Israel anuncia estado de alerta máximo e intensifica diplomacia depois de atentados

Corpo diplomático israelense tenta contornar situação de alta tensão após atentados em Teerã e Beirute. Ataque iraniano deve ocorrer nos próximos dias. O governo de Israel deve enviar nos próximos dias uma delegação para o Cairo, capital do Egito, para retomar negociações de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde as Forças de Defesa de Israel (FDI, na sigla em inglês) já assassinaram mais de 38 mil vidas palestinas. O gesto diplomático ocorre dias após o governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu lançar dois ataques “esmagadores”, segundo as palavras do premiê, que têm alto poder de deflagrar uma guerra regional de maiores proporções e riscos para a população do Oriente Médio. Nesta quarta (31), o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, um dos quadros mais importantes do grupo de resistência palestina, foi morto em Teerã, na capital do Irã, após participar da cerimônia de posse do novo presidente do país, Masoud Pezeshkian. Haniyeh foi recebido como chefe de Estado e estava na primeira fileira entre as principais autoridades do ato. Segundo apuração do jornal britânico The Telegraph, agentes do Mossad, o serviço secreto de Israel, corromperam dois membros da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC, na sigla em inglês), responsáveis por plantar as bombas na residência em que o líder de Hamas foi morto, em Teerã. Os dois agentes da IRGC fugiram do Irã após implantar as bombas, e as detonaram do exterior. O atentado contra a vida de Haniyeh em Teerã ocorreu menos de 12 horas após um bombardeio aéreo de alta precisão matar Fuad Shukr em Beirute, capital do Líbano. Fuad era considerado o número dois do Hezbollah, grupo islâmico que atua no país situado na fronteira norte de Israel. Nesta sexta (2), o Hezbollah operou sua primeira reação ao atentado contra Shukr lançando cerca de 60 foguetes do sul do Líbano em direção a Galileia Ocidental, norte de Israel. De acordo com o exército israelense, 15 deles foram interceptados em um ataque considerado de menores proporções, uma demonstração pequena do que o Irã e o chamado Eixo da Resistência (grupos armados muçulmanos, financiados pelos persas) irão deflagrar nos próximos dias em resposta aos dois ataques israelenses. Apesar do apelo a diplomacia, deflagrado por Tel Aviv, o clima de hostilidade já está deflagrado Oriente Médio. Tanto entre as lideranças políticas, quanto em meio a população de países de maioria árabe. No Irã, enquanto o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometia publicamente uma punição severa a Israel pela morte do “querido hóspede”, uma multidão foi as ruas em Teerã, nesta sexta (2), para se despedir de Haniyeh. O próprio Khamenei esteve presente no funeral e rezou sobre o caixão do líder da resistência palestina. O funeral de Haniyeh também contou com a presença de representantes de várias facções palestinas, grupos da diáspora, diplomáticos e cidadãos de muitos países. Mais tarde na sexta, ele foi sepultado no cemitério real de Lusail, ao norte da capital, Doha (Catar). Funerais simbólicas foram organizadas para o líder palestino em vários países muçulmanos, incluindo Iémen, Jordânia, Líbano e Turquia. A tensão e o risco da eclosão de uma guerra regional é tão grande que fez com que os Estados Unidos, maior parceiro de Israel, agisse para conter os anônimos entre as partes e dissimular o Irã de uma ofensiva de larga escala. Ainda na última quinta (1°), o presidente Joe Biden disse que o assassinato não ajuda Israel alcançar um cessar-fogo na guerra em Gaza. “Isso não ajuda”, disse Biden aos repórteres na noite de quinta. O puxão de orelha público em Netanyahu, no entanto, ficou por aí mesmo, já que o Pentágono anunciou o envio do porta-aviões USS Abraham Lincoln, navios contratorpedeiros e cruzadores com capacidade militar contra mísseis. Israel ainda ganhou reforço no sistema de defesa aéreo, com um esquadrão de caças norte-americanos adicionais. A ideia é neutralizar a resposta iraniana através de um elevado mecanismo de defesa.

Maduro vence a extrema direita na Venezuela com 51,2% dos votos

Com 80% das urnas já apuradas, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Nicolás Maduro venceu as eleições na Venezuela. O órgão afirma que, com esse percentual de urnas contadas até o momento, a vitória de Maduro é considerada “irreversível”. De acordo com o CNE, Maduro conquistou 51,2% dos votos até agora, enquanto o candidato da oposição, Edmundo González, obteve 44,2%. A oposição ainda não se manifestou. De acordo com o Conselho, um total de 21 milhões 620 mil 705 eleitores venezuelanos no país e 228 mil eleitores residentes no exterior foram habilitados a exercer o seu direito de voto, nos mais de 15.000 centros de votação distribuídos por todo o país. O dia da eleição começou às 06h00 locais (10h00 GMT) e terminou às 18h00 (22h00 GMT). As eleições contaram com amplo apoio internacional, com participantes de todo o mundo, incluindo observadores estrangeiros do Centro Carter dos Estados Unidos, do Conselho de Peritos Eleitorais da América Latina, do Painel de Peritos da ONU e outros. Entre os milhares de acompanhantes estão políticos, acadêmicos, parlamentares, intelectuais, jornalistas e personalidades da América Latina, Caribe, Europa, África, América do Norte e Ásia.

Joe Biden desiste de candidatura à reeleição nos EUA; veja comunicado

Não há nenhuma informação a respeito de quem irá substitui-lona disputa com Donald Trump O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou neste domingo (21) que desistiu da candidatura à reeleição. O comunicado foi feito nas redes sociais. Não há nenhuma informação a respeito de quem irá substitui-lo na disputa com Donald Trump. No comunicado publicado no X, Biden disse que vai cumprir o mandato até janeiro de 2025. O presidente vinha sendo pressionado a abandonar corrida eleitoral desde o fim de junho, quando teve mau desempenho no primeiro debate presidencial. Além disso, a idade avançada de Biden, que está com 81 anos, também vinha sendo questionada pelos eleitores. As eleições dos EUA acontecem em 5 de novembro. A Convenção Nacional Democrata, que vai oficializar o candidato do partido que vai disputar a Casa Branca, será entre 19 de agosto e 22 de agosto. Veja, abaixo, o comunicado publicado por Biden: Meus companheiros americanos, Nos últimos três anos e meio, fizemos grandes progressos como Nação. Hoje, a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos em reconstruir nossa nação, na redução dos custos de medicamentos prescritos para idosos e na expansão cuidados de saúde acessíveis a um número recorde de americanos. Fornecemos cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas. Aprovou a primeira lei de segurança de armas em 30 anos. Nomeada a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E passou mais legislação climática significativa na história do mundo. A América nunca esteve melhor posicionados para liderar do que estamos hoje. Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, povo americano. Juntos nós superamos uma pandemia que ocorre uma vez a cada século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos a nossa democracia. E nós revitalizamos e fortalecemos nossas alianças em todo o mundo. Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção de buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país para mim renunciar e concentrar-me exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu prazo. Falarei à Nação ainda esta semana com mais detalhes sobre minha decisão. Por enquanto, deixe-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tanto para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todos Este trabalho. E deixe-me expressar meu sincero apreço ao povo americano pela fé e confiança que você depositou em mim. Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer quando o fazemos junto. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América.

Primeira pesquisa após ataque indica empate entre Trump e Biden

Uma pesquisa presidencial da Ipsos/Reuters divulgada na terça-feira (16) indica que o ex-presidente Donald Trump e o presidente Joe Biden estão empatados dentro da margem de erro. O republicano conta com 43% das intenções de voto, enquanto o democrata aparece com 41%. O levantamento da Ipsos foi realizado entre os dias 14 e 16 de julho, com 1.202 adultos, incluindo 992 eleitores registrados. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo é o primeiro conduzido pelo instituto após o atentado contra Trump, ocorrido no sábado (13), na Pensilvania, durante comício. Segundo a agência Reuters, os números sugerem que a tentativa de assassinato do ex-mandatário “não causou grande mudança no sentimento do eleitor”. BREAKING: 🇺🇸 Former President Donald Trump shot at rally. pic.twitter.com/SnQe62Vu4d — Watcher.Guru (@WatcherGuru) July 13, 2024 A pesquisa também revelou que quatro em cada cinco norte-americanos temem que os EUA estejam saindo do controle após o atentado contra Trump. De acordo com a pesquisa, 84% dos eleitores estão preocupados com possíveis atos de violência após a eleição. Além disso, 5% dos entrevistados afirmaram que consideram aceitável cometer violência para alcançar um objetivo político. Entre os republicanos registrados para votar, 65% acreditam que Trump é favorecido pelo poder divino, comparado a 11% entre os democratas. Outros levantamentos Outras duas pesquisas realizadas após o atentado também mostram uma ligeira vantagem para Trump. Na pesquisa da Morning Consult, Trump tem 46% contra 45% de Biden. Já no levantamento da 3W Insights, encomendado pelo Partido Democrata, Trump tem vantagem de 47% a 43%. Uma média das pesquisas mais recentes, feita pelo jornal “The New York Times”, aponta que Trump tem 47% das intenções de voto, enquanto Biden tem 45%.

Alemanha proíbe revista de extrema-direita de circular

O Ministério do Interior da Alemanha proibiu a revista extremista de direita Compact, conforme anunciado na terça-feira. As autoridades realizaram buscas em propriedades ligadas à revista nos estados de Brandemburgo, Hesse, Saxônia e Saxônia-Anhalt, visando confiscar ativos e evidências. A proibição também se estende à subsidiária Conspect Film, impedindo a continuidade de suas atividades. A revista, dirigida por Jürgen Elsässer, tem uma tiragem de 40.000 exemplares e opera um canal de vídeo online, Compact TV, além de uma loja de produtos. “É um porta-voz central da cena extremista de direita, incitando o ódio contra judeus, imigrantes e nossa democracia parlamentar”, disse a ministra do Interior, Nancy Faeser. A AfD, partido de extrema direita, criticou a proibição como um “golpe sério à liberdade de imprensa”. Em 2020, Facebook e Instagram removeram as contas da revista por discurso de ódio. A nova medida demonstra que o governo alemão está agindo contra incendiários intelectuais que fomentam o extremismo e a violência. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra policiais fechando uma das instalações da revista. Confira: Alemanha acusa revista de direita de 'propagar ódio' e fecha todas as suas instalações "Decidi hoje proibir a revista de extrema-direita COMPACT-Magazin. É um dos principais porta-vozes da extrema-direita" na Alemanha, declarou a ministra do Interior, Nancy Faeser. A polícia… pic.twitter.com/w8e8EWnaKh — Fernanda Salles (@reportersalles) July 16, 2024

Trump é retirado de comício com sangue na orelha após sons de tiros

O ex-presidente e candidato à Presidência estava na Pensilvânia (EUA) A imprensa norte-americana divulgou no início da noite deste sábado (13) imagens que mostram a ação do Serviço Secreto dos EUA e de policiais durante comício de Donald Trump na Pensilvânia. Após sons de possíveis tiros, o candidato presidencial republicano faz uma careta e levanta a mão direita até a orelha, que em seguida aparece com sangue. Os guarda-costas se aglomeraram em torno de Trump enquanto ele se abaixava no pódio e oficiais armados tomaram posições na frente do palco. Trump ergueu repetidamente o punho para a multidão e gritou enquanto era escoltado até um veículo pelo Serviço Secreto. A CNN informou que Trump ficou ferido, mas não deu outros detalhes. Não ficou claro como ou quais ferimentos ele pode ter sofrido. Policiais armados também foram vistos em um telhado perto do palco onde Trump estava. O local foi abandonado com cadeiras derrubadas e fita policial amarela ao redor do palco. Representantes da campanha de Trump não responderam imediatamente a um pedido de comentários. O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não foi informado sobre o suposto tiroteio, falando aos repórteres ao sair da igreja em Delaware.

Macron não reconhece maioria da esquerda e é acusado de dar golpe

Em carta dirigida aos franceses, publicada no jornal Le Parisien, Emmanuel Macron escreveu que “ninguém venceu” as eleições parlamentares que ele convocou, um discurso que já vinha sendo articulado pelos apoiadores do partido liberal Renaissance. Por Luiz Carlos Azenha Macron também escreveu na carta que pretende exercer todos os poderes conferidos à presidência francesa até que se esgote seu mandato, em 2027. Ele manteve no cargo o primeiro-ministro aliado, Gabriel Attal, e pediu que as forças “republicanas” francesas formem maioria para governar. GOLPE DE PERDEDOR? Com isso, Macron, que foi o grande derrotado no último domingo — seu bloco parlamentar perdeu cerca de 80 cadeiras — tenta transformar sua derrota pessoal numa vitória, negando protagonismo à Nova Frente Popular, de esquerda, que ocupará 182 vagas no Parlamento e pretende apresentar um nome de consenso para futuro primeiro-ministro. Desde domingo, as quatro forças de esquerda — França Insubmissa, Ecológicos, Partido Socialista e Partido Comunista — já publicaram uma nota conjunta de advertência a Macron e apresentaram nomes que poderiam liderar um futuro gabinete. O jornal diretista Le Figaro, por sua vez, publicou editorial que reflete a posição da elite econômica francesa, de que dar poder à esquerda seria equivalente a cometer “suicídio econômico”. O programa econômico da Nova Frente Popular fala em rever a reforma da Previdência, aumentar o salário mínimo e investir maciçamente na transição energética e em programas sociais. Embora não haja consenso interno no bloco, a tendência é de não abrir o Tesouro para apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, além de defender imediatamente a criação de um Estado palestino. Macron, antes de convocar novas eleições, prometeu dar mais 2 bilhões de euros de ajuda a Kiev. VETO DO REI Jean-Luc Melénchon, o principal líder do França Insuibmissa, reagiu à carta de Macron: Único no mundo democrático: o presidente recusa-se a reconhecer o resultado das eleições que colocaram a Nova Frente Popular na liderança em votos e assentos no Parlamento. É o regresso do veto real ao sufrágio universal. O ministro do Interior do governo, deputado reeleito Gérald Darmanin, está tentando formar uma coalizão que permita ao bloco de Macron governar em aliança com o Partido Republicano. Seria um bloco de centro-direita. Teria cerca de 240 votos no Parlamento, 49 a menos que a maioria absoluta. Isso exigiria um acordo com a extrema-direita de Marine Le Pen para evitar que o partido dela se junte à esquerda em eventual voto de censura para derrubar o governo.

A festa dos franceses após a vitória da esquerda nas eleições

As primeiras projeções das eleições para a Assembleia Nacional francesa apontando a liderança da Nova Frente Popular (NFP), uma coalizão de partidos de esquerda, desencadearam celebrações nas ruas neste domingo (7). Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram milhares de pessoas reunidas na sede do partido Francia Insumisa, situada próxima à Praça da Batalha de Stalingrado em Paris, acompanhando ansiosamente os resultados. A atmosfera de festa tomou conta quando o telão exibiu a projeção de que a NFP poderá conquistar até 192 cadeiras no parlamento. As comemorações também se estenderam à Praça da República, outra importante localidade na capital francesa. Para alcançar a maioria na Assembleia Nacional, são necessários 289 assentos. As urnas fecharam às 20h (15h no horário de Brasília) deste domingo, marcando o fim de uma eleição decisiva para o futuro político da França. Segundo a estimativa Ipsos, a Nova Frente Popular (NFP) elegeu entre 172 e 192 deputados, superando o campo do presidente Emmanuel Macron, Juntos pela República, que obteve entre 150 e 170 assentos O partido Reunião Nacional (RN), liderado por Marine Le Pen e Jordan Bardella, que estava à frente nas pesquisas, ficará com entre 132 e 152 cadeiras. Antes, esses blocos tinham, respectivamente, 150, 250 e 89 deputados. Confira os vídeos: 🚨 França: aliança de esquerda surpreende e vence 2° turno de eleições legislativas Os primeiros resultados, divulgados às 20h desde domingo (15h em Brasília), apontam para uma vitória da aliança Nova Frente Popular (NFP), formada pela esquerda, no segundo turno das eleições… pic.twitter.com/Kuw9SidZmk — Metrópoles (@Metropoles) July 7, 2024 🇫🇷 Apoiadores comemoram vitória da Nova Frente Popular, de esquerda, nas eleições legislativas da França. Comemoração ocorre neste momento na Place de la République, em Paris. pic.twitter.com/DipAB4rIv9 — Eixo Político (@eixopolitico) July 7, 2024 🇫🇷 URGENTE: Esquerda e centro derrotam partido da extrema direita na França e mais uma vez a democracia é quem sai vitoriosa! PARIS ESTÁ EM FESTA! VIVA LAFRANCE! pic.twitter.com/OkRTMII6Aj — André Janones (@AndreJanonesAdv) July 7, 2024 A esquerda começa a tomar as ruas da França para comemorar a vitória nas eleições legislativas. Reviravolta épica!pic.twitter.com/0CQWNhrOqA — Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) July 7, 2024

Forças progressistas viram o jogo na França e derrotam extrema direita

Eleições na França: aliança de esquerda-verde assume a liderança, apontam as primeiras pesquisas de boca de urna As urnas fecharam na França e as primeiras projeções foram divulgadas, revelando uma reviravolta significativa no cenário político do país. De acordo com a Ipsos, a aliança de esquerda-verde, conhecida como Nova Frente Popular, lidera a contagem de cadeiras na Assembleia Nacional, um resultado surpreendente em comparação com as pesquisas de opinião durante a campanha. A Assembleia Nacional da França possui 577 cadeiras, sendo necessárias 289 para obter a maioria absoluta. As primeiras projeções indicam a seguinte distribuição de cadeiras: – Nova Frente Popular de Esquerda-Verde: 172-192 cadeiras – Aliados de Emmanuel Macron: 150-170 cadeiras – Extrema direita Reunião Nacional e aliados: 132-152 cadeiras A política de extrema direita Marion Maréchal, em entrevista à BFMTV, afirmou que esta Assembleia Nacional não representa o que o povo francês pensa. François Hollande, ex-presidente socialista da França, falou após conquistar uma cadeira na Assembleia Nacional, agradecendo a todos os partidos de esquerda e às pessoas que, embora não sejam apoiadoras da esquerda, quiseram deixar claro o resultado da eleição. Hollande enfatizou que o resultado traz satisfação, mas também responsabilidade. A Ifop apresentou um detalhamento interessante das cadeiras projetadas por partido: – Rassemblement National: 120-130 – Renaissance: 107-115 – França Insubmissa: 85-94 – Partido Socialista: 55-65 – Republicanos: 60-63 Atualizações das Projeções da Elabe – Novo Front Popular de Esquerda-Verde: 178-205 cadeiras – Aliados de Macron: 157-174 cadeiras – Extrema-direita Rassemblement National e aliados: 113-148 cadeiras Várias figuras importantes mantiveram suas cadeiras nesta noite, incluindo a ex-primeira-ministra Élisabeth Borne, na área de Calvados, e o ministro do Interior, Gérald Darmanin, no norte da França. Jordan Bardella, presidente do partido de extrema direita Reunião Nacional, se dirigiu aos seus apoiadores após as projeções colocarem seu partido em terceiro lugar, apesar de liderar nas pesquisas de opinião durante a campanha. Bardella agradeceu aos eleitores e afirmou que alianças de desonra e perigosas prevaleceram, colocando a França nas mãos da extrema esquerda. Jean-Luc Mélenchon, da França Insubmissa, declarou que Emmanuel Macron deve chamar a Nova Frente Popular para governar, ressaltando a responsabilidade imensa que este voto confere à Nova Frente Popular. Projeções Finais da Ifop – Novo Front Popular de Esquerda-Verde: 180-205 – Aliados de Macron: 164-174 – Extrema-direita Rassemblement National e aliados: 130-145 Estas projeções surpreenderam a França, colocando a aliança de esquerda-verde na liderança, apesar das pesquisas durante a campanha indicarem uma vantagem para a extrema direita. A noite eleitoral promete ser um marco na política francesa, redefinindo o equilíbrio de poder no país.

Economist também cobra que Biden abandone sua campanha pela reeleição

Revista diz que Joe Biden tem colocado “a Casa Branca ao alcance de Donald Trump” Depois do The New York Times, a revista britânica The Economist também cobrou que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, abandone sua campanha pela reeleição. O posicionamento acontece após o desempenho negativo de Biden em um debate promovido pela CNN contra o ex-presidente Donald Trump, candidato a retornar à Casa Branca: “o debate presidencial foi terrível para Joe Biden, mas a tentativa de encobrir a situação foi ainda pior. Foi uma agonia assistir a um homem confuso, lutando para se lembrar de palavras e fatos. Sua incapacidade de formular um argumento contra um oponente fraco foi desalentadora. Mas a operação de sua campanha para negar o que dezenas de milhões de americanos viram com seus próprios olhos é mais tóxica do que qualquer outra coisa, pois sua desonestidade provoca desprezo”. Durante o debate, o que se viu foi Biden enfraquecido e confuso, o que levantou preocupação dos eleitores e da imprensa norte-americana em relação às condições de saúde do presidente e de sua capacidade de liderar os Estados Unidos por mais quatro anos. Segundo a publicação, o desempenho pífio de Biden tem colocado “a Casa Branca ao alcance de Donald Trump”. “Pesquisas recentes mostraram que os eleitores nos estados que Biden precisa vencer se voltaram contra ele. Sua liderança pode estar em perigo até mesmo em estados anteriormente considerados seguros, como Virgínia, Minnesota e Novo México”, destaca o periódico. A ilustração que acompanha a publicação representa muito do que se tem discutido nos Estados Unidos e no mundo sobre Joe Biden: a imagem mostra um andador – utilizado por pessoas com dificuldade de locomoção, especialmente os idosos – acompanhado do símbolo da presidência norte-americana e da escrita: “não há como governar um país”. The presidential debate was awful for Joe Biden, but the cover-­up has been worse. The dishonesty of his campaign provokes contempt. He must withdraw https://t.co/RijgS4gDI2 pic.twitter.com/NcsrEVPwdx — The Economist (@TheEconomist) July 4, 2024 iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular