Enem reverte queda no número de pré-inscritos, com aumento de 8%

Mais de 4,6 milhões de pré-inscrições foram feitas até sexta. Para confirmar a inscrição, os candidatos não isentos precisam pagar a taxa de R$ 85 até esta quarta-feira (21) O número de pré-inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano teve um aumento de 8,2%. Foram mais de 4,6 milhões de inscrições até sexta-feira (16), quando terminou o prazo, frente 4,3 milhões em 2022. Os dados são do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação da prova. “O Inep recebeu 4.673.333 pré-inscrições para o Enem deste ano, revertendo uma curva histórica de queda. Nós estamos trabalhando para que os nossos jovens possam voltar a sonhar com mais oportunidades, para que conquistem o seu diploma na universidade”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, pelas redes sociais. Desde 2017, o exame vinha sofrendo queda no número de inscritos. Naquele ano, foram 6,1 milhões. Em 2022, esse número caiu para quase a metade, com pouco mais de 3,3 milhões de candidatos. Para confirmar a inscrição, os candidatos não isentos precisam pagar a taxa de R$ 85 até esta quarta-feira (21). Após esse prazo, o Inep terá o número final de inscritos no exame. As provas serão aplicadas nos dias 5 e 12 de novembro em todo o país. A aplicação do Enem PPL (para pessoas em privação de liberdade) e reaplicação ocorrem nos dias 12 e 13 de dezembro. A divulgação do gabarito será no dia 24 de novembro e os resultados sairão no dia 16 de janeiro de 2024. O Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é a principal forma de acesso à educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni). É também utilizado por instituições de ensino públicas e privadas para selecionar estudantes, com os resultados sendo utilizados como critério nos processos seletivos. O exame serve ainda de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para mais informações, acesse a página do Inep. Com informações da Agência Brasil

Sisu abre inscrições para ingresso em universidades públicas no 2º semestre

Começa nesta segunda-feira (19) o período de inscrições para os estudantes que desejam concorrer a uma vaga em universidades públicas e institutos federais pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Para se inscrever no processo seletivo, que possibilita o ingresso no segundo semestre letivo deste ano, o estudante deve ter realizado a prova do Enem em 2022. Podem se inscrever todos os participantes da edição 2022 do Enem que não declararam estar na condição de “treineiro” e tiraram nota maior que zero na prova de redação. A participação no Sisu é gratuita e as inscrições se encerram já nesta quinta-feira, dia 22 de junho. Para se inscrever, acesse o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, a plataforma do Ministério da Educação que reúne informações acerca dos processos seletivos que utilizam as notas do Enem para ingresso nas universidades. Para participar da seleção, é preciso ter uma conta no sistema “gov.br”. Quem já se cadastrou, deve usar as mesmas informações para acesso. Caso não tenha feito, será redirecionado pelo site para isso. Quando o cadastro é concluído, o próprio sistema recupera as notas obtidas no Enem. Os candidatos podem escolher até duas opções de curso e podem alterar as opções quantas vezes forem necessárias até o término do prazo de inscrição. Durante o período de inscrição, é possível acompanhar as notas de corte das opções de curso escolhidas e a classificação parcial do estudante O resultado da chamada regular deste Sisu será divulgado no dia 27 de junho e a matrícula destes estudantes deverá ser realizada entre os dias 29 de junho e 4 de julho. Os candidatos que não forem selecionados poderão ainda solicitar para participar da Lista de Espera do programa, que disponibiliza vagas remanescentes aos interessados. Este processo estará com inscrições abertas entre os dias 27 de junho e 4 de julho. Prouni e Fies Nas próximas semanas, o Portal de Acesso Único ao Ensino Superior vai abrir outros dois processos seletivos. São eles o Prouni e o Fies. O Programa Universidade Para Todos (Prouni), que oferece bolsas integrais e parciais de 50% em universidades privadas do país inteiro, estará com inscrições abertas entre os dias 27 e 30 de junho. Já o Fies, que é a modalidade de Financiamento Estudantil, terá inscrições entre os dias 4 e 7 de julho deste ano pelo mesmo portal.

Governo Lula implementa nova política de alfabetização para crianças brasileiras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta segunda-feira (12/6), por meio do Ministério da Educação (MEC), o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, uma nova política de alfabetização que visa garantir que todas as crianças brasileiras estejam alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental. A iniciativa tem como base a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE) e contará com um investimento de mais de R$ 2 bilhões ao longo de quatro anos. O objetivo principal é assegurar que todas as crianças brasileiras estejam plenamente alfabetizadas até o 2º ano do ensino fundamental e também recuperar o aprendizado de todas as crianças matriculadas no 3º, 4º e 5º ano, que foram impactadas pela pandemia. A nova política é baseada em cinco eixos principais: gestão e governança, formação de profissionais de educação, infraestrutura física e pedagógica, reconhecimento de boas práticas e sistemas de avaliação. O MEC oferecerá apoio técnico e financeiro às redes de ensino, enquanto estados e municípios também terão papéis e responsabilidades definidos. Durante a cerimônia de lançamento no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente Lula assinou o Decreto que institui o Compromisso. A partir da publicação oficial do documento, os estados e municípios poderão aderir à política por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec). Nos próximos 90 dias, espera-se que haja colaboração entre os entes federados para a formulação da política em cada território. No entanto, é importante destacar os desafios que serão enfrentados. Muitos municípios enfrentam dificuldades técnicas e financeiras para implementar a alfabetização, enquanto os governos estaduais nem sempre se veem como responsáveis por garantir esse direito. Além disso, o MEC tem falhado em seu papel de coordenação, assistência técnica e financeira. Dados da pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostram que em 2021, 56,4% dos alunos que concluíram o 2º ano do ensino fundamental foram considerados não alfabetizados com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Um estudo internacional conduzido pelo Inep, o Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), revelou que o Brasil ficou atrás de apenas cinco países em uma avaliação internacional de alfabetização realizada em 65 nações. A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, ressalta a importância da alfabetização para o desenvolvimento pleno das crianças e afirma que é responsabilidade de todos garantir esse direito. Estudos já mostraram que a não alfabetização causa perdas de potencial econômico e pressiona a demanda por serviços sociais. Cidadãos alfabetizados têm o dobro da renda. Cidadãos alfabetizados têm o dobro da renda dos não alfabetizados, além de terem mais oportunidades de emprego e acesso a melhores condições de vida. Para garantir o sucesso da nova política de alfabetização, serão adotadas estratégias de formação continuada para os profissionais da educação, com foco na prática pedagógica e no uso de métodos eficazes de ensino da leitura e escrita. Também serão implementadas ações para fortalecer a gestão escolar, garantindo que as escolas tenham a estrutura necessária para o ensino adequado, incluindo recursos didáticos e materiais de apoio. O reconhecimento de boas práticas será um elemento importante na política de alfabetização. Serão identificadas e divulgadas experiências exitosas de alfabetização em diferentes partes do país, de modo a incentivar a replicação dessas práticas e o aprendizado entre as redes de ensino. Outro ponto relevante é o estabelecimento de sistemas de avaliação para monitorar o progresso da alfabetização. Serão definidos indicadores e instrumentos de avaliação para acompanhar o desempenho das crianças, permitindo identificar eventuais dificuldades e direcionar as intervenções necessárias. A nova política de alfabetização do governo Lula representa um esforço significativo para enfrentar o desafio da não alfabetização no país. Ao priorizar a educação desde os primeiros anos de escolaridade, busca-se garantir que todas as crianças tenham as habilidades básicas de leitura e escrita, proporcionando um futuro mais promissor e igualitário. É importante ressaltar que o sucesso dessa política dependerá da efetivação das medidas propostas, do compromisso dos gestores públicos, da mobilização da sociedade e da destinação adequada de recursos para a área educacional. A alfabetização é um direito fundamental das crianças e um investimento essencial para o desenvolvimento do país. Além das medidas já mencionadas, a nova política de alfabetização do governo Lula também se compromete a fortalecer a parceria entre a família e a escola. Reconhece-se que a participação ativa dos pais ou responsáveis no processo de alfabetização é fundamental para o sucesso das crianças. Serão promovidas ações para engajar as famílias, oferecendo orientações sobre como apoiar o aprendizado em casa e incentivando a participação nas atividades escolares. Para atender às demandas específicas de crianças com necessidades especiais, serão implementadas estratégias de inclusão e acessibilidade, garantindo que todas as crianças tenham igualdade de oportunidades para desenvolver suas habilidades de leitura e escrita. A política de alfabetização também contempla o uso de tecnologias educacionais como recursos complementares ao ensino presencial. Serão exploradas ferramentas digitais, jogos educativos, aplicativos e plataformas online que possam enriquecer o processo de aprendizagem, tornando-o mais dinâmico e atrativo para as crianças. Além disso, o governo Lula pretende estabelecer parcerias com instituições públicas e privadas, organizações da sociedade civil e organismos internacionais, buscando recursos e expertise adicionais para fortalecer a política de alfabetização. O diálogo e a colaboração entre diferentes atores serão fundamentais para o sucesso da iniciativa. A nova política de alfabetização também se alinha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), em particular o ODS 4, que busca assegurar uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos. O Brasil, ao investir na alfabetização, contribui para o cumprimento desses objetivos globais e para a promoção da igualdade de oportunidades e do desenvolvimento humano. É importante ressaltar que a política de alfabetização é uma das diversas iniciativas do governo Lula voltadas para a melhoria da educação no país. Ela se integra a um conjunto de ações mais abrangente, que envolve desde a valorização dos professores até a ampliação do acesso à educação em todas as etapas,

Inscrições do Enem 2023 começam nesta segunda (5) e vão até o dia 16 de junho

Estudantes que pretendem realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023 já podem se inscrever para participar da prova. As inscrições começam nesta segunda-feira (5) e vão até o dia 16 de junho. O exame será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro deste ano em todo o território nacional. A inscrição deve ser feita diretamente na Página do Participante. Lá também é possível acessar outras informações importantes sobre o Enem, como a disponibilização de tutoriais para a realização da inscrição, cronograma e demais orientações. Pessoas que necessitarão de atendimento especializado durante a prova, como gestantes, lactantes, idosos ou pessoas com alguma deficiência, assim como aqueles que desejam solicitar tratamento por nome social, devem encaminhar as solicitações específicas pela Página do Participante também até o dia 16 de junho. Todos aqueles estudantes que não foram contemplados com a isenção da taxa de inscrição devem efetuar o pagamento da guia até o dia 21 de junho. O valor da inscrição no Enem 2023 é de R$ 85. Para ter sido isento do pagamento, estudantes pertencentes a famílias de baixa renda tiveram que comprovar suas condições socioeconômicas até o dia 28 de abril pela Página do Participante. No início do mês de maio, o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) lançaram o Edital do Enem 2023. Lá é possível ter acesso a todo o cronograma do processo seletivo do Exame, assim como direitos e deveres dos participantes inscritos, horários, documentações necessárias e demais informações importantes acerca das provas. Para ter acesso à lista de municípios que estarão aplicando o Enem em 2023, acesse este link. Se você deseja conferir as provas dos anos anteriores visando se preparar para esta edição do Enem, a página do Inep também disponibiliza as provas e os gabaritos.

Museu Regional vai sediar a 21ª Semana Nacional de Museus

O Museu Regional do Norte de Minas (MRNM), vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), terá uma programação especial, no período de 15 a 19 de maio, com atividades gratuitas como palestras, exibição de filmes, grupo de leitura e exposição de artes. As atrações estão inseridas na 21ª ediçao da Semana Nacional dos Museus, que tem como tema “Museus, sustentabilidade e bem-estar”. A iniciativa é do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM). O objetivo é promover, divulgar e valorizar os museus brasileiros. O coordenador do Museu Regional do Norte de Minas, Georgino Jorge de Souza Neto, destaca a relevância do evento. “A Semana Nacional de Museus é importante, pois, ao ofertar uma programação educativa e cultural para população, amplia o acesso e dá visibilidade aos espaços museológicos com atividades diversificadas, com o intuito de aumentar o público visitante e promover a valorização dos museus brasileiros. É uma iniciativa que busca sensibilizar para os espaços de memória, e instituições de preservação da nossa arte e história”, avalia o coordenador. O Museu Regional do Norte de Minas funciona no antigo Casarão da Fafil, onde reúne um importante acervo da memória, da cultura, folclore, educação superior, fazeres e dos costumes do Norte do estado. Para aqueles que desejam conferir a programação, participar e receber o certificado do evento, podem fazer inscrição no link www.even3.com.br/semanamuseus2023 Exposições Maio /2023 Exposição “Gesto Contínuo” (05/05 a 07/05): Exposição do artista Eduardo Fernandes, com curadoria de Fernanda Maia: apresenta obras que exploram a relação entre o corpo humano e o espaço, com foco na continuidade do movimento e na interação entre o ser e o meio que o cerca. A exposição ficará disponível até 27/05. Exposição “A Casa Mínima” (16/05 a 31/05): Com abertura em 16 de Maio, “A Casa Mínima” é uma homenagem ao pensamento de Alvar Aalto, que previa o espaço residencial com um formato de pequeno porte, porém com a grandeza de uma personalidade única, sendo esta é a proposta da designer e curadora Nany Ramos. A exposição ficará disponível até 31/05. Exposição Eco Art (20/05 a 26/05): A Eco Art é composta por 25 telas de serigrafia, dentro do contexto da Eco 92, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, encomendada pelo Banco Bozano. Os trabalhos trazem questões sobre ecologia e preservação da natureza, fazendo o diálogo entre Arte e Meio Ambiente. A coleção apresenta nomes como Beatriz Milhazes, Carlos Vergara, Daniel Senise, Siron Franco e Tomie Ohtake. Curadoria do MRNM. A exposição fica em cartaz até 26/05. Museu Regional do Norte de Minas Dias de funcionamento: segunda a sexta-feira Horário: 08h às 18h Endereço: Rua Coronel Celestino, 75 – Centro. Inscrição no link: www.even3.com.br/semanamuseus2023 Entrada grátis. Ascom/Unimontes

Instituto de Matemática abre inscrições para Olimpíada Mirim

Competição é voltada a alunos do ensino fundamental – (Tânia Rêgo/ Agência Brasil) O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) está com inscrições abertas para a 2ª Olimpíada Mirim (OBMEP), competição voltada a alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. Este ano, a novidade foi a inclusão de escolas particulares, depois do sucesso da primeira edição, quando participaram 2,7 milhões de estudantes de escolas públicas. As inscrições podem ser feitas pelas instituições de ensino ou secretarias de Educação até 16 de junho, no site da competição. O diretor adjunto do Impa e coordenador-geral da Olimpíada Brasileira de Matemática, Claudio Landim, disse que o objetivo é usar propostas lúdicas e criativas para transformar a relação das crianças com a matéria. Acrescentou que esta segunda edição traz muitos desafios, entre eles despertar o interesse das crianças pela matéria, envolver os professores dos primeiros anos do ensino fundamental, além de ampliar a participação das escolas. “Este ano, convidamos pela primeira vez os colégios privados para esta festa da matemática”, afirmou o coordenador. Segundo Landim, a inclusão das escolas privadas permite que um número maior de alunos tenha acesso a material didático que estimula o raciocínio lógico, a exemplo do que já acontece com a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) que, desde 2017, conta com a participação das instituições particulares. Fases A Olimpíada Mirim-OBMEP será realizada em duas fases, que serão aplicadas pelas escolas. A primeira está marcada para 28 de agosto e consiste em prova classificatória, composta de 15 questões de múltipla escolha. Os estudantes classificados nessa etapa poderão participar da segunda, no dia 9 de novembro, também com 15 questões objetivas. O conteúdo das provas corresponde ao grau de escolaridade dos alunos, que são divididos nos níveis Mirim 1 (2º e 3º anos do ensino fundamental) e Mirim 2 (4º e 5º anos do ensino fundamental). Aos melhores classificados serão dados certificados digitais correspondentes a medalhas de ouro, prata e bronze. Claudio Landim lembrou que as inscrições devem ser feitas exclusivamente pelas escolas públicas municipais, estaduais, federais, secretarias de Educação e escolas privadas. O responsável pela candidatura deve informar o número total de alunos participantes por nível (Mirim 1 e Mirim 2), mas não é necessário inscrever nominalmente cada estudante. A inscrição das escolas públicas é gratuita; já as particulares têm que pagar taxa de inscrição. A Olimpíada Mirim-OBMEP é realizada pelo Impa com o poio da B3 Social, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). A competição é promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação.

Mais livros e menos clubes de tiro – Lula anuncia retorno de políticas para leitura

Secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, conta com respaldo da ministra da Cultura, Margareth Menezes – Marcelo Camargo/ Agência Brasil  Direito inalienável de todo ser humano, a leitura vai muito além dos livros e trata-se de jeitos de ler o mundo, na análise de Paulo Freire. Com esse mote, o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) voltará a ser uma política importante durante o novo governo Lula, que anunciou iniciativas conjuntas entre ministérios, especialmente os da Cultura e da Educação. As políticas de incentivo à leitura extrapolam o universo do tradicional livro em papel e tentam compreender a nova realidade e as novas ferramentas da comunicação, cada vez mais digitais e descentralizadas, graças às redes sociais. À frente da Secretaria de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura, Fabiano Piúba reforça que esses conceitos já existiam e começaram a ser implementados, mas foram ignorados durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). “O presidente Lula, no ano passado, ainda no processo da campanha, tanto falava da dimensão da cultura, das artes, como trazia de uma maneira muito poderosa o papel do livro, quando ele dizia ‘mais livros e menos armas’. Ou ‘mais bibliotecas e menos clubes de tiro’. Então, essa dimensão metafórica e simbólica do livro e da leitura é vital neste momento”, conta Piúba, que participou do plano em mandatos passados de Lula. “Lembro que era uma meta que nós pudéssemos implantar pelo menos uma biblioteca em cada município brasileiro. Naquela ocasião, realizamos um censo nacional sobre as bibliotecas do Brasil, visitamos todas, fizemos um retrato muito crítico com a ideia de implementar bibliotecas. Naquela época eram em torno de 1300 municípios sem bibliotecas. Em 2010, conseguimos atingir essa meta. Atualmente, são mais de 800 municípios sem biblioteca e a ideia não é simplesmente implantar de novo, é reabrir essas bibliotecas e modernizar as que já existem”, anuncia. Criado em 2006, em acordo assinado pelos então ministros Gilberto Gil (Cultura) e Fernando Haddad (Educação), o PNLL partiu de premissas semelhantes e definiu quatro eixos que ainda serão norteadores: a democratização do acesso ao livro; a promoção da leitura por agentes treinados, a comunicação voltada ao imaginário da leitura e dos livros na sociedade; e o fomento à cadeia produtiva do livro, o que envolve escritores, editoras e distribuidores. Essas frentes que buscam despertar o envolvimento comunitário sobre a importância do conhecimento e do respeito à diversidade. De acordo com o filósofo João Castilho, que foi Secretário Executivo do PNLL durante sete anos não consecutivos, o desenho do programa é criado em torno das bibliotecas públicas e direcionado, primordialmente, a atender às diferentes necessidades dos leitores. “Nós temos uma larga experiência já realizada no Brasil de outros programas que demonstram com toda clareza que as bibliotecas pública, escolar e comunitária são as iniciativas principais de democratização do acesso ao livro e a leitura. Contempla um segundo eixo do PNLL que é a mediação de leitura. É fundamental ter um mediador de leitura e não precisa ser ninguém formado, especializado. Pode ser a mãe, o pai, o professor, o agente comunitário, alguém que faça essa ponte, que apresente o livro às pessoas, que tire a ideia de que o livro é para poucos; o livro é para todos”, afirma. Promoção da leitura quer pegar carona no PAC O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é tido como uma das chaves para a distribuição de livros de forma mais direta e com um alcance mais variado do que as estruturas públicas convencionais. Segundo Piúba, experiências internacionais demonstram a eficiência da ampliação e diversificação do acesso, o que no Brasil poderia ter o impulso do ambicioso plano de infraestrutura retomado no atual governo. “Vamos apresentar dentro do Minha Casa, Minha Vida [programa habitacional do governo Lula] para que as famílias ao receberem as chaves já ganhem uma mini biblioteca com literatura brasileira, clássica, contemporânea, para que tenha um espaço para formação leitora”, comenta o secretário, mencionando também o desejo de as casas já serem equipadas com uma estante para abrigar esse material. Castilho lembra que a iniciativa já havia sido pensada em anos anteriores e incluiria um acervo de 10 a 12 livros por família, iniciativa que seria reforçada por bibliotecas coletivas em cada conjunto habitacional. “Ou seja, teria uma ação de leitura naquela região, onde todos contariam com os livros e não seria um tipo de livro para cada, mas poderia haver até um intercâmbio, para que a biblioteca se movimentasse na comunidade”, afirma o filósofo. Outra proposta apresentada para análise do PAC, segundo Piúba, é a de incluir a construção de bibliotecas-parque em diversos territórios, principalmente nas periferias das capitais ou em grandes cidades do interior. “Experiências como as de Medellín, na Colômbia, produzem, para além da própria leitura, outros serviços sociais, que tornam a relação orgânica com a comunidade”, comenta. Do ponto de vista escolar, há planos do Ministério da Educação que tentam acelerar a criação de acervos dentro das escolas, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), regulamentado em 2020. De acordo com a socióloga Marcele Frossard, da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, é possível aferir quanto deve ser investido ao ano por aluno de cada etapa escolar a partir de levantamentos e indicadores. “O direito à leitura está relacionado ao direito à educação. E para se concretizar, a gente reforça a importância em investir na formação dos profissionais que atuam nessa área. Também é importante a infraestrutura. Nem todas as escolas têm espaços para que exista uma sala destinada para a criação de bibliotecas e isso é fundamental para que esses livros circulem e para que esses estudantes e a comunidade escolar tenham acesso a esses livros”, comenta Frossard. Cruzada ideológica freou mercado do livro e qualidade das obras  Especialistas alertam que nenhuma dessas iniciativas será constante se não forem consolidadas em políticas permanentes de Estado, que resistam a eventuais mudanças de governo. Nesse sentido, há o respaldo da lei 13.696, sancionada em 2018, e que estabelece a reavaliação das metas e

Professora que participou dos atos golpistas é demitida

A professora universitária Sandra de Moraes Gimenes Bosco, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), detida enquanto retornava dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília (DF), foi demitida da universidade. A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo desse sábado (29/4). Ela estava afastado do cargo desde o dia 9 de janeiro, quando se tornou alvo de um processo administrativo da universidade para apurar a  participação nos atos golpistas. A professora trabalhava no Instituto de Biociência, do campus Botucatu. A decisão informa a punição como “resultado do processo administrativo disciplinar”, mas não detalha os fundamentos da demissão. A professora foi detida pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no dia 9 de janeiro, enquanto retornava de Brasília em um ônibus juntamente com outros 44 extremistas. Na época, a PRF informou que os passageiros do veículo confessaram que participaram da invasão.

Montes Claros irá contar com o Centro de Convenções da Educação

Montes Claros irá contar, muito em breve, com o Centro de Convenções da Educação, um espaço multiuso para a realização de feiras, palestras, seminários, congressos e apresentações artísticas, entre outros eventos. O Centro de Convenções, cuja construção está em fase final, está sendo edificado pela Prefeitura de Montes Claros no coração da região norte da nossa cidade. De acordo com o vice-prefeito e secretário de Serviços Urbanos de Montes Claros, Guilherme Guimarães, o Centro de Convenções faz parte do projeto da Prefeitura de construir a “Montes Claros do Futuro”. “A Prefeitura está investindo em obras que, além de atender ao seu fim direto, contemplam a cidade de forma integral. E o Centro de Convenções traz esse conceito, ao descentralizar conhecimento, capacitação, cultura e arte”, explica. Segundo o vice-prefeito, a obra havia sido abandonada em 2009, mas “a Prefeitura de Montes Claros refez o projeto e retomou a obra, projetada inicialmente para oferecer espaço para a qualificação dos profissionais do sistema educacional do Município”. O Centro de Convenções contará com ampla área externa, salas para oficinas e palestras, e um auditório com capacidade para 400 pessoas, com acessibilidade, tratamento acústico e equipamentos apropriados, além de estacionamento, lanchonetes e estrutura de logística. “Montes Claros é conhecida como a ‘Cidade da Cultura’, e esse auditório, com cara de teatro, vai possibilitar levar arte e cultura para quem mais precisa, e que muitas vezes não tem acesso”, destaca Guimarães. Segundo o vice-prefeito, o espaço também irá fortalecer o turismo, tendo em vista que está estruturado para a realização de feiras e eventos técnicos. “É importante dizer que o Centro de Convenções faz parte da revitalização da região onde estão sediadas as indústrias de Montes Claros. O bairro Cidade Industrial está recebendo pavimentação, o bairro Vitória está recebendo escolas, ou seja, a Prefeitura organiza ainda mais a infraestrutura, sempre pensando a cidade em todas as dimensões – econômicas, sociais, culturais e ambientais”, conclui.

Audiência pública – Novo Ensino Médio recebe nota zero em Montes Claros

Montes Claros diz não ao Novo Ensino Médio. Esta é a conclusão da audiência pública, realizada na manhã dessa quinta-feira (27/4), no plenário da Câmara Municipal, agendada pelo vereador Daniel Dias (PCdoB). Para os debatedores, a instituição do Novo Ensino Médio, na verdade, será a privatização do ensino público, resultado de uma pressão da iniciativa privada, disposta a “abocanhar o segundo maior orçamento da União”. Segundo professores e estudantes, a reforma, idealizada em 2017, caminha para a precarização da educação e dos educadores. “A educação está sendo rendida”, disse uma estudante do 3º ano do Ensino Médio, enquanto professores, uníssonos, pediram a revogação do Novo Ensino Médio. Resumindo, a audiência pública na Câmara Municipal de Montes Claros serviu para alinhar o sentimento dos profissionais da educação da cidade com o de outros municípios brasileiros, que já fazem manifestação pela revogação do Novo Ensino Médio, o que deverá ser acatado pelo Governo Lula, como sinalizou a suspensão da implementação da reforma por 60 dias. Presidente da Comissão de Educação do Legislativo, o vereador Daniel Dias disse que o Novo Ensino Médio foi implantado através de uma medida provisória sem nenhum tipo de estudo aprofundado e que isso tem gerado aflição na comunidade escolar. Para o parlamentar, a principal questão foi a rapidez com que a proposta foi implantada, na qual existem mudanças drásticas na grade curricular dos alunos e na necessidade dos professores terem que se adequar. “Temos visto que propostas, mal elaboradas, que envolvem grandes mudanças que têm dificultado a vida da população. Prova disso, temos as reformas da previdência e a trabalhista que foram elaboradas de forma drástica”, enfatizou Daniel. De acordo com o Ministério da Educação, o Novo Ensino Médio tem o objetivo de ampliar o tempo mínimo do estudante na escola de 800 horas para 1.000 horas anuais e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ofertando diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional. DISCREPÂNCIA Contudo, a diretora do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro), Isabela Catrink, destacou que os informativos itinerários propostos na nova legislação trazem uma discrepância na qualidade de ensino fornecido entre as escolas públicas e privadas. “Enquanto as instituições da rede privada têm como disciplina itinerária de robótica a rede pública tem aula de como fazer brigadeiro gourmet. A desigualdade educacional é grande e isso impactará diretamente nos nossos alunos”, ponderou a diretora. Fernando Andrade é professor de história e já atua em escolas que oferecem o novo ensino médio. Segundo ele, foram retiradas disciplinas de história para colocar a de “receitas” no lugar. “Substituíram minhas aulas por outros conteúdos totalmente aleatórios, os quais não fui preparado para lecionar. Estou dando aula em três turnos, pois, aumentaram a quantidade de horas e disciplinas – agora são 21 por semana. Alunos de escola pública não conseguem acompanhar. Já as escolas particulares estão colocando essas matérias em outros turnos e cobrando a mais na mensalidade”, pontuou o professor que leciona nas escolas CAIC do Maracanã e Planalto Rural. O estudante Gabriel Soares Alves, diretor social do Grêmio Estudantil do INFMG, ressaltou que a implantação do novo ensino médio foi mal planejado, sendo necessária uma reavaliação, pois exclui disciplinas importantes que desenvolvem o senso crítico e democrático dos estudantes. “As escolas também não estão preparadas para receber esse novo ensino. Talvez se fosse melhor planejado feito de maneira adequada agregaria o futuro desses jovens”, finalizou. Presidente do Sind-UT, Célio Moreira informou que os servidores da educação do Estado de Minas Gerais fizeram greve, nessa semana, reivindicando o pagamento do piso salarial nacional e a revogação do novo ensino médio.