Queimadas prejudicaram 200 mil clientes da Cemig em 2023

De janeiro a maio deste ano, ainda no período chuvoso, mais de 11 mil clientes tiveram o fornecimento interrompido As queimadas são grandes causadoras de ocorrências no setor elétrico, além de prejudicar a qualidade do ar, a flora e a fauna. Em 2023, a prática provocou 442 incidentes na rede elétrica da Cemig, prejudicando o fornecimento de energia para 200 mil clientes. E, a partir desta época do ano, em que se configura o período seco, as queimadas costumam se intensificar. No ano passado, na Região Norte, a Cemig registrou 112 ocorrências de queimadas, que prejudicaram mais de 35 mil clientes. Neste ano, de janeiro a maio, no norte do estado, foram 10 interrupções no serviço, que prejudicaram cerca de 700 unidades consumidoras da companhia. Para reduzir o número de acidentes provocados por queimadas e conscientizar a população sobre os riscos dessa prática, a companhia realiza constantemente campanhas educativas com veículos de comunicação, redes sociais e entidades. Além disso, é importante destacar que fazer queimada pode ser considerado crime e levar a pessoa responsável à prisão. Uma ocorrência na rede elétrica pode deixar hospitais, comércios e escolas sem o fornecimento de energia elétrica. O engenheiro de Sustentabilidade da Cemig, Demetrio Aguiar, explica os danos que o incêndio pode causar à rede elétrica e também os prejuízos que essa prática pode causar à população. “As chamas danificam equipamentos – como postes, cabos e torres – e tornam o restabelecimento do serviço mais demorado, o que pode trazer transtornos para os clientes das distribuidoras. Além disso, o alto volume de fumaça pode trazer sérios danos à saúde, principalmente nesta época do ano em que doenças respiratórias são mais comuns. As pessoas precisam se conscientizar dos impactos causados por suas ações, pensar de forma coletiva e evitar dar início a focos de incêndio que podem tomar grandes proporções e causar muitos estragos”, alerta. Demetrio Aguiar também destaca que grande parte dos focos de incêndio é causada por ação humana. “Por isso, a companhia procura reduzir desligamentos provocados por queimadas que atingem o sistema elétrico alertando a população a respeito dos riscos e consequências, especialmente nesta época do ano, caracterizada por baixa umidade e vegetação seca”, ressalta. Dificuldade de acesso prejudica atuação da Cemig De acordo com Demetrio Aguiar, os equipamentos da rede elétrica, quando expostos às queimadas, têm seu funcionamento prejudicado, o que pode causar o desligamento de linhas de transmissão, de distribuição e subestações, bem como causar graves acidentes com pessoas que estão próximas a estas áreas. “Um dos maiores desafios para as equipes de campo é chegar ao local da ocorrência para fazer o reparo. Normalmente, são locais de difícil acesso e em áreas rurais muito amplas. Além disso, levar estruturas pesadas, como torres e postes, em áreas acidentadas, torna ainda mais complexa a manutenção das redes danificadas pelas queimadas”. Atuação preventiva e medidas de segurança Para minimizar ocorrências deste tipo em sua área de concessão, a Cemig realiza, constantemente, ações preventivas, investindo na limpeza de faixas de servidão, com poda de árvores e arbustos, além da remoção da vegetação ao redor dos postes e torres. A companhia também realiza inspeções em suas linhas de transmissão, para identificar e mitigar riscos potenciais e tentar evitar ocorrências causadas por queimadas. Somente em manutenção preventiva, a Cemig está investindo R$ 311 milhões em toda a sua área de concessão. Algumas medidas simples podem ser tomadas pela população para conter os riscos. As pessoas devem apagar com água o resto do fogo em acampamentos, para evitar que o vento leve as brasas para a mata, além de não jogar pontas de cigarros acesas na estrada ou em áreas rurais. Outra atitude consciente é não deixar garrafas plásticas ou de vidro expostas ao sol em áreas com vegetação, porque estes materiais podem criar focos de incêndio. Também existem restrições para a realização de queimadas mesmo quando permitidas por lei: não devem ser realizadas a menos de 15 metros de rodovias, ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia. A Cemig lembra, ainda, que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. Em caso de incêndios, a Cemig (116) e o Corpo de Bombeiros (193) devem ser avisados o mais rápido possível. Vale destacar que todos podem denunciar a prática de queimadas ilegais, de maneira anônima, ligando gratuitamente para o telefone 181. Tecnologia contra o fogo A Cemig investe na tecnologia do projeto Apaga o Fogo!, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Por meio da plataforma online www.apagaofogo.eco.br, que disponibiliza imagens em tempo real, a empresa e qualquer usuário voluntário podem identificar focos de incêndio em sua fase inicial. Essas imagens são processadas por algoritmos de inteligência artificial que podem validar – já no início – focos de fumaça, além de monitorar a evolução de um incêndio. A plataforma também permite a participação de internautas, que podem se cadastrar e auxiliar na identificação dessas queimadas. (Ascom-Cemig)
Polícia desarticula esquema de pirâmide financeira em Taiobeiras

Segundo a Polícia Civil, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Uma ordem judicial de prisão foi expedida, mas o alvo não foi localizado. A Polícia Civil realizou uma operação de combate a um esquema de pirâmide financeira em Taiobeiras e Indaiatuba nesta sexta-feira (7). A ação, denominada Ponzi, recolheu celulares, aparelhos eletrônicos, cartões de crédito e documentos contábeis durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão. Havia ainda uma ordem judicial de prisão, cujo alvo – sócio-administrador da empresa investigada – não foi encontrado. Segundo as informações divulgadas pela PCMG, a Justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores e expediu ordem de sequestro de veículos e imóveis registrados em nome de pessoas físicas e jurídicas investigadas. A medida tem como objetivo o ressarcimento dos valores investidos pelas vítimas. “Há indícios de que a empresa funcionava em esquema de pirâmide financeira, cujo sucesso apoiava-se no crescimento exponencial por parte de novos investidores, indicando uma população crescente em camada sucessiva, com promessa de rendimentos atrativos e bastante elevados em relação ao praticado normalmente no mercado”, detalhou a delegada Mayra Coutinho. Conforme a delegada, a empresa alvo da operação movimentou milhões de reais e causou prejuízos para um número ainda indeterminado de vítimas, a maior parte no Norte de MG. Sobre o esquema, a Polícia Civil detalhou que os investigados ofereciam rendimentos para o dinheiro investido, dessa forma os clientes captavam mais participantes. Conforme a pirâmide foi se afunilando, a empresa não pagava mais os rendimentos, o que levou ao seu fechamento. “Os alvos são pessoas físicas e jurídicas relacionadas ao investigado e, as medidas visam angariar outros elementos para subsidiar as provas já coletadas no inquérito policial que está em curso”, explicou. Esquema Ponzi é uma operação fraudulenta sofisticada de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve a promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos (“lucros”) aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio … Wikipédia
Viagem para a origem – Artesãos movimentam R$ 115 mil em vendas

A expedição “Viagem para a origem”, que levou lojistas de nove estados para conhecer e comprar diretamente dos artesãos do Norte de Minas, gerou R$ 115 mil em compras diretas e encomendas. A expedição “Viagem para a origem”, que levou lojistas de nove estados para conhecer e comprar diretamente dos artesãos do Norte de Minas, gerou R$ 115 mil em compras diretas e encomendas. O resultado foi divulgado pelo Sebrae Minas e pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico do Governo de Minas (Sede-MG). Entre os dias 20 e 25 de maio, o grupo visitou as cidades e núcleos de produção nos municípios de Pirapora, Januária, Cônego Marinho, Grão Mogol, Salinas e Taiobeiras. Compradores dos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Bahia, Alagoas, Sergipe, Ceará e Distrito Federal conheceram de perto o processo de produção e compraram o artesanato norte-mineiro. Ao todo, 19 artesãos comercializaram peças como as cerâmicas das Oleiras do Candeal, comunidade quilombola de Cônego Marinho; carrancas feitas de madeira em Pirapora e Januária; a arte em argila de Taiobeiras e do distrito de Ferreirópolis, em Salinas; as riquezas do artesanato Grão Detalhe, com peças inspiradas pela fauna e flora de Grão Mogol, além de itens produzidos por artesãos de cidades próximas às citadas acima. “Os bons números proporcionados pela expedição evidenciam a importância do artesanato para a região. O setor é um elo dentro da cadeia do turismo, uma vez que divulga a cultura e gera oportunidade de negócios. As cidades que já têm suas belezas naturais agregam renda ao despertar no turista o interesse pelas peças artesanais”, enfatiza o gerente do Sebrae na Regional Norte, Jadilson Borges. MERCADOS O empresário Marcos Marcelo é dono de uma galeria de arte em Aracaju e trabalha com arte popular brasileira. “A visita foi sensacional. Fiquei encantado com as peças feitas em argila do Candeal com a pintura primitiva, que traz o aconchego da cerâmica e a personalidade do artesão, dando uma estética mineira diferente de outros lugares, sendo exclusiva dessa região”, conta. Artesã do grupo Oleiras do Candeal, comunidade quilombola de Cônego Marinho, Nilda Muniz Faria revela que a chegada da expedição incrementou a renda, e conferiu visibilidade às produções. “A visita dos lojistas foi muito importante para mostrarmos nosso trabalho, e vendermos nossas peças. Essa conexão gera um vínculo maior entre a gente. Além de comprar, eles divulgam nosso trabalho em outros estados”, conclui. VIAGEM A “Viagem a Origem” foi promovida com o objetivo de aproximar artesãos de compradores nacionais, ampliando o acesso a novos mercados e promovendo a valorização da origem das peças, traduzida na qualidade do design, riqueza dos detalhes e diversidade de matérias-primas. O Sebrae Minas incentiva a venda do artesanato mineiro em grandes eventos do setor, dando mais visibilidade ao trabalho dos artesãos. Eles ainda têm acesso às soluções voltadas para a gestão dos negócios e novas metodologias de trabalho, que utilizam a inovação e o design para o desenvolvimento de novas coleções e produtos, priorizando a origem e a tradição local, além da promoção da cultura de cooperação entre as associações de artesãos.
Conab promove o fortalecimento da biodiversidade brasileira

É possível promover a biodiversidade a partir das práticas e saberes dos povos, com geração de renda: em 2023, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) operacionalizou mais de R$ 26 milhões com subvenções diretas aos extrativistas É possível promover a biodiversidade a partir das práticas e saberes dos povos, com geração de renda: em 2023, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) operacionalizou mais de R$ 26 milhões com subvenções diretas aos extrativistas. São beneficiados povos indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares extrativistas que vivem da coleta e usam recursos naturais com sustentabilidade, fomentam a conservação do meio ambiente e contribuem com a redução do desmatamento, como forma de minimizar os efeitos das mudanças climáticas. A aão, feita por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio), beneficiou cerca de 14 mil extrativistas com a garantia de renda, quando seus produtos foram vendidos por valores abaixo dos preços de referência. A PGPMBio garante um preço mínimo para 17 produtos extrativistas que ajudam na conservação dos biomas brasileiros: açaí, andiroba, babaçu, baru, borracha extrativa, buriti, cacau extrativo, castanha-do-brasil, juçara, macaúba, mangaba, murumuru, pequi, piaçava, pinhão, pirarucu de manejo e umbu. No ano passado, foram comercializadas quase 17 mil toneladas de produtos em todo o país, com destaque para a castanha de babaçu e o pinhão, que somaram mais de 88% do total pago. O fortalecimento de parcerias e ações direcionadas aos territórios estratégicos da sociobiodiversidade, em especial, na Amazônia brasileira, têm sido prioridade na atual gestão da Conab. “Pretendemos que a atuação da CONAB fortaleça os modos de vida dos povos e comunidades tradicionais e a promoção da biodiversidade. Além disso, realizar a sistematização de experiências e, com a participação das organizações sociais, possamos estabelecer, em conjunto com outros órgãos do governo federal que incidem nessa agenda, novas bases para a PGPMBio”, ressalta o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto. Na trajetória de sustentabilidade dos biomas, a PGPMBio tem feito a diferença na vida de muitos extrativistas. É o caso de Raquel Leal Andrade Ribeiro, da comunidade de Vila União, no município de Lontra, em Minas Gerais. “Antes desse apoio, os nossos produtos não eram pagos pelo preço justo, e isso nos desmotivava a continuar com a coleta”, lembra Raquel. “Esse recurso mudou a vida em nossa comunidade e nos dá mais força de vontade para trabalhar”. SANTO ANTÔNIO DO RETIRO Já Edson Antunes Barbosa, extrativista da comunidade de Sucuruiu, no município de Santo Antônio do Retiro, Norte de Minas, acessou a PGPMBio por meio da comercialização do pequi, já que vendeu o fruto por um valor abaixo do mínimo fixado pelo governo federal. Ele garante que o apoio traz mudanças para a biodiversidade local. “A segurança de preço na venda incentiva as pessoas de nossa comunidade a cultivar melhor o pequi, a reconhecer a importância desse produto que, até então, não era valorizado”, afirma. Para Nilson José da Cruz, extrativista da comunidade de Lameirão, no mesmo município, a influência da PGPMBio nas famílias em sua região vai além: “Desde que começamos a receber a subvenção, trabalhando juntos para coletar mais e melhor e cuidar da preservação, reforçamos ainda mais os laços no nosso grupo familiar”. Em Minas Gerais, a PGPMBio começou a tomar força em 2015 e teve um crescimento exponencial. Em 2024, a previsão é que o estado tenha cerca de 6 mil processos de solicitação, especialmente para o pequi do Bioma Cerrado e o pinhão na Mata Atlântica. No Estado do Maranhão, historicamente o maior operador da PGPMBio, o principal produto subvencionado é o babaçu, cuja coleta é predominantemente realizada por mulheres. Em 2023, foram disponibilizados R$ 14,2 milhões para 7.345 extrativistas em 37 municípios, o que corresponde a 6.457 toneladas de amêndoa. A extrativista Albeniza Barros da Costa dos Santos, do município de Zé Doca, no oeste maranhense, começou a trabalhar quebrando coco babaçu desde pequena, mas foi só na vida adulta, com a PGPMBio, que sua atividade transformou sua vida. “Antigamente, trabalhávamos para comprar um quilo de arroz ou farinha para comer”, recorda Albeniza. “Com o apoio dessa subvenção, nós conseguimos não só garantir a alimentação, mas melhorar nossas vidas no geral. Eu pude, aos poucos, construir uma casa e um lar para minha família”. O Dia Internacional da Biodiversidade, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 22 de maio de 1992, com o objetivo de alertar a população mundial sobre a importância da diversidade biológica e da preservação da biodiversidade em todos os ecossistemas, relembra a necessidade de promover ações em favor da qualidade de vida em todo o planeta. Nesse sentido, a PGPMBio insere-se como importante ação positiva do governo em favor da preservação dos ecossistemas brasileiros, e como comprovação de que as políticas públicas sociais podem estar alinhadas com a valorização da sociobiodiversidade e com os interesses global.
Bocaiuva recebe evento “Inspirience – rolê de Marketing Digital e Inovação” para pequenos negócios

Evento será realizado dia 20 de junho e soma inspiração e experiência para apoiar os pequenos negócios no ambiente digital Grandes profissionais de marketing digital e empreendedores de sucesso vão estar reunidos no Inspirience – rolê de Marketing Digital e Inovação, no dia 20 de junho, em Bocaiuva, no Norte do estado. A ação é resultado de uma parceria entre Sebrae Minas, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sicoob Credinor. As atividades serão realizadas das 14h às 20h, no Espaço D – avenida Prefeito José Maria Figueiredo, 2.312. As inscrições estão abertas e devem ser feitas pelo site Sympla . O evento é a junção de inspiração e experiência, com a apresentação de tendências e práticas do universo digital. Um dos palestrantes será o colunista da revista Exame e especialista em estratégia, João Branco. Ele é apontado como um dos profissionais de marketing mais respeitados do país. Foi líder da equipe que fez o McDonald’s se transformar em Méqui, e registrar todos os recordes de vendas da história do BigMac. “Essa é a segunda edição do evento que, em 2023, contou com grande público e trouxe excelentes resultados. Para esse ano, esperamos um interesse ainda maior dos donos de pequenos negócios, uma vez que eles precisam traçar estratégias para enfrentar desafios do mercado cada vez mais competitivo”, destaca o analista do Sebrae Minas Pedro Viana. O presidente da ACE/CDL de Bocaiúva, Rafael Wilke Caldeira, reforça a importância do evento para os empresários da região. “Temos um comércio forte, e aperfeiçoar as habilidades no meio digital é fundamental para o sucesso nas vendas e no atendimento ao cliente, temas que serão amplamente abordados pelos palestrantes”, enfatiza.
3º Festival gastronômico e cultural de Januária valoriza sabores e saberes do sertão mineiro

Evento gratuito apoiado pelo Sebrae terá a participação de nove empreendimentos participantes do Prepara Gastronomia Para fomentar o turismo gastronômico e valorizar a cultura local, será realizada, de 7 a 9 de junho, a terceira edição do Festival Gastronômico e Cultural de Januária* , no Norte do estado. Com entrada gratuita, o evento tem início às 18h, na Praça Patrocínio da Mota, no Centro da cidade. A realização é da Prefeitura em parceria com o Sebrae Minas. No Festival, nove empreendedores locais vão expor e comercializar pratos elaborados com apoio do programa Prepara Gastronomia – iniciativa do Sebrae Minas para capacitar os pequenos negócios do segmento de alimentação fora do lar. Ao longo desse ano, eles receberam orientações sobre gastronomia, precificação, marketing digital, inovação no cardápio e melhoria no atendimento. Na receita dos pratos do Festival, estão ingredientes regionais como frutos do Cerrado, carne de sol, farofa, rapadura, requeijão, queijo e cachaça. ”São itens que representam nossa identidade cultural, nosso modo de fazer e utilizar ingredientes originários das riquezas da nossa terra. Cada prato tem a sua história,” destaca o chefe de cozinha Afonso Bicalho. A importância de capacitar os empreendedores do setor de alimentação fora do lar é destacada pela analista da entidade Aline Magalhães. “A cada ano percebemos a evolução dos empreendedores do setor, e a valorização da nossa culinária e das nossas tradições”, reforça. Confira os estabelecimentos e os pratos que serão comercializados: Taty Cake – Cerrado em Fatia; Cozinha e Delivery -Sol do Sertão; Chapada Paulista – Velho Chico; Canoeira– Costela Canoa; Coisas da Roça – Caipira; Tutto Belo – Sertanejo; Zé Lucas – Bolinho das Gerais; Pequitinha – Picado de Arroz; Cachaça Caribé– Drink Ouro de Minas.
Quatro projetos de APLs do Norte receberão recursos da Fapemig

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), lançam a Chamada 010/2024 Tríplice Hélice – Arranjo Produtivo Local (APL). A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), lançam a Chamada 010/2024 Tríplice Hélice – Arranjo Produtivo Local (APL). Ao todo, serão investidos R$ 10 milhões em propostas submetidas por meio de parcerias entre as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação no Estado de Minas Gerais (ICTMG) e sociedades empresárias, startups e cooperativas inseridas em Arranjos Produtivos Locais (APLs) mineiros. Do Norte de Minas serão contemplados os APLs do Pequi de Montes Claros, da Apicultura de Taiobeiras, da Fruticultura do Jaíba e do Vestuário de Espinosa. Os participantes da chamada devem realizar a solicitação de cadastramento junto à Fapemig, até às 23h59 do dia 8 de julho. Já as propostas podem ser submetidas via Everest até às 17h de 15/7/2024. Segundo a gerente de inovação da Fapemig e uma das representantes da fundação no Núcleo Gestor dos Arranjos Produtivos Locais (NGAPL), Narrayra Granier Cunha, esse financiamento é fundamental para impulsionar a economia, promover a inovação e fortalecer o ecossistema de empreendedorismo em Minas Gerais. DESAFIOS Os projetos de pesquisa, de desenvolvimento tecnológico ou de inovação deverão atender demandas e desafios tecnológicos de sociedades empresárias, startups e ou cooperativas vinculadas a APLs mineiros, com foco em desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores. Os temas dos desafios podem ser consultados no Anexo 1 da chamada. O coordenador da proposta da ICTMG deve entrar em contato com a governança do APL demandante, para alinhamento sobre o escopo do projeto e recolhimento da carta de interesse. Ao todo, 15 APLs de todo o Estado de Minas Gerais, propuseram desafios. APL DO PEQUI O projeto do APL Pequi de Montes terá financiamento para as seguintes atividades: • Desenvolver método para retirada de odor da farinha de jatobá; • Desenvolvimento de produtos para PNAE (bolinho com farinha de macaúba, jatobá, buriti, biscoitos nutritivos, sucos processados com frutíferas nativas). • Desenvolvimento de óleo de pequi padronizado (prensado a frio e método tradicional). • Desenvolvimento de linha de cosméticos finos a base de macaúba. • Desenvolvimento de produtos à base de babaçu (castanha de mesocarpo). • Métodos de padronização de doces, geleias e barrinha de cereal. • Melhoria de processo logístico. • Desenvolvimento de equipamentos para extração de castanha de pequi e do baru. • Desenvolvimento de processos e equipamentos para extração do óleo do pequi. • Desenvolvimento de processos e equipamentos para a extração do mesocarpo do baru e babaçu. Quatro projetos de APLs do Norte receberão recursos da Fapemig O APL do Pequi de Montes Claros também receberá financiamento da Fapemig
CAGED | Abril teve o melhor saldo de contratações do ano em Montes Claros

O Governo Federal, através do Ministério do Trabalho, divulgou o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) relativo ao mês de abril. O estudo é realizado mensalmente, desde 1965, e utiliza informações enviadas por empresas de todos os municípios brasileiros sobre a contratação e demissão de trabalhadores. A pesquisa identificou que as empresas instaladas em Montes Claros, em abril, contrataram 4.633 trabalhadores e demitiram 4.251 profissionais, o que resultou em um saldo de 382 vagas, o melhor saldo de 2024 até agora. Já no acumulado do ano são 18.062 contratações, 17.389 demissões e saldo de 673 vagas. A maior parte do saldo de contratações foi propiciado pelo setor de Serviços (258). Merece destaque o fato de todos os setores pesquisados pelo Ministério do Trabalho apresentaram números positivos: Indústria (46), Construção (33), Agropecuária (26) e Comércio (19). Abril foi o 10º mês com resultado positivo na geração de empregos, nos últimos 12 meses, na maior cidade do Norte de Minas. Ainda segundo a pesquisa, nos últimos 12 meses foram 48.515 contratações e 45.122 demissões, o que correspondeu a um crescimento do mercado de trabalho em 3.393 postos, o que equivale a uma média de mais de 282 novas vagas de trabalho por mês.
Fundação Palmares certifica comunidade como área quilombola em São Francisco

Relatório Etnográfico foi realizado por mestranda da Unimontes A comunidade de Florentino José dos Santos do município de São Francisco, no Norte de Minas, foi reconhecida pela Fundação Cultural Palmares como área remanescente de quilombo. O trabalho do processo de reconhecimento foi realizado por Letícia Imperatriz, discente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Social (PPGDS) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Letícia Imperatriz, que também integra o Observatório Norte Mineiro de Violência de Gênero – da Unimontes, desenvolveu o relatório etnográfico submetido à análise da Fundação Cultural Palmares. O trabalho contou com o auxílio do pesquisador Wellington Coimbra, que realizou estudo sobre a referida comunidade em dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação (PPGE) da Unimontes. Localizada na área urbana de São Francisco, a comunidade de José Florentino dos Santos é integrada por remanescentes quilombolas e adeptos da comunidade tradicional de matriz africana Manzo diá Luango, totalizando mais de 70 pessoas. A mestranda Letícia Imperatriz explica que o reconhecimento pela Fundação Cultural Palmares garante diversos benefícios à comunidade quilombola em São Francisco. “O primeiro benefício é a garantia dos direitos identitários, pois a certificação reafirma a identidade dos membros da comunidade. Depois, são assegurados os direitos sociais que foram negados a eles – assim como todo ao povo negro e agora são retomados”, explica Letícia. O município de São Francisco possui cinco comunidades rurais reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares como remanescentes quilombolas: Buriti do Meio, Bom Jardim da Prata, Benedito Costa, Mestre Minervino/Angical e Caraíbas II. Agora, conta com a primeira comunidade quilombola certificada na área urbana: a Florentino José dos Santos. “A comunidade quilombola Florentino José dos Santos e comunidade tradicional de matriz africana Manzo diá Luango estabelece modos particulares de ser e entender o mundo, oriundos da africanidade e afro-brasilidade. Tais entendimentos configuram o título de quilombola e de povo tradicional, devido suas relações com a terra, a ancestralidade, a religiosidade, as filosofias e visões de mundo. Assim, dinamizam a luta, a partir de projetos que encruzam as questões e necessidades sociais e a tradicionalidade africana e afro-brasileira”, comenta Letícia Imperatriz. Ela lembra que já são desenvolvidos diversos projetos na área remanescente quilombola, inscrita nos programas Mesa Brasil e Cozinha Solidária, que realizam atividades para controle da vulnerabilidade alimentar dos seus componentes. Outro projeto implementado na área quilombola é o Folhas Ancestrais, projeto voltado para valorização da vida vegetal e a sustentabilidade, entendendo a necessidade de pensar e repensar a relação humana com o meio ambiente. História da comunidade A história da comunidade Florentino José dos Santos inicia com a chegada ancestral da comunidade “Seu” Florentino, oriundo da Bahia. Ele era um ex-escravo, que fugiu da escravização e assentou-se na cidade de São Francisco, onde conheceu Ana Maria Cardoso Vieira. Dona Ana Maria e seu Florentino casaram-se e tiveram filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Entre um processo e outro, a família se instalou no lugar em que a comunidade foi certificada. Durante muito tempo tiveram que conviver com a violência, a perseguição e o preconceito. Ainda assim, a comunidade resistiu mantendo suas tradições africanas e afro-brasileiras. Entre esses descendentes, Janice Cardoso, a responsável por contar a história que possibilitou resgatar a vida e força de “Seu” Florentino para a certificação. Após uma acomodação, a comunidade se viu em um processo de retomada de sua identidade. Assim Janice Cardoso dos Santos, seu marido José Ferreira Filho (Izominolê) e seus filhos Lázaro Cezane dos Santos Ferreira (Tata Makudiandembu), Lucas Rafael dos Santos Ferreira (Tat’etu Nidenvulo) e Ludmila Cristine dos Santos Ferreira (Kiambianzazi) dinamizaram a cultura. (Ascom/Unimontes)
Eu viro Carranca para defender o Velho Chico

Com o tema “Velho Chico. Revitalizar o Rio, preservar riquezas”, tem o objetivo principal deste ano de colocar em destaque a revitalização do Rio São Francisco, reconhecendo sua importância para a sustentabilidade ambiental, econômica e social de vastas regiões do Brasil. A campanha “Eu viro Carranca para defender o Velho Chico”, que tem como intuito dar visibilidade à necessidade de proteção e revitalização do Rio São Francisco, foi lançada no último dia 08 de maio deste ano, em Salvador. Desenvolvida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), a iniciativa, que já está em sua 11ª edição, conta com programação em quatro municípios cuja importância do rio é central para seu desenvolvimento – São Francisco (MG), Carinhanha (BA), Lagoa Grande (PE) e Delmiro Gouveia (AL). O CBHSF está determinado a garantir que a revitalização do Rio São Francisco, estabelecida pelo governo federal desde 2004, há exatos 20 anos, finalmente saia do papel e se torne uma realidade tangível para as comunidades ribeirinhas e para todo o Brasil. Consciente da importância vital desse plano para a preservação e sustentabilidade do Velho Chico, o CBHSF está preparado para cobrar e criar estratégias eficazes para sua implementação. A campanha será realizada no dia 03 de junho, data em que se comemora o Dia Nacional em Defesa do Rio São Francisco, nas 4 regiões da bacia (Alto, Médio, Submédio e Baixo) nas cidades de São Francisco (MG), Carinhanha (BA), Lagoa Grande (PE) e Delmiro Gouveia (AL), simultaneamente. Os eventos serão realizados em parceria com as prefeituras das cidades sede. A campanha “Eu viro Carranca para defender o Velho Chico 2024” busca sensibilizar a população sobre a importância da revitalização do Rio São Francisco e mopbilizar esforços para proteger esse patrimônio natural brasileiro.