Manifestação Fora Bolsonaro ofuscou e acuou a meia dúzia de gado pingado fascista

Bolsonaro passa vergonha com fiasco de manifestação em seu apoio: ‘melhor não tivesse feito’ Cerca 1,5 mil pessoas manifestam neste domingo (21) em Brasília contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O ato pelo ‘Fora Bolsonaro’ ocorreu nas proximidades da Esplanada dos Ministérios. Além desse movimento contrário aos fascistas, isto é, do Fora Bolsonaro, também houve uma iniciativa de um protesto no DF favorável ao presidente Bolsonaro. Porém, a tal megamanifestação não passou de meia dúzia de gado-pingado. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou vergonha com a manifestação desmilinguida em seu apoio, neste domingo (21), em Brasília. Convocada por organizações bolsonaristas, como o obscuro “Movimento Deus, Pátria, Família”, era para ser uma “megamanifestação” contra a Globo, Folha, STF e Congresso. ‘Melhor não tivesse feito’, teria reagido o Palácio do Planalto. Dentre os participantes da manifestação no entorno da Esplanada dos Ministérios estava o blogueiro Allan dos Santos, do blog Terça Livre, um dos investigados no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal. Os robôs de extrema direita levantaram hoje a hashtag #MegaManifestacaoDia21, no entanto, o entusiasmo das máquinas no Twitter não refletiram em gente na rua para defender o presidente Jair Bolsonaro. Gado pingado – Pouco mais de 300 pessoas atenderam ao pedido dos robôs para irem às ruas em socorro a Bolsonaro. Charge de Aroeira, alvo de censura do governo, foi hasteada em Brasília Em defesa da liberdade de expressão, a charge de Renato Aroeira, que o governo Bolsonaro tentou censurar, foi hasteada neste domingo (21), na rodoviária de Brasília, ponto central da cidade.

Mário Frias é o peladão do presidente, segundo o jornal Folha de São Paulo

Deu o maior bafão a foto Mário Frias, seminu, no caderno “ilustrada” da Folha de S. Paulo desde sábado (29). A exposição das vergonhas do novo secretário Especial de Cultura, nomeado ontem (19), gerou protestos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e até mesmo de setores mais moderados. “Vocês não acham moralista a Folha postar o Mário Frias pelado é uma sugestão homoerótica no título? Enfim. Não acho que a classe artística precisa de mais moralismo para ser defendida. A gente tem que criticar as coisas pelo que elas são”, escreveu Re Corrêa, cujo texto foi retuitado pelo ator José de Abreu. O ex-global não deixou barato: “Fascista tem que ser tratado como fascista, o resto é passar pano. Sifudê!!” Para a Folha, Frias é o peladão do presidente. A jornalista Vera Magalhães, bolsonarista arrependida, criticou o jornalão paulistano. “A Folha que me desculpe, mas há milhares de formas e razões para criticar a indicação de Mário Frias para a Cultura, mas essa não é uma delas”, registrou. “Faz insinuação homofóbica, sexualiza o que não deve. E se fosse uma atriz nua? Sairia esse título? Não é assim que se ilumina o debate”, puxou a orelha. Vera trabalha no concorrente Estadão. A Folha descreveu no edição de hoje a aproximação de Bolsonaro com Frias, mesmo o presidente estando “noivo” da atriz Regina Duarte. Ou seja, o jornal diz que Bolsonaro pulou a cerca pelo ex-galã de Malhação. José de Abreu aproveitou a “viagem” pelo Twitter, hoje, para dar mais uma sabugada no presidente da Republica. “Aqui na Nova Zelândia o Bolsonaro já renunciou e foi encontrar o Weintraub em Miami”, disparou o ator. Veja os tuítes: Fascista tem que ser tratado como fascista, o resto é passar pano. Sifudê!!! https://t.co/lxdss9hMcQ — Jose de Abreu (@zehdeabreu) June 20, 2020 Aqui na Nova Zelândia o Bolsonaro já renunciou e foi encontrar o Weintraub em Miami. Assumiram!!! https://t.co/v2RCLmLc5K — Jose de Abreu (@zehdeabreu) June 20, 2020 A @folha que me desculpe, mas há milhares de formas e razões para criticar a indicação de Mário Frias para a Cultura, mas essa não é uma delas. Faz insinuação homofóbica, sexualiza o que não deve. E se fosse uma atriz nua? Sairia esse título? Não é assim que se ilumina o debate pic.twitter.com/jGpe2qFtoX — Vera Magalhães (@veramagalhaes) June 20, 2020

Torcedores vão ao Maracanã protestar contra retorno do futebol em meio a pandemia

 – Integrantes de algumas organizadas de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo assinaram manifesto contra volta dos jogos – Depois de um período de paralisação pela pandemia de coronavírus, o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, voltou a receber um jogo de futebol. Na noite desta quinta-feira (18), jogaram Bangu e Flamengo, ainda sem público. No entanto, na porta do estádio, um grupo de torcedores de diversos clubes cariocas protestaram contra o retorno do futebol e contra os governos federal, estadual e municipal. Participaram do ato integrantes de torcidas organizadas de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. O movimento critica a retomada do futebol, “diante dos números impressionantes de infectados e mortes que estão ocorrendo e de forma crescente em nossa cidade e estado”. Um manifesto assinado pelas torcidas destaca que a paixão pelo esporte continua, “mas amamos primeiramente o respeito à vida”. Após o protesto, Crivella suspendeu as competições esportivas e adiou o Campeonato Carioca O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, publicou neste sábado (20) uma portaria que suspende todas as competições esportivas na capital até o dia 25 de junho. A medida afeta o Campeonato Carioca, que havia retornado na quinta-feira (18) e recebido muitas críticas. No decreto 47.539, publicado no Diário Oficial do Município, Crivella destaca a “necessidade de adequação de protocolos sanitários apresentados pelas Federações esportivas ao protocolo sanitário municipal” e a “necessidade de realização de inspeções prévias nos centros de treinamento para verificação do cumprimento do protocolo sanitário municipal”. A decisão do prefeito paralisa novamente o Campeonato Carioca, que retornou na última quinta-feira com o polêmico jogo entre Flamengo e Bangu. A partida foi alvo de protestos de torcedores, que criticaram a pressa na retomada do futebol “diante dos números impressionantes de infectados e mortes que estão ocorrendo e de forma crescente em nossa cidade e estado”. Participaram de ato em frente ao Maracanã integrantes de torcidas organizadas de Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo. O Complexo Esportivo do Maracanã abriga um hospital de campanha próximo do estádio. Enquanto Fluminense e Botafogo tentam postergar o retorno, Flamengo e Vasco recorreram até mesmo ao presidente Jair Bolsonaro para forçar a volta do estadual. Com informações do O Globo

Bolsonaro ignora seu gado no cercadinho do Alvorada pelo segundo dia seguido

 – Desde a prisão de Queiroz o presidente não fala com apoiadores na porta da residência oficial – Nesta sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro voltou a passar direto pelos apoiadores que ficam na porta do Palácio do Alvorada esperando um afago do ex-capitão. Desde quinta-feira, data da prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor dele e do senador Flávio Bolsonaro, o ex-capitão não fala com seguidores. Segundo informações do jornalista Hanrrikson de Andrade, do UOL, Bolsonaro deixou de falar, novamente, com apoiadores que ficam no cercadinho do Alvorada. O canal bolsonarista Cafezinho com Pimenta mais uma vez registrou, ao vivo, o momento em que o carro do presidente passa pelos apoiadores sem parar. “Pessoal, o presidente mais uma vez não parou. Segunda vez desde que começou a fazer as paradas aqui na saída do Alvorada, mas é compreensível. Um momento politicamente delicado em que ele está evitando qualquer tipo de exposição na mídia”, disse o responsável pelo canal na transmissão. A atitude de Bolsonaro de não querer falar com apoiadores acontece em meio às tensões provocadas no governo em razão da prisão de Fabrício Queiroz. O policial aposentado foi preso nesta quinta-feira (18) pela Polícia Civil em uma chácara em Atibaia, no interior de São Paulo. O imóvel pertence a Frederick Wassef, que é advogado do senador Flávio Bolsonaro e também do presidente, no caso Adélio Bispo. Policiais e promotores relataram que Queiroz era mantido em esquema de proteção no imóvel, pois já se imaginava que ele poderia ser preso. Assista: Com Revista Fórum

Queiroz foi preso na casa do advogado de Flávio Bolsonaro

 – A Polícia de São Paulo prendeu Fabrício Queiroz nesta manhã de quinta-feira (18), na cidade de Atibaia (SP), em imóvel pertencente ao advogado de Flavio Bolsonaro, Frederick Wassef. – Queiroz, um faz tudo da família Bolsonaro, operava o esquema das “Rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, que consistia em surrupiar dinheiro de funcionários fantasmas e esquentar o dinheiro roubado em franquias de lojas de chocolate da Kopenhagem e em imóveis no Rio de Janeiro. O ex-militar é amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro. Se abrir a boca, o estrago vai ser grande para o clã familiar. Mulher de Queiroz também foi presa nesta manhã pela PF no Rio Marcia Oliveira de Aguiar, casada com Fabrício Queiroz, também foi presa na manhã de hoje (18) pela Polícia Federal. A ação foi autorizada pelo Tribunal de Justiça de Rio de Janeiro (TJ-RJ). Assim com Queiroz, Marcia também trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A informação é do jornal O Globo. Na mesma operação que prendeu, em Atibaia (SP), o ex-assessor Fabrício Queiroz, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem mandados de buscas e apreensões em um imóvel que pertence ao presidente Jair Bolsonaro em Bento Ribeiro, na Zona Norte do Rio. Segundo a reportagem, o imóvel em Bento Ribeiro foi usado como um dos comitês de campanha eleitoral de Bolsonaro, que declarou ser o proprietário na relação de bens enviada ao Tribunal Superior Eleitoral. Mas, atualmente, quem mora na casa é Alessandra Esteves Marins, que é ligada ao gabinete do filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Durante as buscas, que duraram cerca de uma hora, era possível ouvir barulhos de marretadas nas paredes, sugerindo que os agentes quebraram a alvenaria enquanto realizavam os mandados. Eles deixaram o local carregando duas sacolas, mas sem dar detalhes do que foi apreendido. Guia para entender o caso Queiroz e Flávio Bolsonaro – O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia (SP), no interior de São Paulo. Ele estava no imóvel de Frederick Wassef, advogado de Flávio Bolsonaro. Algumas informações do Estado de S. Paulo apresentam uma cronologia dos fatos para entender o caso Queiroz. Cronologia: No início de dezembro de 2018, a imprensa revelou um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que apontava movimentações atípicas nas contas bancárias de Queiroz, no valor acumulado de R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O relatório também apontava um pagamento de Queiroz à esposa de Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil. “Se algo estiver errado, que seja comigo, com meu filho, com o Queiroz, que paguemos a conta desse erro, que nós não podemos comungar com o erro de ninguém”, declarou Bolsonaro na internet. O Ministério Público do Rio decidiu abrir 22 procedimentos de investigação criminal com base nos relatórios do Coaf. A imprensa também conseguiu apontar outras relações suspeitas, agora envolvendo Nathalia Melo de Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, que no ano de 2028 estava lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na câmara dos deputados. Queiroz faltou aos primeiros dois depoimentos, nos dias 19 e 21 de dezembro. Cerca de uma semana depois, Flávio Bolsonaro também faltou aos depoimentos, alegando que não teve acesso aos autos do procedimento aberto pelo MP. No dia 30 de dezembro de 2018, Queiroz foi internado por conta de um tumor e justificou ao MP que não poderia comparecer aos próximos depoimentos. Três dias depois, o ex-PM aposentado apareceu dançando em vídeo. Ele não revelou os custos que teve no hospital. No dia 17 de janeiro de 2019, o ministro Luiz Fux do STF determinou a suspensão do procedimento investigatório criminal a pedido da defesa de Flávio Bolsonaro. Marco Aurélio de Mello, também membro da Suprema Corte, enviou as investigações à primeira instância. Além das movimentações de Queiroz, que totalizaram R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, o jornal O Globo revelou R$ 7 milhões em movimentações nas contas do ex-PM entre os anos de 2014 e 2017. Em junho, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli suspendeu todos os processos judiciais no Brasil onde houve compartilhamento de dados da Receita Federal, do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Banco Central com o Ministério Público, a pedido da defesa de Flávio Bolsonaro. No final de agosto, o governo publicou uma Medida Provisória (MP) enviando o Coaf para o Banco Central (BC) e alterando o nome do órgão para UIF (Unidade de Inteligência Financeira). No dia 30 de setembro, o ministro Gilmar Mendes do STF decidiu suspender processos envolvendo a quebra do sigilo de Flávio no caso Queiroz. A decisão de Gilmar beneficia apenas o Senador do PSL, que reclamou. Na manhã desta quinta-feira (18), Fabrício Queiroz foi preso em Atibaia, no interior do estado de São Paulo.

 PRONAMPE – Por causa do coronavírus, 35 mil micro e pequenas empresas de Montes Claros terão acesso a crédito

As micro e pequenas empresas já podem solicitar o crédito oferecido por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), instituído pela Lei 13.999/2020. O Fundo Garantidor de Operações (FGO), de R$ 15,9 bilhões do Tesouro Nacional, foi liberado para avalizar empréstimos tomados pelos pequenos negócios. Os recursos devem assegurar a sobrevivência de mais de 4,5 milhões de empresas atingidas pela pandemia da COVID-19 no país, preservando emprego e renda. Em Montes Claros, 35.370 empresas poderão solicitar acesso ao crédito, sendo 13.119 microempresas, 1.032 empresas de pequeno porte (EPP) e 21.219 microempreendedores individuais (MEI). Podem participar empresas optantes e não optantes pelo Simples Nacional. Os recursos recebidos no âmbito do Pronampe servirão ao financiamento da atividade empresarial nas suas diversas dimensões e poderão ser utilizados para investimentos e para capital de giro, vedada a sua destinação para distribuição de lucros e dividendos entre os sócios. O prazo para o pagamento do empréstimo será de 36 meses. Já a taxa de juros anual máxima aplicada sobre o valor total do crédito será a da Selic, atualmente em 3%, mais 1,25%. Em contrapartida, as empresas contratantes devem se obrigar contratualmente a manter ao menos o número de empregados existentes em 19 de maio de 2020, até 60 dias após o recebimento da última parcela do empréstimo. Caso o empregador forneça informações inverídicas sobre o número de empregados, isso resultará no vencimento antecipado da dívida pela instituição financeira. Além disso, é vedada a celebração do contrato de empréstimo com empresas que possuam condenação relacionada a trabalho em condições análogas às de escravidão ou trabalho infantil. O Pronampe prevê, como regra geral, que a linha de crédito corresponda a até 30% (trinta por cento) da receita bruta anual calculada com base no exercício de 2019, salvo no caso das empresas que tenham menos de 1 (um) ano de funcionamento, hipótese em que o limite do empréstimo corresponderá a até 50% (cinquenta por cento) do seu capital social ou a até 30% (trinta por cento) da média de seu faturamento mensal apurado desde o início de suas atividades, o que a empresa considerar mais vantajoso. A Receita Federal já começou a enviar comunicados às empresas que têm direito ao recurso. Com o comunicado da Receita Federal em mãos, os empresários devem dirigir-se às instituições financeiras participantes do programa, às quais compete o deferimento ou indeferimento do pedido de financiamento, sendo elas: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste do Brasil, Banco da Amazônia e outras instituições financeiras públicas e privadas que aderirem ao Pronampe. Caso exista divergência na informação da receita bruta ou a arrecadação não tenha sido informada, a retificação ou inclusão da informação deverá ser feita. As instituições financeiras participantes poderão formalizar operações de crédito no âmbito do Pronampe até 17 de agosto de 2020. Em caso de dúvidas, entre em contato com a Sala Mineira do Empreendedor de Montes Claros, pelo número (38) 2211-3157.

Zema contrata aliado de Aécio, investigado por corrupção, e manda moralidade pra Neves

 – Paulo Vasconcelos, que atuou nos governos tucanos em MG, prestará serviços agora para o governador Romeu Zema, que se elegeu com discurso contrário a Aécio Neves, e prometendo moralidade – Eleito em 2018 com um discurso de oposição a Aécio Neves (PSDB-MG), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), trouxe para sua equipe de comunicação um marqueteiro do tucano. De acordo com a Agência Estado, Paulo Vasconcelos, que fez a campanha de Aécio à presidência em 2014 e que trabalhou na comunicação dos governos tucanos em MG, prestará uma “consultoria” ao Palácio Tiradentes. “Ao longo das últimas semanas, Paulo Vasconcelos vem prestando um apoio episódico, voluntário e pessoal nas questões de comunicação. Não há qualquer contratação neste momento, relativa a esse apoio de consultoria”, diz nota do governo mineiro. O próprio Vasconcelos admitiu, à Agência Estado, que pretende montar uma estrutura de comunicação no governo de Zema exatamente como foi aquela que gestionou nos governos de Aécio Neves em MG. Ele receberá um salário de R$ 7,5 mil e, como trata-se de uma consultoria, não será necessário fazer licitação. Vasconcelos, assim como Aécio Neves, é investigado por corrupção passiva, corrupção ativa e caixa dois nas campanhas tucanas de 2010 e 2014.

Valor pede que elites façam mea culpa pela eleição de Bolsonaro

 – O editor-executivo do jornal Valor Econômico, Pedro Cafardo, sugere nesta segunda-feira (15) que as elites façam ‘mea culpa’ por terem ajudado a eleger Jair Bolsonaro. – Sem citá-los nominalmente, o jornalista se refere a FHC e Ciro Gomes que ligaram o botão do ‘f***-se’ se omitindo no segundo turno e cobra os colegas de profissão que fogem de suas responsabilidades diante do quadro atual. “Muitos dos que hoje ferozmente expõem as atrocidades presidenciais deveriam reler com distanciamento crítico o que escreveram no passado recente”, afirma o editor. “Ao escolher Bolsonaro”, escreve, “a classe dominante sabia que ele se juntaria ao conservadorismo de Trump”. Cafardo enumerou as elites sabiam que Bolsonaro faria as seguintes patetices: que adotaria comportamento hostil em relação à China, maior parceiro comercial do Brasil; que daria uma banana para as causas ambientais; que desprezaria os povos indígenas; que poria ideologia conservadora nas escolas; que incentivaria a homofobia e o uso de armas pela população; que tiraria recursos da cultura; que a contragosto apoiaria o arrocho fiscal recessivo; que flertaria com o autoritarismo antidemocrático. O editor-executivo do Valor lamenta no texto que, 35 anos depois de ter derrubado a ditadura, a nação retroage na luta para salvar sua democracia. “A batalha ideal de hoje seria pela saúde, pelo crescimento econômico, pela distribuição de renda, pela educação universal e por outras causas sociais que possam melhorar a vida dos brasileiros”, registra. A título de informação, o Valor Econômico é uma publicação surgida há 20 anos com a união dos grupos Folha e Globo. Leia a íntegra: Pedro Cafardo: Mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa Classe dominante sabia o que esperar de Jair Bolsonaro quando o elegeu O título acima, em latim, não precisa de tradução. Vem de uma reza tradicional da Igreja Católica, o “Confiteor” (Eu confesso), na qual o fiel reconhece seus erros perante o Criador. A prática do mea culpa é rara no Brasil. O PT foi e ainda é muito cobrado para fazer autocrítica e reconhecer erros cometidos durante os anos em que esteve no poder, nos governos Lula e Dilma. Nunca os reconheceu, nunca pediu desculpas. Há hoje, no Brasil, uma extensa lista de entidades e pessoas que precisam fazer o mea culpa pela escolha de 2018, quando a disputa democrática oferecia pelo menos seis ou sete candidatos melhores que o eleito. Políticos influentes se omitiram na campanha eleitoral e deram um “dane-se” ao país. Oportunistas, muitos deles se elegeram governadores e deputados na sombra do candidato presidencial e agora viraram casaca como se nunca o tivessem apoiado, sem uma palavra de arrependimento e desculpas. Empresários só pensaram no próprio quintal e passaram a aceitar “qualquer um” desde que não fosse do PT. Igrejas se animaram com o tom conservador e as ideias retrógradas. Juízes e procuradores influenciaram o voto sem demonstrar constrangimento. Jornalistas olharam para a economia e acharam que Paulo Guedes, o Posto Ipiranga, com sua política liberal, poderia consertar o país. Mesmo que o presidente continuasse andando por aí propagando teorias bizarras, feito criança inconsequente. Jornalistas, portanto, não podem fugir de suas responsabilidades. Muitos dos que hoje ferozmente expõem as atrocidades presidenciais deveriam reler com distanciamento crítico o que escreveram no passado recente. Julgaram que, uma vez eleito, o presidente não iria se aventurar no autoritarismo. Que as instituições impediriam aventuras desse tipo e consideraram histéricas pessoas que se mostravam temerosas. É possível mesmo que a sociedade organizada consiga evitar o avanço autoritário para uma ditadura, mas o custo será elevado. Já está sendo. Na hora de assumir responsabilidade por erros, é instrutivo observar o mapa das votações no segundo turno das eleições de 2018. Está lá, em verde e vermelho, uma impressionante divisão do país em dois: o rico e o pobre. Quanto mais rico, mais verde, e, quanto mais pobre, mais vermelho. Em São Paulo, o Estado mais rico, Bolsonaro venceu em 631 dos 645 municípios. No Nordeste, a região mais pobre, ele perdeu em 98% dos municípios. A faixa verde se estende desde Rondônia, Mato Grosso e Goiás, áreas do próspero agronegócio, até o sul de Minas, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, as regiões mais industrializadas do país. A vermelha domina o Norte e o Nordeste. Está claro que a escolha do presidente foi responsabilidade das elites brasileiras, do agronegócio à indústria, passando evidentemente pelo setor financeiro. Não há clichê esquerdista algum nessa afirmação que usa a palavra “elites”. Foram, sim, os mais ricos e teoricamente bem informados que elegeram ou trabalharam com mãos e mentes pela eleição do atual presidente. Precisam agora fazer mea culpa. Ao escolher Bolsonaro, a classe dominante sabia que ele se juntaria ao conservadorismo de Trump, que adotaria comportamento hostil em relação à China, maior parceiro comercial do Brasil, que daria uma banana para as causas ambientais, que desprezaria os povos indígenas, que poria ideologia conservadora nas escolas, que incentivaria a homofobia e o uso de armas pela população, que tiraria recursos da cultura, que a contragosto apoiaria o arrocho fiscal recessivo, que flertaria com o autoritarismo antidemocrático. O atual presidente tem muitos e graves defeitos, mas também uma qualidade: nunca mentiu sobre suas intenções autoritárias. As elites só não sabiam, mas poderiam desconfiar, que ele adotaria uma política tão desastrosa na área da saúde. Nem que o país enfrentaria a infeliz coincidência de ser liderado por alguém que despreza a ciência e promove a morte em meio a uma pandemia nunca vista em cinco gerações. Por que o Brasil elegeu um cidadão que agora obriga brasileiros a lutar feito leões para manter a democracia? Por que o eleitorado foi tão incompetente a ponto de minar seu próprio terreno com bombas que agora exigem tempo e energia para a sua desativação? Assustados, heróis da campanha das “Diretas já” dos anos 1980 emergem da aposentadoria para alertar os mais jovens sobre o perigo iminente. A batalha ideal de hoje seria pela saúde, pelo crescimento econômico, pela distribuição de renda, pela educação universal e por outras causas sociais

Sara Winter é presa pela Polícia Federal após ameaçar ministro do STF

 – ‘Agora só falta prender o Jair’, reagem as redes sociais – As redes sociais iniciaram a semana fervendo com a prisão da bolsonaristas Sara Winter, que ameaçou invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). ‘Falta prender o Jair, STF’, recomendou um navegante ao comentar a prisão de Winter. “Prenderam o agressor de enfermeiras, prenderam a Sara Fascista, falta prender o Jair, STF”, escreveu o internauta Orlando Guerreiro. “E novas eleições, TSE.” A militante bolsonarista Sara Winter foi presa na manhã desta segunda-feira (15), pela Polícia Federal, após pedido da PGR, com a autorização do Supremo Tribunal Federal. A bolsonarista comandava o chamado “Acampamento dos 300” em Brasília. Sara ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, a militante neonazista afirmou: “a gente vai descobrir os locais que você frequenta e suas empregadas”. No mês passado, ela foi alvo de mandados de busca e apreensão no inquérito que apura a disseminação de notícias falsas. Sara Winter já fez diversas ameaças aos ministros do STF e participa também da rede criminosa de fake news do gabinete do ódio -, comandado por Carlos Bolsonaro. O inquérito sobre as fake news é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Aplicativo utilizado em aulas online da rede pública oferece “TV Bolsonaro” a alunos

 – Plataforma foi desenvolvida por empresa ligada a políticos bolsonaristas e a um acusado de participar de uma rede de prostituição de menores de idade – Milhares de alunos da rede estadual do país estão sendo obrigados a utilizar um aplicativo para aulas online que oferece a “TV Bolsonaro” entre seus conteúdos. Contratada a toque de caixa durante a pandemia do coronavírus, a plataforma foi criada por pessoas ligadas a políticos bolsonaristas e a um acusado de participar de uma rede de prostituição de menores de idade. De acordo com reportagem de Amanda Audi e Pedro Zambarda, do Intercept, a IP.TV, empresa responsável pelo aplicativo de aulas online, era conhecida no mercado por outro produto. Trata-se do Mano, um aplicativo de streaming de vídeos criado em 2018 para veicular conteúdos voltados à campanha de Jair Bolsonaro. O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi um dos primeiros a divulgar amplamente o aplicativo em suas redes sociais. O principal canal do Mano é a TV Bolsonaro, que continua a reproduzir programas com discursos, propagandas e depoimentos voltados ao bolsonarismo, como o uso de armas e à ditadura militar, além de notícias falsas. A TV Bolsonaro está no aplicativo oferecido a estudantes de Amazonas, Pará e Piauí, que têm entre quatro e 17 anos de idade. Alunos de São Paulo e Paraná também têm utilizado serviços da IP.TV – desta vez, sem acesso a TV Bolsonaro. Ainda de acordo com o Intercept, a empresa tem sede em uma sobreloja sem identificação na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Ao todo, 7,7 milhões de alunos e professores têm utilizado os serviços da IP.TV durante a pandemia. Para tanto, usuários são obrigados a realizar um cadastro e fornecer dados pessoais, como o álbum de fotos do celular e de conexão de rede Wi-fi. Rede de prostituição O proprietário da IP.TV, Eduardo Patrício Giraldez, é sócio de Waldery Areosa Ferreira Junior, empresário do ramo da educação e acusado de participar de uma rede de prostituição de menores de idade junto com o pai. A informação consta em reportagem do Fantástico, de março de 2014. Os dois são sócios da Hexágono Soluções em Tecnologias da Informação, sediada em Manaus. Giraldez hoje mora nos Estados Unidos e defende o sistema de homeschooling, a educação domiciliar.