Cresce para 36% índice de brasileiros que fazem apostas esportivas online

Pesquisa PoderData também indica que assim como aumentou o número de apostadores, também cresceu, de 16% para 35%, o percentual de endividados relativos às bets O número de brasileiros maiores de 16 anos que fazem as apostas esportivas conhecidas como bets cresceu 12 pontos percentuais em um ano, passando de 24% para 36%. O perfil da maioria é composto por homens, jovens, com ensino fundamental e baixa renda. Os dados fazem parte de pesquisa feita pelo PoderData, divulgada nesta quinta-feira (2), e foram coletados de 27 a 29 de setembro, envolvendo 2,5 mil entrevistados de 178 municípios de todos os estados e Distrito Federal. Projetando para a população brasileira com mais de 16 anos, esses 36% equivalem a mais de 56 milhões de pessoas. Outros 61% dizem não apostar, índice que era de 73% há um ano; 2% preferiram não responder. Assim como aumentou o número de apostadores, também cresceu o número de endividados decorrentes desse hábito: o índice mais do que dobrou, passando de 16% em 2024 para 35% agora. Ao se debruçar sobre o perfil dos jogadores, a pesquisa verificou que os índices dos que declaram já ter feito apostas são maiores entre os homens (43%), os jovens de 16 a 24 anos (43%), os que cursaram até o ensino fundamental (42%) e os de renda familiar até dois salários mínimos (41%). O Norte é a região em que mais pessoas dizem ter apostado (39%), assim como é maior o percentual dos evangélicos que afirmam ter jogado, 41%, contra 34% entre os católicos. Medidas Ao dimensionar o número possível de apostadores, a pesquisa reforça a amplitude dos impactos que as bets têm na sociedade. Liberado em 2018, ainda no governo de Michel Temer (MDB), esse tipo de aposta correu solto durante todo o governo de Jair Bolsonaro (PL). Somente a partir de 2023, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o problema — que já tomara proporções de uma epidemia — passou a ser enfrentado em âmbito federal, com a regulamentação das apostas e com medidas voltadas a mitigar seus efeitos. A iniciativa mais recente será implantada a partir da publicação, no Diário Oficial da União de 1º de outubro, de normativa que que visa a impedir a utilização de contas de beneficiários do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para apostas. A medida cumpre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu uso de benefícios sociais para bets. Os procedimentos para viabilizar esse impedimento devem ser adotados pelos operadores das bets no prazo de até 30 dias. Estudo do Banco Central, divulgado em setembro de 2024, indicou que cerca de 5 milhões dos que recebiam o BF estariam fazendo apostas em bets. Regulamentação e conscientização Essa medida faz parte de um conjunto de leis, normas e iniciativas que vêm sendo implementadas a fim de mitigar os efeitos das apostas. Uma das mais importantes foi a Lei 14.790/23, de iniciativa do governo federal, que finalmente regulamentou as apostas de quota fixa, nome técnico para esse tipo de jogo. Além disso, foi criado um sistema de gestão, sob responsabilidade da Secretaria de Prêmios e Apostas — vinculada ao Ministério da Fazenda —, para monitorar o mercado e foi estabelecido o percentual de 18% sobre a receita bruta dos operadores de apostas, o que começou a valer neste 1º de outubro. O governo também criou grupo interministerial para estabelecer outras medidas de controle e prevenção, bem como de enfrentamento ao vício em jogos on line, envolvendo ministérios como os da Fazenda e da Saúde. Entre as possíveis medidas estão campanhas de conscientização; uma plataforma nacional de auto exclusão (para que apostadores se desconectem voluntariamente de todos os sites autorizados e impeçam novos cadastros); reconhecimento facial para impedir que menores joguem e um laboratório de combate à ilegalidade voltado a identificar e bloquear sites de apostas não autorizados. Outro avanço que teve o apoio do governo foi a aprovação, em maio de 2025, pelo Senado, de projeto de lei que restringe anúncios de apostas, proibindo a participação de atletas, artistas ou influenciadores, entre outros pontos. A matéria aguarda apreciação da Câmara.

Câmara aprova com votação unânime projeto que amplia faixa de isenção do IR para R$ 5 mil

Proposta ainda prevê alíquota progressiva de até 10% para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Foi aprovada também uma compensação, a ser garantida pela União, para estados e municípios não perderem arrecadação. A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1º) um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A votação foi unânime: 493 votos a favor. O texto ainda terá que passar pelo Senado Federal e depois ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para entrar em vigor. O projeto entrou em pauta esta semana após o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmar que a Câmara precisava tirar da frente “pautas tóxicas”. A medida faz parte de um esforço para aliviar a imagem dos deputados após, no fim de setembro, a Casa aprovar PEC da Blindagem, texto polêmico que virou alvo da opinião pública e que foi, posteriormente, derrubado no Senado. Relatado pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional em março e é uma promessa da campanha de Lula de 2022. O texto prevê isenção de Imposto de Renda para pessoas com renda mensal até R$ 5 mil – ou R$ 60 mil ao ano – e desconto para quem ganha até R$ 7.350 mensais. Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Pela tabela atual, quem ganha até R$ 3.036 está isento. A partir daí, a tributação começa a incidir em “faixas”, que chegam a 27,5% de imposto Custo aos cofres públicos Em 2026, a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil vai custar R$ 25,8 bilhões aos cofres públicos. Para compensar a perda de arrecadação, Lira manteve a proposta do governo de tributar com uma alíquota progressiva de até 10% rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. No direito tributário, alíquota é o percentual ou valor fixo que será aplicado sobre a base de cálculo para apurar o valor de um tributo. A nova tributação recai sobre lucros e dividendos, que hoje são isentos do Imposto de Renda. Já quem tem apenas o salário como fonte de renda não será afetado, pois continua sujeito à tabela progressiva do IR, com retenção em folha de até 27,5%. Lira também acrescentou um dispositivo que destina parte do dinheiro de arrecadação a estados e municípios. De acordo com parecer, mesmo com a ampliação da faixa de desconto parcial, haverá uma sobra de R$ 12,7 bilhões até 2027. Esse dinheiro será usado para compensar a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), instituída pela Reforma Tributária. ‘Justiça social’ Após a aprovação da proposta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que ampliar a isenção gera justiça social. “A ampliação do imposto de renda é um avanço da justiça social do país, garantindo mais dinheiro no bolso do trabalhador que ganha até R$ 5 mil. Esta não é apenas uma mudança técnica, é um alívio direto no bolso de milhões de trabalhadores. É dinheiro que volta para a economia, para o consumo, que garante comida na mesa da sua mesa”, afirmou. Motta disse ainda que a votação unânime mostra que a Câmara se une quando o tema é de interesse do país. “Esta vitória é a prova de que, com liderança firme, responsabilidade e capacidade de articulação, o Congresso Nacional é capaz de promover mudanças que impactam positivamente a vida de todos”. Isenções O texto aprovado isentou da alíquota mínima do IRPF pagamentos, créditos, entregas ou remessas de lucros, ou dividendos, de: –  governos estrangeiros, desde que haja reciprocidade de tratamento em relação aos rendimentos auferidos em seus países pelo governo brasileiro; – fundos soberanos; – entidades no exterior que tenham como principal atividade a administração de benefícios previdenciários, tais como aposentadorias e pensões, conforme definidas em regulamento. Estados e municípios Como o governo está reduzindo o Imposto de Renda de algumas pessoas, a arrecadação cai. Para que estados e municípios não saiam no prejuízo, eles vão ser compensados automaticamente com mais recursos dos Fundos de Participação dos Estados. O relatório calcula aumento na arrecadação desses fundos. Se não for possível fazer a compensação com o fundo (o aumento do fundo não for suficiente), a União vai colocar mais dinheiro a cada três meses, usando a arrecadação extra que surgir com a nova lei. Ou seja: Primeiro, garante-se que ninguém perde arrecadação (estados e municípios). Depois, o que sobrar serve para baratear a CBS, beneficiando toda a economia. Cartórios De acordo com a proposta, os profissionais que atuam em cartórios, como notários e registradores, ganharam um alívio tributário com a nova legislação fiscal. A norma regula que os repasses obrigatórios previstos em lei, não serão mais incluídos no cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) na modalidade de tributação mínima. Na prática, isso significa que os valores que esses profissionais apenas arrecadam e repassam, como taxas destinadas ao poder público ou a fundos específicos, não serão considerados como rendimento próprio e, portanto, não serão tributados. Lucros e dividendos Outra mudança diz respeito à tributação dos lucros e dividendos pagos por empresas a pessoas físicas. A nova regra estabelece um mecanismo de compensação para evitar que a soma dos tributos pagos pela empresa e pela pessoa física ultrapasse os limites previstos pela legislação. Se for constatado que a carga tributária efetiva total, considerando o imposto pago pela empresa (IRPJ e CSLL) e o imposto mínimo pago pela pessoa física sobre os lucros recebidos foram maiores do que a carga nominal prevista em lei, a Receita Federal concederá e um redutor no valor do imposto devido pela pessoa física. Andamento no Senado Em paralelo, há outro projeto de isenção do IR em tramitação no Senado, apresentado por Renan Calheiros (PP-AL). O texto, originalmente apresentado em 2019, foi resgatado sob o argumento de que

Montes Claros sedia seminário gratuito para profissionais e estudantes da contabilidade

Inscrições estão abertas para o Seminário de Desenvolvimento e Capacitação Profissional do Norte de Minas Montes Claros recebe, no dia 7 de outubro, o Seminário de Desenvolvimento e Capacitação Profissional do Norte de Minas, promovido pelo Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais (CRCMG). O evento, que integra o projeto “CRCMG mais perto de você”, será gratuito e reunirá a classe contábil da região. O seminário, que pontua no Programa de Educação Profissional Continuada (PEPC), oferece uma oportunidade valiosa de adquirir novos conhecimentos, expandir a rede de contatos e discutir as tendências que influenciam a área contábil por meio de palestras voltadas à prática profissional e ao desenvolvimento humano. Durante o evento, serão abordados temas como desenvolvimento profissional, reforma tributária, desafios da Nota Fiscal e o uso estratégico da inteligência artificial na contabilidade. A presidente do CRCMG, Suely Maria Marques de Oliveira, reforça que o evento tem como compromisso valorizar e aproximar ainda mais o Conselho dos profissionais de todo o estado: “Nosso objetivo é levar atualização e capacitação a todo o estado, fortalecendo a classe e apoiando o crescimento das regiões”, afirma. Ação solidária e inscrição Os participantes que desejarem contribuir com uma ação solidária poderão doar, no dia do evento, um litro de água de coco ou uma lata de leite em pó, que serão destinados a uma instituição beneficente de Montes Claros. As inscrições para o seminário são gratuitas e devem ser feitas pelo portal do CRCMG ou pelo hotsite do evento. PROGRAMAÇÃO:  Seminário de Desenvolvimento e Capacitação Profissional do Norte de Minas, em Montes Claros 18h – Credenciamento e café de boas-vindas 19h – Abertura, com a presidente do CRCMG, contadora Suely Maria Marques de Oliveira 19h15min – Momento “Desenvolvimento profissional”, com a contadora Andrezza Célia Moreira, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCMG 19h30min – Palestra “Reforma Tributária e os novos desafios da Nota Fiscal”, com Tyrone Canuto, contador pós-graduado em Direito Tributário, com MBA em Gestão Tributária 20h30min – Palestra “IA estratégica e lucrativa”, com Luiz Fernando Nóbrega, contador, consultor de Compliance e perito contábil 21h30min – Encerramento  Pontuação no Programa de Educação Profissional Continuada: AUD: 3; PROGP-RT: 3; PERITOS: 3 AÇÃO SOLIDÁRIA: Levar, no dia e local do evento, um litro de água de coco ou uma lata de leite em pó integral, que serão doadas a uma instituição de caridade. Sobre o CRCMG  O CRCMG é uma autarquia que tem por finalidade registrar os profissionais e as organizações contábeis para atuarem no mercado, fiscalizar o exercício da profissão contábil e desenvolver programas de educação continuada para esses profissionais, por meio de cursos, treinamentos, palestras e eventos, visando garantir à sociedade que os trabalhos desenvolvidos por eles sejam realizados com ética, boa técnica e nos termos da legislação vigente.

Sabores dos Gerais brilha na maior feira de alimentos da América Latina

Programa da Prefeitura de Montes Claros foi destaque na Expoalimentaria Os produtos do cerrado de Minas Gerais foram o centro das atenções na Expoalimentaria, amplamente reconhecida como a principal feira de alimentos e bebidas na América do Sul e uma das mais notáveis no mundo. Quem levou o cerrado para o evento foi o programa “Sabores dos Gerais”, criado pela Prefeitura de Montes Claros para destacar os ingredientes locais, a identidade culinária do norte de Minas e levar nossos sabores para muito além das fronteiras locais. O evento ocorreu em Lima, no Peru, de 24 a 26 de setembro, recebendo todo o apoio técnico e logístico da Prefeitura de Montes Claros, que auxiliou desde a compra de passagens aéreas até a exportação dos produtos. A culinária peruana é renomada globalmente por sua extensa diversidade, resultado da combinação de influências indígenas, espanholas, africanas, chinesas, japonesas e italianas, que se manifestam na rica gama de ingredientes e técnicas culinárias presentes. Além da comida, a feira contou com shows, apresentações culturais e outras atividades. Feira Fusión A Feira Fusión foi um grande evento de gastronomia que ocorreu em Lima, no Arena 1, organizada pela América Televisión, onde reuniu mais de 55 restaurantes e chefs para celebrar a culinária peruana e internacional, oferecendo uma experiência para todos os sentidos com diversas atrações “Nós, da Rede Núcleo do Pequi, tivemos a oportunidade de participar da Expoalimentaria através da Caravana da Exportação, que foi uma janela de oportunidades que abriu uma agenda internacional para os nossos produtos do cerrado norte-mineiro”, destacou Eduardo Peres, diretor da Sociedade Rural de Montes Claros. Para a Diretora de Promoção Comercial Internacional do Ministério da Agricultura, Ângela Pimenta Peres, o que mais chamou a atenção do público internacional na Expoalimentaria foram mesmo os produtos do cerrado do Norte de Minas: “O público ficou encantado com o pequi e com as castanhas. E a degustação de pratos elaborados com pequi foi um sucesso. Nós fizemos um dia todo de degustação de pratos à base de pequi, e todo mundo queria experimentar e conhecer mais sobre esse sabor tão único. Foi lindo ver países andinos, da América Central e até da Europa interessados em levar esses sabores para os seus mercados. Isso mostra, no meu entender, que o cerrado do Norte de Minas tem um potencial de exportação enorme que merece ser explorado”. “A participação do programa da Prefeitura de Montes Claros, Sabores dos Gerais, foi extremamente valiosa, pois expôs ao mundo nosso potencial e a relevância dos produtos do cerrado mineiro, além de destacar a tradição da nossa região geraizeira na gastronomia, especialmente o pequi, que é o principal produto deste bioma no estado”, declarou o secretário municipal de Aceleração Econômica de Montes Claros, Glenn Andrade. “O Programa Sabores dos Gerais representou Montes Claros e a região Norte de Minas Gerais na Expoalimentaria 2025, em Lima, Peru. Esta ação promoveu os sabores mineiros a nível internacional, valorizou nossa identidade gastronômica e os ingredientes do Cerrado, além de estimular o turismo gastronômico e abrir novas oportunidades de mercado”, comentou a coordenadora do Programa Sabores dos Gerais, Sarah Melo. “O Peru é uma referência em alimentação. E a gastronomia é um ativo cultural, turístico e econômico nacional”, reconheceu a subsecretária de Turismo de Montes Claros, Natalie Oliffson. “O projeto Sabores dos Gerais contempla várias secretarias e todas elas têm uma importância genuína para avançarmos nas questões de políticas públicas. No caso da Cultura e do Turismo, o projeto traz uma renovação e uma visibilidade para a gastronomia local, com itens importantes que fortalecem os eventos culturais e os atrativos do turismo. A abordagem proposta enriquece os encontros, possibilitando que nossa identidade se fortaleça ao mesmo tempo em que desperta a curiosidade do público”, afirmou Júnia Velloso Rebello.

Efeito Lula: desemprego no Brasil cai para 5,6% e repete recorde histórico

Brasil tem menor taxa de desocupação desde o início da série em 2012 A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, mantendo-se no menor nível da série histórica iniciada em 2012. O índice representa queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1 ponto percentual frente ao mesmo período de 2024. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada somou 6,08 milhões de pessoas, a menor já registrada. Ocupação em alta e renda estável A população ocupada alcançou 102,4 milhões de trabalhadores, com aumento de 555 mil pessoas no trimestre e 1,9 milhão em relação a 2024. O nível de ocupação permaneceu no recorde de 58,8%. O rendimento médio real foi de R$ 3.488, estável em relação ao trimestre anterior, mas 3,3% maior que no ano passado. A massa de rendimento habitual chegou a R$ 352,6 bilhões, crescendo 5,4% em um ano. Subutilização e desalento em queda A taxa de subutilização caiu para 14,1%, também o menor patamar da série, enquanto o número de desalentados recuou para 2,7 milhões — o menor desde janeiro de 2016. Emprego formal bate recorde O setor privado registrou 52,6 milhões de empregados, novo recorde histórico. Entre eles, 39,1 milhões possuíam carteira assinada, crescimento de 3,3% em um ano. Em contrapartida, os trabalhadores sem carteira caíram para 13,5 milhões. O setor público manteve 12,9 milhões de empregados, enquanto os trabalhadores por conta própria chegaram a 25,9 milhões. Setores em destaque A agricultura, pecuária e pesca cresceram 4,4% no trimestre, enquanto a administração pública, saúde e educação avançaram 1,7%. Já os serviços domésticos tiveram queda de 3%. No rendimento médio, agricultura, construção, administração pública e serviços domésticos apresentaram ganhos significativos na comparação anual.

Cassação de Eduardo Bolsonaro – PT pede suspeição de Marcelo Freitas

O líder do PT, deputado Lindbergh Farias, argumenta que a escolha de Freitas para relatar o processo de cassação de Eduardo não foi “neutra” O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), pediu à presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB) a troca do parlamentar definido pelo Conselho de Ética para relatar o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Os petistas argumentam que o Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), escolhido como relator, mantém ligações políticas e pessoais com Bolsonaro, o que colocaria em xeque a imparcialidade da ação. “O risco à imparcialidade é, portanto, duplo: de um lado, a relação de amizade pessoal e vínculos funcionais com Eduardo Bolsonaro; de outro, a convergência ideológica e política com as pautas defendidas pelo investigado e por seu grupo político”, argumenta Farias. O ofício foi protocolado nesta segunda-feira (29/9). O PT avalia, ainda, que a manutenção da escolha feita dará um caráter de “julgamento de cartas marcadas” à ação. O partido também cita que a continuidade da relatoria com Marcelo Freitas transformará o Conselho de Ética “em instância de blindagem política”. O pedido é despachado à direção da Câmara e também menciona suposta suspeição do presidente da comissão, deputado Fábio Schiochet (União Brasil-SC). “Tanto o relator quanto o presidente já se manifestaram publicamente em defesa do investigado, em franca violação aos princípios que devem reger este processo”, alega o PT. Não há previsão de resposta do presidente Hugo Motta sobre a requisição feita. Cassação O deputado Marcelo Freitas pretende apresentar até quarta-feira (1º/10) o relatório preliminar sobre o processo de cassação de Eduardo Bolsonaro. Nesta etapa inicial, ele indicará se a ação deve seguir ou não para análise do Conselho de Ética. A expectativa é que o parecer sobre a admissibilidade do processo seja levado à votação no dia 7. Em caso de aprovação, começa a fase de instrução do processo. Nessa etapa, Eduardo Bolsonaro poderá indicar até oito testemunhas para prestar depoimento ao Conselho. O prazo regimental para a conclusão do processo é de 90 dias. No entanto, a intenção de Marcelo Freitas é concluir o caso antes do fim do ano, de preferência no mês de novembro. Dessa forma, o processo não se arrastaria até o ano eleitoral. Marcelo Freitas tem histórico de proximidade com a família Bolsonaro e apoiou as duas campanhas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto. Governistas resgataram vídeos do parlamentar ao lado de Eduardo, como um de 2019 em que ele chama o colega de “amigo”, para criticar sua nomeação. Também citaram que ele votou de forma alinhada a pautas bolsonaristas, como a urgência do PL da Anistia e a PEC da Blindagem. Ao final do processo, o relator pode pedir a absolvição ou a condenação de Eduardo Bolsonaro. Se ele sugerir censura, advertência, suspensão de até seis meses do mandato, a decisão é definitiva dentro do próprio colegiado. Mas se a pena proposta for a de cassação do mandato, o parecer precisa ser votado em plenário da Câmara, em votação aberta e com maioria absoluta (257 deputados).

Veto a celular leva 80% dos alunos a prestar mais atenção nas aulas

Pesquisa aponta impacto positivo da medida, mas alerta para desafios como tédio, ansiedade e bullying Mais de 80% dos estudantes brasileiros afirmam que passaram a prestar mais atenção nas aulas após a restrição ao uso de celulares em sala. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada pela Agência Brasil, realizada pela Frente Parlamentar Mista da Educação em parceria com o Equidade.info, iniciativa ligada ao Lemann Center da Stanford Graduate School of Education. O levantamento mostra que o impacto é mais perceptível nos primeiros anos do Ensino Fundamental I, onde 88% dos estudantes disseram estar mais concentrados. Já no Ensino Médio, o índice chega a 70%. Para os organizadores da pesquisa, os números comprovam que a lei sancionada em janeiro de 2025, que proíbe o uso de celulares em escolas, trouxe efeitos práticos para o ambiente de aprendizado. Redução do bullying virtual e desafios comportamentais A pesquisa também revelou que 77% dos gestores e 65% dos professores perceberam queda no bullying virtual, fenômeno comum no ambiente escolar digitalizado. No entanto, apenas 41% dos alunos disseram sentir essa mudança, o que sugere subnotificação de casos ou dificuldade de percepção pelos próprios estudantes. Apesar dos avanços, o estudo aponta efeitos colaterais: 44% dos alunos disseram sentir mais tédio nos intervalos e recreios, índice que sobe para 47% entre estudantes do Fundamental I. Além disso, 49% dos professores relataram aumento da ansiedade entre os jovens, especialmente pela ausência do celular como meio de interação. Diferenças regionais e percepções políticas Regionalmente, o Nordeste apresentou o melhor resultado: 87% dos estudantes apontaram avanços na atenção e no ambiente escolar. No Centro-Oeste e no Sudeste, os índices foram menores, com 82% de avaliação positiva. O presidente da Frente Parlamentar Mista da Educação, deputado Rafael Brito, destacou a importância da medida: “Proteger nossos estudantes do uso do celular em sala de aula é garantir um ambiente mais saudável e focado no aprendizado. O resultado que vemos hoje é a confirmação de que a educação precisa ser prioridade, com políticas que cuidem do presente e preparem o futuro dos nossos jovens.” Já a presidente do Equidade.info, Claudia Costin, alertou que ainda há obstáculos a enfrentar: “Houve uma queda significativa no bullying virtual na visão dos gestores, mas é crucial ouvirmos os estudantes que ainda sentem o problema. Ou seja, a conclusão é que a restrição foi positiva, mas sozinha não basta: as escolas precisam criar alternativas de interação e estratégias específicas para cada idade.” Estratégias pedagógicas e futuro da lei Para o coordenador do Equidade.info e docente da Stanford, Guilherme Lichand, os dados reforçam a necessidade de estratégias pedagógicas adaptadas: “Os resultados confirmam que a regulação do uso de celulares trouxe ganhos importantes para o aprendizado. Mais do que limitar o uso do telefone celular, a lei abre espaço para repensarmos como a escola se conecta com os alunos. O próximo passo é garantir que a aplicação da lei seja efetiva em todas as etapas, respeitando as particularidades de cada contexto escolar.” Segundo Lichand, a meta é transformar a restrição em política duradoura, unindo desempenho acadêmico e bem-estar estudantil. Metodologia da pesquisa O estudo ouviu 2.840 alunos, 348 professores e 201 gestores em escolas públicas municipais, estaduais e privadas de todas as regiões do país, entre maio e julho de 2025.

Atlético-MG vence o Bolívar e avança para a semifinal da Sul-Americana

No embalo da torcida, mais de 34 mil torcedores empurraram o Atlético para a classificação na Sul-Americana. Galo quer manter o ritmo para a sequência de jogos na Arena MRV Quando o Atlético vivia o seu pior momento na temporada, com sete jogos seguidos sem vencer, a torcida foi quem empurrou o clube para uma vitória que pode significar muito na temporada alvinegra. Na noite dessa quarta-feira (24), mais de 34 mil torcedores acompanharam a classificação do Galo na Copa Sul-Americana na Arena MRV, após bater o Bolívar (BOL) por 1 a 0. Agora, time e torcida querem seguir o embalo para retomar às vitórias no Brasileirão. A classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana foi essencial para o Atlético. A equipe vive a expectativa de brigar pelo último grande título na temporada e, não apenas isso, por uma vaga na Copa Libertadores do próximo ano. Ocupando a 16ª posição na tabela do Brasileirão, o Galo é o primeiro time fora da zona de rebaixamento, três pontos à frente do Vitória, e está há 12 pontos do Bahia, o primeiro colocado na zona de classificação para a Libertadores. Por isso, conquistar a Sul-Americana é de suma importância para o Atlético. Mas, até lá, a equipe precisa voltar a vencer no Brasileirão para escapar de qualquer risco de rebaixamento. Para isso, o Galo quer contar com o apoio da torcida nos dois próximos jogos, contra Mirassol, no sábado (27), e contra o Juventude, na terça-feira (31). As duas partidas fecham uma sequência de três jogos na Arena MRV que podem dar novo significado para a temporada do Atlético. Vencer os dois jogos pode significar um salto para a décima posição na tabela. Além disso, diminuiria a distância até os 45 pontos, número mágico para as equipes que desejam fugir do rebaixamento no Brasileirão. O Atlético ainda tem duas partidas a menos na competição, contra Sport e Fortaleza, a serem realizadas

Arbitragem errou em 1 de cada 5 lances polêmicos no 1º turno do Brasileirão

Levantamento é baseado em pareceres de comitê de especialistas da CBF Os árbitros que atuaram na primeira metade da Série A do Campeonato Brasileiro e nas oitavas de final da Copa do Brasil acertaram 53 dos 65 lances polêmicos que foram alvos de contestações pelos clubes envolvidos. Assim, o índice de acerto foi de 82%, o que equivale a um erro da arbitragem a cada cinco marcações. Os números fazem parte de relatório divulgado pela CBF nesta quarta-feira (24), baseado em documento estatístico elaborado pela Comissão de Arbitragem. Ele reúne todos os pareceres produzidos pelo Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI) da confederação. O CCEI foi criado no início do ano e se reúne semanalmente para debater lances polêmicos nas rodadas do Brasileirão. Formado pelos ex-árbitros Néstor Pitana (Argentina), Nicola Rizzoli (Itália) e Sandro Meira Ricci, que atuaram nas Copas do Mundo de 2014 e 2018, o comitê analisa as marcações e avalia se a atuação do árbitro foi correta. Ao todo, 62 lances polêmicos de jogos do primeiro turno do Brasileirão e três de partidas da Copa do Brasil foram analisados. Desse total, o CCEI considerou que 12 delas tiveram decisões equivocadas por parte dos árbitros. CBF exalta baixo índice de erros de arbitragem no universo de marcações Apesar dos erros em jogadas consideradas decisivas, a Comissão de Arbitragem ressalta que o número é pequeno entre todos os lances importantes analisados pelos árbitros a cada partida. “Considerando que cada partida demanda, em média, 30 grandes decisões por partes dos árbitros, em 19 rodadas com 10 partidas, o número de grandes decisões é de 5.700. Dentro deste total, os 12 erros identificados pelo CCEI correspondem a 0,21% de todos os lances importantes analisados”, informou a CBF.

Ex-governadores enviam carta a Zema contra locação de Palácio da Liberdade para eventos privados

Eduardo Azeredo, Antonio Anastasia, Aécio Neves e Fernando Pimentel assinam texto que critica medida do governo de Minas sobre prédio histórico Quatro ex-governadores de Minas Gerais enviaram uma carta ao atual chefe do Executivo estadual, Romeu Zema (Novo), se posicionando contra à locação do Palácio da Liberdade, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, para eventos e atividades privadas. O texto, assinado por Eduardo Azeredo (1995 a 1998), Aécio Neves (2003 a 2010), Antonio Anastasia (2011 a 2014) e Fernando Pimentel (2015 a 2018), foi divulgado nesta quarta-feira (24/9), cinco dias após uma portaria da Fundação Clóvis Salgado autorizar o espaço a se tornar palco de eventos particulares. Na carta, os ex-governadores citam o fato do Palácio da Liberdade ser um Patrimônio Histórico do Estado. O espaço era sede do governo de Minas, antes da transferência para a Cidade Administrativa. O edifício também chegou a ser usado como residência de diversos chefes do Executivo estadual. Azeredo, Neves, Anastasia e Pimentel relatam “inegável surpresa” ao tomarem conhecimento da portaria que autorizou a locação do Palácio da Liberdade para eventos privados. “Tal deliberação, a nosso ver, macula as mais legítimas tradições de nossa história política, pois o símbolo máximo do Poder Público do Estado deixa a sua função essencial e se transforma em cenário de exibição de interesses privados. É fato que o Palácio da Liberdade já serviu de palco para diversas manifestações culturais, sociais e gastronômicas, mas todas elas de iniciativa oficial e com reconhecido caráter de interesse público.” Os ex-governadores temem que, com a locação, haja uma “banalização” do edifício que, hoje, compõe o Circuito Liberdade. A carta, que uniu figuras do PSDB e do PT, reforça que a preocupação vai além de posicionamento político, partidário ou ideológico. “Em outras palavras, na prática, assistiremos à privatização do uso do Palácio, na contramão do simbolismo adquirido pela edificação ao longo da história, qual seja, o de representar, com altivez, a defesa dos valores de Minas”, dizem os ex-governadores. A autorização para locação do Palácio da Liberdade foi publicada no último dia 19 de setembro. A medida libera a utilização de áreas internas e externas do prédio, como o alpendre, hall de entrada, escadaria principal, Sala Rosada, Sala Vermelha, torreões, cinema, tenda e jardins. Os espaços poderão receber tanto ações públicas e institucionais quanto eventos privados, como casamentos, aniversários, confraternizações, coquetéis, lançamentos de produtos e produções audiovisuais.