentar impedir que esses projetos avancem, mesmo porque nós já temos experiências no mundo inteiro e aqui mesmo no Brasil de que companhia energética e de saneamento privatizada encarece as contas e não resolve os problemas”, argumentou o parlamentar. O Bloco Democracia e Luta, de oposição ao governo Zema na ALMG, também manifestou repúdio e forte preocupação aos projetos e ressaltou que ambas as propostas vão ao desencontro de tudo o que o Congresso Nacional propõe no Programa de Pleno Pagamento das Dívidas Estaduais (Propag). “Privatizar a água e a energia elétrica é um grave retrocesso para Minas Gerais. Ao transformar dois bens públicos essenciais em mercadorias, Zema coloca, mais uma vez, o governo a serviço dos interesses privados, ignorando as necessidades da população. Uma lógica perversa, que coloca os lucros acima da dignidade humana e do acesso universal a serviços básicos, um direito fundamental que precisa ser garantido a todos”, destacou o bloco, em nota. No texto, assinado pelos 20 deputados que compõem o bloco, os parlamentares chamam a atenção para os apagões que ocorreram em São Paulo, em outubro deste ano, e reforçam que esse é um alerta claro. “O desmonte das equipes de manutenção resultam em serviços precários e apagões frequentes, evidenciando a ineficácia do modelo privatizado. É esse modelo que Zema quer repetir em Minas Gerais”, acrescenta. Governador é insistente Anteriormente, Zema havia encaminhado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ao Legislativo para extinguir a necessidade de referendo de consulta à população para privatizar as estatais. No entanto, a medida segue na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e encontrou resistência da população mineira. Em maio deste ano, por exemplo, mais de 300 mil mineiros participaram do Plebiscito Popular em Defesa das Estatais de Minas Gerais. Desses, 95% votaram pela permanência das empresas no poder público. A consulta foi organizada por aproximadamente 500 movimentos populares e sindicais, estaduais e locais, e aconteceu em 120 municípios de todas as regiões do estado. Zema só conseguirá aprovar a privatização caso a PEC também seja aprovada. Do contrário, a ALMG deverá realizar o referendo popular.

Senador bolsonarista pede ‘revolução’ pelo fim da escala 6×1

Aliado de Nikolas, Cleitinho diverge do deputado e define como uma ‘desculpa’ o argumento de que o fim da escala 6×1 poderia quebrar a economia brasileira O senador bolsonarista Cleitinho (Republicanos-MG) defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a jornada de trabalho de seis dias. Em pronunciamento no plenário da Casa Legislativa, o parlamentar convoca os trabalhadores a fazerem um “revolução” e ressaltou as disparidades entre as condições de trabalho dos políticos e as dos cidadãos comuns. Fonte de riqueza é o trabalhador, é o empresário, é o empreendedor. Fonte de despesa, somos nós. Vocês são patrões, nós somos empregados — afirmou. Cleitinho divergiu do aliado Nikolas Ferreira (PL-MG), que não quis assinar a PEC e chegou a ser alvo de críticas de apoiadores por conta do posicionamento. O bolsonarista ressaltou que políticos trabalham por 151 dias ao ano, enquanto o trabalhador médio atua por 264 dias. Já os dias de descanso dos parlamentares chega a 214 — mais que o dobro dos 101 dias da outra parcela da sociedade. Cleitinho também destacou que o salário mínimo atual de R$ 1.412 é muito abaixo dos R$ 40 mil recebidos pelos políticos. O parlamentar enfatizou que a classe política também possui benefícios próprios como carro oficial, motorista, plano de saúde vitalício e auxílios diversos, como o paletó. O parlamentar define como uma “desculpa” o argumento de que o fim da escala 6×1 poderia quebrar a economia brasileira e destaca que o país sofre com a corrupção há muito tempo. O senador propõe uma mobilização nacional de apoio à PEC e sugere que, caso a escala não possa ser eliminada, os políticos deverão adotar o mesmo regime de trabalho. A discussão sobre o fim da jornada de trabalho 6 por 1 começou a partir de uma articulação nas redes sociais pelo balconista Rick Azevedo. No ano passado, ele publicou um vídeo no TikTok onde falava do esgotamento com o trabalho numa farmácia. A publicação viralizou e mobilizou trabalhadores, com 1,4 milhão de assinaturas no o Movimento VAT (Vila Além do Trabalho). Nas eleições deste ano, Azevedo acabou se tornando o vereador do Rio mais votado pelo PSOL, sendo o 12º na colocação geral no pleito. A ideia ganhou o apoio da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que no dia 1º de maio, o Dia do Trabalhador, apresentou no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere a redução das horas de trabalho. O endosso passou de 71 para 194 parlamentares, segundo a assessoria da parlamentar. Pela legislação em vigor, a carga horária de trabalho no Brasil prevê um expediente de até oito horas diárias e 44 horas por semana. Erika Hilton propõe que o limite caia para 36 horas semanais, sem alteração na carga máxima diária de oito horas e sem redução salarial. Veja quais deputados já assinaram 1. Erika Hilton (PSOL-SP) 2. Reginete Bispo (PT-RS) 3. Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) 4. Túlio Gadêlha (Rede-PE) 5. Lindbergh Farias (PT-RJ) 6. Fernando Rodolfo (PL-PE) 7. Orlando Silva (PCdoB-SP) 8. Talíria Petrone (PSOL-RJ) 9. Jandira Feghali (PCdoB-RJ) 10. Chico Alencar (PSOL-RJ) 11. Célia Xakriabá (PSOL-MG) 12. Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) 13. Glauber Braga (PSOL-RJ) 14. Tarcísio Motta (PSOL-RJ) 15. Jorge Solla (PT-BA) 16. Saullo Vianna (União Brasil-AM) 17. Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) 18. Douglas Viegas (União Brasil-SP) 19. Luiza Erundina (PSOL-SP) 20. Luizianne Lins (PT-CE) 21. Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) 22. Meire Serafim (União Brasil-AC) 23. Duda Salabert (PDT-MG) 24. Dandara (PT-MG) 25. Antônia Lúcia (Republicanos-AC) 26. Stefano Aguiar (PSD-MG) 27. Rogério Correia (PT-MG) 28. Ivan Valente (PSOL-SP) 29. Marcos Tavares (PDT-RJ) 30. Padre João (PT-MG) 31. Vicentinho (PT-SP) 32. Daiana Santos (PCdoB-RS) 33. Nilto Tatto (PT-SP) 34. Ana Pimentel (PT-MG) 35. Guilherme Boulos (PSOL-SP) 36. Fernanda Melchionna (PSOL-RS) 37. Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) 38. Marcon (PT-RS) 39. André Janones (Avante-MG) 40. Denise Pessôa (PT-RS) 41. Carol Dartora (PT-PR) 42. Célio Studart (PSD-CE) 43. Natália Bonavides (PT-RN) 44. Alfredinho (PT-SP) 45. Kiko Celeguim (PT-SP) 46. Juliana Cardoso (PT-SP) 47. Maria Arraes (Solidariedade-PE) 48. Márcio Jerry (PCdoB-MA) 49. Patrus Ananias (PT-MG) 50. Yandra Moura (União Brasil-SE) 51. Fernando Mineiro (PT-RN) 52. Gleisi Hoffmann (PT-PR) 53. João Daniel (PT-SE) 54. Camila Jara (PT-MS) 55. Washington Quaquá (PT-RJ) 56. Luiz Couto (PT-PB) 57. Dimas Gadelha (PT-RJ) 58. Lídice da Mata (PSB-BA) 59. Tadeu Veneri (PT-PR) 60. Odair Cunha (PT-MG) 61. Waldenor Pereira (PT-BA) 62. Reimont (PT-RJ) 63. Miguel Ângelo (PT-MG) 64. Rubens Otoni (PT-GO) 65. Paulão (PT-AL) 66. Leonardo Monteiro (PT-MG) 67. Erika Kokay (PT-DF) 68. Maria do Rosário (PT-RS) 69. Alice Portugal (PCdoB-BA) 70. Benedita da Silva (PT-RJ) 71. Merlong Solano (PT-PI) 72. Pedro Campos (PSB-PE) 73. Paulo Guedes (PT-MG) 74. Jack Rocha (PT-ES) 75. Socorro Neri (PP-AC) 76. Bacelar (PV-BA) 77. Jilmar Tatto (PT-SP) 78. Reginaldo Lopes (PT-MG) 79. Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) 80. Duarte Jr. (PSB-MA) 81. Welter (PT-PR) 82. Valmir Assunção (PT-BA) 83. Carlos Zarattini (PT-SP) 84. Delegada Katarina (PSD-SE) 85. Ana Paula Lima (PT-SC) 86. Thiago de Joaldo (PP-SE) 87. Pedro Uczai (PT-SC) 88. Rafael Brito (MDB-AL) 89. Josenildo (PDT-AP) 90. Laura Carneiro (PSD-RJ) 91. José Airton Félix Cirilo (PT-CE) 92. Rubens Pereira Júnior (PT-MA) 93. Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) 94. Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) 95. Max Lemos (PDT-RJ) 96. Ruy Carneiro (Podemos-PB) 97. Joseildo Ramos (PT-BA) 98. Helder Salomão (PT-ES) 99. Florentino Neto (PT-PI) 100. Clodoaldo Magalhães (PV-PE) 101. Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT) 102. Bruno Farias (Avante-MG) 103. Carlos Veras (PT-PE) 104. Airton Faleiro (PT-PA) 105. Elisangela Araujo (PT-BA) 106. Ricardo Ayres (Republicanos-TO) 107. Alencar Santana (PT-SP) 108. Bohn Gass (PT-RS) 109. Vander Loubet (PT-MS) 110. Daniel Almeida (PCdoB-BA) 111. Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) 112. Dilvanda Faro (PT-PA) 113. Moses Rodrigues (União Brasil-CE) 114. Renildo Calheiros (PCdoB-PE) 115. Professora Goreth (PDT-AP) 116. Marx Beltrão (PP-AL) 117. Rui Falcão (PT-SP) 118. Idilvan Alencar (PDT-CE) 119. Dr. Francisco (PT-PI) 120. Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) 121. José Guimarães (PT-CE) 122. Domingos Neto (PSD-CE) 123. Zeca Dirceu (PT-PR) 124. Elcione Barbalho (MDB-PA) 125. Geraldo Resende (PSDB-MS) 126. Daniel Barbosa (PP-AL) 127. Ivoneide Caetano (PT-BA) 128. Flávio Nogueira (PT-PI) 129. Keniston

Extremista de direita – Quem é o homem por trás das explosões em Brasília?

As explosões que abalaram Brasília na noite desta quarta-feira (13) deixaram o país em estado de alerta. Um homem se explodiu nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), e um carro carregado de fogos de artifício detonou no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. Mas quem é o responsável por esses atos que desafiam a segurança nacional? O principal suspeito é Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, conhecido como Tiü França. Chaveiro de profissão e ex-candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal (PL) em 2020, Francisco deixou sua cidade natal após desentendimentos familiares, segundo relatos de seu filho adotivo, Guilherme Antônio. Nas redes sociais, Francisco vinha manifestando posições extremistas e insatisfações políticas. Em publicações recentes, ele fez ameaças explícitas, mencionando “comunistas de merda” e indicando planos de ataques com explosivos contra figuras públicas e instituições. Em uma de suas postagens, ele declarou: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda. Testemunhas relataram que, antes de se explodir, o homem tentou lançar um artefato explosivo contra a estátua da Justiça em frente ao STF. Laiana Costa, funcionária do Tribunal de Contas da União (TCU), contou que viu o momento em que o indivíduo acionou a bomba: “Quando olhei para trás, o homem jogou algo perto da estátua da Justiça e logo caiu”. A situação gerou pânico e levou ao isolamento da Praça dos Três Poderes. Sessões no Congresso Nacional foram suspensas, e autoridades intensificaram a segurança na região. Um drone também caiu nas proximidades da Câmara dos Deputados, aumentando as suspeitas de possíveis ataques coordenados. O episódio levanta questões sobre a segurança nas instituições democráticas e a radicalização política no país. As autoridades investigam se Francisco agiu sozinho ou se há outros envolvidos. Enquanto isso, a nação acompanha apreensiva os desdobramentos desse atentado que fere não apenas a integridade física dos locais atingidos, mas também a estabilidade democrática. É momento de reflexão sobre os caminhos que estamos trilhando e de reafirmar o compromisso com o diálogo e a paz. A intolerância e a violência não podem encontrar espaço em nossa sociedade.    

Darcy Ribeiro é o mais novo integrante do ‘Livro dos Heróis da Pátria’

Nascido em Montes Claros (MG) em 1922, ele é considerado uma das pessoas mais importantes na defesa da educação e da cultura Da Agência Senado Renomado educador, antropólogo e político, Darcy Ribeiro é o mais novo nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A honraria, concedida pelo Congresso Nacional, foi confirmada com a sanção, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da Lei 15.020, de 2024, publicada no Diário Oficial da União dessa última terça-feira (12). No dia 15 de outubro, a Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou em caráter terminativo o Projeto de Lei (PL) 5.894/2019. A proposta, oriunda da Câmara, foi relatada pelo senador Paulo Paim (PT-RS). O senador destacou em seu parecer a incansável atuação de Darcy Ribeiro na defesa dos direitos dos povos indígenas: “A obra O Povo Brasileiro, de sua autoria, é uma reflexão profunda e erudita sobre a identidade nacional, contribuindo para um entendimento mais abrangente da diversidade cultural que compõe o Brasil” disse Paim. EDUCAÇÃO E POLÍTICA Nascido em Montes Claros (MG), em 1922, Darcy Ribeiro é considerado um dos mais importantes nomes na defesa da educação e da cultura brasileiras. Atuou como professor e pesquisador. O romancista também foi membro da Academia Brasileira de Letras. Seu brilhantismo também foi destacado na política, tendo exercido os cargos de cargos de ministro-chefe da Casa Civil e da Educação no governo de João Goulart e de vice-governador do Rio de Janeiro, época em que defendeu reformas para que o acesso ao ensino fosse possibilitado a todos. Em 1990, foi eleito senador. Na Casa, foi relator de importantes projetos de lei, principalmente na área de educação. Entre eles, a proposta que resultou na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), norma batizada de Lei Darcy Ribeiro. LIVRO O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também chamado de Livro de Aço (pois a obra de fato é formada por páginas de aço), fica no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Criado em 1992, reúne protagonistas da liberdade e da democracia, que dedicaram sua vida ao país em algum momento da história. A inscrição de um novo personagem depende de lei aprovada no Congresso.