Daniel Noboa derrota Luisa Gonzalez no 2º turno e é o novo presidente do Equador

Novato na política vence Luisa González, candidata de Rafael Correa, e vai governar até maio de 2025 – Apoiado por partidos de direita, ele se tornou a pessoa mais jovem a chegar ao cargo, aos 35 anos O apelo ao que seria um “novo Equador” foi mais forte que a proposta de retomar o caminho traçado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) na eleição antecipada para a presidência do Equador, que teve o segundo turno neste domingo (15). Com 89,29% das urnas apuradas, o candidato empresário Daniel Noboa, da Ação Democrática Nacional, obteve 52,3% dos votos válidos (4.809.867), ante 47,7% (4.386.874) da correísta Luisa González, da Revolução Cidadã, segundo o Conselho Nacional Eleitoral. A essa altura, González já reconhecia a derrota. “Esse é um projeto político de país, que busca melhores dias para os equatorianos. Aos que não votaram na gente, nossos cumprimentos, porque ganhou o candidato que vocês elegeram”, afirmou a candidata. “Jamais sairemos gritando ‘fraude’.” Ela agradeceu “ao povo equatoriano, aos milhares de cidadãos que caminharam ao nosso lado”. E estendeu a mão ao presidente eleito. “Chega de ódio, de polarização. O Equador precisa se curar. (O vencedor) pode contar conosco para um acordo comum, de pátria”. Daniel Noboa, que será o presidente mais jovem da história do Equador, aos 35 anos, terá assim a chance de mostrar uma característica que propôs durante a campanha, de ser um caminho intermediário entre a Revolução Cidadã, a única coalizão de esquerda a disputar esta eleição, e a oposição a ela, representada pela maioria dos demais candidatos. Na hora de votar, ele postou na rede social X (antigo Twitter) que “é hora de esperança, de mudança, de um novo Equador”. Noboa é filho de dois políticos conhecidos no Equador: Alvaro Noboa, um dos homens mais ricos do país e candidato presidencial em cinco ocasiões, e Anabella Azín, médica, deputada e legisladora da última constituinte, em 2007. É empresário e novato na política. Foi eleito pela primeira vez em 2021, para o cargo de deputado. Defende uma plataforma liberal e propõe administrar o país com a participação do setor privado. A eleição presidencial transcorreu sem nenhum incidente grave e a participação foi de 82,33% do eleitorado, ligeiramente superior à do primeiro turno. Cercada de expectativa por causa da onda de violência sem precedentes que acomete o país, a votação contou com um efetivo de segurança formado por mais de 90 mil agentes da Polícia Nacional e das Forças Armadas. Antes do primeiro turno, o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado pelo crime organizado. Os dois candidatos votaram trajando colete à prova de balas e cercados por forte aparato de segurança. O ministro do Interior, Juan Zapata, pediu aos cidadãos que fossem às urnas e confiassem no esquema de proteção montado pelo governo. Transição Noboa deve assumir o cargo em dezembro e terá mandato até maio de 2025, data na qual originalmente se encerraria o governo de Guillermo Lasso, que dissolveu a Assembleia Nacional e antecipou a eleição no contexto de uma disputa com o Legislativo, que pretendia tirá-lo do cargo sob acusação de corrupção. “A partir desta terça-feira (17), estaremos prontos para iniciar imediatamente um processo de transição, permitindo que as novas autoridades compreendam a situação do país e os projetos em andamento em várias áreas”, afirmou Lasso. Democracia Com a votação deste domingo, chega ao fim um período eleitoral atípico, com um nível de violência sem precedentes na história do Equador, país tradicionalmente pacífico e seguro. A escalada de violência é patrocinada pelo crime organizado representado prioritariamente pelo narcotráfico. Políticos foram assassinados durante a campanha, inclusive um dos candidatos à presidência, Fernando Villavicencio. Por causa desse contexto, a cientista política equatoriana Maria Villareal disse, ainda no primeiro turno, que o simples fato de a eleição ter transcorrido calmamente, com alta participação do eleitorado (81%), e de todos os candidatos terem reconhecido o resultado, representou uma expressiva “vitória da democracia”. Na ocasião, além da passagem de Luisa González e Daniel Noboa para o segundo turno, a população do Equador decidiu em referendo suspender a exploração de petróleo em uma área de floresta amazônica na fronteira com o Peru.
Origem do Hamas foi financiada por Israel e pelos EUA

Entenda o verdadeiro motivo do financiamento e apoio israelense ao Hamas nos anos 1980 Você sabia que o Hamas foi financiado pelo estado israelense em sua origem? A informação é confirmada por ex-membros das forças israelenses e não é teoria da conspiração. Em 1987, após a primeira intifada, a Irmandade Muçulmana foi financiada por Israel para ser oposição aos nacionalistas de esquerda da Fatah e outros grupos socialistas. A ideia de Israel era dividir a resistência palestina para colonizar com mais facilidade os palestinos desunidos. Anos depois, o Hamas se tornou a principal força política e militar de resistência contra os israelenses e, ao contrário da Fatah, não aceita o diálogo com os sionistas. Yitzhak Segev, que foi governador militar israelense em Gaza no início da década de 1980. disse mais tarde a um repórter do New York Times que ajudou a financiar o movimento. “O governo israelita deu-me um orçamento”, confessou o general de brigada reformado. “O Hamas, para meu grande pesar, é uma criação de Israel”, disse Avner Cohen, um antigo responsável pelos assuntos religiosos israelitas que trabalhou em Gaza durante mais de duas décadas, ao Wall Street Journal em 2009. Os EUA? Além de, em muitas ocasiões, terem dado apoio à Irmandade Muçulmana – em especial em países árabes de orientação socialista, como o Egito de Nasser e a Síria dos Assad – sabiam da estratégia israelense e a apoiaram. David Long, que foi especialista em Médio Oriente no Departamento de Estado dos EUA no governo de Ronald Reagan, disse ao jornalista Robert Dreyfuss: “Pensei que os Israelenses estavam brincando com fogo. Mas não sabia que acabariam por criar um monstro. Não acho que você deva mexer com fanáticos em potencial”, afirmou Long. O que é o Hamas? O Hamas é um grupo político e militar defensor da resistência armada como meio legítimo de lutar contra a ocupação israelense e que domina a região da Faixa de Gaza. A organização vê a resistência como um direito e alega que o uso da força é uma resposta à opressão e ao despojo que os palestinos enfrentam. O grupo foi fundado em dezembro de 1987, durante a Primeira Intifada, uma revolta palestina contra a ocupação israelense nos Territórios Palestinos, que inclui a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. A organização emergiu em um contexto de agitação e descontentamento entre a população palestina, que buscava resistir à ocupação israelense e reivindicar seus direitos nacionais. O Hamas foi inicialmente estabelecido como um braço social e político da Irmandade Muçulmana palestina, com o objetivo de fornecer serviços sociais e desenvolvimento comunitário às comunidades palestinas, particularmente em Gaza, e criar um estado muçulmano na Palestina
Como o Hamas enganou Israel enquanto planejava um ataque

O ataque de sábado ocorreu após dois anos de silêncio do Hamas, que manteve seus planos militares em sigilo e convenceu Israel de que não queria uma luta Reuters – Uma cuidadosa campanha de engano garantiu que Israel fosse pego de surpresa quando o grupo islâmico palestino Hamas lançou seu ataque devastador, permitindo que uma força usando tratores, asa-deltas e motocicletas enfrentasse o exército mais poderoso do Oriente Médio. O ataque de sábado, a pior violação das defesas de Israel desde que os exércitos árabes travaram guerra em 1973, seguiu dois anos de subterfúgio do Hamas, que envolveu manter seus planos militares em sigilo e convencer Israel de que não queria uma luta. Enquanto Israel acreditava que estava contendo um Hamas cansado de guerra, oferecendo incentivos econômicos aos trabalhadores de Gaza, os combatentes do grupo estavam sendo treinados e preparados, muitas vezes à vista de todos, disse uma fonte próxima ao Hamas. Esta fonte forneceu muitos dos detalhes para a narrativa do ataque e sua preparação que foi montada pela Reuters. Três fontes dentro do aparato de segurança de Israel, que, como outros, pediram para não serem identificadas, também contribuíram para esta narrativa. “O Hamas deu a Israel a impressão de que não estava pronto para uma luta”, disse a fonte próxima ao Hamas, descrevendo os planos para o ataque mais surpreendente desde a Guerra do Yom Kippur há 50 anos, quando o Egito e a Síria surpreenderam Israel e o obrigaram a lutar pela sobrevivência. “O Hamas usou uma tática de inteligência sem precedentes para enganar Israel nos últimos meses, dando a impressão pública de que não estava disposto a entrar em uma luta ou confronto com Israel enquanto se preparava para esta operação massiva”, disse a fonte. Israel admite que foi pego de surpresa por um ataque planejado para coincidir com o Sábado Judaico e um feriado religioso. Os combatentes do Hamas invadiram cidades israelenses, matando 700 israelenses e sequestrando dezenas. Israel matou mais de 400 palestinos em sua retaliação em Gaza desde então. “Isto é o nosso 11 de setembro”, disse o Major Nir Dinar, porta-voz das Forças de Defesa de Israel. “Eles nos pegaram.” “Eles nos surpreenderam e vieram rápido de muitos lugares – tanto pelo ar, como pelo solo e pelo mar.” Osama Hamdan, o representante do Hamas no Líbano, disse à Reuters que o ataque mostrou que os palestinos tinham a vontade de alcançar seus objetivos “independentemente do poder militar e das capacidades de Israel.” ‘Eles se espalharam’ – Um dos elementos mais marcantes de seus preparativos foi a construção de uma simulação de um assentamento israelense em Gaza, onde praticaram um pouso militar e treinaram para invadi-lo, disse a fonte próxima ao Hamas, acrescentando que eles até mesmo fizeram vídeos das manobras. “Israel certamente os viu, mas estava convencido de que o Hamas não estava interessado em entrar em confronto”, disse a fonte. Enquanto isso, o Hamas tentou convencer Israel de que se importava mais em garantir que os trabalhadores em Gaza, uma faixa estreita de terra com mais de dois milhões de habitantes, tivessem acesso a empregos na fronteira e não tinha interesse em iniciar uma nova guerra. “O Hamas conseguiu construir toda uma imagem de que não estava pronto para uma aventura militar contra Israel”, disse a fonte. Desde a guerra de 2021 com o Hamas, Israel tem buscado fornecer um nível básico de estabilidade econômica em Gaza, oferecendo incentivos, incluindo milhares de permissões para que os habitantes de Gaza possam trabalhar em Israel ou na Cisjordânia, onde os salários em construção, agricultura ou serviços podem ser até 10 vezes maiores do que os salários em Gaza. “Acreditávamos que o fato de eles virem trabalhar e trazer dinheiro para Gaza criaria um certo nível de calma. Estávamos errados”, disse outro porta-voz do exército israelense. Uma fonte de segurança israelense reconheceu que os serviços de segurança de Israel foram enganados pelo Hamas. “Eles nos fizeram pensar que queriam dinheiro”, disse a fonte. “E o tempo todo eles estavam envolvidos em exercícios e treinamentos até que se espalharam.” Como parte de seu subterfúgio nos últimos dois anos, o Hamas se absteve de operações militares contra Israel, mesmo quando outro grupo armado islâmico baseado em Gaza, conhecido como Jihad Islâmica, lançou uma série de seus próprios ataques ou lançamentos de foguetes. Sem pista – A contenção mostrada pelo Hamas atraiu críticas públicas de alguns apoiadores, novamente com o objetivo de construir a impressão de que o Hamas tinha preocupações econômicas e não uma nova guerra em mente, disse a fonte. Na Cisjordânia, controlada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas e seu grupo Fatah, houve aqueles que zombaram do silêncio do Hamas. Em um comunicado do Fatah publicado em junho de 2022, o grupo acusou os líderes do Hamas de fugir para capitais árabes para viver em “hotéis luxuosos e vilas” deixando seu povo na pobreza em Gaza. Uma segunda fonte de segurança israelense disse que houve um período em que Israel acreditava que o líder do movimento em Gaza, Yahya Al-Sinwar, estava ocupado em administrar Gaza “em vez de matar judeus”. Ao mesmo tempo, Israel desviou seu foco do Hamas enquanto buscava um acordo para normalizar as relações com a Arábia Saudita, acrescentou. Israel sempre se orgulhou de sua capacidade de infiltrar e monitorar grupos islâmicos. Como resultado, disse a fonte próxima ao Hamas, uma parte crucial do plano foi evitar vazamentos. Muitos líderes do Hamas não tinham conhecimento dos planos e, durante o treinamento, os 1.000 combatentes enviados no ataque não tinham ideia exata do propósito dos exercícios, acrescentou a fonte. Quando o dia chegou, a operação foi dividida em quatro partes, disse a fonte do Hamas, descrevendo os vários elementos. O primeiro movimento foi uma barragem de 3.000 foguetes lançados de Gaza que coincidiu com incursões de combatentes que voaram em asa-deltas ou parapentes motorizados sobre a fronteira, disse a fonte. Israel havia dito anteriormente que foram lançados 2.500 foguetes inicialmente. Uma vez que os combatentes em asa-deltas estavam no chão, eles
Papa se prepara para disputa com conservadores em cúpula dos bispos

Pontífice pretende discutir o papel das mulheres e a atitude da instituição em relação às pessoas LGBT CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O Papa Francisco abre nesta quarta-feira uma cúpula global de bispos sobre questões potencialmente importantes para a Igreja Católica, incluindo o papel das mulheres e a atitude da instituição em relação às pessoas LGBT. A reunião, que acontece entre 4 e 28 de outubro, conhecida como Sínodo, provavelmente vai expor novamente as profundas divisões entre progressistas e conservadores dentro da Igreja de Francisco, que tem quase 1,4 bilhão de membros, algo constante nos dez anos de seu papado. “É nosso dever… resistir firmemente a qualquer tentativa de mudar o ensinamento da Igreja que possa emergir desta Assembleia Sinodal”, disse o padre Gerald Murray, comentarista da rede de TV católica conservadora EWTN, sediada nos EUA, em uma conferência em Roma na terça-feira. O encontro reúne 365 “membros” com direito a voto, incluindo pela primeira vez 54 mulheres, assim como cerca de 100 outros participantes, como observadores e delegados de outras Igrejas cristãs. Os conservadores atacaram o conceito deste Sínodo, dizendo que qualquer discussão sobre questões doutrinárias deveriam vir de cima e que os leigos, que não são ministros ordenados, não deveriam ter um peso nos debates. As discussões acontecem a portas fechadas e foram precedidas por um exercício de campanha de dois anos, no qual os católicos comuns foram convidados a partilhar sua visão para o futuro da Igreja. Um documento de trabalho resultante deste processo centra-se na forma como a Igreja pode ser mais acolhedora para com as mulheres, os migrantes, os sobreviventes de abusos sexuais clericais, os divorciados e as vítimas das mudanças climáticas e da injustiça social. Para desgosto dos conservadores, o documento não menciona explicitamente o aborto, a eutanásia e a defesa da família tradicional. O Sínodo começa com uma missa papal na Praça de São Pedro. As discussões acontecerão durante este mês e serão retomadas em outubro de 2024. Um documento papal seguirá o encontro, muito provavelmente em 2025, o que significa que se houver mudanças no ensinamento da Igreja, elas ainda estão distantes. Na segunda-feira, cinco cardeais conservadores de Ásia, Europa, África, Estados Unidos e América Latina disseram que pediram a Francisco que reafirmasse a ortodoxia da Igreja, enviando-lhe cinco perguntas formais conhecidas como “dubia”. Francisco respondeu às perguntas dos cardeais, mas eles não ficaram satisfeitos com suas respostas. Em uma delas, o papa sugeriu a possibilidade de permitir que os padres abençoassem casais do mesmo sexo, caso a caso.
Brasil assume presidência do Conselho de Segurança da ONU neste domingo, 1º

Mandato vai até outubro. Brasil é o país mais eleito para compor grupo, mas ainda não conseguiu firmar desejo de se tornar membro permanente A partir deste domingo, 1º de outubro, o Brasil assume a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, ocupando uma das 10 vagas para membros não permanentes. Este é o segundo mandato temporário brasileiro no atual biênio – a primeira ocorreu em julho de 2022. O país é um dos maiores participantes entre os membros não permanentes, ficando atrás apenas do Japão, e esta é a 11ª vez que o Brasil assume um responsabilidade desde a criação do Órgão em 1948. Durante o seu mandato, que se estende até o final deste ano, a delegação brasileira apresentará como tema principal a importância das instituições bilaterais, regionais e multilaterais na prevenção, resolução e mediação de conflitos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, presidirá uma audiência sobre esse assunto em 20 de outubro. A paz e a igualdade de gênero também estão entre os temas que serão pautados pelo país. “É um evento que está na agenda para chamar a atenção para o papel que as mulheres podem exercer nos processos de prevenção e resolução de conflitos e presença nas operações de paz”, afirmou o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do MRE, embaixador Carlos Márcio Cozendey. O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países, sendo cinco com cadeiras fixas (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e 10 posições rotativas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido um assento permanente para o Brasil no grupo, mas essa discussão ainda não avançou. Recentemente, o Brasil condicionou seu apoio à ampliação do Brics à sua proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU, incluindo vagas fixas para África do Sul e Índia. Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU em 19 de setembro, Lula ressaltou que o Conselho “vem perdendo progressivamente sua credibilidade” devido à falta de reformas. O Conselho O Conselho de Segurança da ONU, fundado em janeiro de 1946, tem como missões principais manter a paz e a segurança internacional, desenvolver relações amistosas entre as nações, cooperar para resolver problemasi nternacionais e promover o respeito aos direitos humanos, além de harmonizar as ações das nações em um centro de cooperação. No total, 15 países integram o grupo, mas só cinco são membros permanentes. São eles: China Estados Unidos França Reino Unido Rússia Esses cinco países têm poder de veto, o que significa queq ualquer um deles pode vetar propostas de resoluções do conselho, fundamentando-se em interesses nacionais locais. Atualmente, os 10 países que ocupam as vagas de membros não-permanente são: Brasil Gabão Gana Emirados Árabes Unidos Albânia Equador Japão Malta Moçambique Suíça Antes do Brasil, os Emirados Árabes exerciam a presidência do Conselho
Rússia se diz pronta para negociar acordo de paz na Ucrânia

Lavrov destacou os esforços de paz que vêm sendo empreendidos pelos países do Sul Global Moscou considerará todas as propostas sérias para resolver o conflito na Ucrânia se elas atenderem aos interesses legítimos da Rússia, afirmou o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, durante conversas com o Ministro das Relações Exteriores de Mianmar, Than Swe. “Estamos prontos para considerar quaisquer propostas sérias que levem em conta as realidades no terreno e os interesses legítimos básicos da Federação Russa”, disse o ministro russo em suas observações iniciais. Ele afirmou que alguns países do Sul Global já enviaram iniciativas à Rússia para resolver o conflito na Ucrânia “aparentemente motivados por sinceras intenções.” CONTINUA APÓS O ANÚNCIO Lavrov também destacou que Moscou valoriza muito a “posição ponderada, equilibrada e objetiva dos amigos de Mianmar em relação ao que está acontecendo na Ucrânia.”
Pobreza cresce nos Estados Unidos e alcança 12,4% dos habitantes

Norte-americanos viram a desigualdade crescer entre 2021 e 2022 A taxa de pobreza nos Estados Unidos, medida pela SPM (Medida de Pobreza Suplementar), registrou um aumento alarmante em 2022, chegando a 12,4% da população, em comparação com os 7,8% registrados no ano anterior (2021). Essa drástica elevação na taxa de pobreza tem gerado preocupações no país norte-americano. Continua após a publicidade Um dos grupos mais afetados por essa tendência é o das crianças, onde a pobreza mais do que dobrou, passando de 5,2% em 2021 para 12,4% em 2022. Esse aumento na pobreza infantil é alarmante, uma vez que representa um retrocesso significativo nas condições de vida das futuras gerações. Diversos fatores têm contribuído para esse cenário. Primeiramente, o aumento no custo de vida, incluindo habitação, alimentação e combustíveis, que tem impactado diretamente a capacidade financeira das famílias americanas. Além disso, o fim de programas de auxílios implementados durante a pandemia, que proporcionavam suporte financeiro a famílias de baixa renda, agravou a situação econômica de muitos americanos. Uma família nos Estados Unidos é considerada pobre pela SPM se uma casa alugada com quatro pessoas tiver uma renda anual inferior a US$ 34.518. Essa linha de pobreza também foi ajustada devido à inflação, que aumentou a partir de US$ 31.453 em 2021 para US$ 34.518 em 2022. O impacto da inflação é uma das razões para a elevação da linha de pobreza e, consequentemente, da taxa de pobreza no país. A Casa Branca, por sua vez, observa que os números de 2023 indicam uma melhora na situação, com uma redução na inflação e um aumento na renda média das famílias. No entanto, ressalta que o aumento da pobreza em 2022 se deveu principalmente ao fim dos programas de auxílio para crianças, já que o parlamento americano não quis renová-los.
BRICS convidam 6 nações, incluindo a Arábia Saudita, para aderir ao bloco

Cyril Ramaphosa, diz que países serão admitidos no próximo ano no que seria a “primeira fase” do processo de expansão Por Filipe Porto* Os cinco países do BRICS convidaram Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos para se juntarem ao grupo, conforme declaração feita nesta quinta-feira. O processo de ingresso terá início em 2024, no que parece ser uma “primeira fase” do processo de expansão do grupo. “Valorizamos o interesse de outros países na construção de uma parceria com os Brics” e outras expansões seguir-se-ão no futuro, depois de os países centrais chegarem a um acordo sobre os critérios de adesão”, disse o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. Nas redes sociais, o presidente Lula relembrou que trata-se da primeira expansão dos BRICS desde a adesão da África do Sul, em 2010, e declarou estar impressionado com a maturidade e os resultados que o grupo alcançou até então. “A relevância do BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Como indicou o Presidente Ramaphosa, é com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas aos BRICS a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã”, acrescentou o presidente. A maturidade na qual o presidente Lula se refere não surge do além. A inclusão do Irã e da Arábia Saudita, maiores produtores mundiais de petróleo fora dos EUA, e também os primeiros membros do Oriente Médio no BRICS, ocorre no mesmo ano em que a China intermediou o processo de normalização das relações entre Riade e Teerã. A presença de países tão diversificados na cúpula mostra que apesar das complexidades de um cenário internacional turbulento, é possível fortalecer a cooperação. Alguns dos novos membros despontam como parceiros estratégicos na cooperação em defesa com a Índia, como os Emirados Árabes Unidos e o Egito. Nesse sentido, a expansão do bloco fortalecerá ainda mais não só o BRICS, mas também impulsionar a política externa de Nova Délhi. Em termos econômicos, a participação dos BRICS no PIB global passa de 32% para 37%, com base na paridade de poder de compra e muito representada pelos Emirados Árabes Unidos. “Respeitamos a visão da liderança do BRICS e apreciamos a nossa inclusão como membro deste importante grupo”, disse o príncipe Mohammed bin Zayed al-Nahyan. Os líderes dos BRICS também incumbiram os seus ministros das finanças (e respectivamente governadores do Novo Banco de Desenvolvimento) a desenharem estratégias no âmbito dos bancos centrais para reduzir a dependência do dólar estadunidense no comércio intrabloco, impulsionar a utilização de moedas locais, acordos financeiros e sistemas de pagamentos alternativos. * Filipe Porto é mestrando em Relações Internacionais pela Universidade Federal do ABC e pós graduado em Jornalismo Internacional pela FAAP. É pesquisador associado do Observatório de Política Externa Brasileira (OPEB/UFABC) e do Núcleo de Avaliação da Conjuntura (EGN/Marinha do Brasil), com ênfase nas relações da China com o mundo. @filipeporto_ filipesporto@oulook.com Via GGN
Trump vai pagar R$ 1 milhão para aguardar julgamento na Geórgia em liberdade

O ex-presidente mais 18 pessoas são acusados de tentar reverter o resultado da eleição de 2020 nos EUA O ex-presidente americano, Donald Trump, afirmou que irá se entregar às autoridades da Geórgia, nos Estados Unidos, e disse que vai comparecer na próxima quinta-feira (24) em um tribunal do estado. As declarações ocorreram na própria plataforma do ex-presidente, a “Truth Social”. “Você acredita nisso? Estarei indo para Atlanta, Geórgia, na quinta-feira para ser preso”, iniciou. Trump, na Georgia, foi acusado de uma suposta tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais estadunidenses em 2020. O ex-mandatário ainda terá de pagar uma fiança no valor de 200 mil dólares (R$ 987.820,00 na cotação atual) estipulada pelo juiz do caso para não ter de aguardar a decisão da sentença na cadeia. Além de Trump, o tribunal de Atlanta indiciou mais outros 18 aliados e ex-assessores do ex-presidente pela suposta participação no esquema. Os acusados são investigados por supostamente terem exercido pressão sob as autoridades locais, dentre elas, o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, do partido Republicano, para agir na interferência direta na contagem de votos no estado.
Donald Trump, ex-presidente dos EUA, é aguardado para se entregar na prisão

Ele é acusado de interferência ilegal para mudar resultado das eleições de 2020 O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é aguardado para se entregar na prisão do condado de Fulton, conforme anunciado pelo xerife local em um comunicado divulgado na terça-feira (15). Juntamente com outros 18 co-réus acusados na segunda-feira de tentar subverter o resultado das eleições de 2020 na Geórgia, Trump, acusado de 13 crimes, incluindo associação criminosa, ainda não indicou publicamente quando pretende se entregar antes do prazo de 25 de agosto estabelecido pela procuradora do condado de Fulton, Fani Willis. A declaração do gabinete do xerife do condado de Fulton abordou a questão fundamental de onde o ex-presidente seria detido e processado como réu criminal. “Neste ponto, com base nas orientações recebidas do gabinete do procurador do distrito e do juiz presidente, espera-se que todos os 19 réus mencionados na acusação sejam detidos na Penitenciária Rice Street”, diz a declaração. “Lembre-se de que os réus podem se apresentar a qualquer momento. A prisão está aberta 24 horas por dia”, afirma o comunicado à imprensa. “Além disso, devido à natureza sem precedentes deste caso, algumas circunstâncias podem mudar com pouco ou nenhum aviso.” A maioria dos réus acusados no condado de Fulton geralmente é detida na prisão do condado. O xerife do condado de Fulton, Pat Labat, sugeriu anteriormente que deseja tratar os réus acusados no caso de subversão das eleições de Trump da mesma forma que qualquer outro réu seria tratado. “A menos que alguém me diga o contrário, seguiremos práticas normais. Não importa o seu status, teremos fotos de ficha prontas para você”, disse Labat no início deste mês à CNN. O xerife agora terá que negociar com o Serviço Secreto e os advogados de Trump sobre a logística da entrega de Trump. Réus que não são imediatamente presos após a acusação – como foi o caso de Trump e seus associados – geralmente negociam uma fiança, se aplicável, e outros termos de liberação com o escritório do procurador do distrito. Rudy Giuliani, ex-advogado de Trump, que também está acusado no caso, disse na terça-feira no programa de rádio WABC que escolherá um dia na próxima semana para se entregar às autoridades, acrescentando: “Deve haver uma fiança, imagino. Meio bobagem eu ter fiança, eu quero dizer, apareci lá voluntariamente e prestei depoimento.” A acusação de 41 crimes revelada na noite de segunda-feira apresenta uma ampla investigação liderada por Willis sobre os esforços mais graves dos aliados de Trump para interferir nas eleições presidenciais de 2020. Ela acusa o ex-presidente de ser o chefe de uma “empresa criminosa” que fez parte de uma conspiração ampla para reverter sua derrota eleitoral na Geórgia. As acusações na acusação incluem: declarações falsas e solicitação a legislaturas estaduais; declarações falsas e solicitação a autoridades estaduais de alto escalão; a criação e distribuição de documentos falsos do Colégio Eleitoral; o assédio a trabalhadores eleitorais; a solicitação de autoridades do Departamento de Justiça; a solicitação do então vice-presidente Mike Pence; a violação ilegal de equipamentos eleitorais; e atos de obstrução.