TRILHA DA LEITURA – Começou a campanha anual “Ler no Natal é muito legal!”

A equipe do projeto Montes Claros na Trilha da Leitura, da Secretaria de Educação da Prefeitura, realiza mais uma vez a sua campanha anual “Ler no Natal é muito legal!”. A ação visa arrecadar livros literários para realizar doações na cidade Como nos anos anteriores, qualquer pessoa pode participar, doando livros literários, novos ou usados em bom estado de conservação, até o dia 24 de dezembro, para que as personagens do Trilha presenteiem crianças carentes do Município. As doações podem ser agendadas pelo telefone (38) 9 9839-3969 ou por meio do e-mail montesclarosnatrilhadaleitura@gmail.com. “Assim como temos o direito à saúde e à educação, também temos o direito à literatura. E, nessa época tão especial do ano, onde as pessoas costumam presentear as outras, o Trilha da Leitura dá uma dica especial: o livro é um presente de primeira necessidade”, comenta a coordenadora do Trilha, Éllen Santa Rosa. Ainda segundo a coordenadora, “Viagem literária – um tesouro de mapa”, o tema de trabalho deste segundo semestre da Rede Municipal, “continua nas férias, pois a literatura nos possibilita viagens incríveis! E, como no final do ano a gente costuma dar uma arrumada na casa e separar o que precisa ser doado, os livros parados podem ter uma boa utilidade neste Natal: parar nas mãos de uma criança leitora e transformar suas férias em verdadeiras aventuras, através da leitura!”. Prefeitura de Montes Claros

Número de inscritos no Enem cai 41% e afasta pretos e pobres da prova

Um levantamento feito pelo Semesp mostra que o número de inscritos com isenção da taxa por declaração de carência caiu 77% em relação à última prova. Além disso, apenas 11,7% dos inscritos para o Enem 2021 são pretos Em meio à crise ocasionada pela debandada de servidores e suspeitas de vazamento de provas do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), estudantes de todo o Brasil realizam, neste domingo, 21, a primeira parte do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021. No entanto, nesta edição, apenas cerca de 3,1 milhões de estudantes se inscreveram. É o menor número de candidatos desde 2005. A baixa adesão se reflete nos dados da seguinte forma: são principalmente os pobres que ficaram de fora do exame. Um levantamento feito pelo Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo) mostra que o número de inscritos com isenção da taxa por declaração de carência caiu 77% em relação à última prova. De acordo com a pesquisa, além disso, apenas 11,7% dos inscritos para o Enem 2021 são pretos. É a menor proporção desde 2009, quando eles representaram 6,3% dos inscritos. É um resultado da crise econômica e social do país, com o desemprego e o empobrecimento das famílias durante a pandemia da Covid-19, que piorou a situação dos jovens de baixa renda. Muitos tiveram de ir trabalhar e a sobrevivência fala mais alto. “A morte de parentes próximos pela covid-19 também forçou jovens a buscarem emprego, antes de pensarem em continuar os estudos”, lembra o jornal Estado de S.Paulo. Via 247

‘Minha aluna desmaiou de fome’: professores denunciam crise nas escolas brasileiras

De acordo com estudo da Universidade Livre de Berlim, a insegurança alimentar grave atingia 15% dos domicílios brasileiros em dezembro de 2020, estatística que se reflete nas escolas públicas brasileiras, onde alunos passam mal devido à fome que atinge o país Professores da rede pública de ensino do Brasil têm relatado casos de alunos passando mal por causa da fome. De acordo com estudo da Universidade Livre de Berlim, a insegurança alimentar grave atingia 15% dos domicílios brasileiros em dezembro de 2020, percentual que chegava a 20,6% nos lares com crianças e jovens de 5 a 17 anos. Os relatos foram publicados em reportagem da BBC. Um dos casos aconteceu na rede municipal do Rio de Janeiro, com uma aluna de 8 anos, negra e que estuda em uma escola localizada em um complexo de favelas na Zona Norte carioca. “Essa aluna chegou bem atrasada. Ela bateu na porta da sala de aula, eu abri e notei que ela não estava bem, mas não consegui entender o porquê. Passei álcool na mão dela e senti a mão muito gelada, em um dia em que não estava frio para justificar”, disse. “Ela sentou e abaixou a cabeça na mesa. Eu estranhei e chamei ela à minha mesa. Ela veio e eu perguntei se ela estava bem. Ela fez com a cabeça que estava, mas com aquele olhinho de que não estava. Perguntei se ela tinha comido naquele dia, ela disse que não”, complementou. “Fui pegar algo para ela na minha mochila — porque eu sempre levo um biscoitinho ou uma fruta para mim mesma. Mas não deu tempo. Ela desmaiou em sala de aula”. Para ajudar alunos, educadores organizam coletas de alimentos, e direcionam as crianças e famílias que estão passando por necessidade à rede pública de assistência social. “Procuro manter meu coração sempre firme, não cair em desespero”, diz uma professora de língua portuguesa na rede estadual do Paraná, com quase 30 anos de profissão. “A gente respira fundo e vai fazer campanha para cesta básica, para coleta de alimentos, para mantê-los em sala de aula. Eu me sinto às vezes cansada, mas me sinto na obrigação de me manter firme e fazer algo por essas crianças, para que eles sintam que podem contar conosco, que não seremos mais um a abandoná-los”.]

PEC dos Precatórios: como o calote nas dívidas vai afetar professores e a Educação

Aprovada na Câmara em votação de primeiro turno marcada por liberação de emendas do “orçamento secreto” e manobras regimentais, a PEC dos Precatórios (PEC 23/2021), se aprovada no segundo turno e a decisão for confirmada pelo Senado, afetará, principalmente, professores da rede pública e a área da Educação. A proposta, defendida por Jair Bolsonaro, visa aprovar o calote nos precatórios para liberar uma verdadeira fortuna de R$ 63 bilhões do orçamento, para que assim o governo possa financiar, em 2022, o programa “Auxílio Brasil”, um projeto claramente eleitoreiro que visa possibilitar a reeleição do atual chefe do Executivo. Apesar do governo divulgar a PEC como uma tábua de salvação para os mais pobres, parlamentares de oposição apontam que haveria outras ferramentas para financiar programas sociais, inclusive aprimorando o Bolsa Família. Além disso, na prática, a proposta vai prejudicar servidores públicos que recebem baixos salários, como professores. Para liberar recursos do orçamento, o governo, através da PEC, quer alterar as regras do teto de gastos e criar normas mais “flexíveis” para o pagamento de precatórios. Precatórios são dívidas judicias da União com pessoas físicas e jurídicas – boa parte delas funcionários públicos da educação. As dívidas que a União teria que pagar em 2022 chegam a quase R$ 90 bilhões. Caso a PEC seja aprovada, se estabeleceria um “teto” para que, no ano que vem, fosse pago apenas R$ 41 bilhões. Ou seja, outros R$48,1 bilhões ficariam em aberto. Isso afetaria diretamente os professores, visto que os estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Amazonas aguardam para 2022, após vitória judicial, o recebimento de cerca de R$ 16 bilhões relacionados a um erro no repasse de verbas do antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que depois se tornou o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Parte desses recursos deveria ser destinado a professores das redes estaduais e municipais destes estados. A PEC dos Precatórios, entre outros pontos, propõe protelar e parcelar ainda mais essas dívidas que já deveriam ter sido pagas aos professores de forma integral, e um dos dispositivos da proposta ainda prevê que eles recebam até 40% menos que o valor original. Impactos na prática À Fórum, Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores em Educação (CNTE), explicou de maneira prática quais serão os prejuízos da PEC dos Precatórios aos professores, se aprovada em segundo turno na Câmara e, depois, no Senado. Segundo o dirigente, é possível dividir os prejuízos à Educação em 3 aspectos. “Temos uma forma direta de impacto. Dentro dos precatórios, há precatórios de professores em todo o país e aqueles precatórios que não são específicos do Fundef. Neste caso que não é específico do Fundef, ele [professor] ganha na Justiça, mas terá um deságio no valor de até 40%, que pode ser reduzido do valor ganho na Justiça, e o restante vai ser dividido em 10 anos. 10 parcelas, só que por ano. Então, você [professor] ganhou na Justiça, não recebeu seus direitos lá atrás e agora, com essa PEC, corre risco de perder até 40% do valor, e o restante vai ser divido em 10 anos. Esse é um tipo de prejuízo direto”, explica. O segundo impacto da PEC para os professores está relacionado, segundo Heleno, aos precatórios do Fundef. “Alcança 7 estados do Nordeste e 2 estados do Norte. Neste, o que eles fizeram foi dividir o valor dos precatórios a serem pagos. O professor ganhou na Justiça, deveria receber de forma integral, mas o governo quer parcelar em 3 anos. Então, prejuízo nesse caso é o parcelamento em 3 anos. Você [professor] não recebeu lá atrás, tem o direito de receber integral, mas vai receber 3 anos”, elucida. O terceiro impacto para a área, de acordo com o presidente da CNTE, está no fato de que a PEC impõe a “securitização” das dívidas. Isto é, dívidas que a União possui que que são consideradas de “difícil recuperação”, poderão ser vendidas no mercado com valores bem menores. Ou seja, o governo Bolsonaro estaria abrindo mão de receitas a serem repassadas à Educação “O ataque indireto vai pelas políticas públicas, políticas de educação, através da securitização, que atinge o Fundeb. É uma de tentar sair do teto dos gastos e com isso tirar dinheiro público, sem ser contabilizado diretamente, e isso penaliza as políticas públicas”, alerta Heleno Araújo.

Beatriz Cerqueira denuncia Projeto Somar, do governo Zema, pela “entrega do ensino médio”

A deputada que preside a Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, Beatriz Cerqueira, entrou com representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE MG) nesta quinta-feira, 4, denunciando o governador do Estado e a Secretária de Estado da Educação pelas ilegalidades na execução do Projeto Somar. No documento entregue ao presidente do Tribunal, Mauri José Torres Duarte, a parlamentar solicita a anulação dos editais nº 4, 5 e 6 de 2021, publicados pela SEE, que definem a fórmula para a transferência da execução de atividades educacionais para Organizações Sociais (Oss). Pelo Somar, as matrículas nas escolas estaduais ficam com o governo do Estado e as OSs fazem a gestão patrimonial, administrativa e dos serviços prestados pelas escolas – com alocação de recursos humanos, insumos e equipamentos- e a definição da proposta pedagógica, da matriz curricular e materiais didáticos utilizados. Na denúncia ao TCE MG, a deputada ressalta que a Lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Lei nº 14.113/2020) não autoriza o emprego dos recursos do FUNDEB para organizações sociais.

Supremo Tribunal Federal decide que injúria racial é crime e não prescreve

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o crime de injúria racial não prescreve. A Corte entendeu que casos de injúria podem ser enquadrados criminalmente como racismo, conduta considerada imprescritível pela Constituição. O caso envolve uma mulher idosa de 79 anos que foi condenada pela Justiça do Distrito Federal a um ano de prisão pelo crime de injúria qualificada por preconceito. A sentença foi proferida em 2013. A situação que levou à condenação ocorreu um ano antes em um posto de gasolina. A acusada queria pagar o abastecimento do carro com cheque, mas ao ser informada pela frentista que o posto não aceitava essa forma de pagamento, ofendeu a funcionária com os seguintes dizeres: “negrinha nojenta, ignorante e atrevida”. A defesa sustentou no processo que a autora das ofensas não pode ser mais punida pela conduta em razão da prescrição do crime. Para os advogados, ocorreu a extinção da punibilidade em razão da idade. Pelo Código Penal, o prazo de prescrição cai pela metade quando o réu tem mais de 70 anos. Além disso, a defesa sustentou que o crime de injúria racial é afiançável e depende da vontade do ofendido para ter andamento na Justiça. Dessa forma, não pode ser comparado ao racismo, que é inafiançável, imprescritível e não depende da atuação da vítima para que as medidas cabíveis sejam tomadas pelo Ministério Público. Votos O caso começou a ser julgado no ano passado, quando o relator, ministro Edson Fachin, proferiu o primeiro voto do julgamento e entendeu que a injúria é uma espécie de racismo, sendo imprescritível. Em seguida, o ministro Nunes Marques abriu divergência e entendeu que o racismo e a injúria se enquadram em situações jurídicas diferentes. Para o ministro, o racismo é uma “chaga difícil de ser extirpada”, no entanto, a injúria qualificada é afiançável e condicionada à representação da vítima. “Não vejo como equipará-los, em que pese seja gravíssima a conduta de injúria racial”, afirmou. Na última quinta-feira (28), na retomada do julgamento, o ministro Alexandre de Moraes, que havia pedido vista do processo, votou para considerar o crime de injúria racial imprescritível. Moraes citou os comentários da idosa para exemplificar que trata-se de um caso de racismo. “Isso foi ou não uma manifestação ilícita, criminosa e preconceituosa em virtude da condição de negra de vítima? Logicamente, sim. Se foi, isso é a prática de um ato de racismo”, afirmou. O entendimento foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e o presidente, Luiz Fux. (Agência Brasil)

Presidenta da UNE chama à unidade contra Bolsonaro e rebate rede de ódio

Em entrevista à TV UOL Bruna Brelaz alertou para o risco da reeleição de Bolsonaro que, segundo ela, foi subestimando em 2018, e falou sobre temas relacionados à lutas dos estudantes. Alvo de agressões nas redes sociais por defender uma frente ampla contra Bolsonaro em entrevista à Folha de S.Paulo, a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Brelaz participou na manhã desta sexta-feira (22) de entrevista, ao vivo, na TV UOL, comandado por Fabíola Cidral, com participação dos colunistas Kennedy Alencar e Leonardo Sakamoto. Na ocasião, a dirigente falou sobre as ofensivas que sofreu e defendeu a necessidade de discutir a rede de ódio que existe em amplos espectros políticos. Em sua opinião, as ofensivas tem caráter misógino e racista, potencializados pelo fato de ela se apresentar como a primeira mulher negra e nortista, presidenta da maior entidade estudantil. “Diversas mulheres negras passam por isso de forma cotidiana na internet, sofrendo ataques de ódio, misóginos, racistas, e a gente precisa enfrentar esse debate de forma muito profunda”, disse aos jornalistas. Na entrevista, ela contou que “infelizmente os ataques continuam acontecendo” e que tem buscado acionar medidas judiciais para que os criminosos sejam responsabilizados. “A denúncia não pode ser só feita apenas nas redes. Acho que as ‘fake news’ e discursos de ódio precisam ser combatidos judicialmente também” e afirmou também que ficou surpresa que os ataques vieram de setores do campo progressista. “Esperava do bolsonarismo, um enfrentamento direto com essa rede de ódio do bolsonarismo, mas não esperava desses setores isolados do próprio campo que faço parte”, declarou. Para Bruna, a principal preocupação da política neste momento deveria ser a possibilidade de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Por esse motivo, ela defende a união entre todos os setores que apoiam o impeachment do atual presidente. “Se eles estão topando defender o ‘fora Bolsonaro’ e defender a democracia, por que eles não podem ser um movimento partícipe, no seu campo, na sua visão de ideias?”, questionou. “Não acho que a gente tem que desconsiderar a participação dessas figuras. Elas mobilizam setores. Se esses setores querem ser ‘fora Bolsonaro’, beleza. Aí na democracia, a gente vai enfrentar todos os ataques que eles fizeram ao campo da esquerda e às figuras também”, completou a dirigente. Na avaliação de Bruna, Bolsonaro não pode ser subestimado como aconteceu na última eleição. “Em 2018, fizemos isso, todo mundo, direita, esquerda, centro subestimaram Bolsonaro, acharam que ele era mais um palhaço e Bolsonaro se tornou presidente da República”. A dirigente fez críticas à direita e afirmou que é ilusão acreditar que é possível “domar” o presidente. “A agenda econômica do Bolsonaro, inclusive, não contempla eles. Não é de interesse deles. Talvez exista uma ilusão dessa direita de domar o bolsonarismo”, observou. Segundo ela, a busca pelo diálogo com setores com visões políticas diferentes é responsabilidade das lideranças políticas do país. Educação Bruna lembrou que a educação, área fundamental para o futuro do país, foi um dos primeiros alvos de Bolsonaro. Em 2019, o governo federal cortou o orçamento das universidades federais. A dirigente recordou que, naquele momento, estudantes e comunidade acadêmica criaram a jornada de luta para tentar barrar o retrocesso e ficou conhecida como a “Tsunami da Educação”. Para ela, desde os cortes, “se degringolou e não houve nenhum tipo de projeto estratégico para que as universidades passassem a crescer e ser prioridade ao país”. Bruna mencionou outro corte no orçamento da educação, ocorrido neste ano. “Nós tivemos um corte de mais de 1 bilhão de reais, que representa 18% do orçamento de todas as 69 universidades federais, e esse corte foi dentro de uma pandemia, onde a universidade atua de forma muito protagonista no combate à pandemia, na produção de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e na disponibilização de leitos dos Hospitais Universitários”. Na produção de ciência brasileira, a presidenta da UNE questionou: “quanto vale a ciência brasileira ao país?”, sendo que 92% dos recursos foram cortados pelo governo federal, “é de uma gravidade muito grande”, disse. Segundo Bruna, a crise nas universidades é consequência de constantes ataques que afetam 70 mil bolsas de pesquisa e cerca de duas mil delas sobre o combate à pandemia, acrescentou. Para a dirigente, o governo federal não apresenta nenhum tipo de perspectiva para a educação no país. Segundo ela, o governo está contaminado ideologicamente. “A cortina de fumaça é bem estruturada em todos os ministérios”. Na entrevista ainda foram abordados temas como o racismo, o retorno às aulas presenciais, investimentos em Educação e as irresponsabilidades do governo Bolsonaro. Segundo Bruna, é preciso fazer o debate do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), que tem 1 milhão de inadimplentes e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que sob o governo Bolsonaro tem registrado recordes negativos de participação estudantil, lembrou. Bruna também defendeu as cotas raciais e ressaltou a importância deste debate relacionado à assistência estudantil. “Sobre as cotas raciais somos a favor de garantir que ela seja ampliada e de que a gente possa fazer um debate a médio prazo de melhoramento das cotas relacionado à assistência estudantil, articulado com parlamentares e a sociedade civil para formar uma frente de proteção às cotas e que elas possam ser aprovadas no Congresso Nacional, e garantir que por mais tempo conseguimos colocar mais negros, negras, pessoas pobres e indígenas dentro da universidade”. Bruna afirmou que a universidade mudou por causa das cotas “e sabemos que ela precisa ser ampliada, melhorada e jamais extinta”. Confira a entrevista na íntegra: Via Vermelho

Metade dos professores estão sobrecarregados, desmotivados, ansiosos e cansados, diz pesquisa

O levantamento chamado “Desafios e Perspectivas da Educação: uma visão dos professores durante a pandemia” ouviu 2.500 docentes e gestores escolares de todas as etapas de ensino da educação básica das redes municipais, estaduais e privada Metade dos professores de educação básica do país estão desmotivados (49%), sobrecarregados (55%), ansiosos (47%) e cansados (46%), segundo pesquisa do Instituto Península obtida pelo jornal O Globo. Esse é o impacto da pandemia nos educadores, que aguardam avidamente pela rotina de reencontros seguros com seus alunos e o fim da necessidade de protocolos. Nesta sexta-feira (15), o país celebra o Dia do Professor. “A educação se dá na relação duradoura entre professor e aluno. Se uma das partes está doente, como vimos na pesquisa, essa relação não vai produzir os resultados que precisa”, analisa Heloisa Morel, diretora executiva do Instituto Península. “Neste momento, é preciso acolher. Aceitar que está acontecendo e que os professores estão cansados”, completa. O levantamento chamado “Desafios e Perspectivas da Educação: uma visão dos professores durante a pandemia” ouviu 2.500 docentes e gestores escolares de todas as etapas de ensino da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) das redes municipais, estaduais e privada na primeira quinzena de setembro deste ano. “Mas mesmo exausto, os professores falam que escolheriam o ofício. Existe um vínculo com a profissão e os alunos assustador”, afirma Morel, diretora do instituto que fez diversas pesquisas com docentes ao longo da pandemia. Neste momento, o Brasil está voltando plenamente para as salas de aula na maior parte do país no modelo híbrido — na qual parte das aulas é feita à distância, e parte presencial — e nove estados já estão com 100% das crianças nas turmas. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina Cora Coralina

UFMG é considerada a melhor federal em ranking internacional

Instituição ficou na quinta posição entre as universidades da América Latina Um ranking da organização independente AD Scientific aponta a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como a federal mais bem classificada. 345 dos 10 mil cientistas considerados mais produtivos e influentes são da UFMG. Esse dado coloca a universidade na quinta posição em relação às Instituições de Ensino da América Latina e na oitava posição ao se considerar os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Em ambos os casos, a Instituição de Ensino mineira é a federal mais bem classificada. USP, Unesp e Unicamp também estão bem posicionadas O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, professor Mario Montenegro Campos, afirmou que “é mais um levantamento independente que demonstra a alta qualidade, a relevância e o impacto da produção científica da Universidade nos contextos de um bloco econômico importante com participação do Brasil e do continente latino-americano”. Parâmetros Para a elaboração dos rankings, a AD Scientific utiliza nove parâmetros e considera diferentes grandes áreas do conhecimento. Para esta edição foram considerados dados de 708.703 pesquisadores de 11.940 instituições localizadas em 195 países. Levantamento considerou dados de 708.703 pesquisadores A combinação desses dados é utilizada pela AD Scientific para avaliar o desempenho de produção dos cientistas e o impacto de seus estudos nos respectivos campos de pesquisa As universidades do Brics O levantamento em relação aos países do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, considerou 1.033 universidades dos cinco países-membros. Sendo que, as universidades nas sete primeiras posições são: USP (Brasil), Tsinghua University (China), Unicamp (Brasil), Unesp (Brasil), Zhejiang University (China), Peking University (China) e University of Cape Town (África do Sul). USP, Unicamp e Unesp são também públicas, porém não são federais, são do Estado de São Paulo. Na lista das instituições latino-americanas, as quatro mais bem posicionadas são USP, Unesp, Unicamp e Universidad Nacional de La Plata (Argentina). Edição: Elis Almeida | Brasil de Fato MG |

“Viagem literária: um tesouro de mapa” – Trilha da Leitura disponibiliza vídeo na Semana das Crianças

O projeto Montes Claros na Trilha da Leitura, da Secretaria de Educação da Prefeitura, já retomou as apresentações de teatro nas escolas, ainda com restrições. A fim de garantir a segurança de todos contra a COVID, as peças não estão sendo mais apresentadas nos auditórios e parques da cidade, como ocorria todo ano, mas para grupos menores. Assim, nesta Semana da Criança, para aproximar os pequenos do tema “Viagem Literária: um tesouro de mapa”, a peça teatral apresentada no Cemei Valdeir Correa nos dias 29 e 30 de setembro foi filmada, editada e disponibilizada no canal do projeto no Youtube. “Nossa intenção é chegar a todas as escolas, por meio do vídeo, para que as crianças recebam esse presente nessa semana especial, uma vez que o teatro ainda não alcançará, presencialmente, todas as escolas.”, comenta a coordenadora do Trilha, Éllen Santa Rosa. A coordenadora ainda aproveitou a oportunidade para comentar sobre as apresentações: “É uma verdadeira viagem nas histórias de ‘Peter Pan’, ‘Alice do País das Maravilhas’ e Emília do ‘Sítio do Pica-Pau Amarelo’, ao som de poemas como ‘Trem de ferro’, de Manuel Bandeira; ‘Cavalinho de pau’, de Henriqueta Lisboa; e ‘Azizi, o menino viajante’, de Conceição Evaristo. Isso é o que a Literatura nos possibilita. Esperamos que as escolas divulguem e socializem o teatro para que o Trilha da Leitura possa chegar em todos os lugares”.