USP diplomará 15 estudantes da FFLCH mortos pela ditadura militar

Helenira Resende e Suely Kanayama estão entre os homenageados. Cerimônia acontece nesta segunda, 26, às 15h, e será transmitida on-line No ano em que o Brasil completa 60 anos do golpe militar, a Universidade de São Paulo (USP) realizará uma cerimônia de diplomação para homenagear 15 estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) que foram perseguidos e assassinados durante o regime. O evento acontece nesta segunda-feira (26), às 15h, no Auditório Nicolau Sevcenko, será transmitido online e faz parte do projeto “Diplomação da Resistência”, que busca resgatar a memória desses alunos e reparar as injustiças do passado. Entre os homenageados estão Helenira Resende e Suely Kanayama, guerrilheiras do Araguaia que dedicaram suas vidas à luta pela democracia. A resistência no Araguaia, da qual participaram, foi um marco na contestação ao regime militar, desmistificando a ideia de que o governo era intocável e inspirando a luta contra a ditadura. Antes da cerimônia, às 13h, ocorrerá uma plenária organizada pela União da Juventude Socialista (UJS), em homenagem às duas estudantes guerrilheiras. O evento será um marco de memória e justiça, refletindo o lema “Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça!”. Paulo Martins, diretor da FFLCH, destacou a importância simbólica do evento. “Essa homenagem significa que a USP não se oculta diante das injustiças e reafirma seu compromisso com os direitos humanos. Me sinto imensamente feliz por ser o diretor que entregará simbolicamente a graduação aos familiares desses alunos que desapareceram no vento nefasto da ditadura”, afirmou. A ação, que integra a diplomação de 31 estudantes da USP ao todo, é fruto de uma parceria entre a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), Pró-Reitoria de Graduação (PRG), o gabinete da vereadora e ex-aluna da USP Luna Zarattini (PT) e o coletivo de estudantes Vermelhecer. Em dezembro de 2022, outros dois estudantes, Alexandre Vannucchi Leme e Ronaldo Queiroz, do Instituto de Geociências (IGc), já haviam sido homenageados. Saiba quem são os 15 alunos que serão diplomados: Antonio Benetazzo, Filosofia Carlos Eduardo Pires Fleury, Filosofia Catarina Helena Abi-Eçab, Filosofia Fernando Borges de Paula Ferreira, Ciências Sociais Francisco José de Oliveira, Ciências Sociais Helenira Resende de Souza Nazareth, Letras Ísis Dias de Oliveira, Ciências Sociais Jane Vanini, Ciências Sociais João Antônio Santos Abi-Eçab, Filosofia Luiz Eduardo da Rocha Merlino, História Maria Regina Marcondes Pinto, Ciências Sociais Ruy Carlos Vieira Berbert, Letras Sérgio Roberto Corrêa, Ciências Sociais Suely Yumiko Kanayama, Letras Tito de Alencar Lima, Ciências Sociais Diplomação da Resistência Data: 26 de agosto, segunda-feira, às 15 horas Local: Auditório Nicolau Sevcenko, localizado no Edifício Eurípedes Simões de Paula (Geografia e História) da FFLCH/USP Para acompanhar a cerimônia, acesse: https://www.youtube.com/@uspfflch
Unimontes oferece cursos técnicos gratuitos em cinco cidades de MG

Estão abertas as inscrições para os cursos técnicos gratuitos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), através da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A instituição oferece vagas em cinco cidades de Minas Gerais: Bocaiúva, Montes Claros, Janaúba, Espinosa e Joaíma. De acordo com informações da Unimontes, os interessados podem se inscrever pela internet, até o dia 13 de agosto. O candidato precisará preencher um formulário e enviar documentos pelo site. Após a etapa de inscrição, será feita uma seleção e o resultado final sai no dia 23 de agosto. Após a seleção também serão divulgadas as informações do cronograma de matrículas. Para participar é necessário que o candidato esteja matriculado no 2º ou 3º ano do ensino médio e ter idade a partir de 15 anos. Os estudantes receberão uma ajuda de custo diária, de R$ 10 por dia de aula assistidas. Confira cursos por cidade: Bocaiúva Em Bocaiúva está disponível o curso técnico em desenvolvimento de sistemas, com dois anos de duração, que será ministrado no período noturno, no campus da Unimontes. Ao todo, são 30 vagas disponíveis. Janaúba Em Janaúba, está disponível o curso técnico em planejamento e controle da produção, que terá duração de um ano e quatro meses, será ministrado no período noturno no campus da Unimontes. 30 vagas serão ofertadas. Joaíma Na cidade de Joaíma está sendo ofertado o curso técnico em administração, com duração de um ano e quatro meses, que será ministrado no turno noturno, no campus da Unimontes. Para este curso, serão 30 vagas disponíveis. Espinosa Em Espinosa será oferecido o curso técnico em planejamento e controle da produção, com um ano e quatro meses de duração, sendo ministrado no período noturno, no campus da Unimontes. Ao todo, serão 30 vagas disponíveis. Montes Claros Estão sendo ofertados quatro cursos técnicos gratuitos em Montes Claros; confira: Desenvolvimento de sistemas: duração de dois anos Redes de computadores: duração de um anos e oito meses Saúde Bucal: duração de dois anos Sistemas de energia renovável: duração de dois anos Todos os cursos disponíveis são ministrados no período noturno e serão oferecidos na Rua Coronel Celestino, 65, Centro, em Montes Claros. Estão sendo disponibilizadas 30 vagas para cada, sendo 120 vagas no total.
Unimontes divulga resultado do vestibular para candidatos com 60 anos ou mais

Aprovados em primeira chamada deverão fazer matrículas de 24 a 26 de julho A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) divulgou o resultado do processo seletivo para o preenchimento de vagas remanescentes em seus cursos de graduação destinadas a candidatos com 60 anos ou mais. Foram aprovados 55 candidatos para o preenchimento de vagas em 28 cursos ministrados no campus-sede e em outros campi da instituição. Os trabalhos são conduzidos pela Coordenação Técnica de Processos Seletivos (Coteps) da Unimontes. A lista dos aprovados pode ser conferida no site www.coteps.unimontes.br. Também foram divulgados os resultados preliminares dos editais para o preenchimento de vagas de transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título. Os classificados em primeira chamada deverão ficar atentos ao período de matrículas, que vai de 24 a 26 de julho. As matrículas devem ser feitas por meio do site www.coteps.unimontes.br (área do candidato). Os convocados em segunda chamada deverão fazer as matrículas nos dias 30 e 31 de julho. As aulas serão iniciadas no segundo semestre de 2024. Os candidatos 60+ foram submetidos às provas de redação, realizadas no dia 16 de junho, no campus-sede de Montes Claros e nos campi de Brasília de Minas, Janaúba, Januária, Pirapora e São Francisco. Participaram do processo seletivo 228 candidatos. Das pessoas aprovadas no vestibular da Unimontes para as vagas para os 60+, a futura acadêmica da universidade com maior idade é a escritora Maria da Glória Calixto Mameluque, dona Glorinha, de 86 anos. Ela foi aprovada para o curso de Medicina. Também foi aprovada para Medicina a candidata Maria Cleonice de Oliveira Nobre, de 70 anos. Aprovados no vestibular para as vagas para 60+ na Unimontes: Administração noturno (3 candidatos), Ciências Biológicas diurno (2), Ciências Contábeis (4), Ciências Contábeis noturno (4), Ciências da Religião (1), Ciências Econômicas diurno (1), Ciências Econômicas noturno (1), Direito noturno (2), Direito (1), Educação Física licenciatura diurno (1), Educação Física noturno (1), Enfermagem (1), Engenharia Civil (1), Filosofia (1), Geografia (1), História noturno (1), História matutino (3), História/Janaúba (1), Letras Espanhol vespertino (1), Letras Inglês noturno (2), Letras Português noturno (4), Medicina (2), Pedagogia vespertino (3), Pedagogia/Pirapora (1), Serviço Social matutino (4), Serviço social noturno (2), Teatro (2), Tecnologia em Gestão Pública vespertino (2), Tecnologia em Gestão Pública vespertino (2) e Tecnologia em Gestão Pública noturno (2).
MEC sinaliza revogar portaria para encerrar greve de professores

Estabelecida por Bolsonaro, a Portaria 983 aumentou a carga horária mínima de sala de aula para EBTT. Governo indica compromissos para que a greve seja encerrada Em novo passo do governo para findar a greve de docentes das universidades e institutos federais, o Ministério da Educação firmou o compromisso de revogação da Portaria 983, de novembro de 2020, uma das reivindicações da categoria. Nesse sentido, o MEC entende que, além das propostas já feitas, com essa medida os grevistas podem colocar a decisão em pauta para encerrar o movimento que já soma 72 dias. Estabelecida na gestão bolsonarista, a portaria aumentou, entre outras situações, a carga horária mínima de sala de aula para 14 horas semanais no regime integral dos docentes pertencentes à Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), o que prejudicou, principalmente, o tempo para pesquisa e extensão que são fundamentais para os professores. Esta é uma reivindicação dos grevistas. Porém, até o momento, o principal pedido, por uma sinalização de aumento já neste ano, não foi atendido. A proposta do governo quanto às correções salarias até o momento é de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. O órgão destaca que estes valores somados aos de 9% de 2023, representam um aumento em torno de 28,2% para os professores. Portaria De acordo com Gustavo Seferian, presidente do ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, “os representantes do MEC expressaram, desde o início da reunião, o reconhecimento do quanto a nossa greve é forte e, por isso, estavam mudando uma série de posicionamentos que firmaram no curso do processo negocial”, disse Seferian, sobre a reunião em que as propostas foram apresentadas, na última sexta (14). Para André Martins, representante da Seção Sindical do ANDES-SN no Instituto Federal de Rio Grande do Sul, o avanço foi importante: “De fato, uma proposta importante que apresentou foi a revogação da portaria 983, que atinge de forma direta o fazer docente da carreira EBTT. Hoje tivemos essa conquista. O MEC se comprometeu a, logo após uma assinatura do acordo, revogar imediatamente essa portaria e criar um grupo de trabalho para uma nova regulamentação, com prazo de sessenta dias para implementação”, afirmou. Outras medidas Além da revogação da Portaria nº 983/2020, o MEC ainda se propôs a criar um Grupo de Trabalho para a elaboração de uma nova regulamentação (com prazo de 60 dias após assinatura do acordo), como também firmou o compromisso pela “recomposição do conselho permanente que estabelece as diretrizes e os procedimentos para a concessão do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) a docentes”. A quarta proposta do ministério, com a finalidade de encerrar a greve que começou em 15 de abril, prevê a “alteração legislativa para a criação do TAE substituto, que prevê a contratação temporária de um profissional em caso de afastamento ou licença do servidor”. *Com informações ANDES-SN e MEC
Inscrições no Enem 2024 são prorrogadas até sexta-feira, 14 de junho

Os candidatos do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil têm mais uma semana para efetivar a inscrição. Prazo para pagamento da taxa pelos não isentos passou para 19 de junho As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram prorrogadas até a próxima sexta-feira, 14 de junho. O prazo estendido, antes destinado somente para os candidatos do Rio Grande do Sul por conta das enchentes no estado, vale para todo o Brasil. Na programação anterior o término estava marcado para sexta (7). Outras datas do cronograma também foram ajustadas, coloca o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que aplica a prova. Com isso, “as solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social também vão até 14 de junho”. Já o pagamento da inscrição, para os não isentos, no valor de R$ 85 passa para 19 de junho. As datas das provas permanecem iguais, previstas para acontecerem em dois domingos, 3 e 10 de novembro, nas 27 unidades da Federação. Em nota, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a prorrogação visa ampliar a oportunidade para que os jovens se inscrevam: “Com essa decisão, nós queremos ampliar ainda mais as oportunidades para que os jovens façam o Enem, que é a porta de entrada para a graduação. Estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever, pela Página do Participante. Quem está concluindo o ensino médio em escola pública não paga taxa de inscrição”. De acordo com o Inep, estados como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe já estão com praticamente 100% dos concluintes da rede pública de ensino médio inscritos no Enem. Inclusive os estudantes da rede pública do Rio Grande do Sul, que enfrentam dificuldades pela tragédia climática, já são mais de 70% dos inscritos. Enem A seleção feita pelo Enem permite a oferta, pelo Ministério da Educação (MEC), de vagas em universidades públicas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), além de permitir bolsas de estudos pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) em instituições privadas, como também servem como parâmetro para acesso a auxílios governamentais, entre eles o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Acesse a Página do Participante para realizar a inscrição.
DESVALORIZAÇÃO – ALMG aprova reajuste de 4,62% para o funcionalismo

Base do governo se articulou para rejeitar os 10,67% proposto pela oposição A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou em definitivo o Projeto de Lei (PL) 2.309/24, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que reajusta em 4,62% o salário dos servidores civis e militares do estado. Todas as emendas, criadas pela oposição para amenizar os efeitos do baixo reajuste, foram rejeitadas. Entre elas, havia a proposta, por exemplo, de que o pagamento retroativo ao dia 1º de janeiro fosse pago em uma única parcela, seis dias úteis depois da aprovação do PL. Outra emenda previa o reajuste da inflação do ano de 2022 a partir de 2025, mas foi derrubada. A proposta inicial de Zema era ainda mais baixa. A primeira versão do texto previa um aumento de apenas 3,64% no vencimento básico dos trabalhadores. Após pressão popular, foi acrescido um ponto percentual, valor bem abaixo do que foi proposto pela oposição, de 10,67%, que corrigiria os salários em relação à inflação de 2022 e 2023. Em declarações à imprensa, o governador argumentou que o estado está com recursos limitados. Porém, em maio do ano passado, Romeu Zema aumentou o próprio salário e o de seu secretariado, com o aval da ALMG, em quase 300%. Educação em estado de greve “É diante deste cenário que o governador não se envergonha de propor um reajuste de insignificantes 4,62% e pagar apenas a metade dos salários aos trabalhadores e trabalhadoras da educação”, destacou, em nota, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE/MG), que representa uma das maiores categorias no estado. Segundo a entidade, o valor básico praticado pelo governo de Minas para professores em início de carreira é de R$ 2.652,29, o que representa uma diferença de 57,90% em relação ao que foi proposto por Zema. Com isso, há R$ 1.928,28 de defasagem salarial ou quase o dobro do valor que deveria ser efetivamente pago, de acordo com o Piso Salarial Nacional, de R$ 4.580,57, neste ano. “Esse governo quer nos derrotar colocando na gente o sentimento de desesperança”, reforçou durante o plenário a deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ALMG. “O que a gente precisa dizer hoje é que só a luta e só a unidade do movimento sindical mineiro vai fazer com que a gente sobreviva até 2026”, completou, em referência às diversas mobilizações do funcionalismo no estado. Segurança Pública ameaçada Os servidores da segurança pública chamam a proposta de Zema de “migalha”, já que a categoria conta com um déficit de 41,6% em perdas inflacionárias, segundo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado (Sindpol/MG). “O governador Romeu Zema nunca se sentou para dialogar com a categoria e quer tratar isso aqui como se fosse uma empresa privada, como se fosse as lojas dele, e não pode ser pensado desse jeito”, apontou Wemerson Oliveira, presidente do sindicato. Para ele, outros inúmeros desafios da segurança pública no estado reforçam a ineficiência do valor proposto pelo governo, já que a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por exemplo, sofre com a falta de funcionários efetivos e falta de estrutura. “Os policiais têm que tirar dinheiro do próprio bolso para arrumar viaturas que estragam, para consertar computadores, impressoras, comprar toner para impressão documentos, inclusive boletim de ocorrência. Chegou ao absurdo de a gente ter que comprar água para beber na delegacia”, lamenta o sindicalista. Segundo Wemerson, quem perde com as decisões de Zema é a população. “E aí fica uma pergunta para a população no geral: a quem interessa que a Polícia Civil não tenha estrutura e não tenha condições para investigar? Por que o governador Romeu Zema não investe na Polícia Civil? Será que ele tem algum problema, alguma questão contra a polícia que investiga?”, questionou. (Brasil de Fato – MG)
Professores da UFMG encerram greve após 51 dias

Assembleia na manhã desta quarta (5/6) decidiu pelo fim do movimento; aulas têm previsão de retorno na próxima segunda-feira (10/5) Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (5/6), os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram pelo encerramento da greve após 51 dias de negociações. A paralisação teve início no dia 15 de abril. Com a decisão, as aulas devem ser retomadas na próxima segunda-feira (10/6). Foram computados 201 votos pelo fim da greve, 179 votos para continuidade e 16 abstenções. Em Minas Gerais, pelo menos outras 12 instituições federais seguem em greve, incluindo institutos federais (IFs) e universidades, sem previsão de retorno. Na assembleia, foi aprovada também a permanência em estado de greve, ou seja, um estado de mobilização permanente em apoio às reivindicações dos sindicatos, mas sem paralisação das atividades acadêmicas. De acordo com a presidente do APUBH, Maria Rosaria Barbato, “a greve na UFMG teve suas raízes num substrato de longa data de insatisfação, de desvalorização, de sucateamento, de sobrecarga e adoecimento. Esta greve foi o nosso grito na luta pelo reconhecimento e valorização da categoria e da educação pública. Portanto, a rejeição da proposta do governo neste cenário, tendo em vista a expectativa da continuidade das negociações, apontou a necessidade de permanecermos mobilizados e em estado de greve, agregando força ao movimento nacional da educação”. Entre as reivindicações do movimento, estavam a reposição de perdas salariais acumuladas durante os governos anteriores, a reestruturação dos planos de carreiras, mais investimentos nas instituições e realização de um concurso para contratação de funcionários. O movimento também pedia reajuste imediato dos auxílios e bolsas de estudantes. Segundo Marco Antônio Alves, integrante da diretoria de Articulações e Mobilizações Políticas do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (APUBH), a decisão pelo fim da paralisação se deu pelo desgaste dos professores, pelo comprometimento do calendário acadêmico e a percepção de que as negociações com o Governo Federal não avançariam. Já a greve dos técnicos administrativos em educação (TAEs), iniciada no dia 11 de abril, segue sem alterações. Embora a instituição tenha legitimado as paralisações, a UFMG não se manifestou oficialmente. Na próxima terça-feira (11/6), há previsão de reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), para debater os ajustes para o calendário acadêmico. O Diretório Central Acadêmico da UFMG (DCE-UFMG) informou que, na reunião, vai exigir a flexibilização das normas acadêmicas de graduação, flexibilização de prazos de trancamentos, ampliação dos prazos de editais entre outras medidas para garantir os direitos dos estudantes. O movimento estudantil também convocou uma assembleia geral dos estudantes na sexta-feira (7/6) para debater os rumos da greve estudantil, que foi deflagrada em 29 de abril. Para os alunos, a greve na UFMG não se trata apenas da recomposição salarial e de planos de carreira dos professores e dos TAEs, mas do corte orçamentário da educação federal. Propostas O governo ofereceu reajuste em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, além da reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos. A proposta apresentada pelos servidores ao governo é de reajuste salarial em 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026. Porém, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável por conduzir as negociações, afirma não ter mais espaço no orçamento para dar o aumento neste ano. Segundo o MGI, o acordo também inclui a reestruturação de classes e padrões da carreira docente (steps), com destaque para a aglutinação das classes iniciais. Isso vai garantir reajuste maior no início da carreira e maior atratividade. A alteração dos steps de progressão é dos atuais 4% para 4,5% (em 2025) e para 5% (em 2026). Para os professores-adjuntos (C1), o progresso será de 5,5% para 6%. Confira a tabela completa dos reajustes aqui. Ato em Brasília Foi marcada para a próxima sexta-feira (14/6) uma reunião entre o Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), o Ministério da Educação e o Ministério da Gestão e da Inovação em Brasília. O ponto principal do encontro será o orçamento destinado às instituições. Ainda em busca de melhores condições de trabalho, está previsto um ato organizado por professores e alunos na capital brasileira. Situação em Minas Gerais Dentre as instituições que aderiram ao movimento, há diferenças entre o posicionamento dos sindicatos, calendário acadêmico e adesão da categoria. Em Minas Gerais, pelo menos outras 12 instituições federais seguem em greve, incluindo institutos federais (IFs) e universidades, sem previsão de retorno, são elas: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Universidade Federal de Lavras (Ufla) Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) Universidade Federal de Uberlândia (UFU) Universidade Federal de Viçosa (UFV) Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFVJM) Universidade Federal de Itajubá (Unifei) Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF-Sudeste MG) Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) Na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), a greve foi deflagrada no dia 15 de abril, com a suspensão imediata do calendário acadêmico da graduação e da extensão pelo Conselho Universitário da Ufop O calendário acadêmico também foi suspenso pelo Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF-Sudeste MG) e do Colégio de Aplicação João XXIII. A Universidade Federal de Viçosa (UFV) seguiu a mesma medida em seus cursos de graduação, assim como no Colégio de Aplicação (Coluni) e nos cursos técnicos do campus Florestal. Além da suspensão do calendário, no dia 10 de maio, a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) informou a suspensão do cronograma do Vestibular 2024/2 devido à greve dos servidores técnico-administrativos em Educação. As inscrições para o vestibular estavam previstas para acontecerem entre 18 de março e 10 de abril. Já as provas da primeira fase seriam
O crescimento robusto do Ensino Superior presencial no Brasil enquanto EAD desaba

O setor de ensino superior no Brasil tem apresentado mudanças importantes nos últimos anos, conforme evidenciam dados recentes sobre o número de alunos e o custo das mensalidades. Em 2022, o número de estudantes em cursos presenciais em instituições privadas manteve-se estável em relação ao ano anterior, com um leve decréscimo nos cursos de ensino a distância (EAD). Os dados destacam uma diversidade nos cursos mais procurados em 2022. Direito lidera com 853,6 mil matrículas, seguido de Psicologia e Enfermagem com, respectivamente, 626,1 mil e 248,6 mil matrículas. Notavelmente, o curso de Medicina apresenta a mensalidade mais alta entre os listados, chegando a R$ 10.280,00. O aumento de 17% no número médio de alunos em 71 cursos de faculdades privadas indica uma tendência de crescimento na procura por educação superior, apesar dos altos custos. A análise das mensalidades revela que o valor médio para cursos presenciais aumentou levemente de 2020 para 2022, estabilizando-se em cerca de R$ 786,00 em 2024. Em relação ao mercado de trabalho, o gráfico indica um aumento no número de calouros em cursos presenciais empregados em empresas listadas no primeiro trimestre, com destaque para os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul que apresentaram as maiores variações percentuais de 14,1% e 16%, respectivamente. Por outro lado, o Amapá teve uma redução significativa de 18,6% no mesmo período. Com informações do Valor
Montes Claros entre as cidades com maior qualidade em educação no país

Montes Claros foi destaque em um indicador nacional, no quesito Educação. Levantamento divulgado pelo Ranking de Competitividade dos Municípios 2023 (https://municipios.rankingdecompetitividade.org.br/) aponta a maior cidade do Norte de Minas em 11º lugar entre as cidades do país com mais de 400 mil habitantes, no quesito Qualidade da Educação. A avaliação levou em conta a nota média obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), além dos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio. Na análise do ranking, Montes Claros aparece em primeiro lugar em qualidade da educação em Minas Gerais entre as cidades com mais de 400 mil habitantes, superando, inclusive, a capital Belo Horizonte. Outro aspecto interessante é que a cidade se destaca à frente de todas as capitais do país, ficando atrás somente de Curitiba. Ranking de Competitividade – O Ranking de Competitividade dos Municípios é realizado pelo Centro de Liderança Pública, em parceria com a Gove Digital e a Seall. O levantamento apresenta os resultados detalhados dos 410 municípios do país com mais de 80 mil habitantes. Ao todo, são analisados 65 indicadores.
Inscrições para o Enem 2024 estão abertas; saiba como fazer

Estudantes do Rio Grande do Sul terão isenção de taxa e período adicional de inscrição Começa nesta segunda-feira (27) o período de inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Candidatos e candidatas terão até o próximo dia 7 de junho para formalizar a inscrição, que é feita somente pela internet, na Página do Participante. É preciso ter uma conta gov.br. Caso ainda não tenha, clique aqui para saber como criá-la gratuitamente. O valor da taxa de inscrição foi mantido: R$ 85. O período para pedido de isenção de taxa já foi encerrado, e o Ministério da Educação (MEC) divulgou a lista dos estudantes que conseguiram a isenção. Para acessá-la, clique aqui. Por conta das enchentes que afetam o Rio Grande do Sul, todos os estudantes do estado terão isenção da taxa. O MEC decidiu, ainda, ampliar o período de inscrição para moradores do estado. O novo cronograma ainda será divulgado. O edital prevê a aplicação das provas do Enem 2024 nos dias 3 e 10 de novembro. Acessibilidade O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o exame, oferece a possibilidade de as pessoas inscritas solicitarem cartões-resposta e folhas de redação ampliada, como forma de garantir mais autonomia para quem tem deficiências visuais, por exemplo. Candidatas e candidatos travestis, transexuais ou transgêneros não precisarão enviar documentos adicionais para garantir a realização da prova com nome social, desde que que os dados já estejam cadastrados na Receita Federal. Se for o caso, é recomendado verificar as informações pessoais junto à Receita antes de fazer a inscrição no Enem.