Zema critica Congresso e Pacheco rebate chamando de oportunista

O governador Romeu Zema (Novo) questionou a postura do Congresso Nacional ao não apreciar reformas prioritárias como a tributária. Ao anunciar a revisão geral do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), nesta sexta-feira (20), durante o 1º Congresso de Direito Empresarial da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Zema afirmou que o Legislativo, “infelizmente, muitas vezes, foge de sua responsabilidade” em modernizar o aparato constitucional. O governador apontou a necessidade de modernizar as leis a fim de garantir segurança jurídica para empreendedores. “Não é fácil. O sistema é muito mais complexo do que imaginamos, depende do Legislativo”, pontuou Zema. “Sempre vejo os ministros (do STF) falarem que eles, muitas vezes, em vez de julgar, legislam, porque o Legislativo deixa um vácuo, não assume a responsabilidade”, acrescentou, em referência ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, convidado como o palestrante do seminário. Um exemplo “claríssimo”, de acordo com o governador, seriam as reformas, que estão “há 10, 20 anos aguardando” discussão. “O Legislativo está preocupado em votar ‘fundão’ eleitoral, não em votar uma reforma tributária, que tem impacto positivo. O ‘fundão’ eleitoral perpetua os que sempre foram eleitos. Nós temos um Legislativo que, infelizmente, muitas vezes foge da sua responsabilidade e que é de fundamental importância para que nós venhamos a modernizar todo o aparato legal que nós temos”, criticou Zema. O “fundão” a que se referiu o governador é o Fundo Especial de Financiamento de Campanha, instituído em 2017 para compensar o fim de doações privadas às campanhas eleitorais. Quando discutiu a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022, o Congresso elevou o montante do fundo de, aproximadamente, R$ 2,1 bilhões para cerca de R$ 5,7 bilhões. Entretanto, ao apreciar a Lei Orçamentária Anual de 2022, os parlamentares reduziram o total para pouco menos de R$ 5 bilhões. Inclusive, o Novo questionou o aumento junto ao STF por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Contudo, apesar do voto contrário do relator, ministro André Mendonça, o plenário da Suprema Corte manteve os R$ 5 milhões para o financiamento de campanhas por 9 votos favoráveis a 2. Um dos votos pela manutenção foi justamente o de Fux. Pacheco rebate Zema: ‘Discursos oportunistas’ Presidente do Senado e do Congresso Nacional, o senador mineiro Rodrigo Pacheco (PSD) rebateu, neste sábado (21), o governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) dizendo que as críticas direcionadas do governador são “oportunistas”, “gratuitas” e influenciadas pelo período eleitoral. Zema tenará se reeleger em outubro. O senador afirmou que o parlamento entregou à sociedade brasileira reformas essenciais e que estavam engavetadas há anos, traduzidas em benefícios essenciais a estados e municípios. “Um país unido e conectado aos anseios da sociedade não se faz a partir de discursos oportunistas, da criminalização da política e de ataques gratuitos em período eleitoral. Ainda mais quando essas críticas recaem sobre um Congresso que entregou e continua entregando reformas que estavam engavetadas há anos beneficiando, principalmente, municípios e estados no momento de crise aguda”, escreveu Pacheco em sua conta no Twitter. Uma das reformas em análise no Senado, a reforma tributária, proposta na PEC 110, está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Pacheco já se comprometeu publicamente a encaminhá-la ao plenário da Casa tão logo seja aprovada na CCJ. Outra proposta que prevê a modernização do sistema tributário, a reforma do imposto de renda, está na Comissão de Assuntos Econômicos.

Bolsonaro sugere matar influenciador digital – e fica por isso mesmo

Jair Bolsonaro disse no twitter que não erraria o tiro num “gordinho” caso houvesse uma invasão de propriedade Jair Bolsonaro usou suas redes sociais nesta segunda-feira para postar uma mensagem contra o influenciador Cauê Moura, que pode ser interpretada como uma clara ameaça. Cauê ironizou a cena armada pelos marqueteiros de Bolsonaro num clube de tiro, em que ele se mostrou incapaz de disparar os tiros. Logo depois, Bolsonaro disse que não erraria o tiro num “gordinho” como Cauê, caso houvesse uma invasão de propriedade. Confira o tweet de Bolsonaro e algumas reações: – Confesso que não dá para disputar uma olimpíada, mas em uma eventual invasão de propriedade, se o alvo fosse um gordinho do seu tamanho não ficaria tão difícil acertar. Kkk. ???????? https://t.co/R1C9abN0pQ pic.twitter.com/V9EigKgCbF — Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 7, 2022 Imagina se em 2018 o Lula dissesse que ia dar um tiro no Kim Kataguiri. Era prisão em flagrante, PLANTÃO DA GLOBO, capa de todos os jornais. Hoje Bolsonaro ameaçou de morte o Cauê Moura e ficou por isso mesmo. — Thiago dos Reis ???????? (@ThiagoResiste) February 7, 2022 Leia-se: PRESIDENTE BRASILEIRO AMEAÇA DE MORTE INFLUENCIADOR DIGITAL QUE O IRONIZOU. Esta é a manchete. Ou o editor é incompetente ou a imprensa segue passando pano para fascista. https://t.co/A9RSgAMMII — Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) February 7, 2022 The YouTuber Caue Moura released a video showing Bolsonaro struggling to handle a gun. In response to Caue, Bolsonaro said on social media that it wouldn’t be hard to hit a "chubby" target as the youtuber. So yes, the Brazilian President made a “humorous” death threat! pic.twitter.com/twRnC0I3dt — Nathália Urban (@UrbanNathalia) February 7, 2022 Via 247

Folha torce para que Moro passe ‘Noivinha do Aristides’ nas pesquisas até fevereiro

A torcida da Folha e da velha mídia corporativa como um todo, desavergonhadamente, é pela vitória do ex-juiz suspeito Sergio Moro nas eleições de 2022. Isso é ‘Segredo de Polichinelo‘ nos meios políticos e chegou ao distinto público. No Twitter, o youtuber Felipe Neto observou que “a campanha de certas partes da mídia pelo Sergio Moro é uma das coisas mais vergonhosas que já vi na vida”. Bingo! Dito isso, o jornalão paulistano afirma nesta sexta-feira (03/12) que “Moro vai passar Bolsonaro nas pesquisas até fevereiro, avaliam presidentes de partidos” e que o “ex-juiz tem crescido ao participar de eventos públicos enquanto presidente cai em meio à crise econômica”. O diabo é que Sergio Moro é uma variante de Jair Bolsonaro, logo é justo afirmar que a velha mídia vestiu a camisa da facção “#BolsoMoro” na disputa presidencial do ano que vem. A torcida da Folha por Moro não tem disfarces: “Os presidentes de alguns dos principais partidos do país atualizaram os diagnósticos eleitorais nas últimas semanas e avaliam que Sergio Moro (Podemos) tem grandes chances de ultrapassar Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto dos próximos meses.” Note que os jornalões jamais criticaram o desastre econômico de Bolsonaro, a ‘Noivinha do Aristides‘, e querem que o mesmo modelo neoliberal, as mamatas, continue para o andar de cima com Sergio Moro. Esse é o script da burguesia paulistana que habita a região da Faria Lima, em SP. Blog do Esmael

Montes Claros perde o Mestre Zanza. O maior nome do folclórico-cultural-religioso

Morreu nesta segunda-feira (25), João Pimenta dos Santos, o Mestre Zanza, aos 89 anos de vida. Zanza era o maior nome das Festas de Agosto, principal evento folclórico-cultural-religioso de Montes Claros e, quiçá, do Brasil, realizada há mais de 180 anos. Mestre Zanza herdou a tradição dos festejos de seu pai e de seu avô. Esteve mais de 70 anos à frente do Primeiro Terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário. Foi sua mãe que lhe deu o apelido de Zanza porque, quando criança, o pequeno João ficava zanzando por todo canto. Outro apelido, esse dado pelas senhoras que moravam próximo à Igrejinha do Rosário (palco principal das Festas de Agosto), é Sabiá. Todas ficavam felizes ao vê-lo se apresentar. Redação com Ascom/Prefeitura de Montes Claros

No dia em que foi revelada carta de Léo Pinheiro, STF garante nova vitória a Lula

Um dia depois de a Justiça Federal de São Paulo determinar o arquivamento de inquérito sobre um suposto tráfico de influência em prol da empreiteira OAS, foi a vez do Supremo Tribunal Federal (STF) garantir uma nova vitória ao ex-presidente Lula. O ministro Ricardo Lewandowski determinou a suspensão de dois processos que a corte já havia determinado anulação. A defesa de Lula, comandada Cristiano Zanin e Valeska Martins, pediu a suspensão de dois processo relativos ao Instituto Lula alegando que o Ministério Público Federal (MPF) tentou reaproveitar material que havia sido anulado pelo STF. O processo está entre os que foram impactados pelas decisões que reconheceram a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para processar o ex-presidente. Lewandowski reconhece “dano irreparável” nas investigações conduzidas anteriormente e concedeu liminar em favor da suspensão. “Este quadro fático empresta plausibilidade ao direito invocado pelo reclamante, considerado o risco iminente de instauração de nova persecução penal, ou mesmo de imposição de medidas cautelares diversas, utilizando-se como fundamento os fatos aqui discutidos com ampla verticalidade, quais sejam, o amplo e irrestrito uso do Acordo de Leniência da Odebrecht e dos elementos de prova oriundos de tal pacto de cooperação”, afirma. O plenário da corte ainda vai dar parecer sobre a anulação dos processos. A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), celebrou a decisao. “Importante decisão do STF hoje, para evitar reabertura de ações contra Lula q já foram anuladas. Impressionante como lavajatistas tentam burlar a Justiça com acusações sem fundamento. Seguir a lei e respeitar o direito nunca foi o método deles”, tuitou. A decisão saiu no mesmo dia em que veio à público carta em que o empreiteiro Léo Pinheiro admite que mentiu em delação para incriminar o presidente. A carta foi escrita em maio e foi incluída nos autos do processo que foi arquivado na segunda-feira (13) sobre suposto tráfico de influencia em favor da OAS. Confira aqui a íntegra da decisão de Lewandowski, obtida pelo blog Fausto Macedo, no Estadão Com informações do Estadão e do G1

Falta material, internet e até comida: os obstáculos para a educação na pandemia

Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, o Brasil deve zerar a taxa de analfabetismo até 2024.  Com a pandemia, porém, meta deve ser impactada de forma significativa No Brasil, 11 milhões de pessoas são analfabetas. São pessoas de 15 anos ou mais que, pelos critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não são capazes de ler e escrever nem ao menos um bilhete simples. Pelo Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece o que deve ser feito para melhorar a educação no país até 2024, desde o ensino infantil até a pós-graduação, o Brasil deve zerar a taxa de analfabetismo até 2024. No Dia Mundial da Alfabetização, celebrado no último dia 8 de setembro, a Agência Brasil conversou com professores que trabalham com a alfabetização de crianças sobre os impactos da pandemia na etapa de ensino e sobre a rotina desses profissionais. Sem tempo para cansaço O professor do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Classe Comunidade de Aprendizagem do Paranoá, no Distrito Federal, Mateus Fernandes de Oliveira diz que ainda não conseguiu parar para sentir o cansaço que todo o período de pandemia causou até aqui. Nos últimos 18 meses, ele precisou lidar com diversas situações, incluindo famílias de estudantes com fome. Foi preciso que a escola se organizasse para distribuir cestas básicas nas casas dos alunos. “A gente estava falando de falta de alimentos em casa. Famílias passando por necessidades. Não era possível cobrar de uma família que estava preocupada com alimentação que desenvolvesse um processo de escolarização em um momento como este. A gente entendeu que a escola pública, como parte do Estado, tem responsabilidade social. O Estado deveria cuidar das necessidades básicas, mas não estava dando conta. A escola teve que se mobilizar”. Enquanto a escola esteve fechada, o professor chegou até mesmo a visitar os estudantes pessoalmente, levar para eles as atividades e verificar como estavam. A maior parte dos alunos não tinha acesso à internet e acabava não participando das aulas online. Agora a escola voltou em um modelo híbrido, intercalando ensino presencial e ensino remoto. Oliveira percebe que as desigualdades se acentuaram. Aqueles alunos que vêm de um contexto familiar em que a leitura faz parte do cotidiano, em que há livros e revistas em casa, chegam agora ao terceiro ano do fundamental sabendo ler e escrever. Aqueles que moram em casas com pouca ou nenhuma leitura, às vezes sem mães e pais alfabetizados, acabam tendo um conhecimento aquém do esperado para crianças com 8 ou 9 anos de idade. “Não dá para considerar este ano como só este ano. É pensar este ano e o seguinte como duas coisas contínuas, porque senão a gente se exaspera e atropela os processos. Atropela o tempo de entender o que a gente sentiu e o que está sentindo e de perceber que caminhos pode trilhar. A gente pode acabar até gerando o contrário do que gostaria. Em princípio, é preciso ter calma e, ao mesmo tempo, saber que não temos tempo a perder”. Trabalho redobrado Em Corumbá (MS), foi com cachorrinhas que a professora da Escola Municipal Almirante Tamandaré, Sonia Bays, conquistou os alunos e conseguiu medir o que eles haviam aprendido em um ano de pandemia. Ela dá aula para o primeiro ano do ensino fundamental, estudantes de 6 anos, que estão começando a ser alfabetizados. “Queria fazer algo mais lúdico. Acredito que as crianças são penalizadas por estar longe da escola. Criança em fase de alfabetização precisa da escola”, diz. Diante das dificuldades de ensinar a distância e por meio de tecnologias, ela gravou um vídeo apresentando os próprios animais de estimação e pediu que os pais estimulassem os filhos a fazer o mesmo com seus bichinhos. “Na fase da alfabetização, a criança precisa de oralidade. Ela fala e depois transfere para o papel. É preciso estimular essa espontaneidade, essa fala das crianças”. Ao pequeno grupo que estava sendo atendido presencialmente em horários especiais na escola, ela pediu que desenhasse e, se soubesse, escrevesse os nomes dos animais. Foi assim que avaliou o que os alunos sabiam e aquilo em que tinham dificuldades. Com base nas atividades desenvolvidas com as crianças, surgiu o trabalho Alfabetização e Infância em Tempos de Pandemia, apresentado em agosto no 5º Congresso Brasileiro de Alfabetização. A maior parte dos alunos de Sonia está em situação de vulnerabilidade. Não é raro que as famílias tenham apenas um celular com acesso limitado à internet. A estratégia muitas vezes, durante mais de um ano de pandemia, era mandar vídeos por WhatsApp, para que os responsáveis baixassem usando a internet do trabalho e, depois, mostrassem para as crianças. No ano passado, ela chegou a conhecer os alunos pessoalmente, antes do fechamento das escolas por causa da pandemia. A turma desse ano, no entanto, era uma lista com 23 nomes e contatos. Sonia fez questão de entrar em contato com cada um por ligação e conversar com alunos e famílias. A logística não foi simples, alguns estudantes precisaram ir para uma área com wifi aberto, para receber a videochamada. A escola foi retomando aos poucos o ensino presencial. Primeiro, apenas uma vez por semana para atender aos alunos que não tinham acesso a aulas remotas. Agora, a escola voltou às aulas presenciais em esquema de revezamento, com turmas reduzidas. “Os professores, cada um de uma série, selecionaram os conteúdos que seriam prioritários, que seriam essenciais. Não vamos ter como dar conta de tudo. Estamos focando em leitura e escrita”, diz. E acrescenta: “Os alunos não perderam o ano, eles ganharam a vida. Se antes já tínhamos déficit de aprendizagem, agora também temos, ainda maior. Teremos que redobrar o trabalho para vencer isso”. Da sala para a tela O professor Ricardo Fernades (Michell Albuquerque/SME) Depois de oito anos nas salas de aula no Rio de Janeiro, o professor Ricardo Fernandes assumiu, em 2019, o cargo de assistente de Gerência de Alfabetização e Anos Iniciais da Secretaria Municipal de Educação. No ano passado, com a pandemia, Fernandes

Copa América: variante inédita do coronavírus é identificada no Brasil

Temor de especialistas para realização do torneio se confirma – Competição aumentou a circulação de pessoas por estados brasileiros Ao menos uma nova variante do coronavírus que não circulava no Brasil foi introduzida no país por causa da Copa América. Amostras colhidas do Mato Grosso com duas pessoas diferentes, que estavam com a doença, foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, que identificou a variante de interesse B 1.216, até então inédita em território brasileiro. Os testes positivos foram de um colombiano e um equatoriano. Colômbia e Equador se enfrentaram na Arena Pantanal, em Cuiabá, na abertura do torneio, em 13 de junho. No último balanço divulgado pela Conmebol, em 24 de junho, 166 pessoas relacionadas à Copa América estavam com o vírus. Os estados mandaram para o instituto fazer a sequência de amostras vindas dos jogadores, comissão e delegações dos países. A possibilidade que jogadores estrangeiros que viessem ao Brasil pudessem trazer novas variantes do coronavírus foi um dos motivos para especialistas e autoridades criticarem a realização do torneio no país. Alguns estados, como São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Rio Grande do Sul chegaram a vetar a realização de partidas em seus Estados. A variante encontrada nos testes é originária da Colômbia, mas já chegou no Caribe, nos Estados Unidos e em algumas localidades da Europa. Variantes de interesse, como a B 1.216, são aquelas mutações que precisam ser acompanhadas mas que, até o momento, não trouxeram indicação de desenvolverem formas mais letais ou contagiosas da doença. Há ainda as variantes de preocupação, como a Delta, que têm essas características. Desde que o governo federal e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciaram a realização da Copa América no Brasil, o Ministério da Saúde solicitou auxílio do Adolfo Lutz para a realização do mapeamento genômico dos testes de Covid-19 realizados no pessoal envolvido na competição. É o mapeamento que permite a identificação de novas variáveis. Após confirmar a identificação da nova variável, o Adolfo Lutz enviou alertas para o Estado do Mato Grosso, território onde o material foi coletado, e ao Ministério das Saúde. Durante os jogos, além do Mato Grosso, a seleção da Colômbia teve partidas contra Venezuela, Peru, Brasil, Argentina e Uruguai em Goiás, no Rio e no Distrito Federal. Já o Equador só saiu do Mato Grosso para enfrentar o Brasil, no Rio. O país também jogou contra Venezuela, Peru e Argentina. Só em São Paulo, Estado onde fica o Adolfo Lutz, já foram identificadas 21 variantes diferentes do coronavírus, segundo balanço do Instituto Butantan do último dia 26. A variante Gama, originária de Manaus, é a mais comum em circulação. A variante B 1.216, por de interesse, ainda não tem outro nome. A reportagem não conseguiu contato com o governo do Mato Grosso neste domingo para saber quais medidas haviam sido adotadas para monitorar pessoas que eventualmente tiveram contato com os contaminados. O Ministério da Saúde foi procurado, mas não se manifestou sobre o caso. Agência Estado

“Se querem resolver problemas de Cuba, acabem com o bloqueio”, diz presidente cubano

Miguel Díaz-Canel reagiu à repercussão dos atos ocorridos na ilha que foram propagados pela mídia liberal e denunciou as dificuldades pelo aumento do bloqueio. “Ditadura que criou vacina porque sabíamos que ninguém nos venderia. Que Ditadura estranha”. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermudez, foi às ruas e fez um pronunciamento na TV neste domingo (11) após atos de grupos, que ele classificou como “contra-revolucionários”, ganharem destaque na mídia liberal. “Se queres fazer um gesto com Cuba, se queres realmente preocupar-te com o povo, se queres resolver os problemas de Cuba: acabem com o bloqueio e vejamos como jogamos. Porque não o faz? Por que não têm coragem de abrir o bloqueio? Que fundamento legal e moral sustenta que um governo estrangeiro possa aplicar essa política a um país pequeno e em meio a situações tão adversas? Isso não é genocídio?”, disse o presidente cubano, mirando os EUA. Díaz-Canel afirma que a situação de Cuba piorou desde 2019 por causa do aumento do embargo decretado à época pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, que inclui “a perseguição financeira e energética, com o objetivo de sufocar a economia do nosso país”. “E nos últimos dias desse governo se decidiu incluir Cuba na lista dos países patrocinadores do terrorismo. Uma lista totalmente espúria, uma lista ilegítima e unilateral, que os Estados Unidos assumem a graça de acreditar que são a potência que domina o mundo, que são os imperadores deste mundo”, disse o presidente em seu discurso. O mandatário cubano, que sucedeu Raul Castro na Presidência, ressaltou ainda que foi elaborado um plano para desacreditar as brigadas médicas cubanas, que servem como forma de angariar recursos para a ilha, o que aprofundou a escassez, uma das bandeiras dos manifestantes. “Teve limitação de combustível, limitação de peças de reposição, e tudo isso gerou insatisfações, aumentou os problemas acumulados, que não conseguimos resolver. E tudo mais a isso se juntou uma feroz campanha midiática de descrédito como parte da chamada guerra não convencional, que tenta, por um lado, romper a unidade entre o Partido, o Governo, o Estado e o povo, que tenta colocar o Governo como insuficiente, incapaz de proporcionar bem-estar ao povo cubano e que pretende elevar o governo dos EUA”, afirmou. Ditadura Diaz-Canel ainda se pronunciou sobre o destaque dado pela mídia, de que os manifestantes se levantaram com a “ditadura” cubana. “Uma ditadura que se preocupa em dar Saúde a toda a sua população, que busca o bem-estar de todos, que em meio a essa situação é capaz de realizar políticas públicas, que quer ser vacinado com uma vacina cubana, porque sabíamos que ninguém nos venderia, porque não tínhamos dinheiro para comprá-la. Que ditadura estranha”, ironizou. “Acredito que a vida, a história, os factos mostram o que está por trás de tudo isto, que é sufocar-nos e acabar com a Revolução, e para isso procuram desencorajar o nosso povo, confundir o nosso povo. E quando as pessoas estão em condições severas, acontecem eventos como os que vivemos em San Antonio de los Baños”, disse sobre o local onde foram feitas fotos das manifestações que ganharam a mídia mundial “Quem formou esse grupo? Foi formado por pessoas da aldeia, que têm necessidades, que estão vivenciando parte dessas deficiências; Era formado por revolucionários confusos ou que não têm todos os argumentos, ou que também estão expressando essas insatisfações, mas o fizeram de forma diferente, porque buscavam argumentos, explicações”, afirmou. Assista aqui o pronunciamento do presidente cubano  

PSB denuncia ao Ministério Público empresários acusados de furar fila da vacina

O líder do PSB na Câmara, deputado Danilo Cabral (PSB-PE), apresentou na tarde desta quinta-feira (25), notícia crime ao Ministério Público (MP) contra um grupo de empresários que importou vacinas contra a COVID-19, de fabricação da empresa Pfizer, para imunização de políticos e empresários, bem como seus familiares. O fato ocorreu na cidade de Belo Horizonte. “Caso sejam os fatos comprovados, trata-se de grave e odiosa infração de medida sanitária, prevista no Código Penal”, afirma o líder do PSB. A ação também foi assinada por outros parlamentares da sigla: Lídice da Mata (BA), Denis Bezerra (CE), Ricardo Silva (SP), Camilo Capiberibe (AP), Milton Coelho (PE) e Tadeu Alencar (PE). Igor Versiani “Após informação veiculada na imprensa de que empresários do transporte de Minas Gerais haviam importado vacina da Pfizer para uso de um grupo seleto, fizemos articulação junto aos parlamentares do PSB na Câmara dos Deputados, e imediatamente, a bancada apresentou notícia crime ao MPMG para providências imediatas”, informou o suplente de deputado estadual do PSB mineiro, Igor Versiani. Segundo a reportagem da Piauí, a compra dos imunizantes da Pfizer foi organizada pelos irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. A aplicação das primeiras doses teria acontecido em uma garagem da empresa do grupo, e o ex-senador Clésio Andrade, que já foi presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), também teria furado a fila da vacina. De acordo com a publicação, as doses foram adquiridas por R$ 600 para cada pessoa. Recentemente, o Congresso Nacional aprovou projeto de lei que autoriza a compra de vacinas contra a covid-19 pela iniciativa privada. No entanto, a lei é clara ao determinar que todas as doses adquiridas devem ser doadas ao SUS (Sistema Único de Saúde) até que os grupos de risco tenham sido totalmente imunizados no país. Aproximadamente 77 milhões de brasileiros fazem parte desses grupos, e até a última quarta (24), o Brasil só tinha vacinado 13,3 milhões de pessoas. A lei 14.125/21 autoriza que o setor privado doe somente 50% dos lotes adquiridos ao SUS, mas apenas quando a imunização prioritária estiver concluída no país, o que não é o caso. Além disso, a legislação determina que toda importação das doses de vacinas seja informada ao Ministério da Saúde detalhadamente, incluindo os contratos de compra e doação. De acordo com a nota da pasta enviada à Piauí, as doses contratadas da Pfizer/BionTech sequer chegaram ao Brasil. A Pfizer também negou que tenha realizado a venda ou distribuição de sua vacina fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização. Na notícia crime apresentada pelo PSB, o líder do partido também reforçou que a legislação prevê que as vacinas sejam aplicadas em estabelecimentos ou serviços de saúde que possuem sala própria para a aplicação. “No entanto, a vacinação do grupo de empresários e políticos deu-se em uma garagem”, afirmou, com base nos relatos da revista. O parlamentar solicitou que o procedimento criminal fosse instaurado para apurar amplamente “os fatos narrados e adotar as providências legais pertinentes”. Veja aqui a íntegra da representação do PSB

Montes Claros também quer saber “Por que Michelle Bolsonaro recebeu R$ 89 mil de Queiroz?”

 Outdoor em Montes Claros repete a pergunta que ecoa em todo o país e suscitou outro destempero do presidente Bolsonaro, que, em mais um ato de agressão à imprensa, ameaçou dar uma porrada em um jornalista do jornal O Globo. O profissional o questionou sobre depósitos de Fabrício Queiroz nas contas da sua mulher Michelle. “A vontade que eu tenho é de encher sua boca de porrada”, foi a reação com o DNA bolsonarista da violência. Não demorou para o episódio viralizar em todas as plataformas digitais e se espalhar por todo o Brasil, provocando manifestações de indignação e solidariedade ao jornalista. Em Montes Claros, a pergunta que ensejou o ataque de Bolsonaro foi estampada num painel luminoso instalado nas proximidades de um Shopping Center da cidade. “Presidente, por que Michele Bolsonaro recebeu 89 mil de Fabrício Queiroz? #PORRADANÃONOSCALA”, grita a placa.