Lô Borges: multidão vai à famosa esquina homenagear cantor; vídeo

Evento foi organizado espontaneamente por coletivos de BH; em uma janela lateral, foi colocada uma faixa com os dizeres: “Celebramos a vida e a arte de Lô Borges” Uma verdadeira multidão foi à famosa esquina das ruas Divinópolis com a Paraisópolis, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira (3), para se despedir e homenagear o cantor e compositor Lô Borges, morto no último domingo. Em um clima de muita comoção, amigos e admiradores do artista cantaram e tocaram durante várias horas as suas canções. Desde às 18h, pessoas chegavam de todas as partes para acompanhar o evento, em um pequeno palco montado sob uma tenda. Uma verdadeira fila de músicos fez questão de passar por lá para se apresentar e homenagear o icônico artista. Durante todo o dia, centenas de pessoas passaram pelo local, que ficou conhecido mundialmente como o Clube da Esquina, graças a músicos como Lô Borges, Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta, Tavinho Moura entre muito outros, para deixar flores no local. O evento foi organizado espontaneamente por vários coletivos de Belo Horizonte. No local foi colocada uma foto em preto e branco de Lô ao lado das placas que já existem por lá demarcado a esquina. Em uma janela lateral foi pendurada uma faixa amarela com os dizeres: “Celebramos a vida e a arte de Lô Borges”. BH homenageando o inesquecível Lô Borges com cantoria na esquina da Paraisópolis com a Divinópolis 💛 pic.twitter.com/PD8pHf98Fi — Rogério Correia (@RogerioCorreia_) November 4, 2025 Sabe a tal esquina do Clube da Esquina? É essa aí. No Santa Tereza, Belo Horizonte. E a cena é dela no gurufim a Lô Borges, que nos deixou hoje. Que sorte estar aqui e ser conterrâneo desses caras. 🔺️ pic.twitter.com/GGXAODulZJ — Thales Machado (@thalescmachado) November 4, 2025 ETERNO LÔ BORGES- Desde as 17h desta segunda, uma pequena multidão se aglomera no entorno da esquina em homenagem ao artista, onde uma tenda branca foi montada, e ao longo da noite estão previstos shows e tributos de artistas que conviveram com Lô ou foram influenciados por ele.… pic.twitter.com/cFdOg1A2Cv — O TEMPO (@otempo) November 3, 2025 A morte O cantor e compositor Lô Borges morreu na noite deste domingo (2), aos 73 anos, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela família do artista. Internado desde 17 de outubro em uma UTI, Lô foi hospitalizado após uma intoxicação por medicamentos e chegou a ser submetido a ventilação mecânica. No dia 25 de outubro, passou por uma traqueostomia, mas não resistiu às complicações do quadro. Autor de clássicos como “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela”, Lô Borges deixa uma obra que ajudou a redefinir os rumos da MPB ao lado de Milton Nascimento e outros integrantes do lendário Clube da Esquina. Da escadaria ao Clube da Esquina Nascido Salomão Borges Filho em Belo Horizonte, Lô era o sexto de 11 irmãos e cresceu no bairro Santa Tereza, berço do movimento que levaria o nome da esquina das ruas Divinópolis e Paraisópolis para o mundo. A história de Lô com a música começou ainda na infância. Aos 10 anos, nas escadas do Edifício Levy, na Avenida Amazonas, conheceu o vizinho que mudaria sua vida — Milton Nascimento, então com 20. “Sentei na escadaria, dei de cara com um carinha tocando violão, era o Bituca. Eu tinha 10 anos, ele tinha 20. Ele olhou pra mim e disse: ‘Você gosta de música, né, menino?’”, contou Lô em entrevista ao Conversa com Bial em 2023. Pouco depois, ele também conheceu Beto Guedes, outro futuro parceiro, durante um encontro casual nas ruas do centro da capital mineira. De volta a Santa Tereza, Lô passou a tocar com os irmãos e amigos. Milton, já famoso, continuava visitando a casa da família Borges. Foi assim que nasceu a parceria que daria origem ao disco “Clube da Esquina” (1972), considerado um divisor de águas na música brasileira. Gravado quando Lô tinha apenas 19 anos, o álbum foi eleito, décadas depois, o maior disco brasileiro de todos os tempos e figura entre os dez melhores da história da música mundial, segundo a revista norte-americana Paste Magazine. No mesmo ano, Lô lançou seu primeiro disco solo, o emblemático “Disco do Tênis”, símbolo de juventude e liberdade musical. Entre pausas e renascimentos O sucesso precoce levou o músico a uma reclusão voluntária. Lô passou um período vivendo em Arembepe (BA), afastado dos palcos, mas nunca da composição. “Eu não parei de compor. As canções foram se avolumando na minha vida”, recordou. Em 1978, ele retornou à cena com o álbum “Via Láctea”, que considerava um de seus trabalhos mais maduros. Nos anos 1980, lançou “Sonho Real” e realizou sua primeira turnê nacional. Na década de 1990, uma nova geração redescobriu Lô graças à parceria com Samuel Rosa (Skank) em “Dois Rios”, que uniu o lirismo mineiro à sonoridade pop. Nos últimos anos, o artista manteve uma rotina criativa intensa: desde 2019, lançava um álbum de inéditas por ano. Seu trabalho mais recente, “Céu de Giz”, em parceria com Zeca Baleiro, saiu em agosto de 2025
Morre Lô Borges, ícone da MPB e fundador do Clube da Esquina

Cantor e compositor mineiro precisou ser internado após intoxicação de medicamentos em Belo Horizonte e morreu aos 73 anos Lô Borges, um dos nomes mais importantes da MPB e um dos fundadores do Clube da Esquina, morreu nesse domingo (2/11), aos 73 anos. A informação foi confirmada pelo Hospital Unimed, de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (3/11), em nota enviada à imprensa. O músico foi internado em 17 de outubro após passar por intoxicação de medicamentos em casa. Ele precisou ser levado ao hospital às pressas. Carreira Com mais de 20 álbuns lançados ao longo da carreira de mais de 50 anos, Lô Borges foi responsável por compor músicas como Trem Azul, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, Para Lennon e McCartney, Trem de Doido e muitos outros sucessos que marcaram o gênero. Ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, do irmão, Márcio Borges, e outros artistas mineiros, Lô Borges fundou o movimento que revolucionou a MPB à época. Ele também foi um dos principais compositores dos álbuns Clube da Esquina (1972), considerado em 2022 como o melhor álbum brasileiro da história; e Clube da Esquina 2 (1978). Nascido em 1952, em Belo Horizonte, Salomão Borges Filho começou a tocar violão depois de conhecer os sucessos dos Beatles e deu início à carreira musical após incentivo do parceiro de composição, Milton Nascimento. Com o sucesso do primeiro álbum do Clube da Esquina, partiu para a carreira solo. Em 1972, lançou o primeiro projeto, Disco do Tênis, e depois Via Láctea, que fez sucesso entre os críticos. Foram desses trabalhos que vieram alguns de seus maiores sucessos, como Equatorial e Ventos de Maio. Dedicado à música e às composições, Lô Borges nunca se casou. O artista, no entanto, conquistou o carinho dos fãs e o respeito dos demais músicos do gênero ao longo dos anos
Japonvar deixa Lontra para trás e fica em primeiro lugar no acesso à educação

Levantamento realizado pela Veredas Assessoria em Políticas Públicas Ltda, mostra que no norte de Minas, a qualidade da educação municipal é melhor em pequenos municípios. Os municípios com menos de 10 mil habitantes, no norte de Minas, têm melhor qualidade de ensino nas suas redes municipais do que aqueles com maior população e maior número de matriculados, na educação infantil (creche e pré-escola) e no ensino fundamental (5ª até a 9ª série). É o que demonstra um levantamento realizado pela Veredas Assessoria em Políticas Públicas Ltda, a partir da arrecadação do ICMS Educação, em 2.024. Em 2.024, os municípios de Japonvar e Lontra com menos de 9 mil habitantes e cerca de 1.000 alunos matriculados nas suas redes municipais de ensino, desbancaram Montes Claros com seus 418.381 habitantes e 48.547 alunos matriculados. Enquanto Japonvar arrecadou R$ 2.690.115, e Lontra R$2.614.937, Montes Claros arrecadou R$ 2.489.480,53, um pouco mais do que a capital do norte de Minas. Parece estranho, mas não é. A qualidade da educação é o maior parâmetro para o cálculo da pontuação e posterior arrecadação de cada município. A Lei nº 24.431, de 14/09/2023 alterou a Lei nº 18.030, de 12 de janeiro de 2009,(Lei Robin Hood) que dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios. Em Minas, 10% da arrecadação do ICMS deve ser distribuído para os municípios. Os principais critérios são: Índice de Desempenho Escolar; Adoção de medidas de equidade expressas no Índice de Rendimento Escolar; Atendimento Educacional e Gestão Escolar Que critérios são esses? Índice de Desempenho Escolar – taxa de participação dos estudantes nas avaliações; indicadores de nível socioeconômico dos estudantes, observadas as desigualdades entre os distintos grupos raciais e entre estudantes residentes em áreas urbanas e rurais. Este é o fator principal para ter uma boa arrecadação. Adoção de medidas de equidade expressas no Índice de Rendimento Escolar a) redução das desigualdades de acesso e permanência na educação básica, observadas as desigualdades entre estudantes negros e não negros e entre estudantes residentes em áreas urbanas e rurais; b) progressão dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, dentre eles os estudantes com transtorno do espectro autista – TEA. Atendimento Educacional, com apuração da taxa de atendimento educacional nos níveis e modalidades de ensino de responsabilidade do município, observando a) a oferta de educação em tempo integral; b) a ampliação do atendimento aos estudantes quilombolas e residentes em áreas rurais; c) a ampliação da taxa de alfabetização e escolaridade da população com 15 anos ou mais; Gestão Escolar – dados do censo escolar e indicadores de infraestrutura escolar, os recursos de acessibilidade, a formação dos profissionais de educação e a efetividade da gestão democrática das escolas, como eleição de diretores e participação social da comunidade escolar. Os dados são registrados e avaliados pela Secretaria de Estado da Educação. Esta elabora um Relatório e pontuação de cada município na área da educação. Encaminha à Fundação João Pinheiro que, junto com a Secretaria da Fazenda de Minas, calcula o índice de participação anual do ICMS de cada município. Os índices publicados em um ano são de informações e dados gerais de segundo ano anterior. Exemplo: os índices publicados, para o exercício de 2024, foram baseados em dados de 2022. Essa breve análise é sobre o valor da arrecadação. Estudos estão sendo feitos para avaliação e comparação dos critérios educacionais. BREVE ANÁLISE DO CRITÉRIO EDUCAÇÃO NA ARRECADAÇÃO DO ICMS, EM 2.024. REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO MUNICÍPIOS DO MÉDIO SÃO FRANCISCO DADOS COMPARATIVOS Critério ICMS – Educação Relatório Anual até 31 de agosto – SEE-MG A pontuação do critério Educação na distribuição do ICMS estadual garante um percentual significativo do total repassado aos municípios. Nos Critérios de distribuição percentuais do ICMS, o VAF – Valor Adicionado Fiscal tem 75,00% e a Educação tem 10,00%. Pontuação no ICMS Observa-se que o número de alunos matriculados, a partir da lei24.431/2023, não tem peso relevante nos novos índices calculados. A avaliação qualitativa é fundamental no estabelecimento de novos parâmetros. A tabela acima mostra que municípios com menos alunos matriculados receberam, em 2024, valores bem maiores que outros com grande número de alunos. Outro exemplo: Ibiracatu com seus 567 alunos matriculados, arrecadou R$ 2.378.673,67. Mais do que Januária com 4.716 matriculados que amealhou R$ 1.736.686,82, e Pirapora, com 4.653 matriculados, tendo a arrecadação de R$ 1.644.971,38. Outros municípios com menos de 10 mil habitantes e menos de 800 alunos matriculados como Campo Azul, Bonito de Minas, Luislândia e Verdelândia também superam Januária e Pirapora. “Os gestores municipais da educação devem repensar seus planos, programas e projetos, avaliando suas diretrizes, objetivos e metas, tendo como referência experiências exitosas de seus vizinhos muitas vezes desprezados”. comentou o presidente da Veredas Assessoria em Políticas Públicas Ltda, Álbano Silveira Machado Para mais informações (38) 99878-4055 Email: veredas.consultoria1@gmail.com
Nikolas e Zema estão entre os políticos mais rejeitados do país, aponta pesquisa

OPINIÃO PÚBLICA – Levantamento da Atlas Intel mostra que imagem negativa do deputado e do governador supera a aprovação popular Os mineiros Nikolas Ferreira (PL) e Romeu Zema (Novo) figuram entre as lideranças políticas com maior rejeição no país, segundo levantamento divulgado pela Atlas Intel. A pesquisa, realizada entre os dias 15 e 19 de outubro, ouviu cerca de 14 mil pessoas em todo o Brasil e tem margem de erro de um ponto percentual. De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados avaliam negativamente a imagem do deputado federal Nikolas Ferreira, um dos principais nomes da extrema direita nas redes sociais. A avaliação positiva dele é inferior à negativa, o que o coloca na mesma faixa de rejeição do líder da organização criminosa da trama golpista, Jair Bolsonaro (PL).: Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que tem se movimentado como pré-candidato à Presidência da República em 2026, também aparece com imagem mais negativa do que positiva. Segundo o instituto, 51% da população avaliam o governador de forma desfavorável. A pesquisa mostra que a insatisfação popular não se limita a um campo político. No topo da rejeição estão os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), com 83%, e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), com 68% de imagem negativa.: Outros nomes de políticos que aparecem na lista são Ciro Gomes (PSDB), com 62% de rejeição; Michelle Bolsonaro (PL) e Ronaldo Caiado (União Brasil), ambos com 53%; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, com 50%.
ONU condena chacina de Cláudio Castro no Rio de Janeiro

Alto Comissariado de Direitos Humanos pede investigação imediata e entidades denunciam política de confronto A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o massacre ocorrido no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, após a operação policial mais letal da história do estado, que deixou ao menos 136 mortos. O balanço foi divulgado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, após moradores retirarem 72 corpos de uma área de mata na manhã desta quarta-feira (29). A ação, conduzida sob o governo de Cláudio Castro, provocou indignação dentro e fora do país. Os corpos foram levados até a Praça São Lucas, na Estrada João Lucas, onde lonas foram estendidas para comportar as vítimas. Segundo testemunhas, os mortos foram encontrados na Serra da Misericórdia, principal ponto de confronto da operação, e em uma segunda área conhecida como Vacaria, onde ainda há relatos de cadáveres. O ativista Raull Santiago, que ajudou na remoção dos corpos, relatou nas redes sociais a dimensão da tragédia: “Mais lonas foram esticadas para dar conta dos corpos que estão sendo encontrados”, escreveu, compartilhando imagens da cena. Quatro policiais estão entre as vítimas Entre os mortos estão quatro policiais, e outros nove ficaram feridos nos tiroteios. A operação, segundo as autoridades fluminenses, tinha como objetivo o cumprimento de 100 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio. O principal alvo seria Edgar Alves de Andrade, o Doca, apontado como líder da organização nas ruas. Diante da escalada da violência, o Disque Denúncia anunciou recompensa de R$ 100 mil por informações sobre o seu paradeiro — o maior valor desde o caso de Fernandinho Beira-Mar, preso pela primeira vez em 2001. Reação internacional e cobranças da ONU A gravidade da operação repercutiu internacionalmente. O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos publicou nota afirmando estar “horrorizado com a operação policial em andamento nas favelas do Rio de Janeiro” e exigiu investigações rápidas e eficazes sobre as mortes. O órgão também lembrou que o Brasil tem obrigações internacionais no campo dos direitos humanos e deve garantir responsabilização e reparação às vítimas. #Brazil: We are horrified by the ongoing police operation in favelas in Rio de Janeiro, reportedly already resulting in deaths of over 60 people, including 4 police officers. This deadly operation furthers the trend of extreme lethal consequences of police operations in Brazil’s… — UN Human Rights (@UNHumanRights) October 28, 2025 A ONG Human Rights Watch também condenou a política de segurança do estado: “O Rio precisa de uma nova política de segurança pública, que pare de estimular confrontos que vitimizam moradores e policiais”, afirmou a entidade. Governo federal reage e PEC da Segurança é antecipada No Brasil, a operação teve forte repercussão política. A Defensoria Pública denunciou abusos e violações cometidos durante a ação. Diante da gravidade da situação, o governo federal determinou o envio de uma comitiva ao Rio de Janeiro e o presidente Lula convocou uma reunião de emergência com a cúpula da segurança pública. Em resposta, a Câmara dos Deputados decidiu antecipar a análise da PEC da Segurança Pública, proposta que busca aprimorar a integração entre as forças federais e estaduais. O governador Cláudio Castro, por sua vez, pediu ao Ministério da Justiça o envio de dez líderes criminosos presos para penitenciárias de segurança máxima — solicitação que foi atendida. O massacre do Complexo da Penha expõe mais uma vez a falência da política de enfrentamento armado nas favelas e reacende o debate sobre o modelo de segurança adotado pelo governo do estado. As cobranças da ONU e de entidades de direitos humanos colocam o Rio de Janeiro sob forte pressão internacional, exigindo mudanças urgentes para interromper o ciclo de violência que há décadas vitima moradores e agentes públicos.
Banana com casca – Governador Zema elogia chacina policial no Rio

Governador de Minas Gerais apoia operação no RJ que deixou mais de 120 mortos e critica governo federal, enquanto petistas reagem O pré-candidato à presidência da República, Romeu Zema (Novo), manifestou-se publicamente em apoio à operação conduzida no estado do Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortos. As informações são do UOL. Ele elogiou o chefe do Executivo fluminense, Cláudio Castro (PL), e criticaram o governo do Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — destacando falta de apoio federal à operação estadual. “Mais uma vez as forças policias do estado têm de enfrentar sozinhas essas facções terroristas”. Ele também afirmou que “o ministro [da Justiça e Segurança Pública] do Lula, em vez de ajudar, vem criticar o governador do Rio por ter enfrentado o Comando Vermelho”, disse o comedor de banana com casca. Na mesma linha, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) também pré-candidato à presidência da República, criticou o governo Lula: “Quero me solidarizar com o governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Parabéns!” e acrescentou que “essa posição, essa decisão de enfrentar o crime recebe o aplauso hoje do Brasil”. De acordo com a reportagem, ele afirmou ter sentido “muito orgulho ao ver as tropas de segurança do estado do Rio, policiais civis e militares, que mesmo sem a proteção e a participação do governo federal, para dar a eles estruturas para poderem ter mais cobertura no momento do ataque, eles foram de peito aberto.” Em contrapartida, os parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) reagiram com veemência. A bancada do partido na Câmara repudiou “a insistência do governador em uma estratégia de guerra, já exaustivamente fracassada, que faz da polícia fluminense uma das que mais mata e mais morre no mundo”. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou: “Os violentos episódios desta terça-feira no Rio, com dezenas de mortes, inclusive de policiais, bloqueio de rodovias e ameaças à população, ressaltam a urgência do debate e aprovação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional”. Enquanto isso, o governador Cláudio Castro cobrou o governo federal, dizendo que o estado está “completamente sozinho”. Segundo ele, o Rio fez três solicitações anteriores por blindados que não foram atendidas. Por outro lado, admitiu que não requisitou blindados para a operação mais recente. A pasta federal correspondente informou que não foi acionada e que não houve pedido oficial de apoio nas circunstâncias relatadas. As informações são do UOL.
VÍDEO – Ex-jogador Robinho expõe rotina na prisão: “Sem privilégios”

Condenado por participação em um estupro coletivo ocorrido na Itália em 2013, o ex-jogador Robinho está preso desde março de 2024 na Penitenciária de Tremembé (SP) O ex-jogador Robinho, preso na Penitenciária de Tremembé (SP), falou sobre sua rotina no regime fechado em um vídeo divulgado por uma entidade sem fins lucrativos. Ele negou veementemente receber qualquer tipo de tratamento privilegiado ou benefício em relação aos outros detentos. “A alimentação, o horário que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente”, afirmou o ex-atleta em entrevista ao GE. Robinho descreveu atividades comuns da rotina carcerária, como trabalho e lazer. “Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui que todos os outros reeducandos também são possíveis de fazer. Quando a gente quer jogar um futebol, é liberado quando não tem trabalho no dia de domingo”, disse. Sobre as visitas da família, ele comentou: “As visitas são aos sábados ou domingos. Quando minha esposa não vem sozinha, vem com meus filhos. A visita é igual e o tratamento é igual para todo mundo”. O ex-jogador também rebateu rumores sobre sua conduta dentro do presídio. “As mentiras que tem saído que sou liderança, que eu tenho problema psicológico. Nunca tive isso, nunca tive que tomar remédio, graças a Deus”, declarou. Ele enfatizou a hierarquia do local: “Aqui quem manda são os guardas, como falei para senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos”. Robinho cumpre pena de nove anos por estupro coletivo, crime pelo qual foi condenado pela Justiça Italiana. A sentença foi homologada no Brasil pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março de 2024. A defesa do ex-atleta já teve recursos negados, incluindo um pedido recente de redução de pena com base em um curso profissionalizante. Robinho conta como é a rotina na prisão. O ex-jogador foi condenado a 9 anos de prisão por estupro coletivo, e está preso na P2 de Tremembé, no interior de São Paulo. "Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca tive nenhum tipo de liderança… pic.twitter.com/jf3ieldlv6 — LIBERTA DEPRE (@liberta___depre) October 28, 2025
Operação mais letal da história expõe falência da segurança pública do RJ

Com 64 mortos, ação nas favelas do Alemão e da Penha reacende o debate sobre violência de Estado, racismo estrutural e ausência de políticas sociais. A megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 64 mortos, incluindo quatro policiais, e 81 presos. A ação, considerada a mais letal da história do estado, mobilizou 2.500 agentes e paralisou boa parte da cidade, com escolas fechadas, bloqueios em vias e moradores enclausurados em casa. A ofensiva faz parte da chamada “Operação Contenção”, programa permanente do governo bolsonarista de Cláudio Castro (PL) para conter a expansão do Comando Vermelho (CV). No entanto, as imagens que circularam nas redes sociais mostraram helicópteros atirando de cima, blindados destruindo ruas e famílias aterrorizadas dentro de suas casas. Para muitos parlamentares e especialistas, a operação é mais um capítulo de uma política de segurança centrada na letalidade e na espetacularização da violência, um padrão histórico de violência que não enfrenta as raízes do problema. “Tragédia nas favelas”, denuncia Jandira Feghali A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) criticou a diferença de tratamento das forças de segurança conforme o território onde atuam. “Quando precisam cumprir mandados de prisão nos endereços elegantes do andar de cima, as forças policiais agem com cuidado. Mas nas favelas, o resultado é o que vemos: população aterrorizada, sem poder sair para trabalhar e estudar, num cenário que lembra uma guerra – covarde, como todas as guerras”, afirmou. Para Jandira, a política de segurança do governador Cláudio Castro (PL) é “uma tragédia permanente” que transforma as comunidades em zonas de exceção, onde os direitos constitucionais são suspensos. “Os moradores dos complexos da Penha, do Alemão e de todas as comunidades do Rio merecem respeito”, concluiu. “Insegurança institucionalizada”, afirma Danieli Balbi A deputada estadual Danieli Balbi (PCdoB-RJ) classificou a operação como “ineficiente e desastrosa”, argumentando que o Estado “surrupia direitos fundamentais” em nome de uma guerra que atinge os mais pobres. “A operação instaura o caos e o medo e certamente não vai resolver o problema da insegurança pública. O governo do estado precisa prestar contas: quem são os mortos, os sobreviventes e os mandos que legitimam essa matança?”, questionou. Balbi, militante antirracista, afirmou que o espetáculo da morte substitui políticas públicas reais: “Sob a tutela de Cláudio Castro, prevalece o espetáculo da morte. A cada operação, um fuzil, um corpo, um silêncio cúmplice. A letalidade protege a narrativa de que ‘algo está sendo feito’, enquanto falha em garantir vida, educação, saúde e emprego.” Crítica à tentativa de culpar o governo federal O governador Cláudio Castro tentou dividir a responsabilidade, afirmando que o “poder bélico dos criminosos está sendo financiado via lavagem de dinheiro” e que as forças de segurança do Rio estão “sozinhas” nessa guerra. A fala provocou reação imediata no Congresso. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) rebateu o governador, acusando-o de “oportunismo político”. “Querer empurrar essa conta para o governo federal é muita cara de pau. Castro deveria explicar por que faz oposição à PEC da Segurança, proposta por Lula. É puro oportunismo”, disse. “Letalidade é pirotecnia que não resolve”, diz especialista Para o advogado e pesquisador José Carlos Pires, membro da coordenação da Associação de Advogados pela Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC) e autor de obras sobre segurança pública, as chamadas “megaoperações” produzem impacto midiático, mas nenhum efeito duradouro. “A operação vem, deixa um rastro de mortos e feridos, e depois tudo volta a ser como antes. A vida de violência e de ocupação nos territórios continua. Cria-se uma pirotecnia que ceifa vidas, inclusive de inocentes, e, dias depois, a realidade retorna”, afirmou Pires. O especialista ressaltou que o problema da criminalidade urbana não se resolve com confrontos, mas com ações permanentes e integradas do Estado. “A operação paralisa bairros inteiros — escolas, comércios, academias, tudo fica parado. O medo prevalece, tanto da atuação policial quanto do crime organizado. Sem políticas sociais e econômicas, o crime volta a dominar os territórios”, alertou. O contraponto: a inteligência contra a letalidade José Carlos Pires destacou ainda o contraste entre as ações no Rio e a recente operação da Polícia Federal em São Paulo, que desarticulou a estrutura financeira do crime organizado sem feridos nem mortos. “A PF atacou as finanças do crime com tecnologia, investigação e inteligência. O resultado foi muito mais eficiente e civilizado. No Rio, a opção é sempre pela letalidade”, comparou. Segundo ele, a insistência em estratégias de confronto direto reflete uma ausência de política pública coordenada, em que a polícia atua isoladamente, sem o suporte de políticas de educação, cultura, saúde e geração de emprego. Governador em contradição e disputa política O especialista também criticou as declarações do governador Cláudio Castro (PL), que afirmou que as forças do Rio estão “sozinhas” e pediram ajuda federal. Para Pires, a fala é contraditória e politicamente calculada. “O governador tenta transferir a responsabilidade ao governo federal, mas ao mesmo tempo se opõe à PEC da Segurança Pública, que busca integrar as forças dos estados e da União. É uma jogada de marketing eleitoral”, afirmou. Segundo Pires, a solução real exige cooperação entre municípios, estados e União, num processo planejado e contínuo. “Segurança pública não se faz com uma megaoperação, mas com presença constante do Estado e com políticas estruturantes”, completou. Letalidade como rotina O saldo da Operação Contenção — 64 mortos e bairros inteiros paralisados — reforça o diagnóstico de que o modelo de segurança pública fluminense está esgotado. Em vez de reduzir o poder das facções, as ações violentas reproduzem ciclos de medo e desconfiança entre Estado e comunidades. Para Pires, a militarização da segurança e a ausência de políticas sociais mantêm o Rio em um “estado de guerra permanente”, onde a morte substitui a política. “Enquanto o Estado não tratar a segurança como um direito e não como uma batalha, viveremos essa rotina de operações espetaculares e resultados pífios”, concluiu. Uma política que reproduz o medo A chamada “Operação Contenção”, criada pelo governo do estado como
Ocupando espaços – Mulheres 50+ impulsionam empreendedorismo

Líderes de mercado, elas impulsionam negócios e transformam desafios em oportunidades Para empresária Vera Lúcia Lopo, a maturidade traz também uma visão estratégica e empática que faz diferença na liderança. Foto: arquivo pessoal (arquivo pessoal.) Por Larissa Durães – O Norte De acordo com dados do Sebrae, cerca de 2,7 milhões de mulheres com mais de 55 anos são donas de seus próprios negócios no Brasil. O número revela a força do empreendedorismo feminino 50+, que cresce impulsionado pelo desejo de autonomia financeira e pela busca de novos propósitos. Esse movimento integra a chamada economia prateada, setor voltado às pessoas acima dessa faixa etária, que movimenta trilhões de dólares no mundo. A empresária Vera Lúcia Lopo, que atua há mais de 30 anos no comércio em Montes Claros, representa essa geração de mulheres que encontraram no empreendedorismo uma forma de reafirmar autonomia e propósito após os 50. “Tem dificuldades, sim, e muitas. Sobretudo, o principal desafio é a credibilidade, as pessoas acreditarem que você é capaz”, afirma. Para ela, a experiência de vida e profissional é um dos grandes diferenciais na gestão do negócio. “O meu segmento é algo que eu sempre sonhei e desejei. Tenho compromisso com o meu trabalho, com as pessoas, com a clientela e com a entrega. Isso para mim é muito importante, essa entrega de qualidade, de horário, e o respeito para com a clientela”, destaca. A maturidade, segundo Vera, traz também uma visão estratégica e empática que faz diferença na liderança. “Hoje a sociedade está doente. Tanto podemos falar da clientela quanto das pessoas que vêm trabalhar conosco. Já tive profissionais com TDAH, autismo e até mesmo esquizofrenia. Precisamos ter habilidade para lidar com essas pessoas, porque no nosso segmento dependemos de várias funções — design, cortador, impressor — e é preciso saber integrar essas diferentes realidades”, explica. Vera defende que o trabalho das mulheres dessa faixa etária contribui diretamente para o fortalecimento da economia. “Com certeza, o trabalho das mulheres 50+ vai elevar o PIB, tanto do nosso mercado local quanto estadual e até mesmo nacional”, ressalta. E deixa um conselho às que desejam empreender: “Após os 50, não tenha medo de arriscar. É um risco calculado, lógico, mas seja persistente, com a convicção e a certeza de que vai vencer. E procure ajuda, elas sempre virão”. A vice-presidente da Câmara da Mulher Empreendedora de Montes Claros (CME MOC), Cybelle Medrado, também destaca o papel fundamental das mulheres maduras no desenvolvimento econômico da região. “Montes Claros é um mercado importante. Vemos muitos movimentos acontecendo e espaços sendo abertos para as mulheres na cidade. Seja uma empreendedora de venda direta ou dona de uma grande empresa, todas estão se conectando. Montes Claros é uma cidade pulsante, e as mulheres podem, sim, empreender, gerar empregos e movimentar a economia”, avalia. Apesar dos avanços, Cybelle reconhece que as mulheres ainda enfrentam desafios ao conciliar o empreendedorismo com as responsabilidades familiares e a necessidade constante de provar sua capacidade em um mercado ainda desigual. Cybelle destaca a importância das redes de apoio e capacitação, como o Sebrae e a Associação Comercial, além dos grupos de mulheres empreendedoras que fortalecem conexões e oportunidades em Montes Claros. “E a experiência das mulheres acima de 50 anos é um diferencial que enriquece todo o ecossistema empreendedor”, conclui.
Lula reafirma diplomacia ativa e busca suspender tarifaço dos EUA em encontro com Trump

Em Kuala Lumpur, presidente brasileiro adota tom conciliador, defende soberania nacional e propõe diálogo direto com Washington para resolver impasses comerciais e políticos O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou neste domingo (26) o papel do Brasil como ator diplomático propositivo ao se reunir por 50 minutos com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, durante a 47ª Cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). O encontro, inédito entre os dois líderes, marcou uma inflexão no clima de hostilidade entre Brasília e Washington após meses de atritos comerciais e sanções políticas. Com uma postura conciliadora, Lula buscou reposicionar o Brasil como interlocutor confiável, afirmando que “não há razão para desavenças com os Estados Unidos”. O presidente cobrou a suspensão imediata das tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros e das sanções aplicadas a autoridades nacionais sob a chamada Lei Magnitsky. “Foi uma reunião franca e construtiva sobre a agenda comercial e econômica bilateral. As equipes dos dois países vão iniciar imediatamente as negociações para resolver as tarifas e sanções contra autoridades brasileiras”, afirmou Lula, destacando que a via diplomática deve prevalecer sobre o confronto. Proatividade e pragmatismo na defesa dos interesses nacionais A estratégia adotada pelo governo brasileiro reflete uma tradição da política externa lulista: combinar firmeza na defesa da soberania com pragmatismo econômico. Desde seu retorno ao Planalto, Lula tem buscado reconstruir pontes com parceiros estratégicos sem abrir mão da autonomia nacional. Ao abordar diretamente a questão tarifária, o presidente deixou claro que o Brasil não aceitará medidas punitivas unilaterais, mas tampouco deseja um rompimento. Segundo o chanceler Mauro Vieira, o diálogo abriu caminho para um “período de negociação bilateral imediata”, autorizado pelo próprio Trump ainda na noite de domingo. A decisão representa um avanço importante em meio à escalada de tensões iniciada após articulações do ex-deputado Eduardo Bolsonaro junto à Casa Branca, que resultaram nas tarifas e nas sanções contra autoridades brasileiras. Lula retoma protagonismo diplomático regional Além das questões comerciais, Lula também propôs atuar como mediador no diálogo entre Washington e Caracas, reafirmando o compromisso histórico do Brasil com a solução pacífica de controvérsias na América do Sul. O gesto reforça o esforço do governo brasileiro para restabelecer a credibilidade do país como potência diplomática regional, capaz de dialogar com todos os lados em um cenário geopolítico cada vez mais polarizado. “O Brasil quer ser parte das soluções, não dos conflitos”, disse o presidente, ao criticar a escalada militar norte-americana no Caribe e defender o respeito à soberania da Venezuela. Um novo capítulo na relação Brasil-EUA A reunião em Kuala Lumpur sinaliza um realinhamento entre Brasília e Washington após um período de desconfiança mútua. Ao insistir no diálogo direto, Lula recupera o papel que o Brasil exerceu em outros momentos de sua política externa: o de mediador e articulador de consensos, com ênfase na diplomacia presidencial e no multilateralismo. Mesmo diante de um interlocutor imprevisível como Donald Trump, o líder brasileiro conseguiu transformar um encontro cercado de tensões em uma oportunidade para reposicionar o país na cena internacional. Com tom sereno, foco em resultados concretos e discurso de cooperação, Lula reafirma sua marca diplomática: a de um Brasil altivo, disposto a negociar, mas sempre guiado pela defesa dos próprios interesses e pela busca de equilíbrio nas relações globais.