Brasileiros inocentes devem ser tratados com dignidade, diz Lewandowski

Ministro da Justiça disse que o Brasil não busca afrontar os EUA O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, pediu nesta segunda-feira (27) respeito aos direitos fundamentais dos brasileiros deportados dos Estados Unidos. Apesar de reforçar que o governo federal não quer “afrontar” ou “provocar” os EUA, Lewandowski exigiu que os inocentes sejam tratados com dignidade. “Não queremos provocar o governo americano, até porque a deportação está prevista num tratado que vige há anos entre Brasil e EUA. Mas, obviamente, essa deportação tem que ser feita em respeito aos direitos fundamentais das pessoas, sobretudo os que não são criminosos”, disse durante um evento sobre segurança pública promovido pelo Lide, grupo empresarial liderado pelo ex-governador de São Paulo João Doria. “Nós não queremos provocação, não queremos afrontar quem quer que seja, mas queremos que os brasileiros que são inocentes, que foram lá procurar trabalho, queremos que eles sejam tratados com a dignidade que merecem”, completou. A Polícia Federal no Amazonas iniciou uma investigação sobre supostas agressões contra brasileiros deportados dos Estados Unidos durante um voo que chegou em Manaus na sexta-feira (24). O processo de apuração será enviado ao departamento americano responsável pela imigração.
Trump inicia mandato com ataques a direitos humanos e ao clima

No primeiro dia, presidente assina atos executivos que marcam nova fase do imperialismo, desmontam conquistas sociais e reforçam controle sobre nações em desenvolvimento Horas após tomar posse para um mandato que promete inaugurar uma nova fase do imperialismo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou sua segunda administração à frente da Casa Branca nesta segunda (20) assinando uma série de decretos que marcam uma guinada radical em políticas domésticas e externas. As medidas foram anunciadas em dois momentos: durante um evento na Capital One Arena, em Washington, D.C., e posteriormente no Salão Oval, onde Trump prometeu “restaurar a América” e reverter as políticas de seu antecessor, Joe Biden. Entre as ordens executivas estão a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris, endurecimento das leis de imigração, cortes em programas de diversidade e novas diretrizes sobre exploração de combustíveis fósseis. Segundo Trump, as medidas representam “o início da restauração completa” dos Estados Unidos. “Que sensação ótima”, disse Trump sobre o retorno ao Oval. “Uma das melhores sensações que já tive”, completou. Trump formalizou a saída dos Estados Unidos da OMS, suspendeu o envio de recursos à organização e ordenou a revisão de acordos sanitários internacionais. O presidente reiterou sua crítica à entidade, afirmando que ela foi “influenciada pela China” durante a pandemia de Covid-19 e que “os Estados Unidos não vão mais financiar sua má gestão”. Ao assinar o decreto na Casa Branca, Trump disse que os EUA pagam injustamente mais que a China ao organismo da ONU, e acrescentou: a OMS “nos roubou”. Os Estados Unidos, país que é o principal doador da OMS, fornece um financiamento vital que mantém diversas operações da organização. Em seu decreto, Trump instrui as agências federais a “pausar futuras transferências de fundos do governo dos Estados Unidos, apoio ou recursos à OMS”, e as insta a “identificar sócios americanos e internacionais confiáveis e transparentes para assumir as atividades necessárias previamente empreendidas pela OMS”. “A decisão de deixar (a OMS) fragiliza a influência dos Estados Unidos, aumenta o risco de uma pandemia mortal e nos torna mais vulneráveis”, criticou Tom Frieden, ex-alto funcionário de saúde no governo de Barack Obama, em postagem no X. Especialistas advertiram que o país vai perder um acesso privilegiado a dados muito importantes de vigilância epidemiológica, o que poderia minar as capacidades de prevenção e vigilância de ameaças de saúde no exterior. Em relação ao Acordo de Paris, Trump assinou um decreto que retira o país do pacto global sobre mudanças climáticas, classificando-o como “um roubo”. O pacto foi assinado em 2015 pela comunidade internacional com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa que agravam o aquecimento global. Segundo o presidente, a medida permitirá uma economia de “US$1 trilhão” e estimulará a exploração doméstica de combustíveis fósseis. “Não vamos sabotar nossa indústria enquanto outros poluem impunemente”, afirmou. Um dos decretos assinado declarou emergência na área energética, embora a produção de petróleo de seu país esteja em recordes históricos. Isso lhe permitirá flexibilizar mais rapidamente todas as restrições sobre o uso de combustíveis fósseis. Sob o lema “perfurar, perfurar, perfurar”, prometeu agilizar licenças e revogar regulamentações e taxas à produção e uso de energia, incluindo mineração. Foram eliminadas também todos os limites de emissões sobre veículos e outros equipamentos que usam combustíveis fósseis. “Pode comprar o carro que quiser”, disse ele. Na área de imigração, Trump decretou emergência nacional na fronteira com o México, autorizando o envio de tropas e recursos adicionais para retomar a construção do muro iniciado em seu primeiro mandato. Também foram assinadas medidas para revogar a cidadania por direito de nascimento e suspender temporariamente o programa de reassentamento de refugiados. Os cartéis de drogas mexicanos foram designados como organizações terroristas, o que permitirá ações militares mais rigorosas. Trump anunciou ainda a retomada de políticas que mantêm migrantes em território mexicano enquanto aguardam decisões sobre pedidos de asilo. Outro ponto de destaque foi o perdão concedido a 1.500 pessoas condenadas pela invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Trump classificou os envolvidos como “patriotas injustamente perseguidos” e ordenou a libertação imediata daqueles que estão presos. A medida foi amplamente criticada por grupos de direitos humanos e adversários políticos. Trump revogou programas federais voltados para promoção de diversidade e equidade racial. Ele definiu o gênero como uma característica biológica e imutável, eliminando o reconhecimento de pessoas transgênero em documentos oficiais e suspendendo o financiamento de iniciativas voltadas para direitos reprodutivos e LGBTQIA+. No campo econômico, o presidente congelou novas contratações no setor público e exigiu o retorno imediato de funcionários federais ao trabalho presencial. Trump também determinou a revisão de práticas comerciais para combater déficits e indicou que tarifas sobre produtos importados podem ser reavaliadas. As ordens executivas de Trump geraram reações imediatas no cenário interno e internacional. Governadores de estados democratas prometeram contestar medidas que consideram inconstitucionais, enquanto organizações ambientais e de direitos humanos denunciaram retrocessos. Na ONU, a saída dos EUA da OMS e do Acordo de Paris foi vista como um golpe para a cooperação global em saúde e clima. Especialistas apontam que, apesar de o Partido Republicano controlar ambas as casas do Congresso, a margem estreita pode dificultar a implementação de algumas propostas mais controversas. Além disso, a resistência de cortes judiciais e governos estaduais pode limitar o alcance das políticas de Trump. Com uma agenda que polariza o país e intensifica a oposição internacional, o segundo mandato de Donald Trump promete testar novamente os limites das instituições americanas e os impactos de sua liderança no cenário global.
Xandão nega pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump

Alexandre de Moraes destaca risco de fuga do ex-presidente. “O cenário continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão para se furtar à aplicação da lei penal”, diz trecho da decisão do ministro do STF O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conhecido como Xandão, negou nesta quinta-feira (16) o pedido de devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), impedindo sua viagem aos Estados Unidos para participar da posse de Donald Trump. Esta é a quarta vez que o STF rejeita o pedido de restituição do documento. Na decisão, segundo relata o g1, Moraes afirmou que “não há dúvidas” de que o cenário que motivou a apreensão do passaporte permanece inalterado. Segundo o ministro, não houve nenhuma mudança factual que justificasse a revogação da medida cautelar. Ele destacou ainda que Bolsonaro continua demonstrando indícios de que pode tentar deixar o país para escapar de uma eventual responsabilização penal. “O cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal em casos conexos à presente investigação”, diz trecho da decisão. Moraes também ressaltou que, após o indiciamento, Bolsonaro teria cogitado pedir asilo político em outro país. O documento menciona ainda o apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que teria intermediado o convite para a cerimônia de posse de Trump. Segundo o ministro, a defesa de Bolsonaro não apresentou elementos suficientes para comprovar a oficialidade do convite. O passaporte de Jair Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2024 durante uma operação da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder. O inquérito envolve o ex-presidente, aliados e membros das Forças Armadas. Em novembro, Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciadas pela PF por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A Procuradoria-Geral da República (PGR) analisa se apresentará denúncia formal ao Supremo até fevereiro deste ano. Os advogados de Bolsonaro solicitaram autorização para sua saída do Brasil entre 17 e 22 de janeiro, argumentando que a posse de Trump seria um evento de “notória magnitude política e simbólica” e que sua presença poderia fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e EUA. No entanto, Moraes questionou a autenticidade do convite apresentado, que consistia em um e-mail sem identificação clara ou programação detalhada do evento. A defesa insistiu que o documento era o convite oficial, mas não conseguiu comprovar sua validade. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também foi contrário à devolução do passaporte. Em seu parecer, Gonet afirmou que não há interesse público relevante que justifique a liberação da viagem de Bolsonaro, ressaltando que o ex-presidente não desempenha função oficial que exija sua presença na cerimônia.
Israel e Hamas chegam a acordo de cessar-fogo e libertação de reféns

O acordo de cessar-fogo, que inclui a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, pode levar a retirada de tropas e retorno de refugiados a suas casas. Após intensas negociações mediadas pelo Catar, Israel e o Hamas fecharam um acordo de cessar-fogo, que inclui a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A notícia foi confirmada nesta quarta-feira (15) pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O acordo ocorre 15 meses após o início do conflito em outubro de 2023, que resultou na captura de 251 reféns pelo Hamas. Destes, 94 permanecem em Gaza; acredita-se que 60 estejam vivos. A data de início foi definida para o dia 19, domingo próximo, de acordo com uma alta autoridade de um dos países mediadores e duas altas autoridades israelenses. O acordo precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense, de acordo com as autoridades. Também há detalhes técnicos que precisam ser trabalhados. Duas outras autoridades disseram que houve uma disputa de última hora sobre a fronteira Egito-Gaza, que atualmente é controlada por forças israelenses. O gabinete de Netanyahu deve votar o acordo nesta quinta-feira (16), sob pressão contrária da ultradireita do governo. A primeira fase da libertação de reféns está prevista para começar no domingo, enquanto negociações para uma segunda rodada, incluindo a libertação de homens em idade militar, devem ocorrer após 16 dias. Para implementar o acordo, a equipe de negociação do Hamas nas negociações em Doha, no Catar, precisa obter o consentimento dos comandantes do grupo em Gaza, incluindo Muhammad Sinwar, cujo irmão Yahya liderou o grupo antes de ser morto por Israel em outubro. Os termos do acordo Embora os detalhes finais ainda estejam em negociação, as principais cláusulas incluem: Libertação de reféns: O Hamas libertará 33 reféns, incluindo mulheres, crianças, idosos e feridos, em troca da liberação de cerca de 1.000 prisioneiros palestinos por Israel. Cessar-fogo inicial de seis semanas: Um período de trégua permitirá a entrada de 600 caminhões diários com ajuda humanitária, incluindo alimentos, medicamentos e combustível. Retirada de tropas israelenses: Israel começará a se retirar das áreas densamente povoadas de Gaza, mantendo uma zona de segurança ao leste da Faixa. Reabertura da passagem de Rafah: A fronteira entre Gaza e o Egito será gradualmente reaberta para civis desarmados e ajuda humanitária. Impactos humanitários O acordo promete aliviar a crise humanitária em Gaza, onde 2 milhões de pessoas enfrentam deslocamento, escassez de alimentos e colapso dos serviços básicos. Com o envio de combustível, hospitais poderão retomar operações e sistemas de água e esgoto serão reparados. A notícia foi recebida com celebrações nas ruas de Gaza e de cidades israelenses. No entanto, tanto o Hamas quanto o governo de Israel destacaram que questões importantes, como a governança futura de Gaza, ainda precisam ser negociadas. Organizações humanitárias da ONU, já se mobilizam para implementar o plano de ajuda, enquanto diplomatas afirmam que o acordo representa um avanço crucial, mas frágil, para a resolução do conflito. Com 45 mil mortos desde outubro de 2023, a esperança é de que o cessar-fogo marque o início de um caminho para a paz duradoura, apesar da intransigência de Israel. O acordo na mesa vem depois que meses de diplomacia de vaivém falharam em acabar com a guerra em Gaza, que começou depois que o Hamas lançou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas e fez 250 reféns. Cerca de 105 cativos foram libertados posteriormente em um cessar-fogo de uma semana em novembro de 2023 em troca de 240 prisioneiros palestinos
Superávit comercial da China atinge recorde de quase 1 trilhão de dólares em 202

Autoridades chinesas afirmam que o resultado não é um objetivo traçado pela política econômica na China O saldo da balança comercial da China foi de 7 trilhões de yuans (R$ 5,8 tri ou quase 1 trilhão de dólares) em 2024, atingindo um novo recorde para a crescente economia do país. O valor das exportações de bens da China em 2024 foi de 25,45 trilhões de yuans (R$ 21,18 trilhões), o que representou um aumento de 7,1% em comparação com 2023, e o oitavo ano de crescimento consecutivo, segundo dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas (AGA) nesta segunda-feira (14). As importações tiveram um crescimento de 2,3% e somaram 18,39 trilhões de yuans (R$ 15,3 tri) em 2024. O resultado tem a ver com o nível de oferta e demanda globais, “a divisão industrial do trabalho e a competição de mercado”, disse Wang Lingjun, vice-chefe da Administração Geral de Alfândegas da China em coletiva de imprensa, onde frisou que o superávit comercial não é um objetivo da política econômica da China. No final do ano passado, a Conferência Central de Trabalho Econômico da China afirmou que há no país “insuficiente demanda interna, dificuldades de produção e operação para algumas empresas”, e que “emprego e crescimento da renda” estão sob pressão. Assim, a conferência, que é a reunião anual mais importante sobre economia do país, determinou como tarefas prioritárias para 2025, entre outras, impulsionar o consumo interno, aumentar a renda e reduzir os custos para grupos de renda média e baixa. 2025 é o último ano do 14° Plano Quinquenal. O nível de superávit comercial “não é sustentável”, disse o economista Yao Yang, em entrevista ao Brasil de Fato. “Há muitos países adicionando tarifas sobre as exportações chinesas, incluindo o Brasil. Haverá ações defensivas tomadas por outros países”. Yao, que é reitor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim, afirma que há uma transformação na estrutura econômica da China e que a conjuntura econômica global está levando o governo a tentar acelerar o processo de mudança. “Há uma espécie de urgência para acelerar a transformação de uma economia impulsionada pela exportação para uma economia impulsionada pelo consumo doméstico, então é por isso que o governo colocou o consumo como primeira prioridade neste ano”, explica o economista. Destino e tipo das exportações O setor manufatureiro foi responsável por 98,9% das exportações da China em 2024, de acordo com o diretor do Departamento de Estatística e Análise da AGA, Lyu Daliang. A exportação de circuitos integrados da China aumentou 18,7%, a exportação de módulos de tela plana aumentou 18,1% e a de equipamentos de engenharia naval e marítima aumentou 60,1% em 2024, de acordo com o funcionário. As exportações de eletrodomésticos aumentou 15,4% no ano passado, puxados pela venda de eletrodomésticos inteligentes. As exportações aumentaram para os principais destinos dos produtos chineses. Em 2024, a China exportou para mais de 160 países e regiões. As vendas aumentaram 9,6% para os 150 países da Iniciativa do Cinturão e Rota, conhecida com Nova Rota da Seda, 13,4% para a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean na sigla em inglês), 23,3% para o Brasil, 6,1% para os EUA e 4,3% para a União Europeia. Liang Ming, diretor do Instituto de Comércio Exterior da Academia Chines de Comércio Internacional e Cooperação Econômica, afirma que a China continua sendo o maior impulsionador do crescimento das exportações globais, com uma participação de 14,5% no mercado global de exportações. “Isto está próximo do máximo histórico da China” disse Liang à CCTV. A Asean continuou sendo o maior parceiro comercial da China, seguida pela União Europeia. As exportações da China para a Asean em 2024 em dólares americanos foram de US$ 586,5 bilhões (R$ 3,5 trilhões), aumentando 12% em comparação com 2023, e as importações da China dessa região aumentaram 2%, somando US$ 395,811 bilhões (R$ 2,4 tri). O aumento das exportações chinesas para a UE foi de 3%, com mais de US$ 516 bilhões (mais de R$ 3 trilhões). Já as importações caíram 4,4%, atingindo cerca de US$ 269 bilhões (R$ 1,6 trilhão). Em 2024, a China importou quase três bilhões de toneladas de commodities a granel, mais de 7 trilhões de yuans (R$ 5,8 trilhões) de produtos mecânicos e elétricos e quase 1,8 trilhão de yuans (R$ 1,4 trilhão) em bens de consumo, segundo Wang. *Brasil de Fato com informações da CCTV e Administração Geral de Alfândegas da China.
Maduro assume novo mandato e reafirma poder popular contra o imperialismo

Em meio a pressões internacionais e desafios internos, o presidente prometeu paz, prosperidade e resistência popular para os próximos seis anos O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi empossado nesta sexta-feira (10) para um novo mandato de seis anos, após vencer as eleições presidenciais de julho de 2024 com 51,2% dos votos, conforme declarado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A cerimônia ocorreu na Assembleia Nacional, em Caracas, com a presença de delegações de 125 países e organizações internacionais, em um evento que reafirmou a continuidade do projeto bolivariano iniciado por Hugo Chávez. Maduro prestou juramento sobre uma cópia da Constituição Bolivariana, assinada por Chávez, e recebeu a faixa presidencial junto com o colar que simboliza as chaves do sarcófago contendo os restos mortais de Simón Bolívar. Após a formalidade, o presidente assinou o ato que oficializa sua posse e deu início ao discurso que marcou a celebração da resistência venezuelana frente às pressões internacionais e desafios internos. Discurso de resistência e soberania Em seu pronunciamento, Maduro exaltou a histórica resistência do povo venezuelano contra o colonialismo e o imperialismo, reiterando o compromisso de seu governo com a independência nacional. “O poder que tenho emana do povo, não de governos estrangeiros”, declarou o presidente, numa clara crítica às sanções impostas por países como os Estados Unidos e às tentativas de desestabilização promovidas pela oposição de extrema direita. Maduro também reforçou a legalidade de seu mandato. “A Constituição da Venezuela, que garante o Estado Nacional Democrático de Direito e Justiça, foi escrita pelo povo, aprovada pelo povo, defendida pelo povo”, disse. Ele destacou que a Venezuela realizará três eleições em 2025, incluindo a escolha de novos representantes da Assembleia Nacional, como parte de um compromisso com a democracia e a soberania do país. Em uma fala contundente, o presidente denunciou o apoio da direita internacional às tentativas de interferência na Venezuela, mencionando o presidente argentino Javier Milei como “encabeçador de uma conspiração mundial” contra a soberania do país. “Eles não puderam impor um presidente e jamais poderão”, afirmou Maduro. Presença internacional e apoio popular A posse de Nicolás Maduro contou com a presença de representantes de 125 países e organizações internacionais, além de mais de dois mil delegados que participaram do Grande Festival Mundial Antifascista, realizado paralelamente à cerimônia. Movimentos populares também se mobilizaram em Caracas, com caravanas que lotaram as ruas da capital para expressar apoio ao presidente. Durante a cerimônia, Maduro fez questão de saudar camponeses, pescadores, grupos feministas e organizações comunitárias, reafirmando o compromisso do governo com os setores populares. “Essa posse pertence ao povo”, declarou o presidente, destacando que a participação popular é a base do projeto bolivariano. A celebração também foi marcada pela música e pela cultura, com uma intensa agenda de atividades que envolveram debates políticos e manifestações artísticas. Maduro ressaltou que as mobilizações populares representam a vitalidade da democracia venezuelana e a resistência às tentativas de desestabilização promovidas pela oposição e seus aliados internacionais. “Sete Transformações” e o futuro do país Maduro aproveitou a cerimônia de posse para anunciar o lançamento de um processo de reforma constitucional, que busca atualizar a Carta Magna da Venezuela, promulgada há 25 anos. O presidente destacou que a reforma será realizada com ampla participação popular, reafirmando o caráter democrático de seu governo. O presidente também apresentou o plano das “Sete Transformações”, que será o eixo de seu novo mandato. O programa inclui a construção de um novo modelo econômico produtivo, a promoção da ciência e tecnologia, a consolidação da defesa nacional e o combate ao aquecimento global, além de iniciativas para fortalecer o poder popular e ampliar as relações internacionais da Venezuela. Maduro reiterou que a implementação das “Sete Transformações” será feita com base no “Plano da Pátria”, que é fruto de uma construção coletiva. Ele destacou que o plano visa garantir o bem-estar social e enfrentar os desafios impostos pelas sanções internacionais. Críticas ao papel da mídia internacional Durante seu discurso, Maduro também criticou a disseminação de notícias falsas sobre a Venezuela por parte da mídia internacional, que, segundo ele, tenta desviar a atenção dos avanços do país. “Existe um universo comunicacional de duplicidade: de um lado, os laboratórios cognitivos que criam fake news; de outro, a Venezuela real, que celebra sua soberania”, afirmou o presidente. Ele também condenou as campanhas de desinformação promovidas pela oposição, acusando-a de manipular a opinião pública para justificar a violência e a instabilidade no país. Maduro reafirmou que o governo continuará a trabalhar para consolidar a paz e a estabilidade na Venezuela. “Farei cumprir todas as obrigações da Constituição e das leis da República. Este novo período presidencial será o período de paz, prosperidade, igualdade e nova democracia”, disse. Desafios e promessas A posse de Nicolás Maduro ocorre em um momento de grande pressão internacional, marcado pelas 930 sanções impostas contra o país por potências estrangeiras. Apesar disso, o presidente prometeu um novo período de “paz, prosperidade, igualdade e nova democracia”, comprometendo-se a aprofundar o legado bolivariano e fortalecer a independência nacional. Com uma base popular consolidada e apoio internacional significativo, Maduro inicia mais um mandato como um dos principais bastiões da Revolução Bolivariana na América Latina, enfrentando os desafios internos e externos com a promessa de construir um futuro mais justo e soberano para a Venezuela
Mujica revela que câncer se espalhou para o fígado e diz que ‘está morrendo’

“O guerreiro tem direito ao seu descanso”, disse o ex-presidente uruguaio O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, revelou, em entrevista ao jornal “Búsqueda” que seu câncer se espalhou para o fígado e descartou a realização de novos tratamentos. Mujica foi diagnosticado com câncer de esôfago em maio de 2024 e passou por um procedimento cirúrgico no final do ano, o que não o impediu de participar da campanha presidencial de Yamandú Orsi, que foi eleito. As informações são do jornal O Globo. “O câncer no esôfago está colonizando meu fígado. Não consigo pará-lo. Por quê? Porque sou um idoso e porque tenho duas doenças crônicas. “Não posso fazer nenhum tratamento bioquímico nem cirurgia porque meu corpo não aguenta. Estou morrendo. O que peço é que me deixem em paz. Que não me peçam mais entrevistas nem nada. Meu ciclo já terminou. Sinceramente, estou morrendo. E o guerreiro tem direito ao seu descanso”, afirmou. O ex-presidente uruguaio também se manifestou sobre o futuro do seu legado político e sobre a vitória de Yamandú Orsi nas últimas eleições. Mujica, líder do Movimento de Participação Popular (MPP), se disse “orgulhoso” do resultado e afirmou que isso lhe permite partir “tranquilo e agradecido”. No entanto, o político se mostrou incomodado com as especulações que surgiram sobre seu possível papel no governo de Orsi, que tomará posse em 1º de março. “No dia seguinte à vitória nas eleições, ele veio me ver pela manhã. Nunca mais falei com ele”, relatou sobre sua relação com o presidente eleito. “Não tenho ideia, não pretendo saber de nada nem quero ver nada, porque o pior que existe é montar um governo”, completou. Mujica também fez um apelo ao respeito democrático, enfatizando o valor da convivência com divergências ideológicas. “É fácil ter respeito por aqueles que pensam de forma parecida com a nossa, mas é preciso aprender que o fundamento da democracia é o respeito por quem pensa diferente. A primeira categoria são meus compatriotas, e deles me despeço. Dou um abraço a todos”, disse. “Não há nada como a democracia. Quando jovem, eu não pensava assim, é verdade. Me enganei. Mas hoje luto por isso. Não é a sociedade perfeita, é a melhor possível”, completou Pepe.
Fernanda Torres pode levar Globo de Ouro Inédito para o Brasil

A torcida dos fãs brasileiros para que Fernanda Torres consiga a estatueta do Globo de Ouro 2025 está cada vez mais agitada. A premiação ocorre neste domingo (5) e conta com “Ainda Estou Aqui” concorrendo como Melhor Filme de Língua Não Inglesa. Globo de Ouro: Fernanda Torres e ‘Ainda estou aqui’ vivem expectativa por premiação neste domingo (5) — Foto: Reprodução/Jornal NacionalO evento ocorre no Hotel Beverly Hilton, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e reúne diversos artistas do cinema para um tapete vermelho que tem início às 20h30 e segue para com as apresentações até às 22h. A edição será apresentada pela comediante Nikki Glaser. No entanto, o palco terá presenças de outras estrelas: Andrew Garfield, Anya Taylor-Joy, Elton John, Kate Hudson, Nicolas Cage, Sharon Stone, Vin Diesel e Viola Davis. A programação pode ser assistida através da TNT, na TV a cabo, e no Max (antiga HBO MAX), no streaming. O canal E! Entertainment faz a cobertura do evento, no tapete vermelho. Leia também Fernanda Torres é indicada ao Globo de Ouro, 25 anos após Fernanda Montenegro Fernanda Torres celebra indicação ao Globo de Ouro, mas descarta vitória: “Chance nula” Indicada ao Globo de Ouro como melhor atriz dramática por “Ainda Estou Aqui”, Fernanda Torres vive um momento de celebração e serenidade. “A chance de alguém falando português levar um prêmio desse tamanho é praticamente nula”, afirmou em entrevista à Folha. “Só de estar indicada já estourei meu champanhe. Vou para lá com sensação de dever cumprido”. A atriz disputa a categoria com gigantes como Nicole Kidman, Angelina Jolie e Tilda Swinton, em um ano com performances excepcionais. Torres destacou a dificuldade da competição. “Para ser justo, deveria ter dez indicações de mulher por prêmio. São tantas performances incríveis em filmes muito diferentes.” Ao lado do diretor Walter Salles e colegas como Selton Mello, ela tem promovido o longa desde setembro, após sua estreia no Festival de Veneza, onde ganhou o prêmio de melhor roteiro. Preparada para o evento, Fernanda passou por uma maratona de provas de roupas, experimentando cerca de 30 vestidos em um único dia. “O tapete vermelho é uma indústria paralela nessas premiações”, explicou. Sobre o prêmio, mantém o espírito zen: “Nem preparei discurso para domingo.” Em destaque na revista W Magazine, Fernanda foi considerada parte da “realeza brasileira”, uma homenagem à sua trajetória e à de sua mãe, Fernanda Montenegro. “É tão bonito estar aqui por Eunice Paiva. Foi um dia incrível, com Daniel Craig saindo, Angelina Jolie entrando, e você ali representando essa história”, celebrou a atriz. Ainda Estou Aqui Ainda Estou Aqui é um filme brasileiro que conta a história real de Eunice Paiva, que lutou para descobrir o que aconteceu com o seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar: O filme se passa em 1971, quando Rubens Paiva foi levado pela polícia e desapareceu. Eunice Paiva dedicou 40 anos da sua vida à busca pela verdade sobre o que aconteceu com o marido. O filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice e Rubens Paiva. O livro conta a história de Eunice e de sua luta contra o Alzheimer, e também aborda o período da ditadura militar. O filme foi dirigido por Walter Salles e conta com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro no elenco. O filme é marcado por uma trilha sonora com músicas de artistas como Tim Maia, Erasmo Carlos, Tom Zé e Os Mutantes. O filme recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cinema de Veneza
Novos associados do BRICS, Cuba e Bolívia reforçam o Sul Global

A inclusão de novos parceiros busca fortalecer a cooperação econômica e política do bloco, promovendo a integração dos países do Sul Global. Desde 1º de janeiro de 2025, Cuba e Bolívia adquiriram oficialmente o status de países associados ao grupo BRICS, que já conta com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como membros fundadores. A decisão, acordada na cúpula do bloco em outubro de 2024 em Kazan, Rússia, simboliza um marco importante na transição para uma ordem econômica e política multipolar. A inclusão de novos parceiros, entre eles Cuba e Bolívia, busca fortalecer a cooperação econômica e política do bloco, promovendo a integração dos países do Sul Global em um cenário internacional mais equitativo. O chanceler russo, Serguêi Lavrov, destacou que essa nova categoria de adesão permitirá que os países associados se integrem efetivamente aos formatos de cooperação do BRICS. BRICS: expansão e relevância global Em 2025, o BRICS consolida sua posição como uma força global significativa, representando mais de 35% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 45% da população global e 30% da superfície terrestre. Com a expansão, o bloco continua a fortalecer sua influência como alternativa ao sistema liderado pelas economias ocidentais. Segundo o chanceler russo Serguêi Lavrov, a nova categoria de associação permite que países como Cuba e Bolívia se integrem aos formatos de cooperação do BRICS, ampliando a relevância do bloco no cenário internacional. Cuba: superando bloqueios e ampliando oportunidades Para Cuba, a adesão ao BRICS é vista como uma oportunidade estratégica para contornar o embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, destacou que o bloco oferece “uma grande esperança para os países do Sul” em busca de um sistema internacional mais justo. A ilha caribenha se destaca no BRICS por suas capacidades em biotecnologia, produção de medicamentos e cooperação científica. Além disso, a possibilidade de realizar transações em moedas locais reduzirá a dependência do dólar, facilitando o comércio com novos parceiros. O chanceler Bruno Rodríguez reforçou a necessidade de uma convivência global baseada na solidariedade e integração entre os países. Para a Bolívia, o BRICS abre portas para mercados amplos como os de China e Índia, que juntos somam 2,6 bilhões de pessoas. O presidente boliviano, Luis Arce, celebrou a adesão como um passo decisivo para impulsionar a produção nacional e promover o desenvolvimento econômico. Bolívia e o acesso a novos mercados Para a Bolívia, o BRICS oferece uma janela de oportunidade para expandir seus horizontes econômicos. O presidente Luis Arce destacou a importância de acessar os gigantescos mercados de países como China e Índia, que juntos representam 2,6 bilhões de habitantes. Essa abertura implica desafios, especialmente em termos de aumentar a produção nacional para atender à demanda externa. “Estamos abrindo novos mercados, o que significa produção, investimento e desenvolvimento econômico”, declarou Arce, enfatizando a necessidade de fortalecer a base produtiva boliviana. Além disso, o mandatário sublinhou que o BRICS oferece uma oportunidade para que a Bolívia avance em termos tecnológicos e tenha acesso à cooperação financeira multilateral. Arce também ressaltou o caráter diverso e multilateral do grupo, que não se baseia em afinidades conjunturais, mas em princípios de cooperação e respeito às diferenças. Brasil e os desafios do mandato rotativo Em meio à expansão do BRICS, o Brasil assumiu a presidência rotativa do grupo em 2025. Entre as prioridades do mandato estão a reforma da governança global, a facilitação do comércio e a criação de alternativas ao dólar como meio de pagamento. A próxima cúpula do bloco está programada para julho, no Rio de Janeiro. Um novo capítulo para o Sul Global A inclusão de Cuba e Bolívia, juntamente com outros países como Indonésia, Malásia e Uganda, reforça o papel do BRICS como catalisador do crescimento das economias emergentes. Mais do que uma aliança econômica, o bloco representa uma alternativa ao modelo ocidental, promovendo maior equilíbrio de poder no sistema internacional. Para Cuba e Bolívia, a adesão ao BRICS simboliza novas oportunidades em um cenário global em transformação, com perspectivas de diversificação econômica, avanços tecnológicos e maior integração financeira. ALBA-TCP celebra adesões Os Estados-membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) celebraram com entusiasmo a adesão de Cuba e Bolívia ao BRICS como países parceiros. A aliança destacou que essa conquista representa um passo importante na construção de um mundo multipolar, comprometido com a cooperação e o desenvolvimento equitativo. Em nota oficial, a ALBA-TCP expressou sua alegria ao ver dois países membros integrarem uma plataforma internacional que tem ganhado força na promoção do multilateralismo, estabilidade e segurança globais. “Esses propósitos refletem os ideais que deram origem à nossa aliança há vinte anos, fruto dos esforços de Hugo Chávez e Fidel Castro, e dos sonhos dos heróis da independência da América Latina e do Caribe”, destacou o comunicado, referindo-se aos pilares de paz, cooperação e solidariedade que moldaram a visão do bloco. A ALBA-TCP ressaltou que a adesão de Cuba e Bolívia reafirma o compromisso desses países com a construção de uma nova ordem mundial mais inclusiva e democrática, essencial para a sobrevivência da humanidade. O bloco reconheceu o potencial dessas nações em transmitir ao BRICS os valores de solidariedade, diversidade e complementaridade que definem a essência da Aliança Bolivariana. Defesa da inclusão da Venezuela no BRICS Apesar das comemorações, a ALBA-TCP lamentou que um país tenha rompido o consenso no BRICS, impedindo, por enquanto, a adesão da Venezuela. A aliança destacou que a exclusão venezuelana ocorre em um momento crucial para o futuro do mundo e reiterou seu compromisso em promover a inclusão do país no bloco. “Convencidos da necessidade de superar exclusões, continuaremos defendendo o direito soberano da Venezuela de ser parte do novo mundo multipolar em consolidação”, afirmou a nota. O bloco argumentou que a Venezuela possui as condições materiais e os valores históricos necessários para impulsionar o BRICS na região, reforçando a solidariedade e o novo multilateralismo. A ALBA-TCP aproveitou a ocasião para exigir o fim das agressões contra a Venezuela e o respeito à
Fernanda Torres é indicada ao Globo de Ouro, 25 anos após Fernanda Montenegro

Atriz concorre na categoria melhor atriz de filme (drama) por ‘Ainda estou aqui’, que foi indicado na categoria Melhor filme de língua não-inglesa. Premiação é em 5 de janeiro de 2025. Assista AQUI ao trailer de ‘Ainda Estou Aqui’ Fernanda Torres foi indicada ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz em Filme (Drama) por seu trabalho como a personagem Eunice do filme “Ainda Estou Aqui”. O anúncio aconteceu na manhã desta segunda-feira (9). A indicação de Fernanda acontece 25 anos após a de sua mãe, Fernanda Torres, que foi indicada na mesma categoria, em 1999, por seu trabalho em “Central do Brasil”. Filme original do Globoplay, “Ainda Estou Aqui” também concorre na categoria Melhor Filme em Língua Não-inglesa. O longa é inspirado na história real de Eunice Paiva, advogada e mãe do escritor Marcelo Rubens Paiva. Ela passou 40 anos procurando a verdade sobre seu marido desaparecido, Rubens (interpretado por Selton Mello). Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretam Eunice em diferentes idades. Ela é uma das favoritas ao lado de Angelina Jolie e Nicole Kidman, que assim como a brasileira também são cotadas ao Oscar. Diferentemente da maior premiação do cinema, o Globo de Ouro divide a categoria de Melhor Atriz entre os filmes de drama e comédia ou musical. Fernanda agradeceu a indicação e a torcida brasileira ao publicar o emoji 🙏 em suas redes sociais. A atriz ainda publicou um vídeo enquanto se arrumava em Londres, antes de mais um evento de divulgação do filme. “Gente, nomeada ao Globo de Ouro. Inacreditável.” “E Walter, 25 anos dele com a minha mãe…Realmente a vida presta”, brincou a atriz, se referindo a indicação de Fernanda Montenegro ao Globo de Ouro 1999 por Central do Brasil. “É muito emocionante e enaltece o poder do ‘Ainda Estou aqui’, um drama falado em português. É muito emocionante eu ter sido indicada em uma categoria onde a maioria dos outros filmes são falados em inglês”, afirmou a atriz, em comunicado.” “Ontem também foi surpreendente a Menção Honrosa que eu recebi da Associação de Críticos de Los Angeles, ao lado da Demi Moore (“A substância”), pois é um prêmio para todas as interpretações femininas e masculinas do ano, então é mesmo extraordinário. Estou muito feliz também que o filme segue forte nos cinemas do Brasil.” Depois do prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, diversos elogios da imprensa estrangeira, e algumas exibições disputadas na Mostra de SP, o filme estreou no Brasil em 7 de novembro como a maior chance de indicação nacional ao Oscar em mais de duas décadas. Além das críticas positivas, o filme ainda é um sucesso de bilheteria, tendo batido a marca de 2 milhões de espectadores e liderado o ranking de mais vistos no cinema na semana de estreia