Judoca Bia Souza ganha o primeiro ouro do Brasil nos Jogos de Paris

Transmissões oficiais das Olimpíadas destacam simbolismo de uma mulher negra ser a primeira a garantir o prêmio máximo da competição para o País. A judoca Beatriz Souza garantiu a primeira medalha de ouro do Brasil nessa edição dos Jogos Olímpicos de Paris. Ela foi a vencedora da categoria +78kg, que teve a final realizada nesta sexta-feira 2.  A judoca disputava a medalha com a atleta israelense Haz Hershko, a segunda colocada no ranking mundial na categoria. A brasileira, porém, dominou a luta, principalmente após acertar um waza-ari, com apenas 44 segundos de disputa. A pontuação garantiu a vitória para a brasileira ao final do tempo regulamentar.  Bia Souza é a única judoca a receber uma medalha de ouro logo na sua primeira Olimpíada. Em 2021, ela não competiu após perdeu a vaga para Maria Suelen Altheman, à época adversária e hoje sua treinadora. Beatriz se junta as duas outras judocas brasileiras a ganharem ouro na modalidade, Sarah Menezes, em Londres-2012, e Rafaela Silva, no Rio-2016. A conquista, vale dizer, é inédita na categoria +78 kg.  Na edição francesa dos jogos, esse é a terceira medalha de judocas brasileiros. Willian Lima foi prata na categoria meio-leve e Larissa Pimenta ganhou a medalha de bronze na mesma categoria feminina. Com o ouro de Beatriz, o Brasil também chega a sua sétima medalha em Paris (um ouro, três pratas e três bronzes) e à 25ª no judô olímpico. Mulher negra O título conquistado por Bia Souza nesta sexta-feira também tem um tom simbólico por vir de uma mulher negra, conforme destacaram as duas transmissões oficiais dos Jogos no Brasil. Na prática, a judoca vencedora é representante da maior parcela da população brasileira, a das mulheres negras, atualmente formada por 60 milhões de pessoas ou 28,5% de toda a população, segundo os dados do Censo do IBGE. A própria atleta fez questão de dar destaque ao simbolismo da conquista em entrevista à Caze Tv após a luta: “Mulherada, pretos e pretas do mundo todo, é possível, acreditem. Às vezes a gente acha que pode estar pagando muito caro, mas vale cada centavo quando a gente conquista o que a gente quer. Acreditem.”

Equipe feminina de ginástica conquista bronze histórico em Paris

Liderada por Rebeca Andrade, brasileiras conquistam primeira medalha da história do país na disputa coletiva; o time dos EUA ficou com o ouro e Itália com a prata A equipe brasileira feminina de ginástica artística fez história ao conquistar a inédita medalha de bronze na final por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Com um total de 164.497 pontos, o time brasileiro, composto por Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Lorrane Oliveira e Júlia Soares, ficou atrás apenas dos Estados Unidos, que levaram o ouro com 171.296 pontos, e da Itália, que garantiu a prata com 165.494 pontos. Entrando na disputa com grandes expectativas após a conquista da medalha de prata no Mundial da Antuérpia em 2023, a equipe brasileira enfrentou momentos dramáticos durante a final. Em três aparelhos, as brasileiras apresentaram desempenho inferior ao das classificatórias. Na trave, somaram 39.966 pontos, 1.467 a menos do que na fase preliminar. Nas barras assimétricas, obtiveram 41.199 pontos, uma redução de 0.234, e no salto, marcaram 42.366 pontos, 0.367 a menos. No solo, porém, as ginastas brasileiras tiveram um desempenho levemente superior, com destaque para Flávia Saraiva, cuja nota foi maior que a de Jade Barbosa na classificatória. No salto, o principal aparelho da equipe, Rebeca Andrade brilhou com uma nota de 15.100, superando sua própria marca preliminar. A final foi marcada por momentos de tensão antes mesmo do início da competição, quando Flávia Saraiva se machucou durante o aquecimento nas barras paralelas. A atleta do Flamengo escorregou, caindo com o rosto no chão, e teve que sair da área de competição com ajuda do técnico. Apesar de um corte no supercílio que exigiu proteção durante a final, Flávia voltou e contribuiu para a conquista histórica da equipe. Essa medalha de bronze é um marco para a ginástica artística brasileira, celebrando o talento e a resiliência das atletas que, mesmo enfrentando adversidades, alcançaram um feito inédito nas Olimpíadas.

Rayssa Leal conquista sua segunda medalha olímpica

Com apenas 16 anos, Rayssa Leal se destacou aos 7 anos e ainda é chamada de Fadinha; agora, se torna uma das poucas brasileiras com mais de uma medalha nos Jogos Olímpicos Rayssa Leal, de apenas 16 anos, conquistou a medalha de bronze, graças a uma manobra em sua última tentativa. Essa é a segunda medalha conquistada pela Fadinha, como é conhecida. Em Tóquio 2020, ela havia conquistado a medalha de prata. Em Paris,o ouro e a prata ficaram com as japonesas Coco Yoshizawa e Liz Akama, respectivamente. Na etapa de corridas, Rayssa não foi tão bem e terminou em quinto lugar, com a melhor nota de 71.66, quase 18 pontos a menos que a japonesa Liz Akama, que fechou a fase de voltas em primeiro. Ficou difícil recuperar a diferença de pontuação na fase de manobras, mas Rayssa recebeu um 92.88 e um 88.83 e conseguiu terminar em terceiro lugar. Coco recebeu um 96.49, a maior nota da modalidade na história das Olimpíadas. Rayssa Leal é uma skatista brasileira que ganhou destaque internacional por suas habilidades no skate. Ela nasceu em 4 de janeiro de 2008, em Imperatriz, Maranhão, Brasil. Conhecida como “Fadinha do Skate”, Rayssa começou a praticar skate muito jovem e ganhou notoriedade aos 7 anos, quando um vídeo dela vestida de fada realizando um kickflip (uma manobra de skate) se tornou viral na internet. Rayssa tem se destacado em competições de skate ao redor do mundo. Ela ganhou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, tornando-se uma das medalhistas mais jovens da história do Brasil e do skate nas Olimpíadas. Além disso, ela tem participado e vencido diversas competições de prestígio, como o X Games e etapas do circuito mundial de skate. O talento, a jovialidade e o carisma de Rayssa Leal fizeram dela uma figura querida no esporte e uma inspiração para jovens skatistas em todo o mundo.

Encenação com drag queens nos Jogos não tem relação com a ‘Última Ceia’

A abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ocorreu nesta sexta-feira (26), com apresentações espalhadas por diversos pontos das margens do rio Sena, representando aspectos da cultura mundial. Um dos momentos de destaque foi um desfile que homenageou a moda francesa, incluindo a participação de drag queens. O evento gerou polêmica entre internautas e a página oficial dos Jogos Olímpicos franceses foi a público esclarecer que a apresentação não fazia referência ao quadro “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, como muitos acreditaram, mas sim à obra “Festa dos Deuses”, de Jan Harmensz van Bijlert, pintada por volta de 1635 e mantida no Museu Magnin em Dijon. Na pintura, o centro da mesa é ocupado por Apolo coroado, e não por Cristo. A cena começa com a chegada de Dionísio/Baco, representando o deus greco-romano do vinho e das festas. Esta representação simbólica destaca a França como um país conhecido por seu vinho e celebrações, fazendo referência ao famoso quadro “Festa dos Deuses” de Jan van Bijlert. “A interpretação do deus grego Dionísio nos conscientiza do absurdo da violência entre os seres humanos”, disse o perfil olímpico. L'interprétation du dieu grec Dionysos nous fait prendre conscience de l'absurdité de la violence entre les êtres humains.#Paris2024 #CeremoniedOuverture pic.twitter.com/HMzS8gIGXh — Jeux Olympiques (@jeuxolympiques) July 26, 2024 A Igreja Católica na França criticou o segmento, e políticos de extrema direita no país, juntamente com diversos outras figuras de ultradireitas em outros lugares do mundo, recorreram às redes sociais para expressar seu desgosto, confundindo as obras e acreditando que se tratava de uma paródia de uma pintura sagrada para a religião cristã.

North não vence o Mamoré e fica fora da elite do Campeonato Mineiro

Time de Montes Claros precisava vencer para subir para o Módulo 1, mas parou na defesa do Sapo. Eliminado do Módulo 2, o Mamoré segurou um empate sem gols com o North em Patos de Minas e tirou do adversário a chance de garantir o acesso à elite do Mineiro. Após o jogo, a festa começou em Ubá: o resultado classificou o Aymorés para a elite do estadual pela primeira vez. TUDO AZUL! O North precisava vencer por três gols de diferença para se classificar para a final e conseguir o acesso. O resultado em Patos de Minas não foi favorável, e o time de Montes Claros foi eliminado. Betim e Aymorés subiram e farão a final do Módulo 2. O JOGO Precisando de três gols para se classificar para a próxima fase e garantir o aceso, o North ficou mais com a bola na primeira etapa, mas não conseguiu criar muitas chances. O jogador mais perigoso foi Robinho, que deu trabalho para a defesa do Mamoré do lado esquerdo. A melhor oportunidade de gol antes do intervalo foi dele, em chute rasteiro que passou triscando a trave aos minutos. O Mamoré se segurou na defesa e apostou nos contra-ataques, mas também não ameaçou o goleiro Leandro. Após a pausa, o North manteve o ímpeto forte, mas seguiu parando na muralha alviverde – em especial, no goleiro Luizão, que fez várias defesas. Vivo no jogo, por pouco, não foi o Mamoré quem abriu o placar aos 21 minutos, em chute de João Paulo que acertou a trave. Desanimada, a equipe do North perdeu fôlego no fim e não conseguiu balançar as redes. GE

Abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 será sexta, 26

Com equipe forte e diversificada, Brasil tem grandes chances de brilhar e fazer história na Olímpiada. Saiba mais sobre as modalidades e os favoritos ao pódio. O maior evento esportivo do planeta está prestes a começar. Nesta sexta-feira (26), Paris sediará a cerimônia de abertura da 33ª edição dos Jogos Olímpicos. O evento, que se estenderá até o dia 11 de agosto, marca o retorno dos Jogos após uma edição com restrições severas devido à pandemia de Covid-19. A cerimônia de abertura será realizada nas margens do Rio Sena, seguindo até os Jardins du Trocadéro. Contudo, as competições já iniciam na quarta-feira (24) com partidas de Rugby e Futebol. Na quinta-feira (25), o Handebol também terá suas primeiras disputas. Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 contarão com 329 eventos divididos em 48 modalidades, reunindo mais de 10 mil atletas de todo o mundo. Modalidades olímpicas As competições ocorrerão nas seguintes modalidades: Atletismo: 1º a 11 de agosto Badminton: 27 de julho a 5 de agosto Basquete: 27 de julho a 11 de agosto Basquete 3×3: 30 de julho a 5 de agosto Boxe: 27 de julho a 10 de agosto Breaking: 9 e 10 de agosto Canoagem Slalom: 27 de julho a 5 de agosto Canoagem Velocidade: 6 a 10 de agosto Ciclismo BMX Freestyle: 30 e 31 de agosto Ciclismo BMX Racing: 1º e 2 de agosto Ciclismo de Estrada: 27 de julho, 3 e 4 de agosto Ciclismo Mountain Bike: 28 e 29 de julho Escalada Esportiva: 5 a 10 de agosto Esgrima: 27 de julho a 4 de agosto Futebol: 24 de julho a 10 de agosto Ginástica Artística: 27 de julho a 5 de agosto Ginástica de Trampolim: 2 de agosto Ginástica Rítmica: 8 a 10 de agosto Golfe: 1º a 10 de agosto Handebol: 25 de julho a 11 de agosto Hipismo: 27 de julho a 6 de agosto Hóquei sobre Grama: 27 de julho a 9 de agosto Judô: 27 de julho a 3 de agosto Levantamento de Peso: 7 a 11 de agosto Luta: 5 a 11 de agosto Maratona Aquática: 8 e 9 de agosto Nado Artístico: 5 a 10 de agosto Natação: 27 de julho a 3 de agosto Pentatlo Moderno: 8 a 11 de agosto Polo Aquático: 27 de julho a 11 de agosto Remo: 27 de julho a 3 de agosto Rugby Sevens: 24 a 30 de julho Saltos Ornamentais: 27 de julho a 10 de agosto Skate: 27 e 28 de julho, 6 e 7 de agosto Surfe: 27 a 31 de julho Taekwondo: 7 a 10 de agosto Tênis: 27 de julho a 4 de agosto Tênis de Mesa: 27 de julho a 10 de agosto Tiro com Arco: 25 de julho a 4 de agosto Triatlo: 30 e 31 de julho, 5 de agosto Vela: 28 de julho a 8 de agosto Vôlei: 27 de julho a 11 de agosto Vôlei de Praia: 27 de julho a 10 de agosto Jogos estreantes Uma novidade nos Jogos de Paris será a estreia do breaking, esporte com raízes na cultura americana e no hip-hop, que terá competições nos dias 9 e 10 de agosto. Além disso, a canoagem slalom ganha uma nova categoria: o caiaque extremo, com quatro barcos em um trajeto específico. Brasileiros favoritos ao Ouro Olímpico O Brasil chega a Paris com grandes esperanças de medalhas, destacando-se em diversas modalidades. Confira os principais nomes que prometem brilhar nos Jogos: Beatriz Ferreira (Boxe): Bicampeã mundial (2019 e 2023) e competindo também no boxe profissional, Beatriz é uma das maiores esperanças de ouro. Rayssa Leal (Skate Street): Com ouro e prata nos Mundiais de 2023 e a conquista do Super Crown, Rayssa é uma forte candidata, mas enfrentará dura concorrência. Gabriel Medina (Surfe): Especialista nas ondas do Taiti, Medina é favorito ao ouro, tendo dois títulos e quatro vices nas sete etapas que disputou lá. Alisson dos Santos “Piu” (Atletismo): Campeão mundial dos 400m com barreiras em 2022, Alisson é uma grande esperança de medalha, apesar de ter passado por lesões recentemente. Ana Patrícia e Duda (Vôlei de Praia): Líderes do ranking e vice-campeãs do Mundial, são fortes candidatas ao ouro. Rebeca Andrade (Ginástica Artística): Com chances reais de ganhar até seis medalhas, Rebeca é uma das maiores estrelas brasileiras. Isaquias Queiroz (Canoagem): Maior atleta olímpico da história do Brasil em sua categoria, busca consolidar seu legado em Paris. Ana Marcela Cunha (Matarona Aquática): Atual campeã olímpica, mesmo após um ano complicado, continua sendo uma forte candidata. Marcus D’Almeida (Tiro com Arco): Líder do ranking mundial, Marquinhos tem grandes chances de conquistar um pódio inédito. Filipe Toledo (Surfe): Um dos melhores surfistas do mundo, com grandes chances de medalha. Hugo Calderano (Tênis de Mesa): Consistente entre os melhores do mundo, busca uma medalha inédita para o Brasil. Mayra Aguiar (Judô): Tricampeã mundial (2014, 2017 e 2022) e três bronzes olímpicos (2012, 2016 e 2021), Mayra chega forte na disputa. Tatiana Weston-Webb (Surfe): Está entre as 10 melhores do mundo e busca surpreender no pódio. Martine Grael e Kahena Kunze (Vela): Atuais bicampeãs olímpicas, são fortes candidatas ao ouro. Futebol É, não foi dessa vez. Uma das grandes ausências dessa edição será a seleção masculina de futebol, que não conseguiu se classificar. No entanto, a seleção feminina promete preencher essa lacuna e fazer bonito em Paris. A delegação com a rainha Marta e companhia chegou à França na sexta-feira (18), uma semana antes da estreia dos Jogos. Sob comando do técnico Arthur Elias, o time feminino disputa seu primeiro jogo nesta quinta-feira (25) contra a Nigéria. Em seguida, as brasileiras enfrentam o Japão (28) e a Espanha (31), todas as partidas válidas pelo Grupo C da competição. As duas melhores equipes de cada grupo avançam para as quartas de final, além dos dois melhores terceiros colocados. A seleção feminina já conquistou duas medalhas de prata, nos Jogos de Atenas-2004 e Pequim-2008, e busca agora o tão sonhado ouro olímpico. Parque Time Brasil Para os fãs que desejam acompanhar

Fifa abre investigação sobre canto racista de atletas da Argentina

Enzo Fernández está entre os investigados por gravar e transmitir canto racista e transfóbico contra seleção francesa durante as comemorações após a conquista da Copa América A Fifa anunciou a abertura de uma investigação sobre o canto racista e transfóbico de jogadores argentinos contra a seleção francesa durante as comemorações da equipe após a conquista do título na Copa América. Desde segunda (15), circula nas redes sociais um vídeo em que vários jogadores argentinos são vistos comemorando o título da Copa América 2024, nos Estados Unidos, conquistado no último domingo (14), em Miami, ao vencer a Colômbia por 1 a 0 na final, e começam a cantar uma música que contém termos racistas, antes de um corte na transmissão. O canto já havia sido entoado por torcedores argentinos para atacar os integrantes da seleção francesa e Kylian Mbappé em particular após a final da Copa do Mundo do Qatar, vencida pela Argentina contra a França. O canto inclui frases como “jogam pela França, mas vêm de Angola”. Sobre Mbappé afirma que “sua mãe é nigeriana (na verdade é franco-argelina), seu pai é camaronês, mas no documento tem nacionalidade francesa”. “A Fifa tomou conhecimento de um vídeo que circula nas redes sociais e o incidente é objeto de uma investigação”, afirmou a entidade em um comunicado. “A Fifa condena com veemência qualquer forma de discriminação, por parte de qualquer pessoa, incluindo jogadores, torcedores e dirigentes”. A Federação Francesa de Futebol (FFF) anunciou que levaria o caso à Fifa. O escândalo também levou o Chelsea, da Inglaterra, a abrir um processo disciplinar contra o meia argentino Enzo Fernández, que gravou e transmitiu ao vivo o vídeo que provocou o escândalo. O zagueiro francês Wesley Fofana, colega de time de Fernandéz no Chelsea, reagiu na rede social X com a frase: “Futebol em 2024: racismo sem pudor”. Diante do escândalo, o jogador argentino publicou uma mensagem no Instagram para pedir desculpas pelo vídeo. “A canção inclui uma linguagem muito ofensiva e não há absolutamente nenhuma desculpa para estas palavras”, admitiu. “Sou contra todas as formas de discriminação e peço desculpas por ter me deixado levar pela euforia das comemorações da Copa América. O vídeo, esse momento, essas palavras, não refletem minhas crenças nem meu caráter. Lamento muito”. O Chelsea afirmou em um comunicado que “reconhece e aprecia as desculpas públicas” do jogador, mas também anunciou a abertura de um processo disciplinar interno.

Argentina se isola como maior campeã da Copa América

A América é da Argentina! Neste domingo, a seleção albiceleste venceu a Colômbia por 1 a o, no Hard Rock Stadium, em Miami, nos Estados Unidos e sagrou-se campeã da Copa América pela 16ª vez em sua história. O gol do título foi marcado por Lautaro Martínez, artilheiro da competição, já no segundo tempo da prorrogação. Desta maneira, os atuais campeões mundiais ganham o troféu pela segunda vez seguida e se isolam como os maiores campeões do torneio, deixando o Uruguai (15) para trás. A Colômbia, por sua vez, segue com somente um título, que foi conquistado em 2001. A bola demorou bem mais do que o esperado para rolar na grande decisão. Antes do jogo começar, alguns torcedores sem ingressos tentaram invadir o estádio e causaram grande confusão nas intermediações da arena. Por conta destes problemas fora de campo, a partida, antes agendada para as 21h (de Brasília), começou somente às 22h22. Uma hora e 22 minutos de atraso. A outra nota triste do duelo ficou por conta de Lionel Messi. O craque argentino teve que deixar o campo no segundo tempo da decisão, por dores no tornozelo direito, e chorou copiosamente no banco de reservas. O jogo A partida, bem como o entorno do Hard Rock Stadium, começou agitada. Com menos de um minuto, Messi carregou pelo lado direito e tocou para Montiel, que cruzou da primeira na grande área. Julián Álvarez finalizou de chapa, mas mandou para fora. A Colômbia não demorou a responder. Aos seis minutos, James Rodríguez lançou para Santiago Arias pela direita. O lateral ajeitou de cabeça para Córdoba, que chutou de primeira e viu a bola passar tirando tinta da trave. Os colombianos seguiram pressionando a saída de bola da Argentina e tentavam incomodar os atuais campeões. Aos 12 minutos, James cobrou escanteio, Sánchez ajeitou de cabeça e Cuesta completou para o gol, mas Dibu Marínez fez boa defesa e evitou o gol dos Cafeteros. Aos 32 minutos, a Colômbia quase abriu o placar através de Jhon Arias. Ele recebeu no meio-campo e emendou uma pancada de muito longe, mas Dibu Martínez se esticou e fez uma defesaça. Messi deu um grande susto na torcida argentina aos 35. O craque levou a pior após uma dividida na linha de fundo e ficou alguns minutos fora de campo. Porém, aos 38, ele voltou ao gramado ainda mancando e seguiu no jogo. A parte final do primeiro tempo foi muito brigada, mas com poucas chances de gol. Segundo tempo A Colômbia, que já havia levado mais perigo na etapa inicial, voltou novamente melhor do intervalo. James fez ótimo lançamento para Córdoba, que ajeitou de cabeça para Santiago Arias, que vinha de trás e chegou batendo firme, mas mandou à direita do gol defendido por Dibu Martínez. Aos nove, foi a vez de Davinson Sánchez quase estrear o placar em Miami. James cobrou escanteio na segunda trave, o zagueiro Cuesta tocou de cabeça para trás, mas Sánchez acabou testando por cima do travessão. A Argentina estava sendo pressionada pela Colômbia, mas levou perigo ao goleiro Vargas, aos 13. Mac Allister enfiou para Di María, que invadiu a área e chutou cruzado, mas o arqueiro colombiano espalmou. Houve uma reclamação e pedidos de pênalti no início da jogada, mas o árbitro mandou seguir. Aos 20 minutos, os argentinos perderam Messi, que sentiu dores na coxa direita e deixou o campo chorando. Aos 27, a Colômbia pediu um pênalti após um choque entre Córdoba e Mac Allister na grande área, mas Claus não deu nada. A Argentina chegou a marcar aos 29, com Nico González, mas o tento foi bem anulado por impedimento. Por muito pouco a Argentina não estreou o marcador aos 42 minutos. Di María cruzou para Nicolás González, que se esticou todo e tentou cabecear para o meio da área, mas quase acabou mandando direto para o gol. A bola, porém, só saiu pela linha de fundo. Prorrogação Os argentinos pareciam mais inteiros na prorrogação e dominavam as ações. Aos quatro minutos de etapa inicial, De Paul recebeu de Di María na linha de fundo e cruzou rasteiro na área para Nico González, que bateu de primeira, mas Vargas fez uma grande defesa e salvou a Colômbia. A bola enfim balançou as redes aos seis minutos da etapa final da prorrogação. Lo Celso recebeu de Paredes e lançou de primeira para Lautaro Martínez. O artilheiro da Copa América saiu cara a cara com o goleiro Vargas e bateu firme para fazer o gol do título da Argentina. FICHA TÉCNICA ARGENTINA 1 X 0 COLÔMBIA Local: Hard Rock Stadium, em Miami (EUA) Data: 14 de julho de 2024 (domingo) Horário: às 22h22 (de Brasília) Árbitro: Raphael Claus (BRA) Assistentes: Bruno Pires (BRA) e Rodrigo Corrêa (BRA) VAR: Rodolpho Toski (BRA) Cartões amarelos: Jhon Córdoba e Borja (Colômbia); Mac Allister e Lo Celso (Argentina) Cartões vermelhos: Nenhum GOL: Lautaro Martínez, aos 6′ do 2ºT da prorrogação (Argentina) ARGENTINA: Emiliano Martínez; Montiel (Molina), Cristian Romero, Lisandro Martínez e Tagliafico; Rodrigo De Paul, Enzo Fernández (Paredes), Mac Allister (Lo Celso) e Di María (Otamendi); Messi (Nicolás González) e Julián Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni COLÔMBIA: Vargas; Santiago Arias, Davinson Sánchez, Carlos Cuesta e Mojica; Lerma (Uribe), Richard Ríos (Castaño), Jhon Arias (Carrascal) e James Rodríguez (Quintero); Luis Díaz (Borja) e Jhon Córdoba (Borré). Técnico: Néstor Lorenzo Play Video

Espanha supera Inglaterra e é campeã da Eurocopa

Seleção Espanhola venceu por 2 a 1 neste domingo (14/7) e se isolou como maior vencedora da história da competição, com quatro títulos A Europa é da Espanha! Neste domingo, a seleção espanhola venceu a Ingalterra por 2 a 1, no Estádio Olímpico, em Berlim, na Alemanha, e se consagrou campeã da Eurocopa de 2024. Nico Williams e Oyarzabal anotaram os gols dos campeões, enquanto Palmer descontou. Com o resultado, a Espanha se isolou como a maior vencedora do torneio, com quatro canecos. Antes, La Roja já havia conquistado o título em 1964, 2008 e 2012. Já a seleção inglesa segue sem vencer a Eurocopa. Esse foi o segundo vice da equipe. Em 2020, os ingleses perderam para a Itália. Assim, a Copa do Mundo de 1966 segue sendo o único títulos dos Três Leões. O jogo O primeiro tempo foi bem morno. A Espanha tentou tomar conta da partida e até dominou a posse de bola. A equipe, porém, teve muitas dificuldades para encontrar espaços na defesa inglesa. Nas únicas descidas mais agudas, com Williams e Morata, Stones apareceu para bloquear as finalizações. Do outro lado, a Inglaterra só apareceu no ataque nos acréscimos. Rice cruzou na área, Le Normand desviou e deixou nos pés de Foden, que bateu para boa defesa de Unai Simón. Na volta do intervalo, o jogo enfim esquentou. Com apenas um minuto, Lamine Yamal recebeu bom passe de Carvajal, costurou a defesa adversária e achou Nico Williams sozinho na esquerda. O ponta chegou finalizando de primeira para abrir o placar. Logo na sequência, quase saiu o segundo. Depois de chute fraco de Williams, Dani Olmo dominou na área, girou e tirou tinta da trave de Pickford. Aos 10, Morata recebeu ótimo passe de Yamal e tocou na saída do goleiro. Guéhi apareceu na hora certa para afastar. No lance seguinte, Williams arriscou de longe e mandou à direita da meta. A Inglaterra ficou perto de empatar aos 18 minutos. Bellingham recebeu na intermediária, tirou três de uma vez só com um lindo drible e soltou uma pancada, pelo lado. A resposta espanhola foi aos 20. Yamal foi acionado na direita, cortou para o meio e mandou no cantinho. Atento, Pickford se esticou todo para espalmar. Já aos 27, saiu o empate inglês. Saka desceu pela direita e achou Bellingham, que tocou de primeira para Palmer. Em seu primeiro toque na bola, o atacante finalizou com muita categoria para deixar tudo igual. No fim, a Espanha se lançou ao ataque para tentar matar o confronto ainda no tempo normal. Com 36, Yamal dominou com liberdade na área e chutou para mais uma boa intervenção de Pickford. Já aos 41 minutos, a estratégia deu certo. Cucurella recebeu na esquerda e cruzou rasteiro. Oyarzabal se antecipou à marcação e desviou para o fundo da rede. Nos minutos finais, a Inglaterra se lançou toda ao ataque, mas nada foi o suficiente para buscar o empate. Assim, a Espanha se tornou tetracampeã europeia.

Abel Ferreira pede desculpa a indígenas por expressão xenofóbica

Guajajara repudia fala de técnico do Palmeiras; Abel reconhece erro Sonia Guajajara. Foto: Divulgação A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, disse neste sábado (13) que foi procurada pelo Palmeiras e informada sobre o pedido de desculpas do técnico Abel Ferreira. Na última quinta-feira (11), depois da vitória sobre o Atlético Clube Goianiense por 3 a 1, pelo Brasileirão, ele afirmou que o time paulista “não é uma equipe de índios”. A expressão foi usada como sinônimo de desorganização. “A assessoria do Palmeiras entrou em contato com nosso gabinete para informar sobre o posicionamento do técnico Abel Ferreira, após sua fala. Importante o reconhecimento do erro e o pedido de desculpas às comunidades indígenas do Brasil”, escreveu Guajajara nas redes sociais. O pedido de desculpas citado pela assessoria do clube foi postado nas redes sociais de Abel Ferreira na sexta-feira (12). “Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa. Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção. Devemos todos questionar, pensar e melhorar todos os dias. Peço desculpa a todos e, em especial, às comunidades indígenas”, escreveu o técnico. Também na sexta-feira, a ministra escreveu que as falas de Abel Ferreira eram “inadmissíveis”, por revelar a permanência de estereótipos em relação aos povos indígenas. “O técnico do Palmeiras errou, e muito, na sua declaração. Gostaria de convidá-lo a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil. E também conhecer a história de colonização de Portugal, seu país de origem, em relação ao Brasil e como estamos trabalhando para rever isso”, escreveu. Guajajara também citou os posicionamentos recentes do governo português, que em junho assinou Memorando de Entendimento com o Observatório do Racismo e Xenofobia do país, durante visita da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “O próprio presidente de Portugal, recentemente, admitiu que o país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil. Uma declaração muito importante porque o reconhecimento de tais crimes é o primeiro passo para ações concretas de reparação”. “Seu posicionamento, naquele momento, trouxe para o debate público a relevância inadiável de avançarmos numa agenda de igualdade étnico racial como premissa para a cidadania, com o resgate, a preservação e a valorização da história e dos saberes da cultura afro-indígena do BR”, completou a ministra.