Novos associados do BRICS, Cuba e Bolívia reforçam o Sul Global

A inclusão de novos parceiros busca fortalecer a cooperação econômica e política do bloco, promovendo a integração dos países do Sul Global. Desde 1º de janeiro de 2025, Cuba e Bolívia adquiriram oficialmente o status de países associados ao grupo BRICS, que já conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como membros fundadores. A decisão, acordada na cúpula do bloco em outubro de 2024 em Kazan, Rússia, simboliza um marco importante na transição para uma ordem econômica e política multipolar. A inclusão de novos parceiros, entre eles Cuba e Bolívia, busca fortalecer a cooperação econômica e política do bloco, promovendo a integração dos países do Sul Global em um cenário internacional mais equitativo. O chanceler russo, Serguêi Lavrov, destacou que essa nova categoria de adesão permitirá que os países associados se integrem efetivamente aos formatos de cooperação do BRICS. BRICS: expansão e relevância global Em 2025, o BRICS consolida sua posição como uma força global significativa, representando mais de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 45% da população global e 30% da superfície terrestre. Com a expansão, o bloco continua a fortalecer sua influência como alternativa ao sistema liderado pelas economias ocidentais. Segundo o chanceler russo Serguêi Lavrov, a nova categoria de associação permite que países como Cuba e Bolívia se integrem aos formatos de cooperação do BRICS, ampliando a relevância do bloco no cenário internacional. Cuba: superando bloqueios e ampliando oportunidades Para Cuba, a adesão ao BRICS é vista como uma oportunidade estratégica para contornar o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou que o bloco oferece “uma grande esperança para os países do Sul” em busca de um sistema internacional mais justo. A ilha caribenha se destaca no BRICS por suas capacidades em biotecnologia, produção de medicamentos e cooperação científica. Além disso, a possibilidade de realizar transações em moedas locais reduzirá a dependência do dólar, facilitando o comércio com novos parceiros. O chanceler Bruno Rodríguez reforçou a necessidade de uma convivência global baseada na solidariedade e integração entre os países. Para a Bolívia, o BRICS abre portas para mercados amplos como os de China e Índia, que juntos somam 2,6 bilhões de pessoas. O presidente boliviano, Luis Arce, celebrou a adesão como um passo decisivo para impulsionar a produção nacional e promover o desenvolvimento econômico. Bolívia e o acesso a novos mercados Para a Bolívia, o BRICS oferece uma janela de oportunidade para expandir seus horizontes econômicos. O presidente Luis Arce destacou a importância de acessar os gigantescos mercados de países como China e Índia, que juntos representam 2,6 bilhões de habitantes. Essa abertura implica desafios, especialmente em termos de aumentar a produção nacional para atender à demanda externa. “Estamos abrindo novos mercados, o que significa produção, investimento e desenvolvimento econômico”, declarou Arce, enfatizando a necessidade de fortalecer a base produtiva boliviana. Além disso, o mandatário sublinhou que o BRICS oferece uma oportunidade para que a Bolívia avance em termos tecnológicos e tenha acesso à cooperação financeira multilateral. Arce também ressaltou o caráter diverso e multilateral do grupo, que não se baseia em afinidades conjunturais, mas em princípios de cooperação e respeito às diferenças. Brasil e os desafios do mandato rotativo Em meio à expansão do BRICS, o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo em 2025. Entre as prioridades do mandato estão a reforma da governança global, a facilitação do comércio e a criação de alternativas ao dólar como meio de pagamento. A próxima cúpula do bloco está programada para julho, no Rio de Janeiro. Um novo capítulo para o Sul Global A inclusão de Cuba e Bolívia, juntamente com outros países como Indonésia, Malásia e Uganda, reforça o papel do BRICS como catalisador do crescimento das economias emergentes. Mais do que uma aliança econômica, o bloco representa uma alternativa ao modelo ocidental, promovendo maior equilíbrio de poder no sistema internacional. Para Cuba e Bolívia, a adesão ao BRICS simboliza novas oportunidades em um cenário global em transformação, com perspectivas de diversificação econômica, avanços tecnológicos e maior integração financeira. ALBA-TCP celebra adesões Os Estados-membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) celebraram com entusiasmo a adesão de Cuba e Bolívia ao BRICS como países parceiros. A aliança destacou que essa conquista representa um passo importante na construção de um mundo multipolar, comprometido com a cooperação e o desenvolvimento equitativo. Em nota oficial, a ALBA-TCP expressou sua alegria ao ver dois países membros integrarem uma plataforma internacional que tem ganhado força na promoção do multilateralismo, estabilidade e segurança globais. “Esses propósitos refletem os ideais que deram origem à nossa aliança há vinte anos, fruto dos esforços de Hugo Chávez e Fidel Castro, e dos sonhos dos heróis da independência da América Latina e do Caribe”, destacou o comunicado, referindo-se aos pilares de paz, cooperação e solidariedade que moldaram a visão do bloco. A ALBA-TCP ressaltou que a adesão de Cuba e Bolívia reafirma o compromisso desses países com a construção de uma nova ordem mundial mais inclusiva e democrática, essencial para a sobrevivência da humanidade. O bloco reconheceu o potencial dessas nações em transmitir ao BRICS os valores de solidariedade, diversidade e complementaridade que definem a essência da Aliança Bolivariana. Defesa da inclusão da Venezuela no BRICS Apesar das comemorações, a ALBA-TCP lamentou que um país tenha rompido o consenso no BRICS, impedindo, por enquanto, a adesão da Venezuela. A aliança destacou que a exclusão venezuelana ocorre em um momento crucial para o futuro do mundo e reiterou seu compromisso em promover a inclusão do país no bloco. “Convencidos da necessidade de superar exclusões, continuaremos defendendo o direito soberano da Venezuela de ser parte do novo mundo multipolar em consolidação”, afirmou a nota. O bloco argumentou que a Venezuela possui as condições materiais e os valores históricos necessários para impulsionar o BRICS na região, reforçando a solidariedade e o novo multilateralismo. A ALBA-TCP aproveitou a ocasião para exigir o fim das agressões contra a Venezuela e o respeito à

Fernanda Torres é indicada ao Globo de Ouro, 25 anos após Fernanda Montenegro

Atriz concorre na categoria melhor atriz de filme (drama) por ‘Ainda estou aqui’, que foi indicado na categoria Melhor filme de língua não-inglesa. Premiação é em 5 de janeiro de 2025. Assista AQUI ao trailer de ‘Ainda Estou Aqui’ Fernanda Torres foi indicada ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme (Drama) por seu trabalho como a personagem Eunice do filme “Ainda Estou Aqui”. O anúncio aconteceu na manhã desta segunda-feira (9). A indicação de Fernanda acontece 25 anos após a de sua mãe, Fernanda Torres, que foi indicada na mesma categoria, em 1999, por seu trabalho em “Central do Brasil”. Filme original do Globoplay, “Ainda Estou Aqui” também concorre na categoria Melhor Filme em Língua Não-inglesa. O longa é inspirado na história real de Eunice Paiva, advogada e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva. Ela passou 40 anos procurando a verdade sobre seu marido desaparecido, Rubens (interpretado por Selton Mello). Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretam Eunice em diferentes idades. Ela é uma das favoritas ao lado de Angelina Jolie e Nicole Kidman, que assim como a brasileira também são cotadas ao Oscar. Diferentemente da maior premiação do cinema, o Globo de Ouro divide a categoria de Melhor Atriz entre os filmes de drama e comédia ou musical. Fernanda agradeceu a indicação e a torcida brasileira ao publicar o emoji 🙏 em suas redes sociais. A atriz ainda publicou um vídeo enquanto se arrumava em Londres, antes de mais um evento de divulgação do filme. “Gente, nomeada ao Globo de Ouro. Inacreditável.” “E Walter, 25 anos dele com a minha mãe…Realmente a vida presta”, brincou a atriz, se referindo a indicação de Fernanda Montenegro ao Globo de Ouro 1999 por Central do Brasil. “É muito emocionante e enaltece o poder do ‘Ainda Estou aqui’, um drama falado em português. É muito emocionante eu ter sido indicada em uma categoria onde a maioria dos outros filmes são falados em inglês”, afirmou a atriz, em comunicado.” “Ontem também foi surpreendente a Menção Honrosa que eu recebi da Associação de Críticos de Los Angeles, ao lado da Demi Moore (“A substância”), pois é um prêmio para todas as interpretações femininas e masculinas do ano, então é mesmo extraordinário. Estou muito feliz também que o filme segue forte nos cinemas do Brasil.” Depois do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, diversos elogios da imprensa estrangeira, e algumas exibições disputadas na Mostra de SP, o filme estreou no Brasil em 7 de novembro como a maior chance de indicação nacional ao Oscar em mais de duas décadas. Além das críticas positivas, o filme ainda é um sucesso de bilheteria, tendo batido a marca de 2 milhões de espectadores e liderado o ranking de mais vistos no cinema na semana de estreia

Mercosul e União Europeia anunciam conclusão do acordo comercial

Documento final terá revisão legal e tradução antes da assinatura, depois segue para o Parlamento Europeu. Acordo abrange 718 milhões de pessoas em economias de US$ 22 trilhões Enfim, após 25 anos, o acordo entre Mercosul e União Europeia ganha linhas finais. Nesta sexta-feira (6) foi anunciado que as negociações da parceria comercial entre os dois blocos, iniciadas em 1999, foram concluídas. O anúncio aconteceu durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que acontece em Montevidéu, no Uruguai. Esta é considerada uma vitória da política externa brasileira e do governo Lula, que trabalharam incessantemente pelo acordo. Diretamente da capital uruguaia, o presidente Lula celebrou o acordo nas suas redes sociais: “Após mais de duas décadas, concluímos as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia.” Após mais de duas décadas, concluímos as negociações do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. 📸 @ricardostuckert pic.twitter.com/u3iWzO6BJz — Lula (@LulaOficial) December 6, 2024 Na foto, ele está junto aos presidentes Lacalle Pou, do Uruguai, Santiago Peña, do Paraguai, Javier Milei, da Argentina, e a chefe da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, que viajou para a América do Sul com a finalidade de concluir as negociações. Na sua fala sobre o anúncio, Leyen destacou que todos ganham com o acordo e enviou um recado aos que estão preocupados no continente Europeu ao dizer que tanto os moradores do campo quanto das cidades sairão ganhando com mais trabalho e oportunidades. Ainda passou um recado para o mundo sobre a Amazônia brasileira. Ela fez questão de acentuar que o governo do presidente Lula preserva o bioma e que todo o planeta tem a tarefa de ajudar nesta missão. Em suas redes, a alemã compartilhou o vídeo com a sua fala e a do presidente Lacalle Pou. No texto da postagem, destacou que o “acordo é uma vitória para a Europa” e que agora muitas outras empresas pequenas, além das 30 mil que já exportam para o Mercosul, irão ter acesso a este mercado. This agreement is a win for Europe. 30.000 European small companies are already exporting to Mercosur. Many more will follow. EU-Mercosur reflects our values and commitment to climate action. And our 🇪🇺 health and food standards remain untouchable ↓ https://t.co/Swp66exJrY — Ursula von der Leyen (@vonderleyen) December 6, 2024 Uma das linhas finais que foi costurada nestes últimos dias diz respeito às compras públicas no Mercosul que as empresas da Europa insistiram em constar no acordo para que suas empresas possam participar. Ainda que o acordo esteja negociado e acertado entre as partes, outros caminhos deverão ser percorridos até a assinatura final e o negociado começar a valer. Depois de traduzido, revisado por técnicos e assinado, o acordo deverá ser submetido ao Conselho e ao Parlamento Europeu, onde países como Polônia, Itália e, principalmente, a França, prometem uma oposição ferrenha para barrar o que foi negociado. Essas nações estão às voltas com protestos incessantes de agricultores, que pedem mais protecionismo para as suas mercadorias, o que configura reserva de mercado agrícola. Ainda que estes países sejam contra, os demais, encabeçados pela Alemanha, se movimentam rapidamente para ficar em melhores condições a partir de 2025. Além de tentar não ficar tão atrás na disputa com os chineses, os europeus querem acesso a mais mercados consumidores para se antecipar às políticas protecionistas que Donald Trump, ao voltar para a Casa Branca, deve adotar. O acordo delineado há 25 anos envolve uma população de “718 milhões de pessoas e economias que, somadas, alcançam aproximadamente US$ 22 trilhões de dólares”, aponta o governo brasileiro. Para os sul-americanos a expectativa é de aumentar as exportações de commodities (que devem ter impostos zerados ou reduzidos), em especial de produtos agrícolas. Assim como é esperado maior atração de investimentos para incrementar o parque fabril com máquinas e equipamentos mais acessíveis para impulsionar a produtividade e a competitividade. Para os europeus a medida visa ter maior campo para a venda de seus produtos manufaturados e industriais com baixo ou nenhum imposto, assim como a ter a possibilidade de ter commodities agrícolas e minerais que chegaram para sua população e indústrias a um preço menor com a eliminação de barreiras. Especificamente para o Brasil, o governo trabalha com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que indica um crescimento de 0,46% no PIB brasileiro com o acordo entre 2024 e 2040. Além disso, o acordo pode aumentar os investimentos no país em 1,49%, na comparação com o cenário sem a parceria, atribui o Planalto. Comunicado Em comunicado conjunto, os Estados do Mercosul e da União Europeia falaram da conclusão das negociações do acordo de parceria, sendo que os textos acordados serão divulgados nos próximos dias. Veja o comunicado: Os Estados Partes Signatários do MERCOSUL – a República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai e a República Oriental do Uruguai – e a União Europeia anunciaram, na 65ª Reunião de Cúpula do MERCOSUL (Montevidéu, 6 de dezembro de 2024), a conclusão final das negociações de um Acordo de Parceria entre as duas regiões, após mais de duas décadas de negociações. Tomando em conta o progresso realizado nas últimas décadas até junho de 2019, o MERCOSUL e a União Europeia engajaram-se, desde 2023, em intenso processo de negociações para ajustar o acordo aos desafios atuais enfrentados nos níveis nacionais, regionais e global. Nos últimos dois anos, as duas partes realizaram sete rodadas de negociações, entre outras reuniões, e comprometeram-se a revisar as matérias relevantes. À luz do progresso alcançado desde 2023, o Acordo de Parceria entre o MERCOSUL e a União Europeia está agora pronto para revisão legal e tradução. Ambos os blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo

Biden assina perdão a seu filho Hunter em duas acusações criminais

Alegação do chefe da Casa Branca é que as acusações tinham motivação política -Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário” Sputnik – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse num comunicado divulgado pela Casa Branca que assinou um perdão ao seu filho Hunter por duas acusações criminais, alegando que tinham motivação política. “Hoje, assinei um perdão para meu filho Hunter ”, disse Biden. O presidente lembrou que, no início de seu governo, havia prometido não interferir nas decisões do Departamento de Justiça e manteve sua palavra mesmo ao ver como seu filho “foi processado de forma seletiva e injusta”. No entanto, observou ele, “nenhuma pessoa razoável olhando para os fatos dos casos de Hunter pode chegar a qualquer conclusão além de que Hunter foi escolhido apenas porque é meu filho, e isso está errado”. “Ao tentar quebrar Hunter, eles tentaram me quebrar, e não há razão para acreditar que isso vai parar aqui. Já basta.” Ele também afirmou que Hunter estava “cinco anos e meio sóbrio” e explicou que assinou o perdão porque “não adiantava mais adiar”. Biden supostamente se reuniu com empresas que deram contratos milionários a seu filho Hunter O presidente Joe Biden e outros funcionários da Casa Branca afirmaram repetidamente que não perdoariam o seu filho antes de deixar o cargo. Em setembro passado, Hunter Biden decidiu confessar-se culpado num caso de evasão fiscal para evitar ir a um novo julgamento, segundo as autoridades judiciais do país norte-americano. O filho do presidente dos Estados Unidos confessou-se culpado em 5 de setembro de acusações fiscais federais, horas antes do início da seleção do júri no caso em que é acusado de não pagar pelo menos 1,4 milhões de dólares em impostos Trump diz que perdão ao filho de Biden é “um abuso e um erro judiciário” O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu o perdão a Hunter Biden, filho de Joe Biden, como “um abuso e um erro judiciário”. Já o atual presidente dos EUA afirma que o perdão se deveu ao fato de seu filho ser perseguido por motivos políticos e não judiciais. “O perdão concedido por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, presos durante anos? É um abuso e um erro judiciário ”, escreveu Trump na sua conta na rede Truth Social. O republicano, que regressará à Casa Branca em janeiro próximo, costuma chamar de “reféns J-6” as pessoas detidas pelos tumultos ocorridos durante o assalto ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021 , quando centenas de simpatizantes republicanos invadiram o edifício do Congresso dos Estados Unidos para expressar seu desacordo com a vitória de Biden.

Israel anuncia acordo de cessar-fogo com o Hezbollah no Líbano

Um cessar-fogo entre Israel e o movimento Hezbollah entrou em vigor nesta quarta-feira (27), depois que ambos os lados aceitaram um acordo mediado pelos EUA e pela França. Reuters – O exército do Líbano, encarregado de ajudar a garantir que o cessar-fogo seja mantido, disse em um comunicado na quarta-feira que estava se preparando para se deslocar para o sul do país. Os militares também pediram que os moradores das vilas fronteiriças adiassem o retorno para casa até que o exército israelense, que travou guerra contra o Hezbollah em diversas ocasiões e avançou cerca de seis quilômetros (4 milhas) em território libanês, se retirasse. O acordo promete pôr fim a um conflito na fronteira entre Israel e Líbano que matou milhares de pessoas desde que foi desencadeado pela guerra de Gaza no ano passado. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse que seu governo também estava pressionando por um cessar-fogo em Gaza e que era possível que Arábia Saudita e Israel normalizassem as relações. Rajadas de tiros puderam ser ouvidas na capital do Líbano, Beirute, depois que o cessar-fogo entrou em vigor às 0200 GMT. Não ficou imediatamente claro se o tiroteio foi comemorativo, já que tiros também foram usados ​​para alertar moradores que podem ter perdido os avisos de evacuação emitidos pelo exército israelense. Fluxos de carros transportando pessoas deslocadas do sul do Líbano por ataques israelenses nos últimos meses começaram a retornar para a área após o cessar-fogo, de acordo com testemunhas da Reuters. Outras famílias podiam ser vistas retornando aos subúrbios bombardeados do sul de Beirute, carregando bandeiras do Hezbollah. Biden falou na Casa Branca na terça-feira, logo após o gabinete de segurança de Israel aprovar o acordo em uma votação de 10 a 1. Ele disse que havia falado com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, e que a luta terminaria às 4 da manhã, horário local (0200 GMT). “Isso foi projetado para ser uma cessação permanente das hostilidades”, disse Biden. Israel retirará gradualmente suas forças ao longo de 60 dias, enquanto o exército do Líbano assume o controle do território próximo à sua fronteira com Israel para garantir que o Hezbollah não reconstrua sua infraestrutura ali, disse Biden. “Civis de ambos os lados em breve poderão retornar com segurança às suas comunidades”, disse ele. Irã saúda cessar-fogo O Hezbollah não comentou formalmente sobre o cessar-fogo, mas o alto funcionário Hassan Fadlallah disse à Al Jadeed TV do Líbano que, embora apoiasse a extensão da autoridade do Estado libanês, o grupo sairia mais forte da guerra. “Milhares se juntarão à resistência… Desarmar a resistência foi uma proposta israelense que fracassou”, disse Fadlallah, que também é membro do parlamento do Líbano. O Irã, que apoia o Hezbollah, o Hamas e os rebeldes Houthis que atacaram Israel a partir do Iêmen, disse que acolheu o cessar-fogo. O presidente francês Emmanuel Macron disse na plataforma de mídia social X que o acordo foi “o ápice de esforços empreendidos por muitos meses com as autoridades israelenses e libanesas, em estreita colaboração com os Estados Unidos”. O primeiro-ministro libanês, Mikati, emitiu uma declaração dando boas-vindas ao acordo. O Ministro das Relações Exteriores, Abdallah Bou Habib, disse que o exército libanês teria pelo menos 5.000 soldados posicionadas no sul do Líbano enquanto as tropas israelenses se retiravam. Netanyahu disse que estava pronto para implementar um cessar-fogo, mas responderia com firmeza a qualquer ação do Hezbollah que pudesse ser considerada uma violação do acordo. . Ele disse que o cessar-fogo permitiria que Israel se concentrasse na ameaça do Irã, daria ao exército uma oportunidade de descansar e repor suprimentos e isolaria o Hamas. Um alto funcionário dos EUA, informando repórteres sob condição de anonimato, disse que os EUA e a França se juntariam a um mecanismo com a força de manutenção da paz da UNIFIL que trabalharia com o exército do Líbano para impedir potenciais violações do cessar-fogo. As forças de combate dos EUA não seriam mobilizadas, disse o funcionário. Nas horas que antecederam o cessar-fogo, as hostilidades aumentaram enquanto Israel intensificava sua campanha de ataques aéreos em Beirute e outras partes do Líbano, com autoridades de saúde relatando pelo menos 18 mortos.

Yamandú Orsi – Esquerda vence no Uruguai, apontam bocas de urna

De acordo com as primeiras projeções de boca de urna, Yamandú Orsi, o candidato de esquerda da Frente Ampla, do ex-presidente José Mujica, venceu a eleição e é o novo presidente do Uruguai. Ele derrotou Álvaro Delgado, da coalizão de centro-direita. De acordo com as projeções de boca de urna, Orsi teve 49% dos votos, e Delgado, 46,6%, segundo o Canal 10, com base nos dados da Equipos Consultores. Já o Canal 12, que utiliza a pesquisa Cifra, aponta Orsi com 49,7% dos votos, contra 45,8% de Delgado. Yamandú Orsi tomará posse como novo presidente do Uruguai no dia 1º de março. Ele sucederá Luis Lacalle Pou. No Uruguai, a reeleição não é permitida. 🇺🇾 URGENTE: Yamandú Orsi, candidato do ex-presidente Pepe Mujica, vence o segundo turno da eleição e vai governar o Uruguai pelos próximos cinco anos. A esquerda retorna ao poder no país vizinho após o governo de Lacalle Pou.pic.twitter.com/Ov0EPUaMEX — Eixo Político (@eixopolitico) November 24, 2024 A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, parabenizou Yamandú Orsi pela vitória. “A irmã República Oriental do Uruguai tem um novo presidente: Yamandú Orsi. Muita alegria e parabéns ao novo presidente, à sua companheira de chapa Carolina Cosse e, claro, à Frente Ampla, força política que regressa ao Governo”, declarou. Cristina Kirchner também parabenizou o ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica. “E também um grande abraço ao Pepe Mujica e à Lúcia, não só exemplos de militância nacional, popular e democrática, mas também de perseverança e resiliência. Força, Pepe, estamos muito felizes, você mereceu essa vitória”, concluiu. La hermana República Oriental del Uruguay tiene nuevo presidente: Yamandú Orsi. Enorme alegría y todas las felicitaciones al flamante presidente, a su compañera de fórmula Carolina Cosse y por supuesto al Frente Amplio, la fuerza política que vuelve al Gobierno. Y también un… — Cristina Kirchner (@CFKArgentina) November 25, 2024 O candidato da centro-direita Álvaro Delgado reconheceu a derrota e desejou boa sorte para o novo presidente do Uruguai. “É o discurso mais difícil da minha vida. É preciso respeitar a decisão soberana. Quero mandar um grande abraço a Yamandú Orsi e à Frente Ampla”, expressou. Álvaro Delgado le habla a los militantes en la sede del Partido Nacional: "Es el discurso más difícil en mi vida. Uno tiene que respetar la decisión soberana. Quiero mandar un fuerte abrazo para Yamandú Orsi y al Frente Amplio", expresó.#EleccionesXLaTele pic.twitter.com/lLaRZLASfz — Telemundo (@TelemundoUY) November 25, 2024 Yamandú Orsi e Carolina Cosse saem do NH Columbia para saudar dirigentes da Frente Ampla e toda a militância após a vitória nas eleições. Yamandú Orsi y Carolina Cosse salen del NH Columbia a saludar a dirigentes del Frente Amplio y a toda la militancia tras el triunfo en las elecciones.#EleccionesXLaTele pic.twitter.com/GrGGanekEA — Telemundo (@TelemundoUY) November 25, 2024 Em seu discurso de vitória, Yamandú Orsi afirmou que será o presidente “do diálogo e do crescimento nacional”. 🎙️"No hay futuro si le ponemos un muro a las ideas", agregó Orsi. 🎙️"Voy a ser el presidente que convoque una y otra vez al diálogo nacional". 🎙️"Seré el presidente del crecimiento nacional y del país que avance".#EleccionesXLaTele pic.twitter.com/WfQFtrSzJn — Telemundo (@TelemundoUY) November 25, 2024 O presidente Lula também saudou a vitória de Yamandú Orsi e afirmou que a vitória da Frente Ampla “é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe”. “Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito Yamandú Orsi, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional”, declarou o presidente Lula Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito @OrsiYamandu, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe. Brasil e… — Lula (@LulaOficial) November 25, 2024

Joe Biden chega a Manaus e anuncia R$ 289,5 milhões ao Fundo Amazônia

Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024 O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que participa nesta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, da reunião da Cúpula do G20, visitou Manaus neste domingo (17). Antes dessa primeira visita de um presidente norte-americano em exercício à região, a Casa Branca anunciou que vai doar mais US$ 50 milhões (R$ 289,5 milhões) para o Fundo Amazônia, De acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), outras doações já foram feitas pelos EUA: US$ 3 milhões (R$ 14,9 milhões), em dezembro de 2023, e de US$ 47 milhões (R$ 256,9 milhões), em agosto de 2024. As novas doações ainda terão que ser aprovadas pelo Congresso norte-americano. Leia mais: EUA culpam guerra na Ucrânia por doação irrisória ao Fundo Amazônia Com a saída de Biden da presidência, a expectativa é saber se o presidente eleito Donald Trump vai assumir os compromissos do país na área ambiental. Na capital amazonense, Biden anunciou que a sua gestão cumpriu a promessa de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA, chegando a mais de US$ 11 bilhões por ano até 2024. O presidente dos Estados Unidos desembarcou em Manaus acompanhado da filha Ashley e da neta Natalie. Ele sobrevoou de helicóptero o Encontro das Águas, a Reserva Florestal Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia (Musa), para onde seguiu após o passeio

Lula receberá Xi Jinping no próximo dia 20 para tratar da relação bilateral

A China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o total de importações e exportações entre os dois países alcançou US$ 160 bilhões O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber no próximo dia 20 (quarta-feira), no Palácio do Planalto, o presidente da China, Xi Jinping, para tratar da relação bilateral. O encontro será uma visita de estado e ocorre após a participação do líder chinês na reunião da Cúpula do G20, que será realizada entre os dias 17 e 19, no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a China é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2023, o total de importações e exportações entre os dois países alcançou US$ 160 bilhões. Este ano, a marca já atingiu mais de US$ 180 bilhões, ou seja, mais de R$ 1 trilhão em comércio bilateral. “O fortalecimento das relações e a ampliação das trocas comerciais está entre as prioridades internacionais do governo brasileiro, que promoveu duas missões oficiais de alto nível à China em 2023 e 2024 – a primeira liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a segunda pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin”, diz nota do MDIC. No mês passado, Alckmin e o vice-ministro de Comércio da China (MOFCOM), Wang Shouwen, debateram as relações comerciais e econômicas entre os dois países. Brasil e China se comprometeram a somar esforços pela revitalização da Organização Mundial do Comércio (OMC), que é um dos quatro temas em discussão no Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos do G20. Também ressaltaram o sucesso da última reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação (Cosban), realizada em junho na China. Naquela ocasião, o Alckmin se encontrou com o presidente Xi Jinping. Os dois países reforçaram o interesse em buscar sinergias em políticas de desenvolvimento, investimento e integração. Entre os temas tratados na reunião estão parceria na indústria aeronáutica, investimento na indústria automotiva, defesa comercial, comércio eletrônico e tecnologia agrícola

Donald Trump derrota Kamala Harris e é eleito presidente dos EUA pela 2ª vez

O bilionário republicano Donald Trump, de 78 anos, é o novo presidente eleito dos Estados Unidos, segundo projeção da emissora conservadora Fox News. A rede diz que o magnata garantiu pelo menos 277 votos no colégio eleitoral, sete a mais que os 270 necessários, e será o primeiro governante a exercer dois mandatos presidenciais no país desde o democrata Grover Cleveland, no fim do século 19. Além disso, será o presidente mais velho a tomar posse na Casa Branca e o primeiro com uma condenação criminal – Trump foi considerado culpado de falsificar registros financeiros para encobrir um suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. Trump faz discurso declarando vitória: ‘Fizemos história’ No momento do discurso, Trump aparecia com 266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. Donald Trump subiu ao palco nesta quarta-feira (06/11) e fez um discurso declarando vitória após projeções demonstrarem sua dianteira em Estados decisivos. Com 9 Estados com contagem de votos ainda indefinida, Trump aparecia no momento do discurso com 266 delegados assegurados no colégio eleitoral, dos 270 necessários para ser eleito. A sua adversária, a democrata Kamala Harris, aparecia com 194 delegados assegurados.

Kamala X Trump: entenda como funcionam as eleições nos Estados Unidos

Entenda o papel do Colégio Eleitoral, o peso das primárias e como um candidato pode vencer sem ter a maioria dos votos populares Diferentemente do Brasil, onde a escolha presidencial é decidida em dois turnos, as eleições presidenciais nos Estados Unidos envolvem apenas um turno, e a escolha final depende de um complexo sistema de votação indireta. De acordo com o g1, o presidente americano é eleito por um Colégio Eleitoral, formado por 538 delegados, e não pelo voto direto da população. Cada estado tem um número específico de delegados, definido conforme a população local e o número de representantes no Congresso, o que concede um peso variável a cada estado. O Colégio Eleitoral americano é composto por 538 delegados, e para vencer, o candidato precisa conquistar 270 desses votos. Como a eleição é majoritária dentro de cada estado, o candidato que tiver a maioria dos votos em determinado estado leva todos os delegados, independentemente de quantos votos de diferença teve. Esse sistema pode levar a resultados curiosos: é possível que um candidato com menos votos populares vença a eleição, como aconteceu em 2016, quando Donald Trump derrotou Hillary Clinton apesar de ter quase 3 milhões de votos a menos em termos nacionais. O peso das primárias e do caucus – Outro ponto singular do processo eleitoral americano são as etapas prévias das primárias e dos caucus. Esses eventos ocorrem nos meses anteriores à eleição e definem quem será o candidato de cada partido. Nas primárias, os eleitores votam de forma secreta, como ocorre nas eleições tradicionais, enquanto nos caucus o processo é público, com reuniões onde os participantes votam e discutem abertamente suas escolhas. Essas etapas determinam os candidatos que disputarão o pleito em novembro, criando um processo que, em muitos casos, fortalece lideranças regionais e engaja diferentes correntes dentro dos partidos. Participação e flexibilidade no voto – Outro aspecto que diferencia as eleições nos Estados Unidos é a flexibilidade do voto, que pode ser realizado de diferentes formas. Dependendo do estado, os eleitores podem votar semanas antes do dia oficial, e em muitos casos, têm a opção de enviar seus votos pelo correio. Essa prática permite maior participação, embora o voto não seja obrigatório para os americanos. Nas eleições de 2020, por exemplo, aproximadamente 62,8% da população compareceu às urnas, com mais de 158 milhões de pessoas participando do pleito entre Joe Biden e Donald Trump