Fundeb foi aprovado na Câmara, contra a vontade de Bolsonaro e Zema

 Com a orientação de todos os partidos, a Câmara aprovou na terça-feira (21) o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação — Fundeb. Mais cedo, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) denunciou que havia uma manobra dos governistas no sentido de esvaziar a votação boicotando a sessão. Como se trata de uma Proposta de Emenda Constitucional, ela precisa ser aprovada por 3/5 dos deputados em dois turnos; ou seja, precisa de 308 votos favoráveis. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) não assinou a carta em defesa do novo Fundeb. Até parece que Minas não precisa melhorar a educação pública. Também não assinaram o governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima (PSC);  de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL); do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC); de Santa Cataria, Carlos Moisés (PSL); e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). Eles não querem desafiar a autoridade de Bolsonaro. Carta em defesa do novo Fundeb Governadores de dezenove estados mais o Distrito Federal publicaram nesta segunda-feira (20) uma carta pedindo a imediata aprovação do substitutivo da deputada Professora Dorinha Seabra que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação — Fundeb. O documento aponta que o Fundo é o principal mecanismo de financiamento da educação básica pública brasileira. Leia a íntegra do documento: Nota pública em defesa do novo Fundeb O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação — Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica pública. Além de garantir um patamar mínimo de investimento por aluno em todo o País, reduzindo as desigualdades educacionais, o Fundeb, em razão de seu caráter redistributivo, concretiza a cooperação interfederativa em matéria educacional. Diante do iminente término da vigência do Fundo, faz-se necessária a urgente aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição — PEC que o torne permanente, eleve a participação da União no financiamento da educação básica e dialogue com as metas e estratégias previstas no Plano Nacional de Educação. Nesse sentido, os Governadores abaixo assinados manifestam apoio à imediata aprovação do substitutivo à PEC 15/2015, apresentado pela Deputada Federal Professora Dorinha Seabra Resende no último dia 10 de julho, considerando tratar-se de proposta derivada de amplo e democrático processo de discussão, a qual sintetiza formulações de diversos setores da sociedade e permite aos Entes Federativos avançar nos aspectos fundamentais da matéria: acesso, qualidade e valorização dos profissionais de educação. Assinam esta carta: GLADSON CAMELI Governador do Estacio do Acre RENAN FILHO Governador do Estado de Alagoas WALDEZ GÓES Govemador do Estado do Amapá RUI COSTA Governador do Estado da Bahia CAMILO SANTANA Govemador do Estado do Ceará IBANEIS ROCHA Governador do Distrito Federal RENATO CASAGRANDE Governador do Estado do Espírito Santo RONALDO CAIADO Governador do Estado de Goiás MAURO MENDES Govemador do Estado de Mato Grosso REINALDO AZAMBUJA Governador do Estado de Mato Grosso do Sul FLÁVIO DINO Governador do Estado do Maranhão HELDER BARBALHO Governador do Estado do Pará JOÃO AZEVÉDO Governador do Estado da Paraíba PAULO CÁMARA Governador do Estado de Pernambuco WELUNGTON DIAS Governador do Estado do Piauí FÁTIMA BEZERRA Governadora do Estado do Rio Grande do Norte ANTONIO DENARIUM Governador do Estado de Roraima JOÃO DORIA Governador do Estado de São Paulo BELIVALDO CHAGAS Governador do Estado de Sergipe MAURO CARLESSE Governador do Estado do Tocantins Brasília, 20 julho de 2020.

Mesmo usando máscara, Trump fica 8 pontos atrás de Biden na disputa presidencial dos EUA

O presidente Donald Trump sucumbiu esta semana ao usou de máscara com o objetivo de seduzir o eleitorado americano, mas, segundo nova pesquisa Reuters/Ipsos, divulgada nesta quarta-feira (22), o republicano está com 8 pontos de desvantagem em relação ao adversário democrata Joe Biden. De acordo com a sondagem, 46% dos eleitores registrados apoiariam o ex-vice-presidente na eleição de 3 de novembro e que 38% votariam no republicano Trump. Os 16% restantes estão indecisos, planejam apoiar um candidato de um terceiro partido ou podem não votar. Tanto a campanha de Biden quanto a de Trump vêm dedicando grande parte de seu tempo a cortejar os 16% dos eleitores indecisos, potencialmente influenciáveis, que poderiam levar uma eleição acirrada para qualquer um dos lados. A derrota no horizonte de Trump me trouxe à memória uma entrevista/reportagem na revista britânica The Economist, de dezembro de 2019. Nela, o editor Tom Standage, entrevista um programa de inteligência artificial chamado GPT-2, em São Francisco, na Califórnia, sobre o resultado das eleições americanas vou reproduzir abaixo a pergunta e a resposta: P: Você acha que Donald Trump ganhará um segundo mandato? A: Eu acho que ele não vai ganhar um segundo mandato. Eu acho que ele será derrotado nas eleições gerais. Segundo o levantamento publicado hoje, os indecisos são mais propícios a votar em Biden. Eles estão classificados entre os que não aprovam Trump, apoiam Biden, estão preocupados com o novo coronavírus e buscam um candidato que consiga recuperar a economia dos Estados Unidos. A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada pela internet entre os dias 15 e 21 de julho com 4.430 adultos, incluindo 3.744 eleitores registrados e 595 eleitores registrados que não apoiaram um candidato de um grande partido, e tem margem de erro de cerca de dois pontos percentuais para o grupo como um todo e de cinco pontos percentuais para eleitores indecisos ou que apoiam um terceiro partido. Blog do Esmael

Reforma da Previdência em Minas é a que mais penaliza o serviço público – Por Waldo Ferreira

Os servidores públicos estaduais trabalharão mais e se aposentarão bem mais tarde. Essa é uma das consequências nefastas contidas na reforma da Previdência do servidor público proposta pelo governador Romeu Zema (Novo), que está em tramitação na Assembleia Legislativa. As mudanças em Minas são particularmente ruins porque, ao contrário das congêneres apresentadas em outros estados, não se restringem à Previdência. Segundo estudo feito por uma empresa especializada, no texto está embutida uma reforma administrativa, que mexe com a carreira – acabando com a progressão – e a política remuneratória do servidor. Além de alterar os requisitos para aposentadoria, retira direitos relativos à remuneração. Sob o pretexto de conter o déficit, Zema quer aumentar as alíquotas e ainda criar uma contribuição extraordinária, que seria aplicada toda vez que o regime de previdência se mostrar deficitário. O aumento das alíquotas, diferentemente do que foi feito na reforma da previdência geral, não será progressivo. Pularia, de cara, para de 13%, mesmo para quem ganha menos (1 salário mínimo), evoluindo para 14% , 16% e 19%, dependendo da faixa salarial. Atualmente, o recolhimento é de 11%. O que joga por terra o discurso do governo de que quem ganha menos contribuirá menos. A reforma impacta especialmente os professores, que perdem nos quesitos tempo, idade e pontos. As mulheres passam a se aposentar com 57 anos de idade e 30 de contribuição, enquanto os homens com 60 anos e 30 de contribuição. Além disso, será preciso 20 anos no serviço púbico, 10 anos de carreira e 5 no cargo. Segundo o levantamento, isso faz muita diferença, porque quando o professor chegar à idade e tempo mínimos de contribuição não atingirá os pontos necessários, descobrindo, então, que terá que trabalhar cada vez mais. Pela proposta, para receber a aposentadoria integral serão precisos mais6 anos de serviço. Quem não quiser aguardar a idade pode optar pela média aritmética, que é a aplicação de um coeficiente do tempo de contribuição, o que gerará uma perda de 30% sobre o último salário. Ou seja, receberá apenas 70% do salário quando parar de trabalhar. As regras mexem na carreira, remuneração e retira direitos como quinquênios, férias-prêmio, adicional de desempenho (ADE) e afastamento remunerado de representante sindical. “Todas essas mudanças, somadas ao aumento da contribuição, provocará achatamento dos salários”, avalia o vice-presidente da Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), Rafael Baioni. Apesar das evidências, durante debate virtual para discutir a reforma, segunda-feira, Romeu Zema disse que os servidores são “privilegiados” e vivem numa ilha da fantasia. Waldo Ferreira é jornalista e assessor de comunicação da Adunimontes

Bebê de 7 meses de Montes Claros é a vítima mais nova da Covid-19 em Minas

 – Prefeitura  informou que a criança morreu na quinta-feira (16), mas o resultado do teste positivo saiu neste sábado (18); até então, o mais novo a morrer da doença era um menino de 2 anos, de Ipatinga Um bebê de 7 meses é a vítima mais jovem do coronavírus em Minas Gerais. A criança morreu na última quinta-feira (16), em Montes Claros, na região Norte do Estado, mas, segundo nota da prefeitura da cidade, o resultado do teste que confirmou a Covid-19 saiu apenas neste sábado (18). Até então, um menino de 2 anos, que faleceu no dia 6 de julho, em Ipatinga, no Vale do Aço, era o mais novo a morrer com a doença no Estado. A Prefeitura de Montes Claros informa o setor de epidemiologia do município entrou em contato com a família para dar orientações e devidas providências. Agora, subiu para 11 o número de óbitos na cidade, que tem 734 casos confirmados. A criança morreu no Hospital Universitário Clemente de Faria. A reportagem entrou em contato com a unidade, por meio do telefone fixo disponibilizado no site, mas foi informada que seria difícil ter acesso às infomações durante o fim de semana. Segundo matéria publicada pelo portal de notícias G1, o bebê teria começado a passar mal na segunda-feira (13), quando a mãe procurou pela primeira vez o hospital, com sintomas gripais leves e vômitos. Como não havia critérios para internação, a família foi orientada acompanhar em casa. Na quinta-feira (16), ele foi novamente levado à unidade, mas não resistiu. No caso do menino de 2 anos que morreu em Ipatinga, a criança tinha outras comorbidades. Já no caso do bebê de Montes Claros, a reportagem ainda não conseguiu informações sobre as condições de saúde da criança. Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) não soube informar o número de crianças e adolescentes que já morreram em Minas Gerais, mas prometeu passar os dados neste domingo (19). O Ministério da Saúde também não informou quantas crianças já morreram, mas, no boletim do dia 11 de julho, data da última atualização por faixa etária, o Brasil tinha registrado 4.036 hospitalizações de pacientes abaixo de 19 anos. Desse total, 1.040 tinham menos de 1 ano. Neste sábado (18), a Prefeitura de Ouro Branco, na região Central do Estado, informou que entre oito novos casos confirmados está uma criança de 1 ano e 9 meses, que passa bem, fazendo isolamento em casa. Fonte: O Tempo

Ecocrédito, é um programa de crédito ambiental que incentiva a preservação de recursos naturais

Na sexta-feira, 17, foi comemorado o Dia do Protetor de Florestas, também chamado de Curupira. Essa figura do folclore brasileiro é conhecida pelos seus cabelos vermelhos, pelos pés virados para trás e por ser associado com a proteção das matas. Com o objetivo de premiar e incentivar produtores rurais a preservar e recuperar áreas de relevante interesse ambiental, a Prefeitura de Montes Claros criou o Ecocrédito, um programa de crédito ambiental que incentiva a preservação de recursos naturais, a proteção de nascentes e o melhoramento das condições ambientais da fauna e flora. O Ecocrédito concede, para cada hectare preservado, um bônus anual de R$ 181,60. A compensação é feita com a entrega de cédulas especiais que podem ser usadas no pagamento de tributos municipais – IPTU, ISS, ITBI e Taxas Municipais. Podem também ser usadas para pagar lances em leilões de bens do município, ou pagar serviços voltados à preservação ambiental. O proprietário rural pode utilizar as cédulas para fazer compras em lojas, competindo então aos comerciantes usá-las no recolhimento de impostos da Prefeitura. O programa gera receita para produtores rurais do município que cuidam de matas e nascentes e adotam práticas conservacionistas de agricultura. Além do bônus, o município ainda disponibiliza arames para o cercamento das nascentes, beneficiando o produtor, o município e o meio ambiente. Além das áreas protegidas pelo Ecocrédito, o município de Montes Claros possui várias áreas de florestas, dentre elas, o Parque Estadual da Lapa Grande, localizado a 12 km do centro de Montes Claros, que possui cerca de 7,6 mil hectares, onde estão mananciais que fornecem água para cerca de 30% da população do município.

Sporophila maximiliani – Norte de Minas abriga bicudo que corre risco de extinção

O Norte de Minas está abrigando aves da espécie Sporophila maximiliani, popularmente conhecida como bicudo, que encontra-se criticamente ameaçada de extinção, por causa do tráfico de animais silvestres, mas foi reintroduzida na área da Reserva Particular do Patrimônio Natural Porto do Cajueiro, que fica em Januária. O projeto Bicudo é do fundador e voluntário da ONG Associação Para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá), Gustavo Malacco, que pleiteia o reconhecimento do selo “Semad Recomenda” para o projeto coordenador por diversas entidades, que busca reintroduzir no meio ambiente em Minas Gerais essa espécie. O projeto trabalha em parceria com criadores conservacionistas, que doam alguns dos animais para que possa ser realizada uma adaptação ao meio ambiente e posterior soltura, acompanhada por um monitoramento em campo. Essa iniciativa foi apontada pelo secretário Germano Vieira como a inspiração para o lançamento do selo. “O selo é muito importante para reconhecer e certificar as boas práticas ambientais e destacar o que tem sido feito de bom em Minas. Eu acho que é um ótimo momento e uma ótima oportunidade para que essas organizações se sintam motivadas e inspiradas a trabalhar novos projetos que contribuam para o meio ambiente”, diz Malacco. O Selo “Semad Recomenda” foi criado para valorizar o desenvolvimento de um meio ambiente ecologicamente equilibrado a partir de práticas de proteção e conservação ambiental. O selo foi oficialmente anunciado em fevereiro deste ano e que teve as regras do edital divulgadas na manhã desta terça-feira, dia 14 de julho, em evento virtual e transmitida por videoconferência, em razão da pandemia de Covid-19, e contou com a presença de autoridades do Governo de Minas, membros do setor empresarial, representantes do terceiro setor. O selo pretende reconhecer e agraciar aquelas ações que prezem pela conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade, por melhorias no saneamento, adoção de fontes de energia sustentável, ações de educação ambiental e incentivo ao turismo ecológico. Também tem o objetivo de promover a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade, podendo ser contempladas ações envolvendo a flora ou a fauna, silvestre ou doméstica; a redução da geração de resíduos sólidos e a promoção de seu reaproveitamento adequado; o fomento às ações de economia circular, dentre uma série de outras ações que promovam o desenvolvimento sustentável para Minas Gerais. A ferramenta não tem caráter de competição, concorrência ou aplicação de critério classificatório para distinguir os requerentes. O objetivo é reconhecer boas práticas e instigar a cultura de desenvolvimento de programas, projetos e iniciativas ambientais por parte da sociedade civil.

Covid-19: Ministério Público cobra esclarecimentos dos prefeitos do Norte de Minas

– Os 17 promotores de Justiça que atuam na área de saúde do Norte de Minas expediram ofício conjunto aos 86 prefeitos do Norte de Minas, pedindo esclarecimentos sobre quais medidas foram adotadas em relação à Pandemia Coronavírus, diante da decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que considerou constitucional o projeto ‘Minas Consciente’, com as ondas de flexibilização. No Norte de Minas, apenas 12 municípios aderiram ao projeto: Berizal, Bocaiuva, Brasilia de Minas, Buenópolis, Capitão Eneas, Claro dos Poções, Glaucilândia. Guaraciama, Jequitaí, Lontra, Ponto Chique e Ubaí. Na correspondência, os promotores questionam se – diante da decisão judicial – os municípios aderiram ao projeto ‘Minas Consciente’ ou a Deliberação 17, do Comitê Extraordinário Covid-19. Caso não tenha aderido a nenhuma delas, pede que os prefeitos explique a situação e justifique suas posições. Na quarta-feira a AMAMS realizou reunião para discutir o assunto, assim como na terça-feira os promotores de Justiça da área de saúde se reuniram em Montes Claros, quando saiu esse documento encaminhado a cada prefeito. No dia 12, o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, e cerca de 200 procuradores e promotores de Justiça, de todas as regiões do Estado se reuniram em Belo Horizonte para avaliar a situação. A ação requer que seja reconhecido o caráter vinculante da Deliberação nº 17 do Comitê Estadual Extraordinário COVID-19, para que os municípios que não aderirem ao plano ‘Minas Consciente’ cumpram as medidas de distanciamento social previstas na Deliberação nº 17. A decisão favorável do TJMG foi proferida na última quinta-feira, dia 9, pela desembargadora Márcia Milanez. Na reunião foram discutidos os efeitos práticos e jurídicos da decisão e foi apresentada para os órgãos de execução a sugestão de um fluxo institucional para a sua implementação. Foram ainda reavaliadas as estratégias para o enfrentamento do pico da crise que, em Minas Gerais, está previsto para os próximos dias. O procurador-geral de Justiça expôs dados do contágio pelo novo coronavírus em Minas Gerais, reiterando tratar-se do período mais difícil enfrentado pelo Estado desde o início da pandemia, o que justificou a proposição da ADC. Ele ressaltou que vem sendo verificado o agravamento do quadro epidemiológico e assistencial, inclusive com a carência de medicamentos necessários para o tratamento da Covid-19. Tonet ressaltou que os municípios permanecem com autonomia para escolherem entre aderir ao ‘Minas Consciente’ ou se vincularem à Deliberação nº 17. Segundo ele, o principal benefício da decisão do TJMG é a segurança jurídica e a uniformidade de tratamento que poderá ser dada à questão. Com fundamento nisso, foi proposto um roteiro de atuação para que sirva, respeitada a independência funcional de cada membro, como orientação institucional. O PGJ lembrou, porém, que há diferentes realidades espalhadas pelo Estado e que elas serão avaliadas pelos promotores de Justiça na tomada de decisão em cada município. As opções vão desde tratativas com os gestores municipais para adequação às normas, passando pelo ajuizamento de ações civis públicas, expedição de recomendações ou ofícios, até a comunicação à Procuradoria Geral de Justiça para que tome medidas administrativas ou mesmo interponha as devidas reclamações no TJMG. O coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), promotor de Justiça Luciano Moreira, apontou as sugestões para a atuação, levando em conta também os casos em que já há processos em andamento relacionados ao distanciamento social. “O melhor enfrentamento a essa pandemia não se dará localmente, mas sim em nível regional e estadual”, disse ele. (GA) Via Gazeta

Montes Claros limita bares e coloca 500 fiscais para proibir abusos

Foi publicado nesta sexta-feira (17) o Decreto 4074, onde determina que os bares e restaurantes da cidade funcionem no máximo até às 20 horas, assim como determina que 500 agentes comunitários de saúde passem a ajudar na fiscalização, junto com a Guarda Municipal; Polícia Militar; e fiscais da Secretaria de Serviços Urbanos. O Conselho Municipal de Saúde tinha proposto o fechamento dos bares e restaurantes, diante dos abusos cometidos em vários pontos da cidade, com aglomeração. Na sua decisão, o prefeito determina que as lojas de conveniências, bares, restaurantes e similares, cujo funcionamento encontra-se regulado no plano municipal, até às 22 horas, e aos finais de semana até às 23 horas, possam funcionar no máximo até às 20 horas. As restrições não se aplicam às lojas de conveniências, bares, restaurantes e similares localizadas nas margens das rodovias. O decreto determina que em caráter excepcional, até 500 agentes comunitários de saúde, designados mediante Portaria da Secretária Municipal de Saúde, sejam colocados à disposição da vigilância sanitária municipal, para incremento das atividades de prevenção ao contágio pelo agente Novo Coronavírus; e será voltada ao aspecto orientador da população e, após isso, não sendo respeitadas as regras sanitárias, imediatamente, os agentes deverão identificar as partes e as inconformidades sanitárias encontradas, para lavratura de auto de infração pelos agentes de fiscalização ou pela Guarda Municipal. Esses agentes comunitários de saúde, no exercício da função preventiva contra o contágio pelo agente Novo Coronavírus – SARS-CoV-2 receberão 50% de adicional, como estímulo à produção individual. O decreto determina que os agentes de fiscalização e a Guarda Municipal promovam a suspensão cautelar das atividades quando, após notificação, continuem descumprindo as regras sanitárias. Essa suspensão cautelar da atividade será fixada pelo prazo de 10 dias, prorrogáveis por igual período, a critério da Autoridade de Saúde. Também proíbe as reuniões particulares que tenham a participação de mais de cinco pessoas, sob risco de multa do proprietário ou locatário da residência no equivalente a 20 Unidades de Referência Fiscal de Montes Claros – UREF-MC, que é de R$ 37,51. A multa poderá ser elevada para UREF-MC, em caso de não interrupção imediata do evento, após notificação da fiscalização e ainda acionar a autoridade policial. O prefeito Humberto Souto justificou ontem que essa medida foi baseada em estudos técnicos da Universidade Federal de Minas Gerais, que são encaminhados para os Estados Unidos, onde são avaliados. Ele lembra ainda que Montes Claros teve de se adequar a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que manda se enquadrar nas normas fixadas pelo Estado. Souto aponta que a cidade tem aproximadamente 3.000 bares e restaurantes e que fixou o horário das 20 horas, bem melhor do que em São Paulo, onde se permitiu até às 17 horas. Via Gazeta

Bolsonaro posta foto com camisa do Galo, mas se recusa a usar a do Corinthians

Presidente mostrou algumas das diversas camisas de times para seus seguidores no Facebook O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) investiu seu tempo nesta quinta-feira (16) em mostrar para seus apoiadores nas redes sociais a coleção de camisas de futebol que possui. A cada pedido que recebia, mudava a vestimenta, tirava foto e publicava na internet. O presidente vestiu as camisas de Santos, Palmeiras, Fortaleza, Athletico-PR, Atlético-MG, Goiás, Internacional, Sport e Cascavel Futebol Clube. Cobrado por torcedores do Corinthians, ele respondeu apenas “??????” e “Corinthians está dentro”, mas não postou foto com a camisa do clube. Bolsonaro afirma ser torcedor do Palmeiras, rival do time alvinegro. Nas redes sociais, torcedores do Corinthians e integrantes de organizadas do clube ligados ao movimento antifascista comemoram. Guilherme Boulos (PSOL), que é corintiano, publicou “que honra para o timão!” O presidente divulgou que seus testes para contaminação pelo novo coronavírus deram positivo, e por isso tem tido rotina de trabalho à distância. No mesmo dia em que interagiu com seguidores vestindo as camisas de futebol, teve duas reuniões por videoconferência, uma pela manhã e outra à tarde. Além disso, participou, também por videoconferência, da posse do novo ministro da Educação, Milton Ribeiro.

Desemprego deve atingir 15 milhões no terceiro trimestre, diz consultoria

 – De acordo com a IDados, a partir da Pnad, este deverá ser o pico do desemprego em consequência da pandemia do Coronavírus De acordo com projeções da consultoria IDados, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, o desemprego em consequência da pandemia de Coronavírus só deve atingir o pico no trimestre encerrado em setembro, quando alcançará 14,5%. O estudo aponta que, entre julho e setembro deste ano, 15 milhões de trabalhadores podem ficar sem ocupação, pelos efeitos da crise. A estimativa considera tanto os trabalhos formais quanto os informais e, se confirmada, significaria uma taxa de desocupação recorde. Até agora, o maior porcentual registrado pela pesquisa foi de 13,7%, ou 14 milhões de brasileiros. O patamar foi observado em março de 2017, logo após a última recessão. No trimestre até maio, o País teve pela primeira vez um número maior de desempregados do que empregados, entre os brasileiros em idade para trabalhar. IBGE: 2,6 milhões perderam o emprego em sete semanas Entre a primeira semana de maio e a quarta semana de junho, 2,6 milhões de pessoas perderam o emprego devido à crise econômica aprofundada pela pandemia do coronavírus. A alta, de 26% no período, foi revelada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17). De acordo com o IBGE, 12.428 milhões de pessoas estavam desempregadas na quarta semana de junho. A taxa de desemprego ficou em 13,1%, a maior registrada desde o começo de maio, quando era de 10,5%. Cerca de 10,3 milhões (12,5% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social no final de maio. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (11,1 milhões ou 13,3% da população ocupada) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).