Trump se apresenta à Justiça para ser acusado de conspiração contra os EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se apresentou, nesta quinta-feira (3), a um tribunal federal em Washington para responder à acusação de liderar uma conspiração criminosa para reverter os resultados das eleições presidenciais de 2020, visando permanecer na presidência. Trump chegou ao E. Barrett Prettyman por volta das 16h20 (horário de Brasília), onde teve as impressões digitais colhidas e foi formalmente acusado pelo promotor especial, Jack Smith É a terceira vez em quatro meses que o ex-presidente apresenta-se a um órgão judicial para ouvir acusações criminais. Ele viajou de Nova Jersey para Washington na tarde desta quinta. Antes de embarcar para a capital americana, fez uma série de publicações na Truth Social, rede social que criou após deixar a Casa Branca em 2021, e voltou a atacar as eleições de 2020 e o presidente Joe Biden, além de dizer que estaria indo para Washington para “ser preso”, o que não ocorreu até o momento. “Estou a caminho de Washington, D.C., para ser preso por ter desafiado uma eleição corrupta, manchada e roubada. É uma grande honra, porque estou sendo preso por vocês. Torne os EUA grandes novamente!”, escreveu o republicano.tru
Candidata de esquerda pode ganhar eleição do Equador no primeiro turno

Luisa González é representante do partido Revolução Cidadã, o mesmo de Rafael Correa Faltando pouco mais de 40 dias para o primeiro turno das eleições presidenciais do Equador – marcado para 20 de agosto –, o cenário apresentado pelas pesquisas de opinião mostra um clima bastante favorável à candidata Luisa González, representante do partido de esquerda Revolução Cidadã. Nas três medições mais recentes, ela aparece com índices de intenção de voto que a deixam muito próxima da possibilidade de uma vitória já no primeiro turno, considerando as regras eleitorais equatorianas. Existem duas formas pelas quais um candidato pode vencer as presidenciais no Equador já no primeiro turno. Uma delas, a mais comum na maioria dos países do mundo com regime presidencialista, consiste em superar os 50% dos votos válidos, independente da votação dos demais candidatos. A outra opção requer uma votação acima dos 40%, desde que a diferença para o segundo mais votado seja superior a 10% dos votos. Essa segunda alternativa parece ser alcançável pela candidata progressista, segundo a pesquisa do instituto Comunicaliza, publicada na última sexta-feira (07/07). No estudo, Gonzáles aparece com 37,5% dos votos válidos, enquanto seu adversário mais próximo, o liberal Otto Sonnenholzner, do partido Avança, aparece com 17,3%, e o terceiro colocado, Yaku Pérez, do Unidade Popular, tem 14,8%. Dias antes, uma pesquisa mostrou González já com o percentual necessário para a vitória já no primeiro turno. Segundo a consultora Negocios y Estrategias, em medição divulgada no dia 29 de junho, a candidata do Revolução Cidadã aparece com 41,4% dos votos válidos, enquanto Sonnenholzner teria 11,2% e Pérez 10,6%. Se esse cenário se repetir na votação do dia 20 de agosto, ela será eleita. Outras pesquisas publicadas na última semana mostram o mesmo cenário, com González muito próxima dos 40% dos votos, enquanto Sonnenholzner e Pérez, sempre em empate técnico entre os dois, enfrentam o duplo desafio de conquistar o segundo lugar e alcançar uma votação que permita a realização do segundo turno. Luisa González é candidata pelo partido Revolução Cidadã, cujo líder é o ex-presidente Rafael Correa – que vive na Bélgica, onde reside graças ao asilo político entregue pelo governo desse país, devido aos problemas que enfrenta na Justiça do Equador, que ele considera como “casos de lawfare”, comparando-os aos enfrentados pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. Primeira mulher presidente A candidata progressista busca ser a primeira mulher eleita presidente do Equador, país que já teve uma liderança feminina, mas por apenas cinco dias: em 6 em fevereiro de 1997, o então presidente Abdalá Bucaram foi destituído pelo Congresso do país, sob a acusação de “incapacidade mental”, e a escritora Rosalía Arteaga, que era sua vice, assumiu o poder. Em seu curtíssimo mandato, ela teve que enfrentar pressões do Congresso, que tentou impor a nomeação de Fabián Alarcón, então presidente do Legislativo, em lugar do mandatário destituído. Arteaga resistiu até o dia 11 de fevereiro, quando as Forças Armadas anunciaram seu apoio a Alarcón e a obrigaram a renunciar. Caso chegue à Presidência do país, Luisa González deve ter um cenário político mais favorável. Atualmente, o Revolução Cidadã é o partido com maior representação na Assembleia Nacional unicameral do Equador. Embora as eleições de 20 de agosto também incluam a renovação total do Legislativo, a tendência, segundo grande parte dos analistas políticos equatorianos, é que o partido de González mantenha sua maioria na Assembleia Nacional, ou talvez a amplie.
Bolsonaro inelegível enquanto Trump segue candidato, compara o New York Times

Deu no New York Times. O jornal americano compara a disparidade entre os sistemas políticos nos Estados e no Brasil. Por um lado, os ex-presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, compartilharam comportamentos notavelmente semelhantes após perderem as eleições, com alegações de fraude eleitoral e invasões de prédios do governo por seus apoiadores. No entanto, suas trajetórias políticas tiveram desfechos opostos. Enquanto Trump permanece uma figura influente e pode concorrer novamente à presidência, Bolsonaro foi barrado pelo tribunal eleitoral brasileiro pelo abuso de seu poder ao questionar a integridade do sistema de votação. Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030. Nos EUA, a Constituição não impede que um indivíduo concorra a um cargo mesmo quando acusado ou indiciado. Trump, embora enfrente acusações, pode oficialmente ser candidato à presidência em 2024. Por outro lado, no Brasil, a legislação estabelece que políticos que abusam de seus cargos podem ser temporariamente inelegíveis. Essa abordagem mais proativa dos tribunais brasileiros, em vez de deixar o destino nas mãos dos eleitores, deixou Bolsonaro inelegível – sem o direito de disputar um mandato político – pelo resto da década. Essa disparidade nas consequências reflete diferenças fundamentais entre os sistemas políticos e governamentais dos dois países. Nos Estados Unidos, as eleições são conduzidas pelos estados, com poucos obstáculos para a candidatura, permitindo que Trump persista como uma figura influente. Já no Brasil, as eleições são regidas pelo TSE, que impõe restrições aos candidatos, como vimos com Bolsonaro. O sistema político centralizado do Brasil também impediu que Bolsonaro travasse uma batalha prolongada sobre os resultados eleitorais, semelhante à experiência de Trump nos EUA. No Brasil, o sistema de votação eletrônica agiliza a contagem dos votos, e a autoridade eleitoral central declara rapidamente o vencedor, evitando a incerteza prolongada que ocorreu nos EUA após a eleição de 2020. Enquanto isso, o Brasil adotou uma abordagem mais agressiva contra a desinformação e teorias antidemocráticas, por meio de ações rigorosas dos tribunais. No entanto, essa postura centralizadora também gerou críticas por restringir a participação do eleitor e aumentar o poder dos juízes. Em última análise, apesar das semelhanças nas condutas de Bolsonaro e Trump, as diferentes estruturas políticas de seus países resultaram em resultados políticos contrastantes. O sistema dos EUA deixou o destino de Trump nas mãos dos eleitores, enquanto o sistema brasileiro agiu de forma mais assertiva para proteger a jovem democracia do país, segundo o jornal The New York Times.
Submarino desaparecido: destroços são encontrados perto do Titanic

A Guarda Costeira encontrou nesta quinta-feira (22) destroços nas áreas de busca pelo submarino desaparecido enquanto fazia uma expedição pelo Titanic. As informações são do portal G1. Segundo a Guarda Costeira, os destroços foram encontrados perto de onde estão os restos do Titanic, por uma das sondas que fazem as buscas. “Um campo de destroços foi descoberto dentro da área de busca por um perto do Titanic. Especialistas do comando unificado estão avaliando as informações”, informou. O submarino com cinco pessoas desapareceu no domingo (18), pouco depois de começar a descer para chegar ao fundo do mar. O intuito da viagem, oferecida pela OceanGate por US$ 250 mil, era fazer uma expedição até os destroços do Titanic, que naufragou em 1912 no Atlântico.
O que se sabe sobre submarino desaparecido que levava turistas ao Titanic

Buscas estão sendo feitas no norte do Oceano Atlântico para encontrar pequena embarcação com cinco pessoas a bordo Por Alexandre Schossler DW O submarino Titan, que pesa 10 toneladas e pode transportar cinco pessoas – OceanGate As guardas costeiras dos Estados Unidos e do Canadá tentam localizar, no Oceano Atlântico, ao longo da América do Norte, um pequeno submarino turístico chamado Titan, desaparecido desde domingo (18/06) e que transportava um grupo de cinco pessoas que iria visitar os destroços do navio Titanic. A expedição ao Titanic começou na sexta-feira passada, partido da cidade de São João da Terra Nova, no Canadá, a bordo do navio quebra-gelo Polar Prince. No domingo, o Polar Prince chegou à área onde o Titanic afundou, a cerca de 600 quilômetros da costa canadense. O mergulho começou pouco depois, às 6h (horário local). As buscas estão sendo feitas tanto na superfície, para o caso de o submarino ter retornado, como com um sonar para tentar localizar a embarcação embaixo da água. Para isso estão sendo usados três aviões Hércules C-130, uma aeronave P8 equipada com um sonar, o navio quebra-gelos canadense Kopit Hopson 1752 e um submarino. “É um desafio conduzir uma busca nessa área remota”, afirmou o comandante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, contra-almirante John Mauger. As buscas ocorrem numa área a cerca de 1.450 quilômetros a leste de Cape Cod, nos Estados Unidos, e a uma profundidade de cerca de 4 mil metros, precisou Mauger. “Estamos usando todos os meios disponíveis para garantir que conseguiremos localizar a embarcação e resgatar as pessoas a bordo”, afirmou. Quando e onde o submarino desapareceu? O submarino Titan submergiu na manhã de domingo, 18 de junho, e o seu barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com ele cerca de uma hora e 45 minutos mais tarde, segundo a Guarda Costeira dos EUA. O submarino foi dado como desaparecido a cerca de 700 quilômetros ao sul da cidade de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, segundo autoridades canadenses, na área onde ocorreu o naufrágio do Titanic, em 1912. Quem está a bordo? A Guarda Costeira dos EUA divulgou que havia um piloto e mais quatro pessoas a bordo do submarino. Ao menos três delas são turistas que pagaram pela viagem, organizada pela empresa OceanGate, que alugou o Polar Prince para o lançamento do Titan. Entre os turistas está o bilionário empresário britânico Hamish Harding, de 58 anos, segundo a empresa Action Aviation, que é presidida por Harding. Harding é um explorador e aventureiro que detém três recordes registrados no livro Guinness. A Action Aviation é uma empresa de venda de jatos privados baseada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Também a bordo estão o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho dele, Suleman, segundo um comunicado da família. Dawood é o vice-presidente de um dos maiores conglomerados do Paquistão, a Engro Corporation, que tem investimentos em fertilizantes, fabricação de veículos, energia e tecnologias digitais. Ele mora no Reino Unido com a mulher e dois filhos. Outra pessoa que está a bordo é o explorador francês Paul-Henry Nargeolet, de 73 anos, conhecido como “Mister Titanic”, confirmaram familiares e amigos dele. A identidade da quinta pessoa a bordo ainda não foi confirmada, mas, segundo a emissora britânica BBC, há relatos de que ela seria Stockton Rush, o presidente da OceanGate. No sábado, Harding publicou na sua conta na rede social Instagram a seguinte mensagem: “A tripulação do submarino é composta por alguns exploradores lendários, alguns dos quais completaram mais de 30 mergulhos até o Titanic desde a década de 1980”. Que tipo de submarino é o Titan? O Titan é capaz de mergulhar a uma profundidade de 4 mil metros com uma “margem confortável de segurança”, segundo uma descrição da OceanGate. Ele é feito de fibra de carbono e titânio. Segundo a empresa, o Titan já realizou mais de 50 testes de mergulho, inclusive a uma profundidade equivalente à dos destroços do Titanic. O Titan, que pesa 10 toneladas e tem um comprimento de 6,7 metros, tem uma autonomia de oxigênio de até 96 horas, segundo a empresa. O submersível pode acomodar cinco pessoas, incluindo um piloto. Ele viaja a uma velocidade de 3 nós. Nó é uma unidade de medida de velocidade equivalente a uma milha náutica por hora, ou seja 1,852 km/h. O que são as viagens turísticas ao Titanic? A OceanGate Expeditions, que recentemente confirmou nas suas redes sociais que uma das suas expedições estava em andamento, cobra de seus clientes até 250 mil dólares (cerca de R$ 1,1 milhão) por uma expedição de oito dias e sete noites que inclui um lugar a bordo do seu submarino para ver o famoso naufrágio. O mergulho até os destroços, incluindo ida e volta, dura em torno de oito horas. Os restos do Titanic estão a uma profundidade de 3.800 metros. A OceanGate afirma que cada mergulho objetiva também estudar os destroços do Titanic, que estão em decomposição por causa da ação de bactérias que consomem ferro. O mergulho inaugural ocorreu em 2021. A expedição que desapareceu foi a terceira realizada neste ano. Os restos do Titanic atraem turistas há décadas. Existem várias empresas que organizam viagens de vários dias ao local onde estão os restos do navio, que chegou a ser descrito em sua época como inafundável. O mito Titanic Em 14 de abril de 1912, o Titanic afundou após bater em um iceberg. Seus destroços foram encontrados apenas em 1985 pelo americano Robert Ballard. Dois anos mais tarde, a empresa Titanic Ventures coletou mais de 1.800 objetos do transatlântico. As imagens de talheres, joias valiosas, peças ornamentais do navio e restos mortais de passageiros despertaram a curiosidade de milhões, principalmente de colecionadores. Em 1997, o diretor de cinema James Cameron recriou o naufrágio do Titanic, em um filme que se tornou uma das maiores bilheterias da história do cinema e recebeu oito Oscars.
Presidente Lula e o Papa Francisco discutirão saídas para a guerra na Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrará com o Papa Francisco nesta quarta-feira, no Vaticano, para debater possíveis soluções para o conflito na Ucrânia, segundo informa o jornalista Nelson de Sá, em sua coluna na Folha de S. Paulo. Após nove dias de internação hospitalar, o pontífice recebeu alta no final de semana, sendo aplaudido pelos presentes, como relatado pelo La Repubblica. Durante seu discurso dominical na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco destacou o “grande sofrimento” causado pelas guerras na Uganda e na Ucrânia, conforme divulgado pelo site católico Crux. Lula e o Papa já haviam abordado o assunto em uma ligação telefônica, na qual, de acordo com o jornal italiano Il Messaggero, o presidente brasileiro recebeu a bênção papal para atuar como pacificador na área do Brics, buscando exercer influência moral sobre Índia, Rússia, África do Sul e China. O encontro entre Lula e Francisco, marcado para quarta-feira (21), tem como objetivo discutir a guerra na Europa e os esforços conjuntos para mediar a paz. Embora haja alinhamento entre as posições do Papa e dos líderes do Brics em relação à Ucrânia, o vaticanista John L. Allen Jr., em análise para o Crux, ressalta que Francisco não será um mero “capelão” do grupo, destacando a postura de neutralidade tradicional do Vaticano. Nesse contexto, a visita de Lula ao Papa ganha relevância, pois o presidente busca apoio internacional para suas iniciativas em relação à guerra e também para enfrentar desafios como a proteção da Amazônia, a promoção da justiça social e o estímulo ao crescimento sustentável, temas que se entrelaçam com a luta global contra as mudanças climáticas.
Donald Trump se entrega à Justiça americana e ficará sob custódia

O Judiciário acusará formalmente o ex-presidente dos EUA de ter guardado ilegalmente documentos de segurança nacional – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump (Partido Republicano) se entregou nesta terça-feira (13) à justiça americana e está sob custódia. O Judiciário acusará formalmente o ex-mandatário norte-americano de ter guardado ilegalmente documentos de segurança nacional quando deixou o cargo e mentiu para autoridades que tentaram recuperar o material. O indiciamento de um ex-presidente dos EUA por acusações federais não tem precedentes na história americana. Fotos incluídas na acusação mostram caixas de documentos armazenadas no palco de um salão de baile, em um banheiro e espalhadas pelo chão de um depósito. De acordo com a acusação, Trump conspirou com Walt Nauta, um assessor, para manter documentos confidenciais e escondê-los de um grande júri federal. Nauta, que trabalhou para Trump na Casa Branca e em Mar-a-Lago, deveria aparecer com Trump. Será a segunda visita de Trump à Justiça nos últimos meses. Em abril, ele se declarou inocente das acusações estaduais em Nova York por conta de um pagamento clandestino a uma estrela pornô. Trump proclamou repetidamente sua inocência e acusa o governo do presidente democrata Joe Biden de atacá-lo. Ele chamou o procurador especial Jack Smith, que lidera a acusação, de “odiador de Trump” nas redes sociais na terça-feira. ???????? URGENTE: Donald Trump se entrega e está sob custódia da justiça americana. O ex-presidente americano será acusado formalmente pela justiça sobre o caso dos documentos sigilosos que estavam em sua casa. pic.twitter.com/5ri3hM9e7r — Eixo Político (@eixopolitico) June 13, 2023
Presidente da Comissão Europeia para Lula: ‘Você trouxe o Brasil de volta’

Ursula von der Leyen e Lula se encontram nesta segunda-feira (12/6), no Palácio do Planalto A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, teceu elogios a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em encontro com o presidente do Brasil nesta segunda-feira (12/8), no Palácio do Planalto, em Brasília. Para Ursula, Lula “trouxe o Brasil de volta ao cenário mundial”. “Vamos respirar uma nova vida à nossa parceria. Primeiramente, com uma coordenação mais forte em ações climáticas, de comércio e energias renováveis. Também expressei nosso apreço pela condenação do Brasil quanto à participação da Rússia na Ucrânia”, destacou ela. President @LulaOficial you brought Brazil back to the global stage. Let’s breathe new life into our partnership. With, first, stronger cooperation on climate action, trade & renewables. I also expressed our appreciation of Brazil’s condemnation of Russia’s war on Ukraine. pic.twitter.com/wg7PuCFaA8 — Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 12, 2023 O encontro entre Lula e Ursula durou cerca de uma hora. O presidente brasileiro expôs as preocupações do país com “o instrumento adicional ao acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano, que amplia as obrigações do país e as torna objeto de sanções em caso de descumprimento”. “A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mútua e não de desconfiança e sanções. Em paralelo, a União Europeia aprovou leis próprias com efeitos extraterritoriais e que modificam o equilíbrio do acordo. Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrícolas e industriais do Brasil”, afirmou Lula. No caso, ele se referia à norma aprovada pelo Parlamento Europeu, em abril, que proíbe a venda no continente de produtos oriundos de desmatamento em florestas. Há uma lista de produtos primários na lei: gado, madeira, soja, café, cacau, borracha e dendê. Qualquer outro produto que seja alimentado (no caso da soja, por exemplo) ou derivado dessas commodities também estão contemplados no texto, como couro, chocolate, móveis, carvão vegetal, produtos de papel impresso e derivados de óleo de palma. ‘Impossível de aceitar’ Em entrevista no fim de abril, Lula já havia dito que a atual proposta era impossível de aceitar. Os europeus buscaram estabelecer requisitos sustentáveis mais duros, que apresentaram no início deste ano. O acordo tem padrões de sustentabilidade que não são vinculantes (ou seja, obrigatórios), por isso os blocos estão negociando o termo adicional, chamado de “side letter”, que torna esses compromissos ambientais uma exigência. (Com Folhapress)
Erdogan vence segundo turno e é reeleito presidente da Turquia

Com vantagem apertada, o atual mandatário obteve 52% dos votos, superando o opositor Kemal Kilicdaroglu para conquistar seu terceiro mandato – Reprodução Youtube O conservador Recep Tayyip Erdogan, atual presidente da Turquia e líder do Partido da Justiça e do Desenvolvimento, venceu o segundo turno das eleições no país, realizado neste domingo (28/05), conquistando sua segunda reeleição consecutiva. O triunfo de Erdogan foi tão apertado que só ocorreu quando havia 98% dos votos apurados, com o atual mandatário chegando a 26,8 milhões de votos, equivalentes a 52,12% do total, enquanto seu adversário, Kemal Kilicdaroglu, do Partido Republicano do Povo [de centro-esquerda], tinha 24,7 milhões, ou 47,88% Com a vitória, Erdogan garante seu terceiro mandato como presidente da Turquia, que durará até 2028. O conservador governa o país desde 2014, quando venceu sua primeira eleição. Vitória no interior O mapa eleitoral turco país não registrou muitas diferenças na comparação entre o primeiro e o segundo turnos, com Erdogan vencendo amplamente na maioria das províncias, mas Kilicdaroglu mostrando pequena vantagem nos principais centros urbanos, como Istambul e Ancara. No primeiro turno, Erdogan superou Kilicdaroglu em 51 das 81 províncias do país. No segundo turno, foram 52 vitórias regionais do presidente reeleito. A única diferença aconteceu em Hatay, no Sul do país, onde o primeiro turno terminou com Kilicdaroglu obtendo 48,08% contra 48,03% de Erdogan. No segundo turno, o atual presidente virou o jogo e ficou com 50,13%, contra 49,87% do opositor. Importância geopolítica As eleições na Turquia eram consideradas muito importantes para o cenário geopolítico atual. Erdogan é tido como um conservador nacionalista que não adere automaticamente às pressões dos Estados Unidos e do Ocidente. Um dos exemplos disso é o fato de que ele tem buscado manter uma posição neutra com relação à guerra entre Rússia e Ucrânia, apesar de seu país ser membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Além disso, Erdogan tem sido resistente às intenções de Washington de aceitar Finlândia e Suécia como novos membros da aliança militar [o que só pode ser concretizado com aprovação unânime dos integrantes atuais]. Em contrapartida, o opositor Kilicdaroglu, embora seja líder de uma aliança de centro-esquerda, é defensor de um discurso que prega maior aproximação da Turquia com os países europeus. Alguns analistas consideravam que uma possível eleição de Kilicdaroglu poderia levar a Turquia a se tornar um novo aliado de Kiev, o que seria decisivo no confronto com Moscou, devido ao tamanho do país e sua posição estratégica. (*) BdF, com informações da agência turca Anadolu
Após denúncias de brasileiros, Google retira do ar jogo que estimula a escravidão

O Google decidiu remover o ‘jogo’ ‘Simulador de Escravidão” que estava disponível para download na plataforma Google Play. O jogo foi alvo de denúncias por parte de usuários e também do deputado Orlando Silva (PCdoB), relator do PL das Fake News que, dentre outras temáticas, fala sobre a regulação das big techs. De acordo com reportagem do site Ponte Jornalismo, a remoção do aplicativo ocorreu por volta das 13h, conforme relatado por usuários do Google Play. “Entraremos com representação no Ministério Público por crime de RACISMO e levaremos o caso até às últimas consequências, de preferência a prisão dos responsáveis. A própria existência de algo tão bizarro à disposição nas plataformas mostra a URGÊNCIA de regulação do ambiente digital”, escreveu o deputado Orlando Silva em sua conta no Twitter. ????URGENTE! DENÚNCIA CHOCANTE! A Play Store, loja de aplicativos do Android, tem um "jogo" chamado SIMULADOR DE ESCRAVIDÃO, no qual a "brincadeira" consiste em comprar, vender, açoitar pessoas negras escravizadas. É desumano, nojento, estarrecedor. É CRIMINOSO! ???????? A @unegrobrasil… pic.twitter.com/QHi8oaaSOi — Orlando Silva (@orlandosilva) May 24, 2023 A reportagem destaca que o ‘jogo’ foi baixado por mais de 1.000 pessoas e tinha classificação indicativa livre na plataforma. Sua descrição promovia a compra e venda de “escravos no mercado”, permitindo também a distribuição dos mesmos em diferentes empregos para obter dinheiro. O jogo apresentava um desenho de um homem negro coberto apenas por algo semelhante a uma cueca, algemado no pescoço, mãos e pernas. O Google não respondeu ao pedido da Ponte por resposta. No entanto, no Twitter, em resposta a um usuário que denunciou o jogo, a conta oficial do Google Play sugeriu que o mesmo fez uma denúncia por meio de um site, afirmando: “Levamos essas denúncias muito a sério e agradecemos seu contato”. A empresa Magnus Games, listada como responsável por disponibilizar o jogo na Google Play, também foi contatada pela reportagem por e-mail, mas não respondeu. Há suspeita de que o dono da desenvolvedora de games Magnus Games seja de origem russa ou ucraniana.