Imagem foi classificada como “a foto da final” pelo jornal Olé. “Eles podem perder e sofrer, mas em um piscar de olhos, o carnaval e a alegria nascem”, diz jornalista argentino, sem saber que essa capacidade está cada vez mais distante do “DNA” brasileiro

O pranto de Neymar no gramado do Maracanã na noite deste sábado (10) após perder a final da Copa América para a Argentina durou pouco. Entre os “hermanos” do país vizinho o que viralizou foi uma foto do principal jogador brasileiro gargalhando ao lado de Leonel Messi no vestiário, após a entrega do troféu.

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No tuite do jornal esportivo Olé – que classificou o jogo como o Maracanazo Argentino, em alusão à derrota da seleção brasileira para o Uruguai na Copa de 1950 – mais de 32 mil pessoas haviam curtido e outras 3,4 mil compartilhado a imagem até o início deste domingo (11).

É certo que a Copa América teve um significado diferente na Argentina, que se livrou de seu projeto de Jair Bolsonaro – o direitista Maurício Macri – para retomar o progressismo e um viver sem ranços e ódio com Alberto Fernandez.

No periódico esportivo, o jornalista Maxi Friggieri classificou a imagem de Neymar no vestiário argentino com Messi como “a foto da final”, que mostra o camisa 10 brasileiro “feliz” por seu amigo.

“É verdade, o DNA brasileiro tem uma idiossincrasia muito diferente do argentino. Eles podem perder e sofrer, mas em um piscar de olhos, o carnaval e a alegria nascem. São assim. Nem todos, é sabido. Mas na maioria deles. É invejável. O que outros jogadores argentinos fariam se perdessem a final? Sentar e rir com Ney? E não se trata de criticar o que cada um sente, mas de valorizar que os 10 do Brasil, os melhores deles, deixem de lado a sua tristeza para rir junto com os nossos 10. Obrigado Ney. E, claro, obrigado Leo”, escreve o jornalista argentino, sem saber que essa capacidade de se alegrar em momentos adversos está cada vez mais distante do comportamento brasileiro.

Obrigado, Argentina, por nos ensinar que por aqui também poderemos ter um novo dia, sem o ódio e a hipocrisia propagados pela extrema-direita golpista.

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