Biden assina perdão a seu filho Hunter em duas acusações criminais
Alegação do chefe da Casa Branca é que as acusações tinham motivação política -Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário” Sputnik – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter por duas acusações criminais, alegando que tinham motivação política. “Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter ”, disse Biden. O presidente lembrou que, no início de seu governo, havia prometido não interferir nas decisões do Departamento de Justiça e manteve sua palavra mesmo ao ver como seu filho “foi processado de forma seletiva e injusta”. No entanto, observou ele, “nenhuma pessoa razoável olhando para os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer conclusão além de que Hunter foi escolhido apenas porque é meu filho, e isso está errado”. “Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram me quebrar, e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já basta.” Ele também afirmou que Hunter estava “cinco anos e meio sóbrio” e explicou que assinou o perdão porque “não adiantava mais adiar”. Biden supostamente se reuniu com empresas que deram contratos milionários a seu filho Hunter O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam o seu filho antes de deixar o cargo. Em setembro passado, Hunter Biden decidiu confessar-se culpado num caso de evasão fiscal para evitar ir a um novo julgamento, segundo as autoridades judiciais do país norte-americano. O filho do presidente dos Estados Unidos confessou-se culpado em 5 de setembro de acusações fiscais federais, horas antes do início da seleção do júri no caso em que é acusado de não pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário” O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu o perdão a Hunter Biden, filho de Joe Biden, como “um abuso e um erro judiciário”. Já o atual presidente dos EUA afirma que o perdão se deveu ao fato de seu filho ser perseguido por motivos políticos e não judiciais. “O perdão concedido por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, presos durante anos? É um abuso e um erro judiciário ”, escreveu Trump na sua conta na rede Truth Social. O republicano, que regressará à Casa Branca em janeiro próximo, costuma chamar de “reféns J-6” as pessoas detidas pelos tumultos ocorridos durante o assalto ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 , quando centenas de simpatizantes republicanos invadiram o edifício do Congresso dos Estados Unidos para expressar seu desacordo com a vitória de Biden.
Israel anuncia acordo de cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano
Um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hezbollah entrou em vigor nesta quarta-feira (27), depois que ambos os lados aceitaram um acordo mediado pelos EUA e pela França. Reuters – O exército do Líbano, encarregado de ajudar a garantir que o cessar-fogo seja mantido, disse em um comunicado na quarta-feira que estava se preparando para se deslocar para o sul do país. Os militares também pediram que os moradores das vilas fronteiriças adiassem o retorno para casa até que o exército israelense, que travou guerra contra o Hezbollah em diversas ocasiões e avançou cerca de seis quilômetros (4 milhas) em território libanês, se retirasse. O acordo promete pôr fim a um conflito na fronteira entre Israel e Líbano que matou milhares de pessoas desde que foi desencadeado pela guerra de Gaza no ano passado. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse que seu governo também estava pressionando por um cessar-fogo em Gaza e que era possível que Arábia Saudita e Israel normalizassem as relações. Rajadas de tiros puderam ser ouvidas na capital do Líbano, Beirute, depois que o cessar-fogo entrou em vigor às 0200 GMT. Não ficou imediatamente claro se o tiroteio foi comemorativo, já que tiros também foram usados para alertar moradores que podem ter perdido os avisos de evacuação emitidos pelo exército israelense. Fluxos de carros transportando pessoas deslocadas do sul do Líbano por ataques israelenses nos últimos meses começaram a retornar para a área após o cessar-fogo, de acordo com testemunhas da Reuters. Outras famílias podiam ser vistas retornando aos subúrbios bombardeados do sul de Beirute, carregando bandeiras do Hezbollah. Biden falou na Casa Branca na terça-feira, logo após o gabinete de segurança de Israel aprovar o acordo em uma votação de 10 a 1. Ele disse que havia falado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, e que a luta terminaria às 4 da manhã, horário local (0200 GMT). “Isso foi projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades”, disse Biden. Israel retirará gradualmente suas forças ao longo de 60 dias, enquanto o exército do Líbano assume o controle do território próximo à sua fronteira com Israel para garantir que o Hezbollah não reconstrua sua infraestrutura ali, disse Biden. “Civis de ambos os lados em breve poderão retornar com segurança às suas comunidades”, disse ele. Irã saúda cessar-fogo O Hezbollah não comentou formalmente sobre o cessar-fogo, mas o alto funcionário Hassan Fadlallah disse à Al Jadeed TV do Líbano que, embora apoiasse a extensão da autoridade do Estado libanês, o grupo sairia mais forte da guerra. “Milhares se juntarão à resistência… Desarmar a resistência foi uma proposta israelense que fracassou”, disse Fadlallah, que também é membro do parlamento do Líbano. O Irã, que apoia o Hezbollah, o Hamas e os rebeldes Houthis que atacaram Israel a partir do Iêmen, disse que acolheu o cessar-fogo. O presidente francês Emmanuel Macron disse na plataforma de mídia social X que o acordo foi “o ápice de esforços empreendidos por muitos meses com as autoridades israelenses e libanesas, em estreita colaboração com os Estados Unidos”. O primeiro-ministro libanês, Mikati, emitiu uma declaração dando boas-vindas ao acordo. O Ministro das Relações Exteriores, Abdallah Bou Habib, disse que o exército libanês teria pelo menos 5.000 soldados posicionadas no sul do Líbano enquanto as tropas israelenses se retiravam. Netanyahu disse que estava pronto para implementar um cessar-fogo, mas responderia com firmeza a qualquer ação do Hezbollah que pudesse ser considerada uma violação do acordo. . Ele disse que o cessar-fogo permitiria que Israel se concentrasse na ameaça do Irã, daria ao exército uma oportunidade de descansar e repor suprimentos e isolaria o Hamas. Um alto funcionário dos EUA, informando repórteres sob condição de anonimato, disse que os EUA e a França se juntariam a um mecanismo com a força de manutenção da paz da UNIFIL que trabalharia com o exército do Líbano para impedir potenciais violações do cessar-fogo. As forças de combate dos EUA não seriam mobilizadas, disse o funcionário. Nas horas que antecederam o cessar-fogo, as hostilidades aumentaram enquanto Israel intensificava sua campanha de ataques aéreos em Beirute e outras partes do Líbano, com autoridades de saúde relatando pelo menos 18 mortos.
Yamandú Orsi – Esquerda vence no Uruguai, apontam bocas de urna
De acordo com as primeiras projeções de boca de urna, Yamandú Orsi, o candidato de esquerda da Frente Ampla, do ex-presidente José Mujica, venceu a eleição e é o novo presidente do Uruguai. Ele derrotou Álvaro Delgado, da coalizão de centro-direita. De acordo com as projeções de boca de urna, Orsi teve 49% dos votos, e Delgado, 46,6%, segundo o Canal 10, com base nos dados da Equipos Consultores. Já o Canal 12, que utiliza a pesquisa Cifra, aponta Orsi com 49,7% dos votos, contra 45,8% de Delgado. Yamandú Orsi tomará posse como novo presidente do Uruguai no dia 1º de março. Ele sucederá Luis Lacalle Pou. No Uruguai, a reeleição não é permitida. 🇺🇾 URGENTE: Yamandú Orsi, candidato do ex-presidente Pepe Mujica, vence o segundo turno da eleição e vai governar o Uruguai pelos próximos cinco anos. A esquerda retorna ao poder no país vizinho após o governo de Lacalle Pou.pic.twitter.com/Ov0EPUaMEX — Eixo Político (@eixopolitico) November 24, 2024 A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, parabenizou Yamandú Orsi pela vitória. “A irmã República Oriental do Uruguai tem um novo presidente: Yamandú Orsi. Muita alegria e parabéns ao novo presidente, à sua companheira de chapa Carolina Cosse e, claro, à Frente Ampla, força política que regressa ao Governo”, declarou. Cristina Kirchner também parabenizou o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica. “E também um grande abraço ao Pepe Mujica e à Lúcia, não só exemplos de militância nacional, popular e democrática, mas também de perseverança e resiliência. Força, Pepe, estamos muito felizes, você mereceu essa vitória”, concluiu. La hermana República Oriental del Uruguay tiene nuevo presidente: Yamandú Orsi. Enorme alegría y todas las felicitaciones al flamante presidente, a su compañera de fórmula Carolina Cosse y por supuesto al Frente Amplio, la fuerza política que vuelve al Gobierno. Y también un… — Cristina Kirchner (@CFKArgentina) November 25, 2024 O candidato da centro-direita Álvaro Delgado reconheceu a derrota e desejou boa sorte para o novo presidente do Uruguai. “É o discurso mais difícil da minha vida. É preciso respeitar a decisão soberana. Quero mandar um grande abraço a Yamandú Orsi e à Frente Ampla”, expressou. Álvaro Delgado le habla a los militantes en la sede del Partido Nacional: "Es el discurso más difícil en mi vida. Uno tiene que respetar la decisión soberana. Quiero mandar un fuerte abrazo para Yamandú Orsi y al Frente Amplio", expresó.#EleccionesXLaTele pic.twitter.com/lLaRZLASfz — Telemundo (@TelemundoUY) November 25, 2024 Yamandú Orsi e Carolina Cosse saem do NH Columbia para saudar dirigentes da Frente Ampla e toda a militância após a vitória nas eleições. Yamandú Orsi y Carolina Cosse salen del NH Columbia a saludar a dirigentes del Frente Amplio y a toda la militancia tras el triunfo en las elecciones.#EleccionesXLaTele pic.twitter.com/GrGGanekEA — Telemundo (@TelemundoUY) November 25, 2024 Em seu discurso de vitória, Yamandú Orsi afirmou que será o presidente “do diálogo e do crescimento nacional”. 🎙️"No hay futuro si le ponemos un muro a las ideas", agregó Orsi. 🎙️"Voy a ser el presidente que convoque una y otra vez al diálogo nacional". 🎙️"Seré el presidente del crecimiento nacional y del país que avance".#EleccionesXLaTele pic.twitter.com/WfQFtrSzJn — Telemundo (@TelemundoUY) November 25, 2024 O presidente Lula também saudou a vitória de Yamandú Orsi e afirmou que a vitória da Frente Ampla “é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe”. “Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito Yamandú Orsi, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional”, declarou o presidente Lula Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito @OrsiYamandu, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e… — Lula (@LulaOficial) November 25, 2024
Joe Biden chega a Manaus e anuncia R$ 289,5 milhões ao Fundo Amazônia
Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que participa nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, da reunião da Cúpula do G20, visitou Manaus neste domingo (17). Antes dessa primeira visita de um presidente norte-americano em exercício à região, a Casa Branca anunciou que vai doar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) para o Fundo Amazônia, De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), outras doações já foram feitas pelos EUA: US$ 3 milhões (R$ 14,9 milhões), em dezembro de 2023, e de US$ 47 milhões (R$ 256,9 milhões), em agosto de 2024. As novas doações ainda terão que ser aprovadas pelo Congresso norte-americano. Leia mais: EUA culpam guerra na Ucrânia por doação irrisória ao Fundo Amazônia Com a saída de Biden da presidência, a expectativa é saber se o presidente eleito Donald Trump vai assumir os compromissos do país na área ambiental. Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024. O presidente dos Estados Unidos desembarcou em Manaus acompanhado da filha Ashley e da neta Natalie. Ele sobrevoou de helicóptero o Encontro das Águas, a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia (Musa), para onde seguiu após o passeio
Lula receberá Xi Jinping no próximo dia 20 para tratar da relação bilateral
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o total de importações e exportações entre os dois países alcançou US$ 160 bilhões O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber no próximo dia 20 (quarta-feira), no Palácio do Planalto, o presidente da China, Xi Jinping, para tratar da relação bilateral. O encontro será uma visita de estado e ocorre após a participação do líder chinês na reunião da Cúpula do G20, que será realizada entre os dias 17 e 19, no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o total de importações e exportações entre os dois países alcançou US$ 160 bilhões. Este ano, a marca já atingiu mais de US$ 180 bilhões, ou seja, mais de R$ 1 trilhão em comércio bilateral. “O fortalecimento das relações e a ampliação das trocas comerciais está entre as prioridades internacionais do governo brasileiro, que promoveu duas missões oficiais de alto nível à China em 2023 e 2024 – a primeira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a segunda pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin”, diz nota do MDIC. No mês passado, Alckmin e o vice-ministro de Comércio da China (MOFCOM), Wang Shouwen, debateram as relações comerciais e econômicas entre os dois países. Brasil e China se comprometeram a somar esforços pela revitalização da Organização Mundial do Comércio (OMC), que é um dos quatro temas em discussão no Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20. Também ressaltaram o sucesso da última reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação (Cosban), realizada em junho na China. Naquela ocasião, o Alckmin se encontrou com o presidente Xi Jinping. Os dois países reforçaram o interesse em buscar sinergias em políticas de desenvolvimento, investimento e integração. Entre os temas tratados na reunião estão parceria na indústria aeronáutica, investimento na indústria automotiva, defesa comercial, comércio eletrônico e tecnologia agrícola
Donald Trump derrota Kamala Harris e é eleito presidente dos EUA pela 2ª vez
O bilionário republicano Donald Trump, de 78 anos, é o novo presidente eleito dos Estados Unidos, segundo projeção da emissora conservadora Fox News. A rede diz que o magnata garantiu pelo menos 277 votos no colégio eleitoral, sete a mais que os 270 necessários, e será o primeiro governante a exercer dois mandatos presidenciais no país desde o democrata Grover Cleveland, no fim do século 19. Além disso, será o presidente mais velho a tomar posse na Casa Branca e o primeiro com uma condenação criminal – Trump foi considerado culpado de falsificar registros financeiros para encobrir um suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. Trump faz discurso declarando vitória: ‘Fizemos história’ No momento do discurso, Trump aparecia com 266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. Donald Trump subiu ao palco nesta quarta-feira (06/11) e fez um discurso declarando vitória após projeções demonstrarem sua dianteira em Estados decisivos. Com 9 Estados com contagem de votos ainda indefinida, Trump aparecia no momento do discurso com 266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. A sua adversária, a democrata Kamala Harris, aparecia com 194 delegados assegurados.
Kamala X Trump: entenda como funcionam as eleições nos Estados Unidos
Entenda o papel do Colégio Eleitoral, o peso das primárias e como um candidato pode vencer sem ter a maioria dos votos populares Diferentemente do Brasil, onde a escolha presidencial é decidida em dois turnos, as eleições presidenciais nos Estados Unidos envolvem apenas um turno, e a escolha final depende de um complexo sistema de votação indireta. De acordo com o g1, o presidente americano é eleito por um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados, e não pelo voto direto da população. Cada estado tem um número específico de delegados, definido conforme a população local e o número de representantes no Congresso, o que concede um peso variável a cada estado. O Colégio Eleitoral americano é composto por 538 delegados, e para vencer, o candidato precisa conquistar 270 desses votos. Como a eleição é majoritária dentro de cada estado, o candidato que tiver a maioria dos votos em determinado estado leva todos os delegados, independentemente de quantos votos de diferença teve. Esse sistema pode levar a resultados curiosos: é possível que um candidato com menos votos populares vença a eleição, como aconteceu em 2016, quando Donald Trump derrotou Hillary Clinton apesar de ter quase 3 milhões de votos a menos em termos nacionais. O peso das primárias e do caucus – Outro ponto singular do processo eleitoral americano são as etapas prévias das primárias e dos caucus. Esses eventos ocorrem nos meses anteriores à eleição e definem quem será o candidato de cada partido. Nas primárias, os eleitores votam de forma secreta, como ocorre nas eleições tradicionais, enquanto nos caucus o processo é público, com reuniões onde os participantes votam e discutem abertamente suas escolhas. Essas etapas determinam os candidatos que disputarão o pleito em novembro, criando um processo que, em muitos casos, fortalece lideranças regionais e engaja diferentes correntes dentro dos partidos. Participação e flexibilidade no voto – Outro aspecto que diferencia as eleições nos Estados Unidos é a flexibilidade do voto, que pode ser realizado de diferentes formas. Dependendo do estado, os eleitores podem votar semanas antes do dia oficial, e em muitos casos, têm a opção de enviar seus votos pelo correio. Essa prática permite maior participação, embora o voto não seja obrigatório para os americanos. Nas eleições de 2020, por exemplo, aproximadamente 62,8% da população compareceu às urnas, com mais de 158 milhões de pessoas participando do pleito entre Joe Biden e Donald Trump
Venezuela acusa Itamaraty de se fazer de vítima e escala tensão com Brasil
A crise diplomática entre o governo do presidente Lula e o regime de Nicolás Maduro, da Venezuela, ganhou mais um episódio neste sábado (2). Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela acusou o Itamaraty de “posar de vítima” e de promover uma “agressão descarada e grosseira” contra Maduro e as instituições venezuelanas. Segundo o governo venezuelano, o Brasil estaria realizando uma “campanha sistemática” que desrespeita os princípios da Carta da ONU. O comunicado veio em resposta à nota emitida pelo Itamaraty na sexta-feira (1), após a Venezuela ter intensificado críticas ao Brasil desde que foi vetada de se tornar parceira do Brics, com apoio da Rússia. O país justificou o veto afirmando que uma parceria com a Venezuela exigiria diálogo franco e respeito mútuo, o que não estaria sendo demonstrado. O governo venezuelano reiterou que o Itamaraty deveria “desistir de se imiscuir em temas que só competem aos venezuelanos” e adotar uma postura “profissional e respeitosa”, seguindo o exemplo da política externa venezuelana. A declaração do Itamaraty, por sua vez, enfatizou “o tom ofensivo de autoridades venezuelanas” e criticou o uso de ataques pessoais em vez de canais diplomáticos adequados. Desde o veto à entrada da Venezuela no Brics, a relação entre os países se deteriorou. Em setembro, Maduro acusou o Itamaraty de agir em cooperação com o Departamento de Estado dos Estados Unidos e chegou a chamar um diplomata brasileiro de “fascista” em resposta ao bloqueio do Brasil. Em retaliação, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela convocou seu embaixador em Brasília para consultas, medida diplomática que sinaliza uma insatisfação significativa e um possível início de rompimento nas relações bilaterais. A crise se intensificou quando a Polícia Nacional Bolivariana, sob controle do governo chavista, publicou em suas redes sociais uma imagem da silhueta do presidente Lula e a bandeira do Brasil acompanhada da mensagem de que Caracas “não aceita chantagens de ninguém”. A publicação foi deletada pouco depois, mas o gesto foi visto como um ataque direto ao Brasil. A tentativa da Venezuela de se tornar parceira do Brics foi apoiada pela Rússia, mas barrada pela delegação brasileira. O presidente Vladimir Putin chegou a afirmar que a adesão só ocorreria com o aval do Brasil. Essa decisão foi um dos pontos centrais para o aumento da tensão, levando Maduro a fazer duras críticas ao governo brasileiro
Israel anuncia ataques ao Irã e abre guerra regional no Oriente Médio
As Forças de Defesa de Israel realizaram ataques contra alvos na capital iraniana, Teerã As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram nesta sexta-feira (25) que conduziram ataques a alvos militares no Irã em resposta ao ataque de 1º de outubro. As FDI confirmaram em postagem na rede social X nesta que “estão conduzindo ataques precisos contra alvos militares no Irã” em resposta aos recentes ataques militares de Teerã. Tel Aviv ainda ameaçou lançar uma ofensiva mais ampla. “Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas. Faremos tudo o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”, diz a postagem. A rádio israelense informou que dezenas de caças estão participando de ataques a alvos em Teerã, Mashhad e a uma estação de energia em Karaj, segundo a RT. O ataque israelense a Teerã mirou um quartel e depósito de armas, disse a NBC News citando dois altos funcionários árabes. Israel atacou várias bases militares no oeste e sudoeste de Teerã, segundo a agência de notícias Fars. Os sons de várias explosões foram ouvidos na capital iraniana, informou a Fars mais cedo nesta sexta-feira. Os aeroportos de Teerã operam normalmente, segundo a agência de notícias SNN, em meio a relatos de atividade de defesa aérea perto da capital iraniana. Apesar dos sons de explosões na região oeste de Teerã e dos vídeos de explosões supostamente ocorrendo na capital iraniana em circulação nas redes sociais, a situação em Teerã é normal, segundo a agência de notícias iraniana Tasnim. A TV estatal iraniana, citando uma fonte de segurança iraniana, informou que os sons de explosões perto de Teerã foram causados pelo acionamento de sistemas de defesa aérea. A CBS News informou que o ataque israelense ao Irã foi limitado a alvos militares, não atingindo instalações nucleares ou de petróleo. No dia 1º de outubro, o Irã lançou um ataque massivo de mísseis contra Israel pela segunda vez na história dos países, declarando ser um ato de autodefesa. Segundo o exército israelense, aproximadamente 180 mísseis balísticos foram disparados, dos quais a maioria foi interceptada. As autoridades israelenses informaram que o ataque não causou vítimas entre os cidadãos israelenses, embora algumas fontes tenham relatado a morte de uma pessoa, possivelmente um palestino da Faixa de Gaza, na Cisjordânia. Os iranianos alegaram que os mísseis atingiram alvos militares israelenses, enquanto Israel classificou os danos como “mínimos” e prometeu retaliar. (Com informações da Sputnik)
Kamala tem vantagem de 46% a 43% sobre Trump em meio ao pessimismo dos eleitores
Vantagem de Kamala sobre Trump pode não ser suficiente para vencer a eleição. Pesquisas mostram que os candidatos estão empatados nos estados decisivos Reuters – A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, do Partido Democrata, mantinha uma leve vantagem de 46% a 43% sobre o ex-presidente republicano Donald Trump, com um eleitorado desanimado dizendo que o país está no caminho errado, segundo uma nova pesquisa da Reuters/Ipsos. A vantagem de Harris na pesquisa de seis dias, que foi concluída na segunda-feira, diferiu pouco de sua vantagem de 45% a 42% sobre Trump em uma pesquisa anterior realizada pela Reuters/Ipsos na semana anterior, reforçando a visão de que a disputa está extremamente acirrada com apenas duas semanas restantes até a eleição de 5 de novembro. Ambas as pesquisas mostraram Harris com uma liderança dentro da margem de erro, com a pesquisa mais recente mostrando uma vantagem de apenas 2 pontos percentuais quando os números não são arredondados. A nova pesquisa também revelou que os eleitores têm uma visão negativa sobre a economia e a imigração, favorecendo em geral a abordagem de Trump nessas questões. Cerca de 70% dos eleitores registrados disseram que o custo de vida está no caminho errado, enquanto 60% afirmaram que a economia está indo na direção errada, e 65% disseram o mesmo sobre a política de imigração. Os eleitores também classificaram a economia, a imigração e as ameaças à democracia como os problemas mais importantes do país. Quando perguntados qual candidato tem a melhor abordagem para esses temas, Trump liderou na economia — 46% a 38% — e na imigração, com 48% a 35%. A imigração também foi considerada a principal questão que o próximo presidente deveria focar nos primeiros 100 dias de mandato, com 35% dos entrevistados mencionando o tema, seguidos por 11% que citaram desigualdade de renda, e outros 10% mencionaram saúde e impostos. No entanto, Trump teve um desempenho ruim na questão de quem seria melhor para lidar com o extremismo político e as ameaças à democracia, com Harris liderando 42% a 35%. Ela também liderou nas políticas de aborto e saúde. Disputa extremamente acirrada – A vantagem de Harris sobre Trump pode não ser suficiente para vencer a eleição, mesmo que se mantenha até 5 de novembro. Pesquisas nacionais, incluindo as da Reuters/Ipsos, fornecem sinais importantes sobre a opinião do eleitorado, mas os resultados por estado no Colégio Eleitoral é que determinam o vencedor, sendo que sete estados-chave provavelmente serão decisivos. Trump derrotou a democrata Hillary Clinton na eleição de 2016, vencendo no Colégio Eleitoral, embora ela tenha conquistado o voto popular nacional por 2 pontos. As pesquisas mostram que Harris e Trump estão praticamente empatados nesses estados decisivos. A pesquisa sugeriu que os eleitores — particularmente os democratas — podem estar mais entusiasmados com a eleição deste ano do que estavam antes da eleição presidencial de novembro de 2020, quando o democrata Joe Biden derrotou Trump. Cerca de 79% dos eleitores registrados na pesquisa — incluindo 87% dos democratas e 84% dos republicanos — disseram estar “completamente certos” de que votarão na eleição presidencial. A proporção de eleitores certos de votar aumentou em relação aos 74% observados em uma pesquisa da Reuters/Ipsos realizada de 23 a 27 de outubro de 2020, quando 74% dos democratas e 79% dos republicanos disseram estar certos de que votariam. A nova pesquisa teve uma margem de erro de 2 pontos percentuais. Harris entrou na disputa em julho, depois que Biden encerrou sua campanha de reeleição após um fraco desempenho em um debate contra Trump em junho. Na época, Trump era amplamente visto como o favorito, em parte devido à sua percepção de força na economia após vários anos de alta inflação durante a administração Biden, que tem diminuído nos últimos meses. Dada a proximidade da disputa, os esforços dos candidatos para garantir que seus apoiadores realmente votem provavelmente serão cruciais para determinar o vencedor. Apenas dois terços dos adultos nos EUA votaram na eleição de novembro de 2020, o que representou a maior participação em mais de um século, segundo estimativas do Censo dos EUA e do Pew Research Center. Cerca de um terço dos eleitores registrados são democratas e um terço republicanos, com o restante sendo independentes ou partidários de terceiros, de acordo com uma estimativa do Pew Research. A pesquisa mais recente da Reuters/Ipsos entrevistou 4.129 adultos dos EUA online, em todo o país, incluindo 3.481 eleitores registrados. Cerca de 3.307 dos entrevistados foram considerados os mais propensos a votar no dia da eleição. Entre esses eleitores, Harris tinha uma vantagem de 3 pontos percentuais sobre Trump, 48% a 45%.